TÍTULO:QUÍMICA EM CENA: DIVULGANDO A QUÍMICA ATRAVÉS DA ARTE-EDUCAÇÃO
AUTORES:LINS, F. F. T.; MENEZES, J. E. S. A.; BARBOSA, F. G.; FEITOSA, M. E. A.; BRAGA, F. W. M.; FILHO, J. B. A.; MOTA, M. A. S.; SILVA, P. S.; NETO, P. S. F.; FILHO, R. N. O.; MOURA, R. S.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARá (UECE) / FACULDADE DE EDUCAçãO DE ITAPIPOCA (FACEDI) – E-MAIL: FURTADOLINS@YAHOO.COM.BR
RESUMO:RESUMO: No processo de ensino-aprendizagem de química, professores e estudantes tomam parte em uma série complexa de atividades intelectuais, tais como: observar fenômenos; entender modelos e teorias; desenvolver habilidades de raciocínio e examinar a epistemologia química. Assim, foram desenvolvidos projetos nos quais a linguagem teatral, é uma poderosa aliada no processo de ensino-aprendizagem. Com objetivo de desmistificar pré-conceitos dos conteúdos científicos, minimizar o problema na aprendizagem e despertar o interesse dos alunos pela Química, a nossa equipe teve a iniciativa de criar o grupo “Tubo de Ensaio”, o qual pretende chamar a atenção da comunidade escolar do município de Itapipoca e adjacentes, para a química, através de encenações teatrais envolvendo experimentos químicos.
PALAVRAS CHAVES:palavras-chave: teatro químico, ensino-aprendizagem, grupo tubo de ensaio.
INTRODUÇÃO:INTRODUÇÃO: Com o intuito de divulgar de forma informal a Química por meio de experimentos, bem como despertar a curiosidade e incentivar o interesse dos alunos por esta área, é consenso que a experimentação desperta interesse entre os alunos, independente do nível de escolarização (ARROIO et al., 2006).
Utilizando-se de um espaço inovador, tenta-se explorar as relações entre ciências e artes para que estas duas culturas possam conferir, uma à outra, conteúdos, metodologias e linguagens que convirjam na construção de um processo pedagógico mais amplo. Assim, desenvolveram-se projetos nos quais a linguagem teatral, como poderosa aliada no processo ensino-aprendizagem, foi utilizada para cativar prioritariamente alunos da rede pública de ensino médio (MONTENEGRO et al., 2005).
Na busca de soluções para o problema ensino-aprendizagem, este trabalho objetiva divulgar de forma lúdica a Química enquanto ciência, através do teatro químico, visando despertar o interesse de alunos do ensino fundamental e médio para o estudo da Química e contribuir de forma efetiva, desmistificando o repasse de conteúdos da disciplina para a melhoria do ensino das escolas públicas do Município de Itapipoca
MATERIAL E MÉTODOS:MATERIAL E MÉTODOS: A metodologia para execução do trabalho procedeu-se em várias etapas. Inicialmente fez-se uma pesquisa bibliográfica onde foram selecionados experimentos de efeitos visuais. Em seguida, os experimentos selecionados foram testados e aplicados nas apresentações teatrais do grupo Tubo de Ensaio. Depois elaborou-se um roteiro teatral para as apresentações em colégios e eventos de natureza científica-cultural. Ao final das apresentações foi aplicado um questionário para a platéia como um indicador avaliativo dos objetivos alcançados.
As apresentações teatrais envolveram experimentos químicos (CHAGAS et al., 2005), tais como:
Faixa invisível: em um pano branco, borrifa-se um reagente, aparecendo uma frase;
pôr-do-sol: mostrar a variação da turbidez de uma solução frente à luz;
vulcão químico: reação que simula a erupção de um vulcão;
viagrete: reação envolvendo liberação de gás;
fogo frio: queima de um tecido deixando intacta sua natureza;
Polígrafo químico: apresenta-se uma solução azul como detector de mentiras. Após alguns pessoas soprarem sobre a solução ela mudará da cor.
As apresentações do teatro químico agrupamo teatro e a química em um mesmo palco.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:RESULTADOS E DISCUSSÃO: A experiência vivenciada neste trabalho foi realizada com os alunos do Ensino Médio e alunos da Faculdade de Educação de Itapipoca (FACEDI), durante a abertura da XX Semana Universitária da FACEDI e da II Semana dos Cursos de Química e Biologia, envolvendo um público de cerca de 200 espectadores. Ao final da apresentação, por meio de uma amostragem populacional, foi feito uma avaliação na forma de um questionário. De acordo com questionário de avaliação, os dois experimentos que despertaram maior interesse dos espectadores foram: faixa invisível e fogo frio. No caso da faixa invisível, podemos associar que experimentos que envolvem mudança de coloração aguçam o imaginário em função do forte apelo visual, o que também é observado para o segundo experimento. O impacto do teatro químico como recurso de divulgação da Química, pode ser refletido através dos resultados obtidos e da participação do público. Vale destacar que a análise do referido questionário permitiu constatar que cerca de 80 % dos entrevistados conceituaram a apresentação do grupo tubo de ensaio como ótima e 20 % como excelente.
CONCLUSÕES:CONCLUSÕES: O uso do teatro químico como recurso pedagógico, funciona como uma maneira informal e prazerosa de divulgação da Química, pois estimula a percepção e a memória áudio-visual facilitando desta forma a aprendizagem e despertando o interesse dos alunos/espectadores. Podê-se constatar neste trabalho, que experimentos demonstrativos despertam as habilidades de observação e o interesse dos alunos pela Química, uma vez que estes demonstraram interesse de conhecer mais sobre a teoria envolvida nos experimentos realizados na apresentação.
AGRADECIMENTOS:AGRADECIMENTOS: A Comissão Organizadora da XX Semana Universitária da FACEDI e da II Semana dos Cursos de Química e Biologia pelo convite e ao público em geral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARROIO, A.; HONÓRIO, K. M.; WEBER, K. C.; HOMEM-DE-MELO, P.; GAMBARDELLA, M. T. P.; da SILVA, A. B. F. 2006. O Show da Química : Motivando o Interesse Científico. Química Nova, 29(1): 173-178.
CHAGAS, M. A. A.; MARQUES, E. D.. 2005. A Magia da Química: Guia para preparo de apresentações químicas.1ª edição, J. J. Gráfica, Fortaleza, Ceará.
MONTENEGRO, B., FREITAS, A. L. P., MAGALHÃES, P. J. C., SANTOS, A. A., VALE, M. R.,2005. O Papel do Teatro na Divulgação Científica: A Experiência da Seara da Ciência. Ciência e Cultura, 57(4): 31-32.