Realizado em Tereseina/PI, de 11 a 13 de Setembro de 2019.
ISBN 978-85-85905-26-2
TÍTULO: UMA ABORDAGEM EXPERIMENTAL COM VITAMINA C E ÁGUA GASEIFICADA
AUTORES: Pereira, F.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Rosário, M.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Costa, M.C.P. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO)
RESUMO: A água gaseificada artificialmente, à qual
foi adicionado gás carbônico, como
aditivo, para proteger a água de riscos
provocados por bactérias, fungos e
leveduras, é consumida por parte da
população mundial, assim como a vitamina C
como comprimido efervescente. Mas,
diferente da água com gás, o comprimido de
vitamina C libera o dióxido de carbono
durante a efervescência em sua reção com a
água. Neste trabalho, analisaremos a
solubilidade dos gases em líquidos, o pH,
a dissolução do bicarbonato de sódio
(NaHCO3), o efeito do ferro metálico, o
teor de CO2 e o efeito da temperatura e da
pressão em amostras de Vitamina C e Água
gaseificada.
PALAVRAS CHAVES: Estudo dos gases; Solubilidade; Físico-química
INTRODUÇÃO: Águas minerais são aquelas provenientes de
fontes naturais ou de fontes
artificialmente captadas que possuam
composição química ou propriedades físicas
ou físico-químicas distintas das águas
comuns, com características que lhes
confiram uma ação medicamentosa (ANVISA,
1945). É caracterizada pelo conteúdo
definido e constante de sais minerais,
pela presença de oligoelementos e outros
constituintes, podendo ser naturalmente
carbogasosa ou receber adição artificial
de gás carbônico, neste caso designada:
“com gás” ou “gaseificada
artificialmente”, à qual foi adicionado o
dióxido de carbono, e “sem gás” ou “não
gaseificada”, à qual não foi adicionado o
dióxido de carbono (MÖRSCHBÄCHER, 2015).
Empresas responsáveis pelo
fornecimento de água mineral adicionam
compostos químicos a fim de atuarem como
preservativos em bebidas. A principal
função desses aditivos é impedir o
crescimento e a germinação de micro-
organismos mantendo, desta forma, a
aparência e o sabor do mesmo e protegendo
os consumidores dos riscos provocados por
bactérias, fungos e leveduras,
responsáveis por diversas patologias e
infecções (PETRUCI & CARDOSO, 2015). Como,
por exemplo, a adição de dióxido de
carbono, chamado de gaseificação, na água
durante o processo de envasamento.
Comprimidos efervescentes, a
exemplo da Vitamina C, são concebidos para
darem rapidamente origem a uma solução,
com liberação de dióxido de carbono.
Normalmente, estes comprimidos são
preparados por compressão das substâncias
ativas com misturas de ácidos orgânicos
(ex. ácido cítrico ou ácido tartárico) e
bicarbonato de sódio. Quando um comprimido
é colocado em um copo com água inicia-se
uma reação química entre o ácido e o
bicarbonato de sódio para formar um sal de
sódio do ácido, dióxido de carbono e água
(SUPP, 2011).
MATERIAL E MÉTODOS: EXPERIMENTO 1: DISSOLUÇÃO DE BICARBONATO
DE SÓDIO (NaHCO3)
Tomaram-se 100 mL de cada amostra
separadamente por meio de uma proveta e
foram adicionados em um béquer de 250 mL.
Posteriormente, colocou-se um comprimido
de vitamina C no béquer contendo água.
Observou-se o comportamento do comprimido
em água e depois mediu-se o pH da solução
por meio de uma fita de pH. Foi realizado
o mesmo procedimento de medição do pH
depois de cada adição, de bicarbonato de
sódio.
EXPERIMENTO 2: REAÇÃO DO FERRO METÁLICO
COM ÁCIDO
Mediu-se o pH inicial das amostras por
meio do papel indicador de pH e adicionou-
se palha de aço em cada uma das amostras e
na mistura entre elas. Então, acompanhou-
se a evolução visual do experimento. Após
40 minutos, adicionou-se o peróxido de
hidrogênio, por meio da pipeta, no fundo
do béquer.
EXPERIMENTO 3: EFEITO DA TEMPERATURA E DA
PRESSÃO NA SOLUBILIDADE DO GÁS
Usou-se as amostras fechados, e em
triplicata: o primeiro, em baixa
temperatura; o segundo, a 40ºC; o
terceiro, inicialmente à 40ºC e depois em
baixa temperatura. E então, abriram-se as
tampas. E, então, anotou-se o
comportamento do sistema em cada uma das
condições.
EXPERIMENTO 4: DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CO2
Prendeu-se uma proveta de 500 mL, contendo
água e sem a presença de bolhas, ao
suporte universal, virada para baixo em
uma cuba de vidro com água. Acoplou-se à
proveta uma mangueira ligada a um
Kitassato vedado. Realizaram – se três
experimentos. Tampou-se cada um dos
Kitassatos com a rolha, observando-se a
formação espontânea de gás alterado no
nível da água presente na proveta. Logo
após a efervescência cessar, agitou-se o
Kitassato e observou-se mais formação de
gás. E então foi-se acrescentando pequenas
porções de NaHCO3, até não haver mais
formação de gás. Então calculou-se o teor
de CO2
RESULTADOS E DISCUSSÃO: EXPERIMENTO 1: A vitamina C obteve um
valor de pH igual 5. Sendo explicado pela
quantidade de ácido ascórbico, por sua
maior quantidade. E ao adicionarmos
bicarbonato de sódio, qualitativamente, a
solução foi adquirindo pH neutro, em
seguida pH mais básico, em virtude da
concentração de bicarbonato.
EXPERIMENTO 2: O Fe contido na palha de
aço reage com os ácidos contidos na
Vitamina C e na água gaseificada. Essa
reação é lenta, há o aumento de pH, pois a
concentração de H+ diminui, levando à
precipitação do Fe2+ como hidróxido.
Colocado H2O2, observou-se no fundo, no
sistema contendo vitamina C, uma coloração
escura; na água gaseificada uma coloração
amarela e na mistura dos dois produtos,
uma coloração escura indicando reação de
oxirredução.
EXPERIMENTO 3: Em alta temperatura há
maior depredimento de gás e devido a isso,
sua solubilidade aumenta. Isso pôde ser
observado no erlenmeyer da Vitamina C,
através do barulho ao retirar a rolha,
assim como no da água gaseificada, pelo
barulho mais intenso e pouca formação de
bolhas, ambos retirados da estufa. Em
geladeira o gás está mais dissolvido e há
pouca formação de bolhas. As garrafas que
ficaram em estufa e depois na geladeira,
observou-se um leve barulho, pois há
dissolução do gás, mas este volta a se
dissolve. Na mistura, retirado da
geladeira a rolha sacou 3 vezes, devido ao
despredimento do gás ao sair da geladeira.
E, depois retirado da estufa, houve um
barulho intenso, observando a condensação
do gás.
EXPERIMENTO 4: Dois dos experimentos os
cálculos ficaram foram realizados, devido
a falta de informações na composição da
água. Com os resultados das variações das
reações realizadas espontaneamente e sob
agitação, pôde-se observar, como o volume
variou, principalmente após agitação,
produzindo um aumento no volume.
CONCLUSÕES: Levando-se em conta os resultados
obtidos, conclui-se que, com a variação de
pH há alteração na concentração de CO2 em
solução. A concentração altera-se também
com a temperatura, que modifica a
solubilidade desse gás nas amostras. Além
da possibilidade de determinar-se o teor
do CO2 que é liberado durante a reação,
tanto espontaneamente como sob agitação.
Por ultimo, as reações com o ferro da
palha de aço, o ácido da vitamina C e o
peróxido de hidrogênio da água oxigenada,
resulta em diferentes colorações.
AGRADECIMENTOS: À Deus, aos laboratórios de química e
Macromolécula e Produtos Naturais-UEMA,
a prof. Dra Maria Célia Pires Costa e ao
GEPEQUIMA.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. CÓDIGO DE ÁGUAS MINERAIS, DECRETO-LEI Nº 7841. DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, 1945.
MÖRSCHBÄCHER, A. P; SILVA, A. M. da; SOUZA, C. F. V. de. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE SÓDIO, POTÁSSIO E CÁLCIO EM AMOSTRAS DE ÁGUA MINERAL COMERCIALIZADAS NO VALE DO TAQUARI, RS. REVISTA DESTAQUES ACADÊMICOS, VOL. 7, N. 4 - CETEC/UNIVATES, 2015.
PETRUCI; J. F. DA S.; CARDOSO, A. A; PEREIRA, E. A. DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA DETERMINAÇÃO DE BENZOATO, SORBATO, METIL E PROPILPARABENOS EM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS UTILIZANDO A ELETROFORESE CAPILAR. QUIMICA NOVA, VOL. 34, NO. 7, 1177-1181, 2011.
SUPP, A. D. CONTROLE DE QUALIDADE DE COMPRIMIDOS EFERVESCENTES DE VITAMINA C DISPONÍVEIS EM FARMÁCIAS DO SUL DE SANTA CATARINA. DISSERTAÇÃO (TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO) - CURSO DE FARMÁCIA, UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC, 2011.