Realizado em Tereseina/PI, de 11 a 13 de Setembro de 2019.
ISBN 978-85-85905-26-2
TÍTULO: COMPÓSITOS POLIMÉRICOS COM LIBERAÇÃO DE FERTILIZANTES: UMA PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA
AUTORES: Silva, T.C.P. (UFPI)
RESUMO: Este trabalho objetiva apresentar uma prospecção tecnológica relativa a aplicação de polímeros na formação de compósitos com fertilizantes agrícolas, visando liberação controlada ou lenta. Foram realizadas buscas sistemáticas de registro de patentes nas bases de dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, Instituto Europeu de Patentes – EPO e Escritório Americano de Marcas e Patentes – USPTO. Foi constatado que os Estados Unidos seguido da China são os maiores depositantes. Não foram encontrados registros de patente originários do Brasil embora este seja um dos maiores consumidores mundiais de fertilizantes. Empresas privadas foram as maiores detentoras de pedidos de patente e apenas um registro foi depositado por instituição de ensino. Os pedidos em sua maioria são foc
PALAVRAS CHAVES: liberação controlada; polímeros; poluição
INTRODUÇÃO: A indústria agrícola tem utilizado, de forma crescente, expressivas quantidades de fertilizantes, sendo o Brasil um dos maiores consumidores mundiais de fertilizantes (International Nutrition Plant Institute, 2019). A reduzida eficiência dos fertilizantes convencionais, está basicamente relacionada com perdas por volatilização — gerando poluição atmosférica; e a lixiviação de nutrientes em suas formas oxidadas — causando poluição de aquíferos (Wen et al, 2017; Araújo et al, 2007). Nas últimas décadas, soluções vem sendo estudadas visando dirimir esses problemas, entre elas destacam-se os fertilizantes com liberação controlada (FCL) ou lenta. FLCs são geralmente produzidos a partir do encapsulamento de macro e micronutrientes agroquímicos, como ureia ou borossilicatos, por membranas poliméricas que controlam a difusão de água, gases e a liberação do agente ativo (Naz et al, 2016). Entre os materiais aplicados nesses encapsulamentos ou coberturas, polímeros são de amplo uso, destacando-se os biodegradáveis, como: Poli (hidroxibutirato) (PHB) (Daitx et al, 2019), amido (Richter et al, 2016) e lignina (Majeed et al, 2017), que além de atuarem como barreiras controladoras, evitam o acréscimo adicional de resíduos ao solo. Nesse contexto, neste estudo propôs-se uma prospecção tecnológica de registros de patentes que tratem da utilização conjunta de polímeros e fertilizantes.
MATERIAL E MÉTODOS: O estudo consistiu de uma prospecção tecnológica realizada em 30/07/2019 acerca dos pedidos de registro de patente depositados no Banco de dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, Instituto Europeu de Patentes – EPO e Escritório Americano de Marcas e Patentes – USPTO. As palavras-chave utilizadas foram “polímero” e “fertilizante”, tendo sido selecionadas de forma a aumentar o máximo possível a abrangência de resultados; considerando-se ainda como critério de inclusão a utilização sinérgica de ambos materiais, nos processos descritos nas patentes, visando atividade de liberação lenta ou controlada. As patentes encontradas nas buscas foram analisadas individualmente e os dados quantitativos foram relacionados com o país de origem do depositante da patente e com o perfil do depositante.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Figura 1 apresenta um total de 22 patentes relativas a utilização de polímeros em atividades de liberação controlada de fertilizantes. Na base de dados nacional (INPI) apenas 1 registro de patente foi encontrado enquanto para o EPO foi encontrado um total de 15 registros e para o USPTO 5 registros. Verifica-se nessa figura que foi realizado apenas um depósito de patente por uma universidade, ressaltando a pequena produção de patentes relacionadas com esse tema por instituições de ensino. Destaca-se ainda que o único registro de patentes encontrado na base de dados do INPI foi depositado por uma empresa dos Estados Unidos, evidenciando incipiente pesquisa nessa área no Brasil. Na Figura 2 observa-se que as patentes depositadas foram em sua maioria de depositários oriundos dos Estados Unidos (13 patentes) seguidos de depositários oriundos da China (7 patentes), ambos grandes mercados consumidores e produtores de fertilizantes. O Brasil embora seja um dos maiores consumidores mundiais de fertilizantes não apresentou, para os critérios utilizados na busca realizada nesta pesquisa, nenhum registro de deposito de patentes.
FIGURA 1
Fonte: Autor, 2019.
FIGURA 2
Fonte: Autor, 2019.
CONCLUSÕES: Este estudo apresentou uma prospecção tecnológica das técnicas que possibilitam reduzir o impacto ambiental causado pela utilização de fertilizantes convencionais, por meio da utilização conjunta de polímeros e fertilizantes. Observou-se para as bases de dados pesquisadas um número considerável de patentes, ao todo 22 patentes, que podem contribuir diretamente com a redução das perdas relacionadas ao uso dos fertilizantes, resultando na redução dos impactos econômico e ambiental causados por estes. Ressalta-se que o Brasil, país que possui uma forte atuação na indústria agrícola, não apresento
AGRADECIMENTOS: Às professoras do LAPCON - UFPI
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