Realizado em Vitória/ES, de 09 a 11 de Setembro de 2015.
ISBN: ISBN 978-85-85905-13-2
TÍTULO: AULA DIDÁTICA SOBRE A BIODEGRADAÇÃO DE POLÍMEROS FEITOS DE AMIDO EM PROJETO DE EXTENSÃO NO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS.
AUTORES: Silva, A.O. (UNIT) ; Costa, H.A.A. (IFAL) ; Silva, V.N. (IFAL)
RESUMO: A Influência do ser humano para o meio ambiente é indiscutivelmente
importante, contudo os resíduos emitidos por esses acabam afetando o meio e
prejudicando o ciclo biológico de biodregradação, acumulando assim lixo. Dessa
forma o projeto de extensão realizado no Instituto Federal de Alagoas propõe a
produção de polímeros de amido e aulas sobre a biodegradação dos mesmo de
forma que os alunos venham compreender a importância da biodegradabilidade e a
fabricação de produtos que seja biodegradáveis para o meio ambiente, aplicando
o conceito da pedagogia de projetos no trabalho proposto.
PALAVRAS CHAVES: Pedagogia de Projetos; Polímeros ; Biodegradação
INTRODUÇÃO: O uso de combustíveis fósseis, ganham cada vez mais espaço no meio ambiente.
Os polímeros são os materiais mais produzidos através dos combustíveis base
de petróleo, porém são prejudiciais ao meio ambiente por não serem
biodegradáveis.
Segundo de Paoli (2008), para que um polímero seja biodegradável ele tem que
ser usado como nutriente de micro-organismos em condições nas quais os mesmo
possam se proliferar. Dessa forma se destacam alguns polímeros ditos
biodegradáveis, porém que não atendem esse requisito.
A vida dos seres vivos constitui um ciclo de produção, utilização e
degradação. Nessa última etapa os micro-organismos atuam para refazer o
ciclo biológico absorvendo e liberando componentes químicos que serão
utilizados para começar novamente. Para que ocorra a biodegradação é preciso
que os decompositores absorvam o polímero e gerem gás carbônico, água e
biomassa, assim o projeto de extensão possui o encargo pedagógico de ensino
como também científico.
As propostas pedagógicas contemporâneas indicam que educar significa
preparar o indivíduo para responder às necessidades pessoais e aos anseios
de uma sociedade em constante transformação, aceitando desafios propostos
pelo surgimento de novas tecnologias, dialogando com um mundo novo e
dinâmico, numa sociedade mais instruída, melhor capacitada, gerando espaços
educacionais autônomos, criativos, solidários e participativos. Apesar
disso, em nossas escolas, ainda vigora a metodologia expositiva. (OLIVEIRA,
2006). Para contrariar o modelo vigente, no projeto de extensão o aluno está
inserido na construção do aprendizado. Assim, os alunos produziram os
polímeros, bem como, fizeram parte de todo o processo de teste de
biodegradabilidade com apenas orientação dos bolsistas do projeto.
MATERIAL E MÉTODOS: Materiais
• Placa de petri
• Espátula
• Alça de Helen
• Alça de Drigalski
• Becker 1L
• Pipeta volumétrica
• Pera
• Capela de fluxo laminar
• Autoclave
• Água destilada
• Algodão
• 8 g Ágar-agar
• Fungo: Aspergillus niger, Aspergillus flavus.
• Polímero a base de amido, produzidos pelos alunos do projeto de
extensão.
Métodos
Administrou-se em primeiro momento uma aula expositiva dos materiais para a
segurança do aluno durante a produção do polímero a base do amido, bem como
para a utilização no teste de biodegradabilidade realizado no laboratório de
microbiologia nas dependências do Instituto Federal de Alagoas (IFAL)
campus-Maceió.
Esterilizou-se em autoclave a solução contendo 8 g de Ágar-ágar e 1L de água
destilada, assim como, as placas de petri e a pipeta volumétrica. Após o
processo de esterilização foi depositado nas placas 10 mL da solução em cada
placa de petri, na capela de fluxo laminar. Em um dia seguinte foi inoculado
nas placas o fungo Aspergillus flavus e Aspergillus niger, bem como foi
inserido o polímero, foram preparadas três placas de Petri nomeadas de
Teste, Branco e Padrão, onde o Teste se encontra o polímero, o ágar e o
fungo, o Branco apenas o ágar e o Padrão se encontra o fungo e o ágar. Após
a inoculação foi vedado as placas e foi colocado em um ambiente cuja
temperatura variou entre 20º- 30º C durante três semanas.
Foi observado semanalmente o crescimento da colônia e anotado possíveis
interferências como a temperatura e contaminações de micro-organismos
oportunistas, o processo de crescimento sobre e ao redor do polímero
estudado. Os alunos observaram semanalmente e anotaram todos as alterações
que foram encontradas em seus grupos de teste, como também realizaram
relatórios e apresentações dos resultados que encontraram.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em decorrência da defasagem da educação e da falta de incentivos
relacionados a projetos, algumas instituições proporcionam os projetos de
extensão como uma via de incentivar a pesquisa e fazer com que população
local a se inserir na instituição, dessa forma, o projeto de extensão
realiza aulas práticas que atendam a população, no caso, comunidade oriunda
da
escola e estudantes de curso diversos do Instituto se inscreveram para
participar das aulas ministradas sobre polímeros , aulas práticas sobre a
produção de polímeros a partir do amido e a biodegradabilidade .
O projeto teve alguns momentos de metodologia, foram ministradas aulas
expositivas com conceitos e explicações teóricas sobre segurança
laboratorial, polímeros e biodegradabilidade. Após cada momento foram
realizadas as práticas relacionadas aos seus respectivos temas.
Observa-se pelos relatórios e o convívio em sala de aula que os alunos
tiveram métodos de ensino aprendizagem que garantiram o aprendizado,
conseguiram observar o processo de análise após o tempo de crescimento da
cultura e viram que o polímero fabricado, pelos mesmo, eram biodegradáveis,
da mesma forma que apresentaram-se garantindo conseguir sozinhos, com as
anotações que fizeram, repetir a prática realizada. Adequando os
conhecimentos adquiridos a suas futuras atuações profissionais, como também,
poderiam compreender os processos biológicos e químicos apresentados a eles
durante as aulas.
Preparação de Placas de Petri
Placas de Petri sendo preparadas para a inoculação
de fungos Aspergillus sp.
Placas de Petri Após três Semanas de Crescimento da Cultura
Placas com Fungos Crescidos Após três semanas,
evidenciando a biodegradabilidade do polímero
produzido pelos alunos.
CONCLUSÕES: As práticas educacionais alcançadas pela intercalação de aulas expositivas e
práticas em projeto de extensão permitiu que o aprendizado fosse garantido,
além de que o projeto de extensão abrange não somente alunos da instituição
vinculada ao projeto, como também a comunidade localizada nas proximidades.
Assim, pode-se perceber que as aulas ministradas permitiam que o alunos
pudesse compreender o seu ambiente, como também poderia utilizar o aprendizado
adquirido para suas futuras atuações profissionais.
AGRADECIMENTOS: Agradeço a Hyngrid Assíria por me dar todo apoio profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: PAOLI, M. A.De. Degradação e Estabilização de Polímeros. 2ª Versão On-line, Chemkeys,2008. Disponível em:<http://www.chemkeys.com/blog/wpcontent/uploads/2008/09/polimeros.pdf> Acesso em: 20/07/2015.
OLIVEIRA, C.L. - Significado e contribuições da afetividade, no contexto da Metodologia de Projetos, na Educação Básica, dissertação de mestrado – Capítulo 2, CEFET-MG, Belo Horizonte-MG, 2006.