Realizado em Vitória/ES, de 09 a 11 de Setembro de 2015.
ISBN: ISBN 978-85-85905-13-2
TÍTULO: A ENERGIA EÓLICA ENQUANTO POSSIBILIDADE DE SUPLEMENTAÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA DO ESTADO DE ALAGOAS E A SUA RELAÇÃO COM A INDÚSTRIA QUÍMICA
AUTORES: Gomes das Silva, J.E. (IFAL - CÂMPUS MACEIÓ) ; Nascimento Tenório Silva, V. (IFAL - CÂMPUS MACEIÓ) ; Roberto Moreno Marques da Silva, I. (IFAL - CÂMPUS MACEIÓ) ; Neto, J.A.S. (IFAL - CÂMPUS MACEIÓ)
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo expor alguns das considerações que a equipe
de bolsistas “As energias do futuro e o setor energético sustentável de Alagoas”,
do projeto de Formação de Recursos Humanos (PFRH - Petrobras), obteve ao longo dos
estudos desenvolvidos. Após aprofundados estudos acerca de uma bibliografia que
dispõe as características do estado de Alagoas ao analisar a potencialidade de
cada região para a instalação de energia eólica, analisou-se as possibilidades de
suplementação da matriz energética do estado com a energia eólica e a relação que
se pode estabelecer com essas e a indústria química. A sustentabilidade no âmbito
das indústrias é um debate muito atual e o futuro cobra avanços da indústria
química também nesse sentido.
PALAVRAS CHAVES: Energia eólica; Indústria química; Suplementação
INTRODUÇÃO: A nocividade de quase todos os produtos químicos é inegável. A cada dia, os
muitos avanços têm evitado que acidentes ocorram e a indústria, por sua vez, tem
aperfeiçoado cada processo com a finalidade de reduzir danos causados por
produtos derivados do petróleo, as intoxicações, alergias, etc. Outra
consideração que pode ser feita de maneira bem acentuada e que, de toda forma,
fará parte da pós-modernidade por um longo tempo, é a ideia de sustentabilidade.
Nesse contexto, é conveniente buscar-se estabelecer relações entre a novidade e
necessidade da sustentabilidade, em defesa do mundo, e do avanço da indústria,
através de inovações.
As fontes de energia renováveis têm estado entre os assuntos mais discutidos
quando o assunto é sustentabilidade ambiental. A energia eólica, por exemplo,
sendo proveniente dos ventos, situa-se no plano das ideias enquanto a mais
facilmente obtida, diferindo-se apenas em potencialidades.
O estado de Alagoas se apresenta como o segundo estado com maior potencial para
a produção de energia eólica, ficando atrás apenas do estado de Rio Grande do
Norte. Mesmo assim, é válido lamentar que todo esse potencial não é aproveitado,
necessitando-se, portanto, de uma maior atenção, uma vez que o aproveitamento
traz possibilidades reais de suplementação da matriz energética do estado de
Alagoas, mantida principalmente pela usina hidrelétrica de Xingó (UHE).
Tendo a oportunidade de ser instalada, a energia eólica é uma possibilidade
viável para a indústria química, podendo ser vantajosa em termos econômico-
financeiros e, sobretudo, obter ganhos sociais para a indústria química. O
futuro cobra inovações tecnológicas que estejam a favor da sustentabilidade
ambiental.
MATERIAL E MÉTODOS: Um dos principais materiais utilizados foi o Atlas Eólico do Estado de Alagoas,
produzido em 2008 pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) em parceria com a
Eletrobras. Reuniões periódicas foram realizadas entre a equipe “As energias do
futuro e o setor energético sustentável de Alagoas”, sob orientação da
professora de Química Vânia Nascimento Tenório Silva. Durante toda a parte das
pesquisas realizadas em seguida também contaram com a supervisão da referida
professora.
Inicialmente, fizeram-se levantamentos bibliográficos acerca da energia eólica
e, logo após, numa segunda etapa, a dedicação esteve voltada para análises da
potencialidade de cada região do estado de Alagoas para a instalação de energia
eólica. Por fim, analisaram-se as possibilidades de suplementação da matriz
energética do estado com a energia eólica e a relação que se pode estabelecer
com essas e a indústria química.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Toda e qualquer indústria química necessita de eletricidade. Assim sendo, a
viabilidade de inovar com energia eólica é bastante considerável. Ademais, a
proposta de sustentabilidade que se consolida e os ganhos com quais podem ser
trazidos a partir da suplementação da matriz energética do estado de Alagoas tão
um teor de completude a ideia que foi se construindo a partir das pesquisas.
Conforme expõe a figura 01, retirada do Atlas Eólico do Estado de Alagoas
(2008), a potencialidade em três regiões do estado para a instalação de parques
eólicos é grande. Numa das três possibilidades, onde a velocidade dos ventos é
maior, na região do sertão, um possível investimento da indústria química para
se estabelecer na referida região traria ganhos sócio-econômicos enormes,
gerando empregos. Assim sendo, além dos ganhos para a indústria química (de ser
mantida facilmente com energia limpa e sustentável, tornando-se um exemplo),
haveria vantagens também para a comunidade/população do território.
A energia eólica apresenta-se como uma das alternativas mais interessantes para
aumentar a capacidade de produção de energia em Alagoas, possibilitando causar
boa parcela de geração de eletricidade por vias sustentáveis de fonte energética
e pode trazer ganhos no sentido de inovar o funcionamento das indústrias
químicas.
Figura 01
Áreas mais promissoras para empreendimento eólicos
no Estado de Alagoas. Figura 5.2 do Atlas Eólico do
Estado de Alagoas: p. 48.
CONCLUSÕES: A indústria química apresenta-se como um agente possível e necessário para
valorizar a potencialidade do estado de Alagoas no que diz respeito à produção de
energia eólica.
Investir na energia eólica, em especial nas regiões do sertão, onde a velocidade
dos ventos é maior, traria ganhos para a região – pelo fato de valorizar aptidões
regionais, gerar empregos, etc – e traria, como conseqüência, mais progresso para
o setor da indústria química.
AGRADECIMENTOS: À prof. Vânia Nascimento Tenório Silva, pela orientação; e ao IFAL e ao PFRH
- Petrobras, pelo apoio para realização do trabalho, nosso agradecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AMARANTE, O. A. C; BROWER, M.; Z., J.; SÁ, A. L. Atlas do Potencial Eólico Brasileiro (Brasília, 2001).
AMENEDO, J. L. R.; GÓMEZ, S. A.; DÍAZ, J. C. B. Sistemas Eólicos de Producción de Energia Electrica (Madrid: Rueda, 2003).
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de Energia Elétrica do Brasil (2002).
EÓLICO, ATLAS. Atlas Eólico do Estado de Alagoas (Alagoas, 2008).
SILVA, J. E. G. ; SILVA, I. R. M. M. ; SILVA, V. N. T. . Possibilidades de avanços para o setor energético sustentável de Alagoas através de análises do potencial desse estado para produção de energia eólica. CONNEPI 2014.