Realizado em Vitória/ES, de 09 a 11 de Setembro de 2015.
ISBN: ISBN 978-85-85905-13-2
TÍTULO: Análise físico-química de águas utilizadas para consumo.
AUTORES: Wan Der Maas China, P. (MULTIVIX)
RESUMO: Tendo a água como um recurso natural de valor inestimável, cujos parâmetros
microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de
potabilidade da água para consumo humano estabelecidos pelo Ministério da
Saúde, e que não ofereça riscos à saúde. Surge assim o interesse de analisar
a água proveniente da nascente e do poço artesiano residencial. De acordo
com o constante consumo da população, de sendo que não havia nenhuma
informação à população sobre a qualidade da água que consumiam.
Os pontos de coleta estão localizados em São Mateus – ES. A nascente é a
“Biquinha”, utilizada desde 1880, e tombada pelo patrimônio histórico. O
poço artesiano, foi perfurado por volta de 1996, à 8 metros de profundidade.
PALAVRAS CHAVES: Nascente; Poço artesiano; Dureza Total
INTRODUÇÃO: A água é indispensável para o homem como bebida e como alimento, para sua
higiene e como fonte de energia, matéria prima de produção, via para
transportes, entre outros. As disponibilidades da água doce não são
ilimitadas. É indispensável preservá-las, controlá-las e, se possível
acrescê-las.
Nos últimos anos, o aumento da demanda por água, normalmente ocasionado pelo
crescimento populacional acentuado e desordenado nos centros urbanos e pelo
aumento do consumo por habitante, tem imposto a adoção de programas para
conservar a água.
A água subterrânea, por exemplo, além de ser um bem econômico, é considerada
mundialmente uma fonte imprescindível de abastecimento para consumo humano,
para as populações que não têm acesso à rede pública de abastecimento ou
para aqueles que, tendo acesso a uma rede de abastecimento, têm o
fornecimento com frequência irregular.
O poço artesiano é aquele em que as águas do solo fluem sem a intervenção de
um maquinário. Normalmente, usam-se bombas para regular a passagem de água.
Os poços artesianos devem ser cavados em profundidades superiores a 40
metros, medida ideal para poços convencionais.
As fontes de contaminação antropogênica em águas subterrâneas são em geral
diretamente associadas a despejos domésticos, industriais e ao chorume
oriundo de aterros de lixo que contaminam os lençóis freáticos com
microrganismos patogênicos. Além de promoverem a mobilização de metais
naturalmente contidos no solo, como alumínio, ferro e manganês, também são
potenciais fontes de nitrato e substâncias orgânicas extremamente tóxicas ao
homem e ao meio ambiente.
MATERIAL E MÉTODOS: Dureza Total
À amostra foi preparada com uma solução tampão para elevar o pH a 10 ± 0,1;
e adicionado o indicador negro de eriocromo, ganhando uma coloração lilás.
Após a titulação com uma solução de EDTA a 0,01M, obtém-se um tom azulado na
amostra
Sólidos Dissolvidos Totais
O procedimento é realizado colocando um béquer 500,0 mL de massa previamente
conhecida com 250,0 mL de amostra na chapa aquecedora acoplada com agitação
magnética. Sob a temperatura de aproximadamente 105°C. Após aproximadamente
2 horas, foi realizado o ensaio gravimétrico dos sólidos dissolvidos totais.
Ferro Total
Inicialmente, sete provetas de 50ml; na primeira a amostra de água, nas
restantes, 40 ml de água destilada e a solução padrão de ferro, adicionando,
0,125ml, 0,25ml, 0,5ml, 1ml, 2ml e 3ml respectivamente.
Adicionou-se em todas as provetas 5ml de ácido nítrico 6N. As analises foram
transferidas para os erlemeyer e aquecidas por 10 minutos, adiciona-se 3
gotas de permanganato de potássio 0,2N, ganhando uma coloração arroxeada.
Depois de frias, completou-se os 50ml com água destilada e em seguida
adicionou-se 5ml de tiocianato de sódio, acontecendo assim a viragem de
cor.Lê-se a absorbância na região ultravioleta de 230nm.
Oxigênio Dissolvido
Um litro de amostra contendo 0,75 g de palha de aço, foi mantido em repouso
em uma garrafa pet e observada por cinco dias. Depois foi filtrada para
recolher a ferrugem e seco em estufa à 110°C.
Nitrato
A partir da solução-estoque, retirou-se 4ml, 6ml, 8ml, 10ml e 12ml, em
balões volumétricos de 100ml, respectivamente, e completou-se com água
destilada. Adicionou-se 1ml de HCl 1M e agitou-se.
A amostra foi colocada em um balão volumétrico de 100ml e adicionou-se 1ml
de HCl 1M. Lê-se a absorbância na região ultravioleta em 200nm.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os sólidos dissolvidos totais são compostos por substâncias dissolvidas e em
suspensão, e também são classificados como fixos (inorgânicos) e voláteis
(orgânicos). Das amostras analisadas, ambas estão dentro dos padrões
aceitáveis.
A dureza total é calculada como sendo a soma das concentrações de íons
cálcio e magnésio na água, expressos como carbonato de cálcio. E em
condições de supersaturação os cátions Ca2+ e Mg2+ reagem com os ânions da
água e formam precipitados.Também obtivemos resultados dentro do limite
aceitável, tendo em vista que a amostra da Biquinha apresentou resultado
próximo à legislação. Em ambas as amostras essas águas podem ser
consideradas “água muito dura”, pois apresenta dureza > 300mg/L.
O Nitrato é um composto de nitrogênio com oxigênio no estado de oxidação
mais alto que pode ocorrer com o elemento nitrogênio. Os níveis de
concentração estão dentro dos valores máximos permissíveis.
Em se tratando do Ferro mesmo em baixas concentrações, pode causar mancha
nos aparelhos sanitários, como amarronzada à roupa após lavagens e afetar o
gosto e o odor (adstringente) da água. Quando na ausência de oxigênio (águas
subterrâneas ou de lagos profundos) este metal encontra-se na forma reduzida
que são solúveis. Podemos assim notar que as concentrações de Ferro nos dois
pontos de coletas estão dentro do limite aceitável.
A concentração de oxigênio dissolvido pode ser expressa pela formação de
ferrugem que ocorre em meio aeróbico e o ferro contido na palha-de-aço pode
ser completamente convertido em óxido de ferro hidratado. Este valor
relativamente elevado pode ser provavelmente associado à eliminação apenas
parcial das águas de hidratação no processo de secagem.
CONCLUSÕES: Tendo em vista a necessidade da população de informações quanto à qualidade
das águas analisadas, e que os mesmos fazem a utilização periódica dessas
águas, sendo que as análises recorrentes foram de âmbito físico-químico, e que
não são informações suficientes para determinar a sua potabilidade. As
analises assim descritas, se encontram dentro do padrão de potabilidade de
água para consumo exigidos pelo Ministério da Saúde, o que ainda não nos dá
total certeza de que essas águas possam ser utilizadas para consumo humano.
AGRADECIMENTOS: Ao apoio da Faculdade Multivix, á Ufes pela colaboração, ao co-orientador
Felipe Souza pela dedicação e também a Eliane Botazini pela colaboração.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: VII Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, Palmas, Tocantins, 2012. Análise Físico-Química da Água dos poços IPE e IFRN – Campus Apodi. VII CONNEPI 2012/ ISBN 978-85-62830-10-5. 19/210ut 2012.
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FERREIRA L. F., ABREU D. G., IAAMAOTO Y., ANDRADE J. F. Quimica Nova na Escola. Experimentação no Ensino de Química. Determinação Simples de Oxigênio Dissolvido em Água, Maio de 2004.
JEFERSON, A. L.; MARCUS VINICIUS, R. D.; MIGUEL, M. A. P.; JANZEN, J. G.; MARCHETTO, M. Potencial da economia de água potável pelo uso de água pluvial: análise de 40 cidades da Amazônia. Eng. Sant. Ambient. Vol 16 no.3. Rio de Janeiro. July/Sept. 2011. www.scielo.com.br Acesso em: 15 out. 2014.