TÍTULO: ESTUDO DO TEOR DE FIBRA PRESENTE EM DUAS VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR DO MUNICIPIO ALAGOANO PARA FINS ENERGÉTICOS
AUTORES: Menezes, R.K.O. (UFAL) ; Mendes, M.R. (UFAL) ; Alves, G.H.O. (UFAL) ; Santos, L.A. (UFAL) ; Rosa, C.V.G.S. (UFAL) ; Souza, J.E.A. (UFAL) ; Barboza, A.S.R. (UFAL) ; Dias, A.B.A. (UFAL) ; Meneghetti, S.M.P. (UFAL)
RESUMO:O objetivo deste trabalho é determinar quantitativamente o teor de fibra real das
variedades RB92579 e RB867515 de cana-de-açúcar com um teor de umidade entre 8 e
12%. Por meio dos resultados obtidos foi possível observar que a variedade RB92579
apresentou um alto teor de fibra em relação à RB867515. Para as indústrias e
empresas interessadas na biomassa como fonte de energia melhor desempenho para a
variedade RB92579 ,uma vez que, quanto maior o teor de fibra maior o potencial
energético da amostra
PALAVRAS CHAVES: Cana-de-açúcar; Teor de Fibra ; Potencial Energético
INTRODUÇÃO:Uma das grandes buscas do homem hoje em dia, é encontrar alternativas de fontes
renováveis para fins energéticos. Em termos de energia biomassa seria
uma fonte renovável que tem como origem da matéria orgânica (animal ou vegetal)
onde pode ser utilizada para geração de energia. Suas fontes são os vegetais não
lenhosos, os lenhosos e resíduos orgânicos que podem ser divididos em
agropecuários, urbanos e agroindustriais (CENBIO, 2011).
O Estado de Alagoas em termos de biomassa apresenta ampla variedade de espécies,
como as de origem agrícolas e agropecuária, com uma produção que chega a 602,2
milhões de toneladas por ano de cana-de-açúcar. Segundo a CONAB (2012), Alagoas
teve um aumento significativo de 5,4% na produção de cana-de-açúcar em relação a
safra 2011/2012 citado no levantamento feito pela CONAB da safra 2012/2013, onde
gerou com essa aumento um maior oferta de emprego para o estado. Neste trabalho
foram analisadas as variedades RB92579 e RB867515 de cana-de-açúcar que são
cultivadas no estado de Alagoas, o que torna fontes alternativas
competitivas de energia.
A espécie vegetal Cana-de-açúcar encontra-se em quase todo o território
brasileiro, a planta da cana pertence ao gênero Saccharum L.. Da cana-de-açúcar
pode extrair diversos subprodutos, como o bagaço (utilizado para geração de
energia), fabricação de açúcar, e do álcool como o etanol.
Para o setor sucroalcooleiro , um dos empecilhos para o aumento dos níveis de
sacarose é a quantidade de fibras encontrada na cana, pois quanto maior o teor
de fibras, menor o nível de sacarose extraído. Um teor de fibra elevado, aumenta
o volume de bagaço de cana que possui um grande potencial energético, tanto para
a co-geração quanto para a produção de etanol.
MATERIAL E MÉTODOS:As amostras de cana-de-açúcar das variedades (RB92579 e RB867515) foram
coletadas no município de São Miguel dos Campos, estado de Alagoas. De cada
variedade coletou-se aproximadamente 6 kg no mês de Abril de 2012. As amostras
foram levadas ao laboratório do Grupo de Catálise e Reatividade Química da UFAL
(GCaR-UFAL)já com a extração do caldo onde foram realizados procedimentos
físico-químico nas amostras.
Após a trituração, O bagaço da cana-de-açúcar das duas variedades foi seco
para redução da umidade entre 8 – 12%, pois entre essa faixa á ganho energético
significativo.
Para a determinação da densidade das variedades da cana utilizou a norma contido
na ABNT NBR 6922. Pesou-se 5,00g da amostra e transferiu-se para um balão
volumétrico de massa e volume conhecidos. Logo em seguida, foram anotados a
massa do conjunto (balão + amostra). Foi adicionada água até a marcação do
volume do balão, e depois feita uma nova pesagem. Faz-se uma razão entre a massa
da amostra e o volume apresentado por ela.
Para a determinação do teor de umidade segui-se a norma da ABNT NBR 8112, onde
se utiliza 1,0 da amostra em um cadinho de porcelana com a massa conhecida e o
conjunto é levado a estufa previamente aquecimento a 105ºC. Após 90 minutos
retira-se o conjunto e calculou-se a umidade.
Para a obtenção do teor de fibra, foi utilizado o método de Henneberg de 1864,
pesou-se em um Becker de 200 ml cerca de 1,00g da amostra desengordura.
Adicionou-se 50 ml de ácido sulfúrico a 1,25%. Filtrou-se a amostra e lavou-se
hidróxido de sódio a 1,25%. Levou-se o material para secar na estufa a 80ºC
durante 2 horas. Logo após, pesou-se o papel e levou-se o material para a mufla
durante 30 minutos, a determinação energética das amostras serão realizadas
em breve.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:Os resultados das análises das amostras de cana-de-açúcar de das duas variedades
estão apresentadas na Figura 1.
Observa-se que a variedade que apresentou menor teor de cinza foi a variedade
RB86 7515, com o valor de 1,57%. Outro fato também que vale ressaltar é que
essa variedade apresentou um bom resultado de densidade com 0,405g/ cm3, no qual
isso vai facilitar no custo da amostra visando a viabilidade econômica. Já em
relação a variedade RB92579, obteve maior teor de fibra com 94,03%, onde isso
significa que ela vai ter um ganho energético maior em relação a outra.
Essas análises foram feitas quando as variedades RB867515 e RB92579 de cana-de-
açúcar foram coletadas com 4º mês depois da renovação da safra. Outras análises
virão para complementar os dados que obteve-se até agora, pois vai fazer um
estudo dessas variedades a partir deste 4º mês de idade até o corte.
Figura 1.
Análises físico-químicas das variedades de cana-de-
açúcar
CONCLUSÕES:As variedades RB867515 e RB92579 de cana-de-açúcar com 4 meses apresentaram teor
de fibra considerável. No entanto, observou-se que a variedade RB92579 forneceu
valores mais satisfatório nesse aspecto.
Testes com essas variedades de 5 meses em diante estão sendo realizados. Esses
estudos buscam, além de tudo, uma melhor investigação sobre o período em que a
biomassa apresente melhor teor de fibra em relação ao seu valor energético.
AGRADECIMENTOS:
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