PIRÓLISE RÁPIDA DO BAGAÇO DE CANA VISANDO A PRODUÇÃO DE BIO-ÓLEO - ANÁLISE DA LITERATURA E ESTUDO DE CASO

ÁREA

Química Verde


Autores

Campaner Fernandes, M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS) ; Vale Nascimento, E. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS) ; Gusmão Figueiró, C. (TECNORED DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO SA) ; Paim Valença, G. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS) ; Teixeira Franco, T. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS)


RESUMO

A procura por fontes de energia renováveis está ocorrendo de forma global com o intuito de amenizar os impactos ambientais. O processo de pirólise rápida utilizando o bagaço de cana de açúcar, em condições operacionais delimitadas, maximiza a produção bio-óleo. Além do fato de que o Brasil é o maior produtor de cana do mundo. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi apresentadar dados descritos na literatura da pirólise rápida do bagaço de cana comparando-o com um estudo de caso específico, avaliando o rendimento e as características físico- químicas do bio-óleo. A temperatura em torno de 500°C empregada se mostrou a mais promissora para a produção de líquidos e os constituintes da cana apresentam potencial para a geração de bioenergia devido suas características apresentadas.


Palavras Chaves

Bagaço de cana-de-açúcar; Pirólise rápida; Bio-óleo

Introdução

As mudanças climáticas antropogênicas trazem preocupações em escala global. Fontes de energia de origem fóssil, tais como carvão mineral, gás natural e os derivados de petróleo, emitem gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera ao serem queimados (ASSADULAH et al., 2007; TOSCANO MIRANDA et al., 2021). Diversas alternativas sustentáveis estão em desenvolvimento em resposta aos tratados mundiais e regulamentações ambientais que vem sido acordados com o objetivo de reduzir as emissões de GEE pela substituição pelo menos parcial das fontes não renováveis (GOYAL et. al., 2008; RIBEIRO e RODE, 2019; MOUSAVI-AWAL et. al., 2023). A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu, no ano de 2015, 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que devem ser atingidos até o ano de 2030 a fim de promover o desenvolvimento humano. Os ODS abordam diversos temas apoiando e estimulando ações em áreas importantes, sendo elas: planeta, pessoas, prosperidade, parcerias e paz (EMBRAPA, 2023). Entre essas metas, no 7° objetivo, encontra-se o tema de energias renováveis, o qual visa assegurar o acesso à energia sustentável, acessível e confiável à população global (RIBEIRO e RODE, 2019). Nesse contexto, algumas rotas estão sendo implementadas nas indústrias para reduzir as emissões de GEE, como por exemplo, a substituição de carvão mineral por combustíveis renováveis e por processos menos intensivos no consumo e geração de carbono (SUNDARAMOORTHY et. al., 2023). O aproveitamento dos resíduos de cana-de-açúcar, bagaço e palha, já é uma realidade no mercado, reduzindo a quantidade de resíduo descartada e substituindo parcialmente os recursos de origem fóssil. A vantagem do bagaço sobre outros tipos de biomassa está relacionada a sua abundância, seus elevados teores de celulose e de matéria volátil e seus reduzidos níveis de cinzas e enxofre. Uma possibilidade para o bagaço é a sua pirólise, convertendo-o em compostos com elevada versatilidade e poder calorífico (MONTOYA et al., 2015; JAYARAMAN et al., 2018; TOSCANO MIRANDA et al., 2021). A pirólise é um processo de conversão realizado na ausência de oxigênio e capaz de gerar três fases distintas: biocarvão (“biochar”, sólido), bio-óleo (líquido) e gases não-condensáveis. Sua escolha é devida aos excelentes resultados empregando temperaturas moderadas (cerca de 500°C). O rendimento e as propriedades das fases são funções das características da biomassa (tamanho de partícula, teores de umidade e de voláteis) e das condições de processo (tipo de reator, temperatura, taxa de aquecimento e modo de transferência de calor). Geralmente, menores temperaturas e maiores tempos de operação estacionária favorecem a obtenção de sólidos enquanto que a condição oposta favorece a obtenção da fase gasosa. O aumento do rendimento da fase líquida é favorecido sob condições intermediárias (MONTOYA et al., 2015; JAYARAMAN et al., 2018; TOSCANO MIRANDA et al., 2021; AYYADURAI & ARUNACHALAM, 2022; FARDHYANTI et al., 2022). Portanto, este trabalho analisou dados da literatura sobre o processo de pirólise rápida do bagaço de cana-de-açúcar e os comparou com um estudo especifico de caso visando a produção de bio-óleo.


Material e métodos

Revisão da Literatura A metodologia empregada nesse trabalho foi de busca sistemática nas principais bases de informação disponíveis: Periódicos CAPES, Google Acadêmico e na Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os descritores utilizados foram: biomass fast pyrolysis, sugarcane bagasse, bio-oil. Essa busca foi desenvolvida em seis etapas: identificação do tema e formulação da questão norteadora; seleção de critérios de inclusão e exclusão; definição das informações a serem selecionadas para os estudos, avaliação do estudo incluído; interpretação dos resultados e conclusão do conhecimento. Estudo de caso O estudo de caso foi realizado a partir do processo de pirólise rápida do bagaço de fibra de cana, avaliando os rendimentos dos produtos (carvão, bio-óleo e gás) em diferentes temperaturas, sendo elas: 330°C, 400°C e 500°C. o processo de pirólise foi realizado em um reator de leito fluidizado; a biomassa foi inserida após o leito de areia ter atingido uma temperatura na faixa de 500°C – 550°C; uma vazão de biomassa foi sendo alimentada a medida que o perfil de temperatura no leito se estabilizava no intervalo desejado. Em seguida, o produto total da pirólise rápida seguiu para o ciclone, aonde ocorreu a separação do gás-sólido. A seguir, os produtos (gases e vapores) passaram por um trocador de calor para a condensação de uma fração de vapores devido a troca térmica do contado indireto com a água, separando-se pela parte inferior do equipamento. O líquido coletado na parte inferior do trocador de calor é denominado de extrato ácido. Os vapores não condensados foram sugados por uma centrífuga onde ocorreu a coalescência das gotículas, obtendo-se o bio-óleo. Por fim, os gases restantes foram queimados em uma câmara de combustão e liberados ao meio ambiente. Os rendimentos dos produtos foram calculados em porcentagens (%) mássicas calculados a partir das médias das massas de biomassa alimentada e do peso final dos produtos da pirólise.


Resultado e discussão

Bagaço de cana-de-açúcar As características de cada biomassa bem como as condições operacionais dos processos de conversão empregadas são determinantes na definição dos produtos e nas proporções mássicas obtidas. O clima, as condições do solo da região de cultivo, a composição da biomassa (composição centesimal, teor de cinzas), tamanho da partícula, custo e rendimento da conversão são características primordiais para realizar um projeto econômico e sustentável (TOSCANO MIRANDA et al., 2021). A Tabela 1 apresenta a composição do bagaço de cana-de-açúcar reportados na literatura. O diâmetro de partícula do bagaço de cana-de-açúcar apresenta tamanhos variados, com no máximo 17 mm dependendo dos equipamentos empregados na picagem/moagem, que poderá influenciar os rendimentos das conversões (ALMEIDA, 2012; BIZZO et. al., 2014; MONTOYA et al., 2015; CEREIJO et. al., 2017; SOHAIB et. al., 2017). Processo de pirólise rápida A pirólise é um processo de conversão termoquímica que ocorre na ausência de oxigênio, gerando os produtos em três fases distintas: sólido, líquido e gás. As principais formas que ela pode ocorrer são a pirólise lenta, rápida e flash, as quais se diferenciam nas condições de operação empregadas, como tempo de residência, taxa de aquecimento e intervalos de temperatura (GOYAL et. al., 2018; GUEDES et. al., 2018). A pirólise lenta ocorre em um intervalo de temperatura (205°C - 600°C) menor que nas pirólises rápida e flash (500°C - 900°C e 800°C - 1100°C, respectivamente). A taxa de aquecimento empregada no processo de pirólise flash é maior do que 100°C/s em um tempo de residência menor do que 0.5 segundos, enquanto que as outras duas são realizadas em taxas de aquecimento menores e tempo de residência maiores (TOSCANO MIRANDA et. al., 2021; FARDHYANTI et al., 2022). A Figura 1 representa o esquema da planta de pirólise rápida. De maneira geral, menores temperaturas e maiores tempos de residência favorecem a produção de sólidos, enquanto que na situação oposta a obtenção de gases é favorecida. O intermédio destes dois casos (pirólise rápida) promove a geração de líquidos. Partículas maiores dificultam o processo de degradação térmica devido à maior resistência térmica à penetração de calor. Como o processo de pirólise rápida ocorre geralmente em taxas de aquecimento moderadas, há o aprisionamento de voláteis no interior dos sólidos, favorecendo a ocorrência de reações secundárias de conversão do bio-óleo. Entretanto, a maximização da produção de bio-óleo pode ocorrer após a moagem da biomassa até cerca de 1-2 mm (LUENGO et al., 2009; ELLENS & BROWN, 2011; SAN MIGUEL et al., 2012; BALDASSIN JÚNIOR, 2015; TOSCANO MIRANDA et al., 2021). Além do tamanho e das propriedades físico-químicas da biomassa, a pressão, o tipo de reator, o modo de transferência de calor e o tipo de atmosfera são fatores que influenciam diretamente no rendimento do processo (BALDASSIN JÚNIOR, 2015; VARMA & MONDAL, 2017; AYYADURAI & ARUNACHALAM, 2022). Para o processo de pirólise rápida, diversas configurações de reatores estão sendo avaliadas, como por exemplo, o reator de leito borbulhante (BRANDÃO et al., 2018; JAE et al., 2014; TOSCANO MIRANDA et al., 2021), de leito fixo (MEIER et al., 2013; TOSCANO MIRANDA et al., 2021), de leito circulante (LAPPAS et al., 2002). No estudo de Montoya et al. (2015), foi relatado que os reatores de leito fluidizado e de queda livre são os mais utilizados pela indústria, a exemplo da Dynamotive, da METSO/UPM e da ENSYN, em virtude dos seus baixos custos de operação e de construção. Bio-óleo O bio-óleo é a denominação genérica da fase líquida obtida ao final da pirólise de qualquer tipo de biomassa, o qual possui coloração marrom escura e apresenta um poder calorífico entre 16 a 25 MJ/kg. Ele é composto por aldeídos, cetonas, ácidos orgânicos, fenóis, ésteres, éteres, furanos, álcoois e alcenos. Além destes, encontram-se também carboidratos anidros, levoglucosanas, lignina pirolítica, água e alguns compostos nitrogenados. Destes, os compostos fenólicos estão presentes em maior quantidade e são os responsáveis pela baixa qualidade do bio-óleo, pois diminuem o poder calorífico e elevam a acidez, a instabilidade e a viscosidade. Os componentes do bio-óleo são derivados de reações de despolimerização e fragmentação da celulose, hemicelulose e lignina presentes na biomassa (BALAT et al., 2009; ISLAM et al., 2010; BERTERO et al., 2012; MEIER et al., 2013; KIM et al., 2014; MONTOYA et al., 2015; VARMA & MONDAL, 2017; TREEDET & SUNTIVARAKORN, 2017; FARDHYANTI et al., 2022), sendo sua composição química afetada pela tecnologia e pelas condições operacionais empregadas, além do pré- tratamento empregado na biomassa e o uso de catalisador, entre outros fatores (QIANG et al. 2009). As propriedades descritas pela literatura do bio-óleo de pirólise rápida, utilizando o bagaço de cana-de-açúcar, estão apresentadas na Tabela 2. Estudo de caso: Rendimento dos produtos da pirólise Os rendimentos dos produtos da pirólise de bagaço de fibra de cana (considera-se base úmida da biomassa alimentada no reator) foram calculados a partir dos experimentos realizados em diferentes temperaturas de trabalho. Os resultados dos rendimentos, apresentados na Tabela 3 são expressos em % e calculados a partir das médias das massas de biomassa alimentada e do peso final dos produtos da pirólise.

Tabela 1 / Figura 1

Tabela 1: Composição percentual dos constituintes do \r\nbagaço de cana em base seca.\r\nFigura 1: Planta de pirólise rápida.

Tabela 2 / Tabela 3

Tab2: Propriedades do bio-óleo oriundo da pirólise \r\nrápida do bagaço da cana.\r\nTab3: Resultados dos rendimentos dos testes de \r\npirólise da fibra de cana.

Conclusões

O bagaço de cana-de-açúcar é uma biomassa promissora para a produção de biocombustível devido suas características físico-químicas. Dados da literatura evidenciam que o processo de pirólise rápida é o mais adequado para favorecer a produção de bio-óleo em relação a pirólise lenta e a flash. As características da biomassa, bem como as condições operacionais e o tipo de reator empregados são fatores que influenciam diretamente no rendimento e qualidade do produto. No estudo de caso, a menor temperatura empregada (330°C) favoreceu a produção de sólidos, enquanto que ao aumentar a temperatura, os rendimentos dos outros dois produtos são favorecidos. Para a maximização da produção do bio-óleo, a temperatura de operação deve ficar em torno de 500°C. No geral, para a promoção de líquidos, a biomassa deve apresentar teor de voláteis acima de 70% e a taxa de aquecimento não deve ser elevada. Por fim, reatores de leito fluidizado são os mais indicados para o processo.


Agradecimentos

Os autores agradecem a Tecnored e a CAPES pelo apoio financeiro, e a Faculdade de Engenharia Química da Unicamp (FEQ) pelo auxílio na realização do projeto de pesquisa.


Referências

AHMAD, S. F. K.; ALI, U.F. M.; ISA, K. M. Compilation of liquefaction and pyrolysis method used for bio-oil production from a various biomass: A review. Environmental Engineering Research. v. 25, n. 1, p. 18-28, 2020.
ANUKAM, A.; MAMPHWELI, S.; REDDY, P.; MEYER, E.; OKOH, O. Pre-processing of sugarcane bagasse for gasification in a downdraft biomass gasifier system: A comprehensive review. Renewable and Sustainable Energy Reviews. v. 66, p. 775-801, 2016.
ASADULLAH, M.; RAHMAN, M. A.; ALI, M. M.; RAHMAN, M. S.; MOTIN, M. A.; SULTAN, M. B.; ALAM, M. R. Production of bio-oil from fixed bed pyrolysis of bagasse. Fuel. v. 86, p. 2514-2520, 2007.

AYYADURAI, S.; ARUNACHALAM, K. D. Experimental investigations on sugarcane bagasse pyrolytic oil production from flash pyrolysis using a Rotary screw reactor. Biofuels, Bioproducts & Biorefining. v. 16, p. 576-586, 2022.
BALDASSIN JÚNIOR, R. Pirólise rápida de cana-de-açúcar integral em reator piloto de leito fluidizado. Campinas: Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas, 2015. 165 p. Tese (Doutorado).

BALAT, M.; BALAT, M.; KIRTAY, E.; BALAT, H. Main routes for the termo-conversion of biomas sinto fuels and chemicals. Part I: Pyrolysis systems. Energy Conversion and Management. v. 50, p. 3147-3157, 2009.
BERTERO, M.; DE LA PUENTE, G.; SEDRAN, U. Fuels from bio-oils: Bio-oil production from diferente residual sources, characterization and termal conditioning. Fuel. v. 95, p. 263-271, 2012.
BIZZO, W. A.; LENÇO, P. C.; CARVALHO, D. J.; VEIGA, J. P. S. The generation of residual biomass during the production of bio-ethanol form sugarcane, its characterization and its use in energy production. Renewable and Sustainable Energy Reviews. v. 29, p. 589-603, 2014.
BRANDÃO, F. L.; VERÍSSIMO, G. L.; LEITE, M. A. H.; LEIROZ, A. J. K.; CRUZ, M. E. Computational Study of Sugarcane Bagasse Pyrolysis Modeling in a Bubbling Fluidized Bed Reactor. Energy and Fuels, v. 32, n. 2, p. 1711–1723, 15 fev. 2018.
CEREIJO, G. N.; CURTO-RISSO, P.; BIZZO, W. A. Simplified model and simulation of biomass particle suspension combustion in one-dimensional flow Applied to bagasse boilers. Biomass and Bioenergy. V. 99, p. 38-48, 2017.
DAOOD, S. S.; MUNIR, S.; NIMMO, W.; GIBBS, B. M. Char oxidation study of sugar cane bagasse, cotton stalk and Pakistani coal under 1% and 3% oxygen concentrations. Biomass and Bioenergy. v. 34, p. 263-271, 2010.
DU, S.; SUN, Y.; GAMLIEL, D. P.; VALLA, J. A.; BOLLAS, G. M. Catalytic pyrolysis of miscanthus×giganteus in a spouted bed reactor. Bioresource Technology, v. 169, p. 188–197, 2014.
EMBRAPA. OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL-ODS. Disponível em: https://www.embrapa.br/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavelods/o-que-sao-os-ods. Acesso em: 24 de maio de 2023.
ENSYN. Aplicações RTP. 2015. Disponível em: http://www.ensyn.com/rtp-applications.html. Acesso em: 17 de março de 2023.
FARDHYANTL, D. S.; MEGAWATL; CHAFIDZ, A.; PRASETLAWAN, H.; RAHARJO, P. T.; HABLBAH, U.; ABASAEED, A. E. Production of bio-oil from sugarcane bagasse by fast pyrolysis and removal of phenolic compounds. Biomass Conversion and Biorefinary. v. 12, n. 3, p. 1-11, 2022.
GOYAL, H. B.; DIPTENDU, S.; SAXENA, R. C. Bio-fuels from thermochemical conversion of renewable resources: A review. Renewable and Sustainable Energy Reviews. v. 12, p. 504-517, 2008.
GUEDES, R.E.; LUNA, A.S.; TORRES, A. R. Operating parameters for bio-oil production in biomass pyrolysis: A review. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis. v.129, p. 134-149, 2018.
ISLAM, M. R.; PARVEEN, M.; HANIU, H. Properties of sugarcane waste-derived bio-oils obtained by fixed-bed fire-tube heating pyrolysis. Bioresource Technology. v. 101, p. 4162-4168, 2010.
JAE, J.; COOLMAN, R.; MOUNTZIARS, T. J.; HUBER, G. Catalytic fast pyrolysis of lignocellulosic biomass in a process development unit with continual catalyst addition and removal. Chemical Engineering Science, v. 108, p. 33–46, 28 abr. 2014.
JAYARAMAN, K.; GOKALP, I.; PETRUS, S.; BELANDRIA, V.; BOSTYN, S. Energy recovery analysis from sugar cane bagasse pyrolysis and gasification using thermogravimetry, mass spectrometry and kinetic models. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis. v. 132, p. 225-236, 2018.
KANG, K.; QIU, L.; ZHU, M.; SUN, G.; WANG, Y.; SUN, R. Codensification of agroforestry residue with bio-oil for improved fuel pellets. Energy & Fuels. v. 32, p. 598-606, 2018.
KIM, J.; OH, S.; HWANG, H.; MOON, Y.; CHOI, J. W. Assessment of miscanthus biomass (Miscanthus sacchariflorus) for conversion and utilization of bio-oil by fluidized bed type fast pyrolysis. Energy. v. 76, p. 284-291, 2014.
LAPPAS, A. A.; SAMOLADA, M. C.; IATRIDIS, D. K.; VOUTETAKIS, S. S.; VASALOS, L. A. Biomass pyrolysis in a circulating fluid bed reactor for the production of fuels and chemicals. Fuel. v. 81, p. 2087-2095, 2002.
LIN, B.; CHEN, W. Sugarcane bagasse pyrolysis in a carbon dioxide atmosphere with conventional and microwave-assisted heating. Frontiers in Enenrgy Research. v. 3, p. 1-9, 2015.
MEIER, D.; van de BELD, B.; BRIDGEWATER, A. V.; ELLIOTT, D. C. OASMAA, A.; PRETO, F. State-of-the-art of fast pyrolysis in IEA bioenergy member countries. Renewable and Sustainable Energy Reviews. v. 20, p. 619-641, 2013.
MONTOYA, J. I.; VALDÉS, C.; CHEJNE, F.; GÓMEZ, C. A.; BLANCO, A.; MARRUGO, G.; OSORIO, J.; CASTILHO, E.; ARISTÓBULO, J.; ACERO, J. Bio-oil production from Colombian bagasse by fast pyrolysis in a fluidized bed: An experimental study. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis. v. 112, p.379-387, 2015.

MOUSAVI-AWAL, S.; SAHOO, K.; NEPAL, P.; RUNGE, T.; BERGMAN, R. Environmental impacts and techno-economic assessments of biobased products: A review. Renewable and Sustainable Energy Reviews. v. 180, p. 113302, 2023.
QIANG, L.; WEN-ZHI, L.; XI-FENG, Z. Overview of fuel properties of biomass fast pyrolysis oils. Energy Conversion and Management. v. 50, p. 1376-1383, 2009.
RIBEIRO, A.; RODE, M. Residual biomass energy potential: perspectives in a peripheral region in Brazil. Clean Technologies and Environmental Policy. v. 21, p. 733-744, 2019.
SOHAIB, Q.; MUHAMMAD, A.; YOUNAS, M. Fast pyrolysis of sugarcane bagasse: Effect of pyrolysis conditions on final Product distribution and properties. Energy Sources Part A: Recovery, Utilization, and Environmental Effects. v. 39, n. 2, p. 184-190, 2017.
SUNDARAMOORTHY, S.; KAMATH, D.; NIMBALKAR, S.; PRICE, C.; WENNING, T.; CRESKO, J. Energy Efficiency as a Foundational Technology Pillar for Industrial Decarbonization. Sustainability. v. 15, p. 9487, 2023.
TOSCANO MIRANDA, N.; MOTTA, I. L.; MACIEL FILHO, R.; MACIEL, M. R. W. Sugarcane bagasse pyrolysis: A review of operating conditions and products properties. Renewable and Sustainable Energy Reviews. v. 149, p. 111394-111414, 2021.

TREEDET, W.; SUNTIVARAKORN, R. Fast pyrolysis of sugarcane bagasse in circulating fluidized bed reactor – Part A: Effect of hydrodynamics performance to bio-oil production. Energy Procedia. v. 138, p. 801-805, 2017.
VARMA, A. K.; MONDAL, P. Pyrolysis of sugarcane bagasse in semi batch reactor: Effects of process parameters on Product yields and characterization of products. Industrial Crops and Products. v. 95, p. 704-717, 2017.
ZHANG, T.; QIU, L.; WANG, Y.; ZHANG, C.; KANG, K. Comparison of bio-oil and waste cooking oil as binders during the codensification of biomass: Analysis of the pellet quality. BioEnergy Research. v. 12, p. 558-569, 2019.

PATROCINADORES

CFQ PERKINELMER ACMA LABS BLUCHER SEBRAE CRQ XV CAMISETA FEITA DE PET LUCK RECEPTIVO

APOIO

UFRN UFERSA IFRN PPGQ IQ-UFRN Governo do Estado do Rio Grande do Norte Natal Convention Bureau Nexa RN