INOVANDO O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM COM O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NO COMPONENTE CURRICULAR DE QUÍMICA: Relato de experiência

ÁREA

Ensino de Química


Autores

Pinho, W.T. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Santos, A.J.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Dias, V.L.N. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Ferreira, J.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Cordeiro, J.F.S.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Pereira, D.S.P. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Bezerra, J.F.O.S.B. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO)


RESUMO

A Escola Maria José Aragão busca sempre a inovação, com projetos que envolvem dança, teatro, aulas diversificadas usando tecnologia, dentre outros, conseguinte à isso, a pesquisa foi feita a partir do Programa Residência Pedagógica (UEMA) na escola, onde os residentes auxiliam o professor, tendo foco em avaliar a relevância do uso de recursos tecnológicos no ensino de Química, através de aulas interativas, gamificação, laboratórios virtuais, entre outros recursos, afim de tornar o ensino mais dinâmico, adaptado às necessidades dos alunos, equilibrando a tecnologia com métodos tradicionais, evitando dependência excessiva e desigualdades, discutindo os prós e contras desses recursos. Dessa forma tornando o ensino de Química mais dinâmico e visual para uma educação mais competente e eficaz.


Palavras Chaves

Inovação; Ensino de Química; Recursos tecnologicos

Introdução

A Lei n° 13.415/2017, lei que sanciona o Novo Ensino Médio (BRASIL, 2017), levantou muitas discussões sobre os caminhos corretos e mais eficazes para o melhoramento dos resultados já estagnados da educação brasileira. Uma vez que muitos profissionais da educação questionaram a real eficiência e produtividade dessa reforma educacional. O novo modelo de Ensino Médio surge a partir dessas problemáticas, com o intuito de diminuir a distância entre os conteúdos ministrados em sala de aula e a realidade do educando em sociedade. Em virtude disso, a escola Maria José Aragão busca sempre inovar através de programas de apoio à cultura, como, por exemplo, o Grupo de Arte Maria Aragão (GAMAR) que é um projeto de incentivo ao convívio dos alunos com a sociedade por meio da dança e do teatro, também recorrendo a eventos mensais a partir de datas comemorativas do calendário, bem como, a aulas diversificadas com uso de tecnologias que promovem um ensino adequado às necessidades dos alunos, preparando-os para viver em sociedade e enfrentar os desafios de um mercado de trabalho dinâmico. O Programa de Residência Pedagógica pelo curso de Química Licenciatura da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) dividiu- se em 3 escolas com participação de residentes bolsistas e voluntários na qual, a escola Maria Aragão recebeu 6 residentes com as divisões de 3 residentes no turno da manhã e 3 residentes no turno da tarde. Incumbidos de conhecer a rotina docente tendo foco principal, o uso de recursos tecnológicos durante as aulas. O Novo Ensino Médio tem como foco, o cultivo da iniciativa e do planejamento de vida dos alunos, por meio da escolha do itinerário de formação, de modo que foi organizado em competências e habilidades a serem alcançadas e trabalhadas com os estudantes, tornando as disciplinas, não mais isoladas, mas, integradas. O objetivo dessa mudança é garantir uma educação de qualidade para todos os jovens brasileiros e aproximar a escola da realidade dos alunos de hoje, levando em consideração as novas demandas da sociedade e a complexidade entre trabalho e vida. Os estudantes terão liberdade para construir o seu itinerário formativo, através de orientação que deverá ser disponibilizada pela escola. O aluno também irá adquirir conhecimento relevante voltado para o mundo em sociedade, como saúde emocional, meio ambiente, empreendedorismo, cultura, prática científica, entre outros. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade (BRASIL, 2017, p. 9). A escola em que ocorreu o Programa de Residência Pedagógica já referida, CE Maria José Aragão, é uma Escola-piloto do Novo Ensino Médio desde o ano de 2021, sendo o seu grande diferencial, a sua capacidade de interagir de forma mais íntima com o aluno, através de várias ações realizadas, principalmente em datas específicas, como, por exemplo, o São João, onde é realizado um projeto cultural em que os alunos podem apresentar danças típicas da cultura local, o dia dos namorados, em que a gestão organiza um encontro dos alunos no pátio da escola para que mandem cartas, sendo anônimas ou não, visando demonstrar afeto pelos seus professores ou colegas de classe, promovendo socialização entre a comunidade escolar, etc. As aulas seguindo o modelo tradicional muitas vezes podem se tornar monótonas para os alunos, porém, com os inovadores recursos tecnológicos de ensino, os educadores têm a possibilidade de empregar ferramentas que conferem dinamismo às aulas, captando o interesse dos estudantes. Tem-se por exemplo o recurso de Aulas Interativas, Gamificação, Aprendizado Personalizado, Colaboração Online, Aplicativos Educativos, Laboratório Virtual, entre outros.


Material e métodos

Os recursos tecnológicos foram utilizados da seguinte forma: Aulas Interativas: plataformas de aprendizado online, aplicativos educacionais e recursos multimídia, usados para criar aulas mais interativas. Vídeos, simulações, quizzes e atividades práticas online podem ajudar os alunos a compreenderem melhor os conceitos. Um exemplo de seu uso foi o aplicativo “Sistema do Corpo Humano 3d”, onde abordamos o sistema digestório do corpo humano, fazendo-os visualizar cada parte do processo da digestão de uma forma dinâmica no Itinerário Formativo de Saúde, a fim de revisar conteúdos já trabalhados para melhor entendimento. Gamificação: elementos de jogos incorporados ao ensino. Pontuações, competições saudáveis e recompensas podem tornar o processo de aprendizado mais divertido. O aplicativo Kahoot, foi utilizado para a realização de um questionário sobre modelos atómicos para avaliar as dificuldades após a aula trabalhada. A principal característica do Kahoot é a capacidade de criar perguntas de múltipla escolha, verdadeiro/falso e de correspondência, acompanhadas de opções de resposta. Os alunos responderam às perguntas propostas em tempo real, seja individualmente ou em dupla (pois nem todos os alunos tinham acesso à internet), usando smartphones. A plataforma exibiu as perguntas e opções de resposta de forma visualmente atraente e competitiva, incentivando a participação ativa e saudável entre os alunos. No final, uma classificação foi exibida, criando um elemento de diversão e engajamento enquanto os alunos aprendiam e testavam seus conhecimentos. Laboratório Virtual: para disciplinas práticas, como ciências, são utilizados laboratórios virtuais, onde os alunos podem realizar experimentos simulados. Utilizado em sala, o simulador PhET, funcionou através de simulações interativas que permitiram aos alunos explorarem situações e experimentos virtuais. Isso ajudou os alunos a visualizarem e experimentarem conceitos abstratos, tornando a aprendizagem mais concreta e significativa, o simulador utilizado foi sobre os modelos atómicos, em que o objetivo foi comprovar a existência da eletrosfera, além de diferenciar as cargas negativas presentes na eletrosfera e as positivas presentes no núcleo do átomo e sobre eletricidade, onde o objetivo do simulador era descrever e desenhar modelos para conceitos comuns de eletricidade estática (transferência de carga, indução, atração, repulsão e aterramento) e prever a força de acordo com a distância em várias configurações de carga. Colaboração Online: plataformas de colaboração online permitem que os alunos trabalhem juntos em projetos, mesmo que não estejam fisicamente no mesmo lugar. Isso ajuda a desenvolver habilidades de trabalho em equipe e comunicação. Exemplo: seminário em grupo, onde os alunos fizeram maquetes (conforme imagem 2) sobre as principais descobertas dos cientistas Dalton, Thomsom, Bohr, Rutherford e Schroedinger.


Resultado e discussão

ELEMENTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO A introdução de atividades que instiguem o ambiente escolar assume um papel crucial na melhoria do desempenho acadêmico dos alunos. Nesse contexto, a tecnologia ganha uma importância central, deixando de ser uma mera dimensão secundária da educação. Através dela, torna-se viável criar métodos de avaliação mais interativos, prestar auxílio personalizado aos alunos que enfrentam desafios em determinadas matérias e reduzir a taxa de insucesso escolar. [...] o uso de tecnologias para aprimorar os resultados educacionais e promover a inclusão social na educação toma duas formas principais. A primeira é o uso de tecnologias para promover a inclusão social em termos de oportunidades e resultados educacionais. Há muito, as TIC-Tecnologia de Informação e Comunicação foram promovidas como meios particularmente apropriados para que os cidadãos desempenhassem papéis ativos na melhoria das perspectivas educacionais. A segunda é o uso da educação para garantir a inclusão social em termos de oportunidades e resultados tecnológicos. Neste sentido, instituições educacionais como as escolas [...] propiciam um acesso às TIC, uma vez que se considera que a formação em competências e perícias tecnológicas fornece aos indivíduos as capacidades informacionais necessárias para tirar o melhor proveito das TIC (SELWYN,2008, p. 819). A integração de recursos tecnológicos na educação oferece diversos benefícios que permitem aprendizado flexível e personalizado, atendendo às necessidades individuais dos alunos, os recursos multimídia, como vídeos e simulações interativas, tornam os conceitos mais compreensíveis e interessantes, plataformas de aprendizado online promovem a autoaprendizagem e a gestão do tempo, a colaboração digital facilita projetos em grupo, independentemente da localização e a avaliação online diversificada fornece feedback rápido e detalhado sobre o desempenho dos alunos. Contudo, é interessante ressaltar que o emprego crescente de recursos tecnológicos na educação acarreta desafios significativos. A dependência excessiva de dispositivos pode conduzir ao isolamento social, limitando a interação interpessoal vital para o desenvolvimento social e emocional dos alunos, além disso, a confiabilidade questionável do conteúdo online, somada à falta de orientação adequada, pode induzir à disseminação e internalização de informações imprecisas, prejudicando a compreensão precisa dos tópicos abordados (CARNEIRO; FIGUEIREDO; LADEIRA, 2020). ENSINO DE QUÍMICA E RECURSOS TECNOLÓGICOS É de suma importância ressaltar que a qualidade do ensino depende de muitos fatores como a infraestrutura, organização e gestão de uma escola, mas não podemos deixar de observar que a qualidade do ensino também requer do educador uma abordagem prática dos conteúdos, aliada a uma visão ampla das adversidades presentes na sala de aula, dentre essas complexidades, destaca-se a forma como o educador se comunica com os alunos, assim como a maneira pela qual ele explora determinados temas. Muitas vezes, essa interação não ocorre de maneira clara e precisa, dificultando a compreensão daqueles que buscam assimilar as informações transmitidas. O uso de recursos tecnológicos vem sendo fundamental para vencer os desafios do dia a dia escolar, principalmente no ensino de Química, onde grande parte do conteúdo é mais compreendido através da visualização, que é trazida de maneira bastante eficaz por sites, aplicativos e programas da área. A Química é uma disciplina intrinsecamente visual e abstrata, muitas vezes envolvendo estruturas moleculares complexas e reações que podem ser difíceis de conceituar apenas por meio de palavras e imagens estáticas, nesse contexto, a tecnologia oferece uma série de benefícios que revolucionam o modo como os alunos aprendem e interagem com os conceitos químicos. Recursos como simulações interativas proporcionam um ambiente virtual onde os alunos podem manipular moléculas, observar reações e compreender fenômenos em nível molecular. Isso permite que eles visualizem o comportamento das substâncias e as mudanças que ocorrem durante as reações químicas, tornando o aprendizado mais concreto e envolvente. Além disso, a utilização de vídeos explicativos oferece a oportunidade de apresentar experimentos e demonstrações que podem não ser viáveis no ambiente da sala de aula. Os alunos podem assistir a experimentos complexos e perigosos de maneira segura, observando os procedimentos e resultados como se estivessem presentes, desse modo, estimulando o interesse, a curiosidade e a compreensão prática dos fenômenos químicos. Um dos recursos tecnológicos amplamente empregados no ensino de Química é o PhET, simulador que imerge os estudantes em um ambiente virtual de forma intuitiva, semelhante a um jogo, onde eles aprendem através da exploração e descoberta. O PhET oferece 39 simulações abrangendo diversos campos da Química, como Química Geral, Química Inorgânica e Físico-Química, sua acessibilidade também é uma das razões primordiais para sua utilização no processo de ensino- aprendizagem da Química, uma vez que as simulações podem ser facilmente acessadas sem a necessidade de download, podendo ser utilizadas em smartphones ou notebooks com acesso à internet. Do ponto de vista construtivista ou cognitivista, um software é utilizado como uma ferramenta educacional de base teórica nos pressupostos da teoria piagetiana, cujo objetivo é propor a interação entre o sujeito e o objeto na produção de conhecimentos (GURGEL; AGUIAR; SILVA, 2013, p. 381). No entanto, é importante considerar que a tecnologia deve ser empregada de forma equilibrada, complementando abordagens pedagógicas tradicionais. Alguns alunos podem enfrentar desafios tecnológicos ou preferir métodos de ensino mais convencionais. Portanto, a combinação sensata de recursos tecnológicos e interações humanas é essencial para garantir um aprendizado completo e eficaz. Em uma das etapas em que foram introduzidos os recursos tecnológicos, observou- se um resultado positivo, como evidenciado pelas notas, do 1° período letivo, atribuídas (conforme tabela 1) aos seminários apresentados pelos estudantes do primeiro ano do Ensino Médio no CE Maria Aragão. Ficou evidente que houve uma compreensão aprofundada do conteúdo lecionado, ampliada pela incorporação dos recursos tecnológicos, uma vez que 100% dos participantes que realizaram as apresentações (26 alunos, de um total de 38) obtiveram aprovação na referida nota. Além da nota do seminário, todos os alunos realizaram uma prova para obtenção de nota do período em questão, dessa forma os alunos que fizeram a apresentação do seminário teriam 2 notas e os que realizaram somente a prova, teriam 1 única nota, em virtude a isso, o professor colocou a maior nota, das 2 em questão, como nota final.

Notas Seminário

Tabela com as notas referentes ao seminário.

Exibição Maquetes Seminário

Exibição das maquetes do seminário em grupo sobre \r\nmodelos atômicos.

Conclusões

O Novo Ensino Médio trouxe consigo muitas discussões e reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem, pois nos tirou do comodismo que havia há muito se instalado no sistema educacional brasileiro. Juntamente a essas problemáticas, temos o avanço tecnológico acelerado, ao qual o sistema educacional não pode negligenciar, de maneira que é mister a discussão sobre o uso de recursos tecnológicos no processo educacional. No que diz respeito à experiencia de residência no Maria José Aragão, foi possível observar que a dinâmica de implementação desse novo modelo tem sido, com suas ressalvas, bem-sucedida. O uso dos recursos tecnológicos na escola tem sido enriquecedor, porquanto, tem tornados as aulas de química mais leves e claras. Os aplicativos tecnológicos como o PhET, tem sido grandes parceiros de professores que procuram fazer de suas aulas o mais próximas possível da vivência dos alunos, por meio de simulações interativas, vídeos explicativos e imagens ilustrativas. Isso torna a experiência do aprender muito mais dinâmica e acessível a todos, no sentido de que conteúdos de alta complexidade se tornam observáveis a olho nu, consequentemente mais palpáveis. Em resumo, o uso de recursos tecnológicos no ensino de Química amplia as possibilidades de aprendizado, tornando-o mais visual, prático e envolvente. Isso contribui para a formação de estudantes com uma compreensão mais sólida e aplicável dos princípios químicos, preparando-os para os desafios de uma sociedade cada vez mais baseada na tecnologia. Enfatiza-se a importância da integração equilibrada entre tecnologia e métodos tradicionais no processo de ensino-aprendizagem. Destacando-se o papel dos recursos tecnológicos na melhoria da qualidade do ensino de Química e a promoção de uma reflexão sobre os desafios e benefícios que essa abordagem traz para a educação.


Agradecimentos

Agradeço a UEMA, ao grande auxílio da Diretora do Curso de Química Vera Lucia Neves Dias, a orientação de Alan Jhones da Silva Santos e a parceria em sala de aula do professor do Residencia Pedagógica Silvio Raimundo Costa Marcos.


Referências

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Brasília, 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20152018/2017/Lei/L13415.htm. Acesso em: 28. ago. 2023.

CARNEIRO, Auner Pereira; FIGUEIREDO, Ismérie Salles de Souza; LADEIRA, Thalles Azevedo. A importância das tecnologias digitais na Educação e seus desafios. Revista Educação Pública, v. 20, nº 35, 15 de setembro de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/35/joseph-a-importancia-das-tecnologias-digitais-na-educacao-e-seus-desafios-a-educacao-na-era-da-informacao-e-da-cibercultura. Acesso em: 28. ago. 2023.

GURGEL, C. R.; AGUIAR, G. E.; SILVA, N. N. Avaliação como espaço de aprendizagem em softwares educativos. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 21, n. 79, p. 371-388, 2013.

SELWYN, N. O uso das TIC na educação e a promoção de inclusão social: uma perspectiva crítica do Reino Unido. Educ. Soc., Campinas, 29, (104), 815-850, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v29n104/a0929104.pdf. Acesso em: 28 ago. 2023.



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