A IMPORTÂNCIA DE MAPAS CONCEITUAIS PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA ESTUDUAL DE PAULISTANA, PI

ÁREA

Ensino de Química


Autores

Marques, S.R.O. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUI-CAMPUS PAULISTANA) ; Rego, G.A.S. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUI-CAMPUS PAULISTANA) ; Sousa, G.A. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUI-CAMPUS PAULISTANA) ; Araujo, F.C. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUI-CAMPUS PAULISTANA) ; Araújo, F.R. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUI-CAMPUS PAULISTANA) ; Costa, L.S. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUI-CAMPUS PAULISTANA) ; Lima, M.A. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUI-CAMPUS PAULISTANA) ; Silveira, F.F. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUI-CAMPUS PAULISTANA)


RESUMO

Os Mapas Conceituais são ferramentas que podem auxiliar professores e estudantes no processo de ensino e aprendizagem, permitindo a organização e entendimento de conteúdos. Este trabalho tem como objetivo investigar a contribuição de Mapas Conceituais como recurso didático no ensino de Química em uma escola pública estadual, situada em Paulistana, Piauí. A pesquisa de natureza qualitativa foi realizada com estudantes de duas turmas do 1º ano do Ensino Médio por meio da aplicação de questionário, sendo que os dados foram interpretados utilizando procedimentos da análise do conteúdo e organizados em forma de gráfico. Portanto, foi possível constatar o potencial dos Mapas Conceituais na aprendizagem dos estudantes, visto que contribuiu na compreensão do conteúdo ministrado.


Palavras Chaves

Estratégia Metodológica; Ensino de Química; Mapas Conceituais

Introdução

A utilização da temática de Mapas Conceituais em sala de aula é relevante, pois proporciona a organização e visualização de informações de forma clara e objetiva. Nesse sentido, auxilia a estruturação do conhecimento de maneira lógica e hierárquica, facilita o entendimento do conteúdo, estimula a participação ativa dos estudantes e envolvimento no processo de aprendizagem (MOREIRA, 2012). Assim, “os Mapas Conceituais apresentam uma “nova” maneira de organizar, estruturar e hierarquizar os conteúdos de disciplinas – ou de qualquer assunto ou tema – por meio da organização cognitiva daqueles que os elaboram” (SILVA, 2015, p. 786). A elaboração adequada de Mapas Conceituais pode promover benefícios nas aulas, despertando a curiosidade, criatividade e autonomia. Segundo Moreira (2010, p. 18), “a aprendizagem é dita significativa quando uma nova informação (conceito, ideia, proposição) adquire significados para o aprendiz através de uma espécie de ancoragem [...]”. A conexão do novo saber com o conhecimento prévio ocasiona a aprendizagem significativa. Logo, é possível obter um maior interesse pelo conteúdo, aprimorar as competências e engajar ativamente no processo de aprendizagem. Este trabalho é fruto das experiências educacionais no Programa Residência Pedagógica do Instituto Federal do Piauí (IFPI), apresenta como justificativa a relevância de Mapas Conceituais no ensino de Química, visto que a referida área é complexa e envolve uma diversidade de conceitos interconectados, tornando na maioria das vezes de difícil compreensão por parte dos alunos. O objetivo é investigar a importância do uso de Mapas Conceituais como recurso didático no ensino e aprendizagem de Química no 1º ano do Ensino Médio de uma escola pública estadual.


Material e métodos

Esta pesquisa apresenta abordagem qualitativa que de acordo com Minayo (2010), envolve interpretação e análise de um determinado fenômeno, permitindo maior compreensão da temática em investigação. O lócus do estudo foi na unidade escolar CETI Lucinete Santana da Silva, pertencente a rede estadual de ensino da 17ª Gerência Regional de Educação (GRE). Está localizada na cidade de Paulistana-Piauí, há aproximadamente 470 km da capital Teresina. Na referida escola foi realizada a coleta de dados por meio de um questionário impresso, composto por quatro questões objetivas e subjetivas, com o intuito de identificar a contribuição do uso de Mapas Conceituais como estratégia metodológica para a aprendizagem de Química. Desse modo, os participantes da pesquisa foram alunos de duas turmas do 1º ano do Ensino Médio que tiveram a oportunidade de construir Mapas Conceituais sobre o conteúdo separação de misturas. Os dados coletados foram analisados através da análise do conteúdo (BARDIN, 2011), que pauta na sistematização, categorização e discussão. As respostas às questões do questionário estão apresentadas em gráficos, permitindo a melhor organização dos dados obtidos. Diante disso, com base na análise dos dados coletados após a intervenção, foi possível verificar se o uso de Mapas Conceituais teve algum impacto positivo no aprendizado de Química pelos alunos. Os sujeitos da pesquisa foram devidamente informados sobre o propósito da pesquisa e a confidencialidade das respostas. Portanto, o estudo foi conduzido conforme padrões éticos e legais exigidos em pesquisas com seres humanos, garantindo o respeito pelos direitos e a privacidade dos participantes.


Resultado e discussão

Nessa seção, são apresentados e discutidos os resultados do questionário aplicado em duas turmas do 1º ano do Ensino Médio sobre a contribuição dos Mapas Conceituais na aprendizagem de Química. Os resultados mostram que, durante o uso de Mapas Conceituais, 65% dos alunos notaram melhora significativa na aprendizagem, enquanto 31% afirmaram que houve uma melhora menos pronunciada. Por outro lado, 4% afirmaram não perceber diferença. Ferreira et al (2023), enfatizaram a eficácia dos Mapas Conceituais na compreensão de conteúdos de Química. Os Mapas Conceituais tiveram impactos variados. Enquanto 42% dos alunos perceberam efetiva ajuda na visualização das relações, 54% relataram auxílio parcial com desafios na compreensão de algumas conexões. No entanto, 4% afirmaram que os Mapas Conceituais não contribuíram para entender os conceitos. Os dados mostraram também que as opiniões dos alunos sobre o impacto dos Mapas Conceituais nas aulas de Química são diversas. Cerca de 69% sentiram maior interesse e participação, 23% perceberam melhorias parciais e 8% não notaram diferença na aprendizagem. Assim, os resultados refletem diferentes percepções sobre o efeito dessa ferramenta nas aulas de Química. Aproximadamente 65% apoiam a continuidade dos Mapas Conceituais devido à eficácia percebida, enquanto 35% veem valor nos Mapas, mas sugerem utilizar outras estratégias. Surpreendentemente, nenhum aluno (0%) se opôs ao uso dos Mapas, indicando aceitação dessa abordagem no ensino de Química. Dessa forma, “o mapa conceitual, instrumento facilitador na aprendizagem significativa, é um recurso utilizável de variadas formas no contexto escolar [...]” (SOUZA; BORUCHOVITCH, 2010, p. 205). Logo, é uma metodologia que auxilia no processo de ensino e aprendizagem.

Conclusões

Em um cenário educacional em constante evolução, a utilização de ferramentas pedagógicas essencial para maximizar o potencial de aprendizagem dos alunos. O presente estudo destacou investigar a contribuição de Mapas Conceituais como recurso didático no ensino de Química em uma escola pública estadual, situada em Paulistana, Piauí. Os resultados positivos observados no desempenho dos alunos que utilizaram Mapas Conceituais apontam para uma aprendizagem significativa. Através do poder dos Mapas Conceituais, o ensino de Química pode se tornar uma jornada de exploração intelectual enriquecedora.


Agradecimentos

-Programa Institucional de Residência Pedagógica - RP, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). - Instituto Federal do Piauí (IFPI) Campus Paulistana. - Escola-campo CETI Lucinete Santana da Silva.


Referências

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Traduzido por Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2011.

FERREIRA, N.; JUNIOR, J. B. S.; FORNARI, C. S.; TAVARES, S. Utilização de Mapas Conceituais na Mediação do Processo de Ensino-Aprendizagem de Química no Ensino Médio. Revista Debates em Ensino de Química, v. 9, n. 1, p. 56-73, 2023. https://doi.org/10.53003/redequim.v9i1.5010
MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa: a teoria e textos complementares. São Paulo: Livraria Editora da Física, 2012.
MOREIRA, M. A. Mapas conceituais e Aprendizagem Significativa. São Paulo: Centauro, 2010.

SILVA, E. C. Mapas conceituais: propostas de aprendizagem e avaliação. Administração: Ensino & Pesquisa, v. 16, n. 4, p. 785-815, outubro/dezembro, 2015. https://doi.org/10.13058/raep.2015.v16n4.385

SOUZA, N. A.; BORUCHOVITCH, E. Mapas conceituais: estratégia de ensino/aprendizagem e ferramenta avaliativa. Educação em Revista, Belo Horizonte, v.26, n.03, p.195-218, dez. 2010.  https://doi.org/10.1590/S0102-46982010000300010

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