A INFLUÊNCIA DO SIMULADOR EDUCACIONAL NO ENSINO DE MOLÉCULAS 3D NO COMPONENTE CURRICULAR QUÍMICA

ÁREA

Ensino de Química


Autores

Monteiro, W.M. (UNIFAP) ; Oliveira, H.M. (SEED/AP) ; Santos, K.L.B. (UNIFAP)


RESUMO

A Química está inserida na área de Ciências da Natureza, onde é necessário adotar metodologias para suprir as dificuldades dos alunos. Realizou um estudo de campo para analisar a utilização do simulador educacional (PheT Interactive Simulation) no ensino de moléculas 3D. A pesquisa consiste em usar o PheT na explicação de Geometria Molecular. Utilizou-se duas turmas da primeira série do ensino médio, onde os dados foram coletados por meio de pré e pós-questionário e uma atividade complementar a fim de verificar a eficácia da ferramenta. Contudo, com a utilização do PheT para a contextualização do conteúdo, percebeu-se que é possível o ensino por meio de simuladores educacionais. Seu uso contribui para que os alunos compreendam a proposta da atividade, o seu desenvolvimento e seu resultado.


Palavras Chaves

Química; Simulador Educacional; Phet Simulations

Introdução

A área de ciências da natureza e suas tecnologias é composta por três componentes curriculares que são: Biologia, Física e Química (BRASIL, 2018). Os professores de química encontram dificuldades para ministrar suas aulas, buscando apenas repassar os conteúdos de forma tradicional, utilizando apenas o livro e ministrando aulas expositivas, deixando de utilizar outros recursos que possam facilitar o ensino dessa área. Utilizar novas ferramentas tecnológicas ao ensino, particularmente no componente curricular química, pode permitir a inovação do modo de ensino, que de modo geral são considerados como complexos e que não fazem parte da do cotidiano dos alunos (KLEIN, 2018). Uma das ferramentas que podem ser aplicadas dentro dos componentes curriculares são os softwares educativos, que possuem características voltadas para o processo de ensino e aprendizagem. Sendo assim, software educativo é todo e qualquer software aplicado com finalidade pedagógica, mesmo aqueles que não foram programados com este intuito (TAVARES; SILVA, 2017). Existem inúmeros softwares educativos, no entanto nessa pesquisa será aplicado o PheT Interactive Simulations. O projeto PhET Simulações Interativas da Universidade de Colorado Boulder foi fundado em 2002 pelo Prêmio Nobel Carl Wieman, esse software educativo cria simulações interativas gratuitas de matemática e ciências (Wieman s.d.). Segundo Leal, Silva e Meneses (2020), “o PhET é uma ferramenta bastante completa, seus simuladores podem ajudar, trazendo exemplos de como funciona os fenômenos". O simulador PhET auxilia na explicação dos fenômenos, com isso o discente consegue analisar, compreender e absorver o conteúdo aplicado pelo docente em sala de aula (BRASIL, 1996). Dessa forma, os simuladores podem facilitar a compreensão do aluno.


Material e métodos

A metodologia realizada neste projeto de pesquisa é de caráter exploratória, sendo uma pesquisa centrada em que o pesquisador atua diretamente no cenário pesquisado, isto é, o pesquisador é sujeito ativo no campo de pesquisa. A abordagem é quanti-qualitativo, pois além de buscar saber a eficácia de uma aula com o auxílio de um software educacional, também se busca saber as dificuldades específicas encontradas em sala de aula no assunto de geometria molecular. O público-alvo deste trabalho foram alunos da primeira série do ensino médio de duas turmas de uma escola pública da periferia da zona norte da cidade de Macapá-AP. As duas turmas foram denominadas em turma A (grupo controle) e turma B (grupo experimental). Vale ressaltar, que em ambos os grupos houve a aplicação de pré-questionário, e atividade complementar e o pós-questionário aplicou-se apenas para o grupo experimental para averiguar a opinião dos alunos em relação a ferramenta utilizada. Na qual, o grupo controle (GC) serviu como base para a pesquisa, e o grupo experimental (GE) para fazer a comparação do ensino e aprendizagem, por meio da utilização dos softwares educacionais como ferramenta de contextualização do ensino para verificar se houve uma melhor compreensão dos objetos de conhecimentos por parte dos discentes. Nesse projeto de pesquisa, não será divulgado o nome da escola campo e alunos a fim de manter a ética durante o processo da divulgação dos dados coletados. A análise dos dados coletados foi realizada por meio da interpretação dos dados dos pré e pós-questionários e atividade complementar aplicados durante a pesquisa. A tabulação dos dados coletados e a plotagem dos gráficos foram realizados com auxílio do software estatístico Microsoft Excel 365.


Resultado e discussão

Uma das perguntas do pós-questionário (Você acha que o simulador educacional (PheT) facilita a contextualização do ensino de Química?), com base nos dados coletados, compreende-se que a maioria dos alunos do grupo experimental se mostraram favorável com essa metodologia, acreditando assim que a contextualização do ensino de química por meio de simuladores educacionais em sala trará uma melhor compreensão nas aulas de química. Isso se deve ao fato de os alunos não acharem as aulas expositivas “atraentes”, por esse motivo eles acreditam que o simulador PheT por ser um recurso tecnológico inovador e por trabalhar com a contextualização irá beneficiar um melhor aprendizado em sala de aula, como se observa no gráfico 1. Entende-se que a partir do momento que se insere um recurso tecnológico nas abordagens dos objetos de conhecimento, o aluno passa a visualizar as moléculas, compreender, associar e discutir. De acordo com o PCNs (1999) “a contextualização é um recurso que deve ser utilizado para que a concretização dos conceitos”. Segundo Giordan (2008) os softwares desenvolvidos para auxiliar docentes e discentes são muito importantes para o ensino nas áreas onde se torna difícil a compreensão por parte do aluno, devido às características intrínsecas, como é o caso da Química. O componente curricular química contém grande quantidade de conceitos abstratos, os quais causam dificuldades no ensino e aprendizagem dos objetos de conhecimento. Observando o gráfico 2 da atividade complementar aplicada após a intervenção aos estudantes, compreende-se que houve um entendimento melhor por parte dos alunos que faziam parte do grupo experimental, haja vista que os mesmos conseguiram assimilar o conteúdo proposto em sala de aula com auxílio do simulador educacional PheT Simulations.

GRAFICO 1

Representação dos dados sobre a contextualização do simulador PheT

GRÁFICO 2

Representação dos dados da análise da atividade complementar

Conclusões

Analisando os resultados percebe-se que os alunos se sentem motivados para entender as aulas de química, quando se tem uso de aulas mais dinâmicas, com maior interação com o professor, mas para que haja êxito no ensino, em relação ao componente curricular química é necessário seguir estimulando os professores a trabalharem com essa ferramenta afim de contextualizar os objetos de conhecimento para que possibilite um ensino melhor. Com a utilização do PheT para a contextualização do ensino, é notória que, pela análise feita dos dados, percebeu-se que é possível o uso de simuladores educacionais.


Agradecimentos

AGRADEÇO A UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ - UNIFAP E AOS MEUS ORIENTADORES POR TODO O APOIO DURANTE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DA PESQUISA.


Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996.


GIORDAN, M. Computadores e linguagens nas aulas de ciências: uma perspectiva sociocultural para compreender a construção de significados. Ijuí: Editora Unijuí, 2008.


KLEIN, V. Histórias em Quadrinhos: Uma Alternativa Pedagógica para o Ensino de Química. 2018. 86 p. Dissertação (Mestrado em Tecnologias Educacionais em Rede) Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2018.

LEAL M. M.; SILVA A. T. S.; MENESES L. S. A utilização do simulador phet como ferramenta de ensino nas aulas on-line de ciências em uma escola do município de Água Branca – PI. CONEDI – VII Congresso Nacional da Educação – Maceio, 2020.


TAVARES, J. L; SILVA, L.T. G. Tipos e classificações de softwares educacionais. IV Congresso Nacional de Educação - CONEDU: João Pessoa, 2017.

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