A produção e aplicação de vídeos em stop motion como recurso pedagógico para a introdução do ensino da química em uma escola da cidade de São Luís-MA

ÁREA

Ensino de Química


Autores

Dutra, M.K.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Dias, V.L.N. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Ribeiro, M.E.P. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Ferreira, J.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Ribeiro, A.L.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Nascimento, R.J. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Silva, E.F.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Moraes, S.R.R. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Silva, K.F.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Silva, M.I.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO)


RESUMO

O vídeo como recurso pedagógico apresentasse como uma ótima ferramenta, uma vez que consegue atrair a atenção dos discentes e auxilia na construção do conhecimento. Foram produzidos vídeos em stop motion, em que objetos e cenários são fotografados de forma organizada e planejada, sendo realizada uma mudança minuciosa na posição do objeto a cada fotografia, que após edição em software, torna-se possível visualizar a animação produzida. Foram feitas as seguintes abordagens dos temas: Introdução – Conceitos Iniciais; Substâncias Puras e Misturas; Separação de materiais e Transformações químicas. Os resultados evidenciaram que os vídeos em stop motion despertou nos alunos o interesse pela área de química, demonstrando-se assim como uma ferramenta de ensino promissora.


Palavras Chaves

Tecnologia; Ensino de química; Stop Motion

Introdução

A popularização e a utilização de vídeos na educação são bem recentes e está associada ao fácil acesso a equipamentos de baixo custo que possibilitam a produção dos vídeos, não sendo restrito apenas às pessoas com formação técnica na área (BORBA, 2018). O vídeo como recurso pedagógico é uma ótima ferramenta, uma vez que consegue atrair a atenção dos discentes, auxiliando na construção do conhecimento. A partir disso, buscou-se produzir vídeos utilizando a técnica de animação stop motion, em que objetos e cenários são fotografados de forma organizada e planejada, sendo realizada uma mudança minuciosa na posição do objeto a cada fotografia, que após edição em software, torna-se possível visualizar a animação produzida. Nesse sentido, a técnica stop motion se apresenta como um recurso pedagógico capaz de auxiliar de forma significativa no processo de aprendizagem. De acordo com Kaminski (2010), o stop motion como recurso pedagógico “nos remete a resultados muito satisfatórios, tanto em questão de aprendizagem dos alunos ao tema sugerido, quanto ao interesse dos mesmos na produção de sua própria animação”. Desse modo, o vídeo em stop motion possibilita ao docente trabalhar com temas abstratos, estimulando também a participação do aluno, potencializando o ensino e aprendizagem em sala de aula e favorecendo a aprendizagem dos conteúdos didáticos. Esses aspectos são abordados neste trabalho, onde destacamos o objetivo de analisar e levantar informações sobre a importância do uso do vídeo stop motion, suas funções e modalidades, bem como a relação deste meio com os professores e alunos, para a introdução do ensino da química em turma do 6° ano do Ensino Fundamental em escola de São Luís-MA.


Material e métodos

O trabalho foi desenvolvido no Instituto Educacional Diplomação, da rede privada de ensino de São Luís – MA. Localizada na Av. São Luís Rei de França - Turu, São Luís - MA, 65065-470. Foram elaborados vídeos utilizando a técnica Stop Motion, conforme os temas estabelecidos na Base Nacional Curricular Comum (BNCC) para turma do 6º ano dos anos finais do ensino fundamental, uma vez que nesse ano os conteúdos de química são abordados de forma específica. Desse modo, foram feitas as seguintes abordagens dos temas, utilizando linguagem adaptada para a idade e contextualizando ao cotidiano dos alunos: Introdução – Conceitos Iniciais; Substâncias Puras e Misturas; Separação de materiais e Transformações químicas. Para a produção dos vídeos, utilizou-se como referência as metodologias empregadas por Strauss (2013), Oliveira (2010) e Stuermer (2013), compostas pelas etapas: definição do tema; criação de roteiro; confecção do cenário e personagens; captura das fotos e renderização do vídeo em software. Para a etapa de definição do tema, utilizou-se a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), e com base no tema escolhido, criou-se o roteiro do vídeo. Já as peças e cenários para os vídeos de cada tema foram produzidos à mão, utilizando os seguintes materiais: folhas de papel A4, papel cartão/cartolina, lápis de cor, régua e tesoura. Após a confecção dos personagens e cenários, fez-se a captura dos movimentos por meio do aplicativo Stop Motion Studio, disponível gratuitamente na plataforma PlayStore. Nele, também foi realizada a edição das fotos e renderização dos vídeos.


Resultado e discussão

Após abordagem dos conteúdos propostos utilizando os vídeos em stop motion, foi realizado uma roda de conversa (figura 1) para que os alunos tirassem dúvidas e fizessem comentários sobre o conteúdo e o recurso. Durante a roda de conversa, os alunos foram questionados com perguntas como: Você concorda que os vídeos em stop motion contribuíram para sua aprendizagem? Você teve dificuldades em se concentrar para entender os vídeos? Você prefere ter aulas com o uso de recursos, como vídeos em stop motion? Por meio dessas perguntas foi possível notar que os vídeos em stop motion despertou nos alunos o interesse pela disciplina ciências e pela área de química, uma vez que a maioria dos discentes indicou ter gostado dos vídeos e dos temas abordados. Além disso, a maioria dos alunos afirmou que os vídeos os ajudaram a compreender os assuntos de química, uma vez que o conteúdo presente nos vídeos trazia situações cotidianas. Tal abordagem permitiu aos alunos pensar e organizar suas ideias, relacionando conceitos presentes em seu dia a dia ao da história e dos temas abordados. Assim, tais relações favoreceram para uma aprendizagem significativa, destacando a capacidade dos vídeos em potencializar a consolidação do conhecimento adquirido. Durante a roda de conversa, um dos alunos questionou se o átomo ilustrado no vídeo era exatamente daquela forma no mundo real. Já outro aluno perguntou se os experimentos químicos eram exatamente como nos desenhos apresentados nos vídeos. Assim, foi necessário enfatizar que se tratava de uma representação sem proporção de tamanho e em cores fantasia. Portanto, é importante destacar que os os vídeos animados em stop motion podem ser excelentes ferramentas para ilustrar conceitos abstratos, mas não substituem a experimentação.

Figura1. Roda de conversa

Roda de conversa para que os alunos tirassem dúvidas \r\ne fizessem comentários

Conclusões

Por meio da utilização dos vídeos em stop motion como ferramentas lúdicas, foi possível contribuir para aprendizagem dos alunos, possibilitando que eles produzissem seu próprio conhecimento. O vídeo em stop motion proporcionou aos alunos a compreensão de conceitos químicos de forma dinâmica, produtiva, suave e espontânea instigando os discentes para a percepção da química em seu cotidiano, demonstrando-se assim como uma ferramenta de ensino promissora.


Agradecimentos


Referências

BORBA, Marcelo, OESCHSLER, Vanessa. Tecnologias na educação: o uso de vídeos em sala de aula. R. bras. Ens. Ci. Tecnol., Ponta Grossa, 2018.

KAMININSKI, V. R. Animação no ensino fundamental: Stop Motion. In: Anais do III Simpósio de Arte Visuais. FAP - Faculdade de Artes do Paraná, 2010.

OLIVEIRA, Flávio Gomes de et al. Panorama e proposições da animação em stop motion. 2010.

STRAUSS, Claude-Levi. Antropologia estrutural. Editora Cosac Naify, 2013.

STUERMER, Kurt Jurgen Junior. Do Barro do Rio: Um filme de animação inspirado na lenda do Golem. Dissertação de mestrado – Escola de comunicações e Artes, Universidade de são Paulo. São Paulo, 2013, 113 fs. Disponível em<www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-8112013.../K urtStuermer.pdf>. Acesso em: 28 maio de 2023.

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