ÁREA
Ensino de Química
Autores
Dutra, M.K.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Ribeiro, M.E.P. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Ferreira, J.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Ribeiro, A.L.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Silva, E.F.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Moraes, S.R.R. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Silva, K.F.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Penha, H.F.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Nascimento, R.J. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Dias, V.L.N. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO)
RESUMO
O teatro é uma ferramenta fundamental para a educação e desenvolvimento de crianças e adolescentes, uma vez que trabalha com a ludicidade, que é tão significativa para este público. Assim, foram elaborados aulas teatrais com abordagens sobre os elementos químicos do cotidiano, utilizando linguagem adaptada para a idade. Por meio das aulas teatrais utilizando fantoches, permitiu-se as crianças maior percepção da química em seu cotidiano, fazendo com que aprendessem sobre os elementos químicos e produzissem seu próprio conhecimento. Portanto, despertou-se nas crianças maior interesse pela química através dos teatros apresentados com fantoches, em que tiveram a oportunidade de conhecer e estudar sobre os principais elementos químicos conhecidos no dia a dia.
Palavras Chaves
Cultura; Ensino de química; Teatro
Introdução
Na educação o teatro apresentasse como excelente ferramenta, já que atua como um recurso importante para a formação comportamental. Por meio de jogos teatrais e do trabalho no palco, é possível acionar, sem muito esforço, as sete inteligências e desenvolver as habilidades a elas relacionadas (COELHO, 2014). Assim, o valor cultural do teatro é inegável, por complementar a formação cultural, além de incentivar a busca pelo conhecimento e a reflexão. Tais características fazem do teatro uma ferramenta fundamental para a educação e desenvolvimento de crianças e adolescentes, por trabalhar com a ludicidade, que é tão significativa para este público. Desse modo, os professores devem saber que a Química é uma ciência presente no processo de desenvolvimento das crianças (TIDEMANN, 1998). Em vista disso, Nos anos iniciais os conteúdos de química, não devem ser abordados de uma só vez, e sim em pequenas frações, com informações adequadas para a idade dos alunos, para que a criança não fique confusa (LORENZETT e DELIZOICOV, 2001). Diante deste quadro é necessário refletir se os professores de química em formação possuem capacidade de trabalhar diante das diversidades de uma educação baseada em pluralidades pedagógicas. Por meio deste trabalho, buscou-se despertar alguns conhecimentos do ensino da química nos anos iniciais do ensino fundamental I em escola da rede pública de São Luís - MA, através de peças teatrais com fantoches e cenários relacionados aos elementos químicos.
Material e métodos
O projeto foi desenvolvido na UEB Prof. João Lima Sobrinho, da rede pública municipal do sistema de ensino de São Luís – MA. Localizada na Av. Tambor de Crioula, Nº120 – Conj. Dom Sebastião, São Luís – MA, 65040-620. Foram elaborados planos de aula com as seguintes abordagens sobre os elementos Químicos do seu cotidiano utilizando linguagem adaptada para a idade, são eles: a composição do ar que respiramos; a composição da água que bebemos; a importância do Carbono em nosso dia a dia; para que serve o Flúor; o Ferro em nossa vida. Os fantoches e cenários de cada elemento químico foram construídos à mão a partir de meias usadas, folhas de EVA e caixas de papelão (Figura 1). Os materiais elaborados foram entregues para a direção da escola. Assim, o professor responsável pela disciplina de ciências da escola pode continuar utilizando os materiais, podendo até mesmo confeccionar outros fantoches e cenários com o propósito de melhorar a sua abordagem do conteúdo trabalhado em sala de aula.
Resultado e discussão
Cada aula teve duração de 50min e ao início foram discutidos conceitos básicos
da química e dos seus elementos de forma dialogada utilizando os fantoches
(figuras 2), em que inicialmente os alunos foram questionados com: “O que é
química para vocês?”, “Vocês sabem o que são elementos químicos?”, “Conhecem
algum elemento químico?”. Muitos alunos apontaram conhecer elementos como o
Ferro e o Oxigênio, além de relacionarem a química a experimentos e explosões.
Por meio dessa abordagem, as crianças foram instigadas a relacionar conceitos do
seu cotidiano com o tema de cada aula. Após a introdução, os diálogos entre os
personagens relacionada ao tema proposto da aula era iniciado, sempre de forma
dialogada com os alunos. Ao final de cada aula com os fantoches, foi realizada
uma roda de conversa para que os alunos pudessem fazer perguntas e apontamentos,
tendo como base as seguintes perguntas norteadoras: “A química é importante?”,
“Quais elementos químicos vocês identificaram e qual a sua importância?”, “Qual
a composição da água?”. Tais questões problematizadoras permitiu aos alunos
pensar e organizar suas ideias, relacionando conceitos presentes em seu
cotidiano, da história e dos temas abordados na aula, já que “ao fazê-los falar
sobre suas ideias elas se tornam claras para o próprio sujeito” (BIZZO, 2009,
p.64).
Dentre as inúmeras respostas, as principais foram: “Oxigênio, porque nós
respiramos”; “O ferro pra gente ficar forte”; “Água é H2O”, “Flúor para não ter
cárie nos dentes”. Assim, tais relações com o cotidiano do discente favorece
para uma aprendizagem significativa.
Fantoches elaborados a partir de meias usadas, \r\nfolhas de EVA e caixas de papelão
Diálogo com as crianças utilizando fantoches
Conclusões
Por meio das aulas teatrais, foi possível instigar os alunos para a percepção da presença dos elementos químicos em seu dia dia. Foi possível notar maior atenção dos discentes quanto ao tema exposto, uma vez que a interação dos alunos com os personagens das aulas teatrais elaboradas, permitiu que a aula se tornasse mais dinâmica e divertida. A aula teatral possibilitou aos alunos a compreensão de conceitos relacionados aos elementos químicos, favorecendo para construção do seu próprio conhecimento, demonstrando-se como uma ferramenta útil e promissora para a assimilação de assuntos de química.
Agradecimentos
Referências
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Biruta, 2009.
COELHO, MÁRCIA AZEVEDO. TEATRO NA ESCOLA: UMA POSSIBILIDADE DE EDUCAÇÃO EFETIVA. POLÊM! CA, [S.l.], v. 13, n. 2, p. 1208-1224, maio 2014. ISSN 1676-0727.
LORENZETTI, L; DELIZOICOV, D. Alfabetização Científica no contexto das séries iniciais. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 3, n. 1, p. 1-17, jun., 2001.
MONTENEGRO, B.; FEITAS, A. L. P.; MAGALÃES, P. J. C.; SANTOS A. A. dos; VALE, M. R. O papel do teatro na divulgação científica: A experiência da Seara da Ciência. Revista Ciencia e Cultura, vol.57, no.4, São Paulo, Oct./Dec. 2005.
TIDEMANN, P. W. Conteúdos de Química em livros didáticos de Ciências. Ciência & Educação. Bauru, v.5, n.2, p.15-22, 1998.