QUÍMICA DAS CORES: CORANTES NATURAIS E ÁCIDOS E BASES

ÁREA

Ensino de Química


Autores

Gemaque, P.M. (UNIFAP) ; Lopes, S.Q. (UNIFAP) ; Videira, C.S. (UNIFAP) ; Nogueira, F.P. (UNIFAP) ; Espindola, A.C.O. (UNIFAP) ; Santos, K.L.B. (UNIFAP) ; Malheiros, J.B. (UNIFAP)


RESUMO

Este artigo descreve as observações e aprendizados obtidos pela aplicação de uma oficina temática sobre corantes naturais e indicadores ácido/base por discentes do curso de licenciatura em química da UNIFAP. A oficina foi desenvolvida com alunos da segunda série do ensino médio, a oficina foi organizada de acordo com os 3 momentos pedagógicos e permitiu a valorização dos conhecimentos tradicionais sobre corantes naturais da região. Essa proposta permitiu a experimentação com materiais alternativos e de baixo custo em uma escola sem estrutura ou recursos para práticas experimentais, e teve como objetivo repassar de maneira significativa o conteúdo de ácido/base por meio da química das cores os resultados obtidos foram satisfatórios pois os alunos construíram novos os conceitos sobre o termo


Palavras Chaves

Química dos corantes; Indicadores ácido-base; Oficina temática

Introdução

Ainda é comum observar em escolas, o ensino de química tradicional no qual o discente participa de forma passiva. A metodologia não consegue atrair a atenção dos alunos e nem ensinar de forma eficiente, já que é feita de forma unilateral pelo educador e não explora as dúvidas e questionamentos dos alunos (GUIMARÃES, 2009). A prática da experimentação é de extrema importância para o ensino e pode ajudar o educador a fugir dos moldes tradicionais. As aulas experimentais podem ajudar a entender os conceitos abstratos apresentados em sala de aula, porém, nem todas as escolas dispõem de uma estrutura adequada, então cabe ao educador usar de sua criatividade para contornar estes desafios fazendo uso de materiais alternativos. A oficina foi organizada de acordo com os três momentos pedagógicos propostos por Delizoicov e Angotti (1990): Problematização do conhecimento, organização do conhecimento e aplicação do conhecimento. Durante o primeiro momento, são feitas perguntas problematizadoras que permitem aos discentes expor suas vivências relacionadas. No segundo momento, são os apresentados os conceitos necessários para compreensão das questões problematizadoras. No 3 momento, temos a aplicação dos conceitos apreendidos por meio de uma atividade prática feita pelos próprios discentes. O presente trabalho foi desenvolvido com o intuito de utilizar a temática das cores e corantes para contextualização dos conceitos de ácidos e bases. A realização da oficina temática como estratégia facilitadora possibilitou abordar de forma contextualizada as teorias de ácido/base utilizando materiais alternativos para verificar a acidez/basicidade de substâncias presentes no dia a dia. O objetivo desta oficina foi formar cidadãos críticos e tornar o ensino de quimica mais relevante para os alunos.


Material e métodos

A oficina foi desenvolvida na sala de aula dividida em 3 momentos de acordo Delizoicov e Angotti (1990), o tempo utilizado foi de 1hora e 40 minutos. Ao fim da oficina temática “Química das cores: corantes naturais e ácidos e bases” foi disponibilizado aos alunos um questionário diagnóstico sobre os temas trabalhados identificando os tópicos de maior dificuldade e pontos a serem melhor desenvolvidos. O primeiro momento tratou de levantar questões iniciais para incentivar o interesse e evocar os conhecimentos prévios sobre o tema de corantes e ácidos e bases. O ponto principal desse momento foi chamar a atenção do educando para aquisição de novos conhecimentos. Foi levantada questões, de modo que foi possível realizar um levantamento dos conhecimentos prévios dos discentes em relação à temática. No segundo momento, os discentes puderam ter contato com o extrato do repolho roxo. Por meio da apresentação dos conceitos de corantes, e ácidos e bases foi respondido os questionamentos levantados anteriormente. Também foi discutido os potenciais riscos à saúde associados aos principais corantes sintéticos utilizados na indústria de alimentos em comparação aos benefícios a saúde relacionados aos corantes de origem natural Na parte final da oficina foi realizada uma atividade experimental utilizando o indicador ácido-base natural feito do extrato de repolho roxo. A turma foi dividida em 5 grupos (5 alunos). Foi fornecido recipientes de plástico com extrato de repolho roxo e os estudantes puderam investigar as diferentes colorações do indicador ácido/base quando em contato com vinagre, leite, sabão em pó, detergente e água sanitária.


Resultado e discussão

No decorrer da oficina os alunos foram capazes de aprender os conceitos químicos de forma contextualizada por meio da experimentação demonstrando interesse pelo processo de ensino e exercitando seu raciocínio ao avaliar os resultados dos experimentos, figura 1 e 2. Com o término da oficina, os discentes foram capazes de compreender e diferenciar os conceitos ácidos e bases, além de reconhecer a presença deles em seu dia a dia e os diversos processos e utilidades que os envolvem. Espera-se que os discentes tenham uma noção das utilidades dos corantes naturais e de como sua composição química traz benefícios à saúde. E com o uso do indicador ácido-base de repolho roxo, busca-se instigar o interesse pelo processo de experimentação e mostrar que não são necessários grandes recursos para fazer uma aula diferenciada e dinâmica.

figura 1- reação do repolho roxo com as subtancias do cotidiano dos al



figura 2- alunos realizando a experimentação



Conclusões

Consideramos que o objetivo principal do trabalho foi alcançado, a oficina temática: “química das cores: corantes naturais e ácidos e bases” demonstrou ser uma excelente forma para a abordagem de conceitos referentes ao conteúdo sobre ácidos, bases e potencial hidrogeniônico, assim como um ótimo método de inserção da vida cotidiana dos alunos dentro da química. É valido ressaltar que a oficina temática foi uma oportunidade muito importante para apresentar a química contextualizada aos alunos, sobre os assuntos abordados na oficina, incentivando o aprendizado em química.


Agradecimentos

Agradecer ao Curso de Licenciatura em Química (CCLQ/UNIFAP) e ao Departamento de Extensão (DEX/UNIFAP) da Universidade Federal do Amapá, assim como ao Núcleo de Estudos do Ensino de Química (NEEQ/UNIFAP) do qual sou integrante.


Referências

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de ciência. São Paulo: Cortez, 1991.
GUIMARÃES, C. C.; Experimentação no Ensino de Química: Caminhos e Descaminhos Rumo à Aprendizagem Significativa. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, Vol. 31, N° 3, 2009.

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