RELATO DE EXPERIÊNCIA DA EXPOQUÍMICA: RELAÇÃO DA TEORIA ATÔMICA DE BOHR COM A LUZ NEGRA

ÁREA

Ensino de Química


Autores

Ferreira do Nascimento, V. (UNIFAP) ; Gonçalves de Souza Chagas, A. (UNIFAP) ; Melo de Lima, L. (UNIFAP) ; de Fátima Mendes Monteiro, B. (UNIFAP) ; Marques de Oliveira, H. (SEED/AP) ; Luis Belém dos Santos, K. (UNIFAP)


RESUMO

Este trabalho visa relatar um problema encontrado em escolas públicas do estado do Amapá, considerando as dificuldades existentes na percepção do conhecimento químico, explorado na inserção do conteúdo modelos atômicos que englobam fenômenos incríveis que podem ser observados por meio de experimentações, mas a principal e em destaque é a Luz de Bohr que apresenta resultados fascinantes, fundamentada na fluorescência, que trata-se uma absorção de energia, portanto, o desenvolvimento deste processo é dependente de uma boa execução. Isto sugere que deve haver metodologias inovadoras e motivacionais como a EXPOQUÍMICA, que é focada em compartilhar conhecimento da ciência que está em constante exibição como um exemplo vantajoso de projeto de extensão.


Palavras Chaves

Expoquímica; Modelo Atômico de Bohr; Metodologia inovadora

Introdução

A química proporciona experiências que relacionam conhecimento científico com o cotidiano dentro das escolas, que neste caso ressalta-se a execução na Escola Estadual Prof.ª Elizabeth Picanço Esteves, ou seja, é interessante compreender a área contribui na construção de cidadãos com características exemplares no âmbito social, crítico, intelectual e profissional, porém necessita-se de percepções inovadoras. Em função disso, as práticas pedagógicas demandam organização estratégica, diante das limitações dos alunos e de suas dificuldades na disciplina de química. Por isso, a experiência de vivenciar o projeto de de feiras de química pelo Amapá foi excepcional para adquirir novos conhecimentos com a prática docente por meio da participação com a experimentação Luz de Bohr que objetiva a associação da temática com a teoria atômica que fornece aprendizados sobre o salto quântico, estudado por Niels Henrik David Bohr. Desse modo, de acordo com Rocha (2015) este fenômeno que Niels Bohr explorava aponta quando um átomo recebe energia promovendo o salto quântico de seus elétrons para uma camada mais externa de sua eletrosfera, contudo, devido à sua instabilidade enquanto excitado, o elétron rapidamente retorna ao seu nível anterior e libera a energia obtida na forma de luz. Portanto, pode-se detectar a potencialização de uma prática contextualizada onde Gallon et al (2019) destacam que a feira é um momento importante para que os estudantes validem seus resultados de pesquisa e exercitem suas habilidades comunicativas, contribuindo para a produção de saberes e à participação em práticas de letramento acadêmico. Por fim, a exposição demonstra o intuito de despertar um interesse significativo nos alunos nos estudos de química, tendo em vista a facilitação da aprendizagem.


Material e métodos

A iniciativa de execução da EXPOQUÍMICA despertou da necessidade de construir um projeto de proporção estadual dentro de escolas públicas, a partir disto, o Profº. Dr Kelton Belém montou um planejamento estratégico com o corpo técnico colaborativo que possui o intuito de compartilhar o conhecimento das áreas abrangentes (Química, Física e Biologia), ou seja, trata-se de uma atividade extensionista que possui o apoio e a participação de acadêmicos. Logo, seguindo as recomendações, o experimento Luz de Bohr utilizou uma caixa de material tipo fundo pintada de preto (melhor visualização), béquer, pincel, marca texto, água, folhas verdes, álcool, peneira, sabão em pó, garrafa pet com água, tinta néon e água tônica. Ainda assim, a experimentação ocorreu desta forma: 1º experimento (tinta invisível) que consiste em escrever com o dedo no papel A4 ou em algum tecido branco com o protetor solar para depois expor à luz negra, o 2º, desenvolve-se a partir da retirada da carga do pincel marca texto amarelo para colocar em um recipiente com água para dissolver, onde resultou em um líquido fluorescente, no 3º, faz-se o maceramento de folhas verdes no recipiente e adiciona-se álcool até cobrir e peneira as folhas para extrair a clorofila para pôr diante da luz negra e o 4º foi elaborado um pequeno desafio para que os alunos se questionassem quais produtos do nosso cotidiano “brilham” sob a luz negra, por isso a separação de sabão em pó, garrafa pet com água, tinta néon e água tônica. Diante disso, pode-se relatar que este projeto ocorreu através da viabilização da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), mas houve limitações do financiamento que foi subsidiado pelos acadêmicos responsáveis por cada experimento, tendo despesas com o dever de manter uma simplicidade e um baixo custo.


Resultado e discussão

Inicialmente, destaca-se a eficiência da feira na escola pública da cidade de Santana, município do estado do Amapá, porém isto não garante estrutura adequada para propiciar uma exposição de qualidade, isto significa a presença do método tradicionalista, à desejar no âmbito de práticas motivacionais ao ensino. Desta maneira, tem-se o espaço para implantar projetos que conseguem praticar a interdisciplinaridade, por conseguinte, trata-se de uma relação consciente de ramos de conhecimento, como o de Leis apud Jantsch, Bianchetti (2005) que discorre sobre a importância no âmbito conceitual, definida como um ponto de cruzamento entre atividades (disciplinares e interdisciplinares) com lógicas diferentes. Ela tem a ver com a procura de um equilibro entre a análise fragmentada e a síntese simplificadora. Ademais, é explicito que práticas desta natureza correlacionam a ciência e o cotidiano, onde as exposições são categoricamente instruídas a uma forma comunicativa propagando uma ação democrática do conhecimento. Assim, é reflexivo que a EXPOQUÍMICA potencialize a assimilação dos conhecimentos repassados que instiguem questionamentos críticos no aluno. Faz-se indispensável salientar que a ciência está inserida de modo imperceptível em nossas vidas, pois segundo Guimarães (2009) a experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação, assim, observa-se como a experimentação é uma metodologia diferente do habitual de um jeito influenciável através de instrumentos que inspiram esse instinto de argumentações e pesquisas sobre acontecimentos. À vista disso, verifica-se que a concordância da realidade com as teorias do conhecimento traz muitos benefícios aos alunos.

Figura 1 - Local onde foi realizado os experimentos – cantina da escol



Figura 2 - Experimento Luz de Bohr realizado pelas acadêmicas da UNIFA



Conclusões

Em suma, pode-se apontar que a EXPOQUÍMICA aprimora o desenvolvimento na prática docente, capacita os discentes para atividades que irão integrar a vida profissional. Por fim, as experiências adquiridas nesse projeto foram de pontos positivos para atingir as expectativas almejadas e sendo válidas para as futuras exposições, pontuando que a participação promoveu de maneira clara e dinâmica, originando uma facilidade na compreensão neste processo educativo fundamentada em uma análise simples da feira que fornece uma interação significativa dos acadêmicos com a prática docente.


Agradecimentos


Referências

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