ÁREA
Ensino de Química
Autores
Silva, F.O. (UEAP) ; Freitas, A.C.P. (UEAP) ; Vales, M.M. (UEAP) ; Silva, C.F.O. (FAMAT) ; Pinheiro, A.S. (UEAP) ; Alves, D.R.D. (UEAP) ; Silva, F.D. (UEAP)
RESUMO
Com base nas dificuldades e compreensão dos cálculos sobre o assunto de Cinética Química de alunos do segundo ano de uma escola da rede estadual de ensino em Macapá-AP, foi proposto levar interatividade para o cotidiano dos alunos por investigação com coleta de dados em relação a vacina do COVID-19. Após realização de aula teórica abordando a forma que a química está presente no dia a dia e dentro do ambiente que os rodeia, os alunos fizeram uma pesquisa acerca da análise do tempo e reações adversas de cada vacina. Considerando o assunto estudado e praticado, com a pesquisa de campo e dados obtidos demonstram que a percepção dos alunos em relação ao assunto e a pesquisa feita fez-se um melhor entendimento das relações entre o assunto abordado e o cotidiano.
Palavras Chaves
Ciências; Cinética Química; Ensino por Investigação
Introdução
O estudo da química no ensino médio abstrai-se muitos cálculos durante o percurso de três anos dos alunos dentro de sala de aula das escolas estaduais, muitos conceitos e cálculos envolvem o aluno nesta etapa de sua vida, o despreparo de muitos em relação a cálculos os deixa sem interesse para qualquer disciplina que envolvam cálculos e química por conter cálculos não é diferente. A participação de alunos do ensino médio depende não somente deles mais sim das interatividades que os professores levam para dentro de sala de aula, os cálculos por si só fazem com que os alunos os não se aproximam da ciência estudada. Buscar que os alunos tenham interesse pela leitura, pelos conceitos envolvidos em química, por cálculos, por aplicativos que envolvam o assunto ainda e muito inseguro para muitos. Chassot (1993), por exemplo, chama a atenção para a diferente leitura do mundo possibilitada às pessoas pelo conhecimento químico. Levando em considerações questões baseadas na cinética química no dia a dia, são deixadas de lado ou perdem a importância diante dos estudos em sala de aula, deixando que as aulas se tornem monótonas e sem riqueza de conteúdos e conhecimentos diante das aulas de reações químicas no Ensino Médio. De acordo com Fossile (2010) o estágio operatório formal: dos 11/12 anos em diante. Encontramos nessa fase um adolescente, que utiliza o raciocínio hipotético- dedutivo, elabora e testa suas hipóteses, alcança a abstração, entende que a linguagem é de importância extrema, pois com ela poderá formular hipóteses e realizar pesquisas. Os objetivos das aulas/oficinas é desenvolver as concepções que envolvam a cinética química e compreender a linguagem envolvida dentro dos conceitos e cálculos para poderem pesquisar as reações da vacina do COVID-19.
Material e métodos
Este trabalho foi proposto durante as aulas/oficinas dos bolsistas do PIBID da UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ – UEAP do curso de Licenciatura em Química em uma escola da rede estadual. As aulas desenvolvidas na disciplina de química para uma turma de no 2° ano do ensino médio, totalizando 20 alunos. Foi apresentada aulas teóricas ilustrativas por meio do classroom um ambiente virtual muito usado em aulas durante a pandemia do vírus do COVID-19, aulas com demonstrações lúdicas feitas com bolinhas de isopor e o apoio dado pelo aplicativo Whatsapp com explicações do assunto. No segundo momento aplicou-se uma prova objetiva com questões de múltiplas escolhas de cinco alternativas, link com jogo de cruzadinha para que pudessem interagir e aumentar seus conhecimentos. No terceiro momento, foi aplicada uma pesquisa de campo relacionada a vacina do COVID-19 com o intuito de pesquisar a velocidade e tempo das reações da vacina, baseado no assunto de cinética química e a velocidade das reações, a pesquisa deveria ser feita somente com pessoas próximas ou com o uso de rede social, obedecendo aos critérios de normas de segurança da saúde.
Resultado e discussão
A pesquisa foi realizada com a participação de 20 alunos, 16 entregaram a
pesquisa e os outros 4 alunos não fizeram a pesquisa porque que haviam parado os
estudos, ou seja, obtenção de 100% de respostas. Com o objetivo voltada para
a pesquisa sobre a vacina do COVID-19, os alunos demonstram–se bastante
envolvidos pelo assunto proposto.
Etapas da pesquisa: etapa 1 - repassada a pesquisa para os alunos e explicado a
melhor forma que deveriam aplicar, estávamos em um período delicado de restrição
social. Etapa 2 - os alunos desenvolveram a pesquisa conforme as normas de
segurança do COVID-19. Por fim, Etapa 3 - debate em sala de aula virtual sobre o
entendimento do tempo e velocidade das reações da vacina para o vírus do COVID-
19. Todos os alunos mantiveram as seguranças devidas para aplicação da pesquisa,
com auxílio do celular móvel usando suas redes sociais.
Após as pesquisas houve um debate para saber se o assunto estudado sobre o que
aprenderam em relação a velocidade e tempo de reações em relação a vacina do
COVID-19, às explicativas foram diversas, com um entendimento entre ótimo e
muito bom. Pedidos que nas próximas aulas fossem aplicadas a mesma metodologia
para a turma, assim eles entenderiam o assunto melhor. As respostas tabuladas
nos quadros de pesquisa pelos alunos foram discutidas em sala após todos terem
em mãos suas tabelas preenchidas. Foi anotadas as percepções em torno da
vacina, suas reações e quantas pessoas do seu convívio social buscariam a
imunização ou não, o medo da população diante do desconhecido e/ou mal
interpretado. Dessa forma, julga-se necessário que as aulas aproximem o aluno da
ciência que é apresentada no seu contexto, pois percebe-se a interação do aluno
e compreensão do assuntos desenvolvidos em sala de aula.
Aula sobre o assunto: Cinética Química, aplicada por \r\nclassroom (app do Google) para os alunos da 2° série \r\ndo ensino médio durante a pandemia.
A figura demonstra a pesquisa feita por um aluno, \r\nfeita sobre os critérios de medidas de prevenção da \r\nCOVID-19 e com suporte de celular em rede social
Conclusões
Durante a pandemia, as aulas de cinética química se adaptaram às restrições do distanciamento social, usando as TICs. Os alunos se tornaram pesquisadores, explorando a relação entre cinética e a vacinação contra a COVID-19. O uso de tecnologias permitiu a continuidade do ensino e aprofundou o aprendizado dos conceitos. A busca por aplicativos para dinamizar as aulas aumentou, tornando a ciência mais acessível e interessante para os alunos. Aulas online se tornaram a norma, impulsionando a investigação científica e o engajamento dos estudantes em pesquisas de campo.
Agradecimentos
À Universidade do Estado do Amapá pela possibilidade da pesquisa, ao Programa de Iniciação à Docência ao coordenador Francisco Diniz da Silva, a supervisora Anne Caroline Pinheiro de Freitas a meus colegas pela colaboração.
Referências
CHASSOT, A.I. Catalisando transformações na educação. Ijuí, Ed. Unijuí, 1993
FOSSILE, Dieysa K. Construtivismo versus sociointeracionismo: uma introdução às teorias cognitivas. Revista Alpha, Patos de Minas, UNIPAM. 2010.