Realidade virtual na educação: explorando novas fronteiras de aprendizagem

ÁREA

Ensino de Química


Autores

Cruz, R.P. (UFRRJ) ; Mendonça, M.L.T.G. (IF) ; Sarmento, A.L.P. (UERJ) ; Sarmento, J.P. (UFRJ)


RESUMO

O objetivo do trabalho foi produzir, avaliar e difundir material midiático com conteúdos de química. O  trabalho foi realizado com alunos do ano do Ensino Médio, envolvendo, também, graduandos e pós graduandos . Ele foi desenvolvido no Colégio Técnico da Universidade Rural (CTUR) em parceria com outras universidades e institutos. Os materiais desenvolvidos foram avaliados por diversos públicos, acadêmicos e não acadêmicos. Verificou-se que produção de materiais midiáticos de qualidade desempenhou um papel significativo na construção de conhecimentos químicos aprofundados gerando na sociedade informações precisas, relevantes e éticas. 


Palavras Chaves

Ensino de química ; Material midiático; Jogos interativos

Introdução

No dia a dia da sala de aula é muito comum a produção de trabalhos maravilhosos durante nossas atividades, mas dificilmente esses trabalhos saem das salas, ou quando saem, normalmente, são expostos no colégio, muito dificilmente eles ultrapassam os muros da escola. Então a ideia deste trabalho e dar ampla visibilidade ao que é produzido, em sala de aula. A produção de material midiático é importante para melhorar o ensino de química, assim vídeos animados, infográficos, jogos interativos e aulas virtuais ajudam a tornar o conteúdo mais acessível e atrativo para os estudantes. Além disso, esses materiais permitem que os professores expliquem conceitos complexos de forma clara e visual, o que aumenta a compreensão e retenção dos alunos, isso foi corroborado por Cruz et al. (2019) que mesmo trabalhando conteúdos de difícil compreensão conseguiram realizar atividade para minimizar ou até excluir tal dificuldade, eles construíram um jogo didático bastante dinâmico como ferramenta de apoio. Outros autores quantificaram o impacto de matérias como ferramenta para a aprendizagem, assim relataram uma diminuição no índice de reprovação em cerca de 20% (CRUZ et al. 2018). Isso foi evidenciado ainda mais nos conteúdos extensos que exigem muita memorização, por exemplo, Mendonça et al. (2010) propuseram uma maneira lúdica de trabalhar os conteúdos de funções orgânicas. A tecnologia desempenha um papel fundamental ao oferecer a possibilidade de simulações práticas de experimentos químicos, o que é especialmente benéfico para estudantes que não têm acesso a laboratórios. Um exemplo desse potencial foi demonstrado por Cruz et al. (2019), que utilizaram vídeos de animação para criar aulas experimentais, essa abordagem proporcionou uma experiência imersiva para os estudantes.


Material e métodos

O trabalho foi desenvolvido no Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CTUR/UFRRJ) com alunos da terceira série do Ensino Médio dos cursos Técnicos em Agroecologia, Hospedagem e Meio Ambiente. Também participaram alunos do curso de Licenciatura em Química da  Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), pertencentes ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID).  A metodologia empregada foi seleção de conteúdos referentes à disciplina oriundos de pesquisa bibliográfica sobre os temas ministrados em aula, as pesquisas mais aprofundadas foram selecionadas para “se tornar” um material midiático.  Na elaboração das mídias, os alunos deveriam seguir vários critérios como: tipo de mídia, aprofundamento do tema, veiculação, duração, etc.  Os materiais midiáticos de química produzidos pelos estudantes foram apresentados em diversos momentos, na própria escola, na universidade para os cursos afins e para outros cursos de outras áreas, em eventos diversos dentro e fora do mundo acadêmico.  Os materiais foram produzidos para ser compartilhados com outras pessoas, ajudando a disseminar o conhecimento e a auxiliar outros estudantes que possam estar com dificuldades na disciplina. A produção visou o compartilhamento em redes sociais, em plataformas de ensino à distância e até mesmo para serem apresentados em sala de aula como parte do conteúdo didático.


Resultado e discussão

Durante a elaboração dos materiais midiáticos os alunos necessitaram pesquisar e organizar as informações de uma maneira clara e concisa, o que ajudou a aprimorar seu entendimento da matéria, resultando em um papel importante no processo de aprendizado. Além disso, a produção de vídeos, por exemplo, apresentou-se como uma forma mais interessante e interativa de aprender, especialmente para alunos que preferem métodos de aprendizado mais visuais. O desenvolvimento do trabalho ajudou os alunos a aprimorar habilidades importantes, como comunicação, organização, edição e apresentação, além de produzirem matérias que foram apresentados de maneira profissional e envolvente. Como exemplo dos materiais produzidos podemos destacar; https://youtu.be/2OhOkRoTF4M https://youtu.be/sVG9Z7xcNlg (figura 1) https://www.youtube.com/watch?v=1TUtYgIqF7Q https://youtu.be/yTrf6QqS5YI https://youtu.be/ro55SEh1hfg Ao permitir que os alunos produzam seus próprios materiais de aprendizado, a abordagem didática se torna mais personalizada e significativa para eles. Por fim, a produção de materiais midiáticos de química pelos estudantes pode desempenhar um papel valioso na divulgação do conhecimento científico de qualidade para um público mais amplo.

Figura 1

Simulação prática de experimento químico - análise de cloretos

Conclusões

Um dos principais benefícios da produção de material midiático foi ajudar a fixar conceitos e a compreender melhor a teoria, além de possibilitar que os alunos expressem sua criatividade e sua capacidade de comunicação. Conclui-se que no processo os alunos desenvolveram habilidades importantes que são transferíveis e podem ser úteis em outras áreas da vida acadêmica e profissional. Durante o processo os alunos aprimoraram suas buscas por informações relevantes e confiáveis, e entenderam também a importância de disseminar e de transmitir efetivamente esse conhecimento para o público-alvo.


Agradecimentos

Os autores agradecem ao CNPq, a UFRRJ e ao CTUR pela infraestrutura e apoio financeiro do sistema de estágio e bolsas.


Referências

CRUZ, Rosana Petinatti et. al. Geometria molecular utilizando um jogo didático como ferramenta motivacional. Ensino de Química. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE QUÍMICA, 59., 2019, João Pessoa, Anais eletrônicos [...] João Pessoa: congresso brasileiro de química, 2019. Disponível em: http://www.abq.org.br/cbq/2019/trabalhos/6/744-16510.html Acesso em: 07 junho 2023

CRUZ, Rosana Petinatti; MENDONÇA, Maria Lúcia Guerra. Conjunto de ações utilizado como ferramenta de motivação e aprendizagem. Ensino de Química. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
QUÍMICA, 58., 2018, São Luiz, Anais eletrônicos […] São Luiz: congresso brasileiro de química, 2018. Disponível em: http://www.abq.org.br/cbq/2018/trabalhos/6/795-16510.html Acesso em: 07 junho 2023

MENDONÇA, Maria Lúcia Guerra et al. Jogo das funções orgânicas: relato de uma experiência. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 33., 2010. Águas de Lindóia, São
Paulo. Anais […] Águas de Lindóia, 2010. Disponível em: http://sec.sbq.org.br/cdrom/33ra/resumos/T0115-2.pdf Acesso em: 07 junho 2023

CRUZ, R. P. et. al. Quem canta, com a química encanta, e seus males espanta. Ensino de
Química. In: Congresso Brasileiro de Química, 59., 2019, João Pessoa, Anais eletrônicos...
João Pessoa: Congresso Brasileiro de Química, 2019.


CRUZ, R. P. et. al. Quer que eu desenhe? Fazendo arte com a química. In: In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 45, 2022. Maceió, Alagoas. 2022. Disponível em: ———-
AAcesso em: 07 junho 2023

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