ÁREA
Química Analítica
Autores
Alves de Oliveira, E. (URCA) ; Paula Filho, F.J. (UFCA) ; Paula de Lima, M.R. (IFCE) ; Ferreira da Silva, R. (UFCA) ; Mascarenhas Lima, J.N. (URCA) ; Coelho Menezes, J.M. (UFCA)
RESUMO
Resultado de muitas atividades antrópicas, os COV’s são substâncias químicas que oferecem potencial risco à saúde humana e ao meio ambiente, esses compostos devem ser monitorados nos ecossistemas para que sejam criadas estratégias de recuperação ambiental e biossegurança, em virtude disto, as análises destes compostos se fazem necessárias e o desenvolvimento das metodologias de análise são importantes para promover o acesso a esses resultados. O presente trabalho, trata-se de uma adaptação de uma metodologia de análise de BTEX, para aplicações de pesquisas científicas na Universidade Federal do Cariri.
Palavras Chaves
Cromatografia Líquida; Manancial subterrâneo ; BTEX
Introdução
Os compostos Orgânicos Voláteis – COV’s são provenientes de diversas atividades antrópicas, tornando-se assim um grupo de substâncias com potencial risco de ser gerador de poluição ambiental (DEBROY, 2023). Esta poluição deve ser monitorada continuamente, e para isto, técnicas e processos analítico devem ser implementados e adaptados, associados à estudos que garantam sua efetividade de forma integral (HELENO, 2009). Segundo Ribani 2004, comummente são avaliados parâmetros de repetibilidade, reprodutibilidade, robustez, linearidade, faixas de aplicação, precisão e exatidão. A validação Analítica é o processo onde se garante que alterações feitas no método de análise, não irão alterar o resultado da análise, ou ainda, permite que adaptações sejam feitas no método analítico para otimizar o processo de análise ou obter uma resposta mais íntegra em relação a qualidade de análise (PEREZ, 2010). O presente trabalho objetiva adaptar a metodologia de analise de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência – CLAE, utilizada por LIMA, 2008, para a aplicabilidade com as amostras, equipamentos e demais insumos presentes na Central analítica da Universidade Federal do Cariri, para a realização de pesquisas científicas.
Material e métodos
Para o desenvolvimento da pesquisa, foram utilizados reagentes metanol (Merck), benzeno (Merck), tolueno (Merck), etilbenzeno (Sigma) e xileno (NEON), os padrões foram preparados em solução de Metanol e água (95 x 5) com concentrações de 100 µl e após o preparo foi feito um mix das quatro soluções para obtenção do padrão BTEX. O equipamento utilizado foi um Cromatógrafo Líquido de Alta Performance – UHPLC da Marca Shimadzu, modelo Nexera X2 e uma coluna Cromatográfica da marca GL Science.
Resultado e discussão
Ao realizar as etapas de testes nos parâmetros cromatográficos utilizados por
Lima, 2008, foi possível observar uma instabilidade nos cromatogramas, não
permitindo assim uma quantificação confiável dos compostos a serem utilizados,
essa instabilidade se compreende por alterações na linha de base, instabilidade
no tempo de retenção relativo dos picos cromatográficos, além d ausência total
de picos, podemos observar um exemplo de cromatograma instável na Figura 1.
Em sua pesquisa Lima, 2008 fez uso dos seguintes parâmetros: Cromatógrafo
líquido da marca Shimadzu LC – DAD; Coluna cromatográfica marca Agilent (250 x
3mm, 5 µm); Fase móvel em modo gradiente de acetonitrila e água variando entre
95 x 5 reduzindo para 60 x 40; volume de injeção de 20 µl, forno de 40ºC; fluxo
de 0,6 ml/min. Esses parâmetros não permitiram a efetividade do método em nosso
laboratório, optamos por realizar testes modificando os parâmetros aos poucos e
chegamos à seguinte configuração: Ultra cromatógrafo líquido de alta performance
– UHPLC da Marca Shimadzu, modelo Nexera X2; Coluna Cromatográfica da marca GL
Science, Inertsustain (300 x 3.9 mm 5 µm); Fase móvel em modo isocrático de uma
solução metanol e égua (95 x 5), Volume de injeção de 50 µl, forno de 35ºC;
Fluxo de 0,5 ml por minuto e comprimento de onda de 254 nm.
Após chegar a esta configuração final, foi possível obter uma qualidade
cromatográfica, que possibilitou a separação efetiva e a avaliação dos picos
cromatográficos com uma resolução de qualidade, atingindo em todas as repetições
realizadas o mesmo padrão de área e formato de pico. Na figura 2 é possível
observar um dos cromatogramas que foram obtidos após a nova configuração do
método.
Cromatograma com Instabilidade em linha de base e \r\nausência de picos cromatográficos.
Cromatograma após adaptação
Conclusões
Com isso, é possível concluir que a mudança dos solventes utilizados e a coluna cromatográfica utilizada, foram os fatores determinantes para a satisfação na qualidade da adaptação do método, visto que, a interação Fase Móvel e Fase estacionária são determinantes para a qualidade da resolução cromatográfica, situação que seguindo os parâmetros de Lima, 2008, não foram possíveis alcançar em nossa aplicação.
Agradecimentos
Agradecemos a central Analítica da Universidade Federal do Cariri.
Referências
DEBROY, Sruti et al. Identification of distinct impacts of CovS inactivation on the transcriptome of acapsular group A streptococci. Msystems, p. e00227-23, 2023.
HELENO, Fernanda Fernandes. Desenvolvimento, otimização e validação de metodologias analíticas (HS-GC-FID, S-GC-MS EHS-SPME-GC-MS) para determinação de BTEX em matrizes aquosas ambientais. 2009.
LIMA, Aniel da Costa. Determinação de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos em águas superficiais nos rios Piracicaba e Doce, Ipatinga–MG, utilizando a técnica de EFS-CLAE-DAD. 2008.
PEREZ, Mary Ângela Fávaro. Validação de métodos analíticos: Como fazer? Por que ela é importante. Boletim de tecnologia e desenvolvimento de embalagens, v. 22, n. 3, p. 1-9, 2010.
RIBANI, Marcelo et al. Validação em métodos cromatográficos e eletroforéticos. Química nova, v. 27, p. 771-780, 2004.