• Rio de Janeiro Brasil
  • 14-18 Novembro 2022

PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DOS EXTRATOS VEGETAIS DA CASCA DO TRONCO DA ESPÉCIE VEGETAL Manguifera indica LINNEAUS

Autores

Ferreira, T.Y.F. (UEMA) ; Macedo, M.C.S. (UEMA) ; Martins, J.T.O. (UEMA) ; Costa, P.S. (UEMA) ; Campos, D.A.P.C. (UEMA) ; Khan, A. (UEMA) ; Fernandes, R.M.T. (UEMA)

Resumo

Desde os tempos mais remotos o ser humano vem fazendo uso de plantas medicinais, é necessária a realização de testes que vão comprovar a ausência ou presença de composto com atividades biológicas. O presente trabalho buscou identificar através de testes fitoquimicos qualitativos, os principais constituintes da Mangifera indica Linneaus, popularmente conhecida como Mangueira, onde durante esse procedimento foram identificados fenóis, taninos piro gálicos, flavonoides, catequinas, saponinas e esteroides nos extratos brutos das amostras, que confrontados à literatura puderam ser associados às atividades para as quais são comumente utilizadas. Contudo, estudos científicos tornaram seu consumo ainda mais popular e o os tratamentos à base de plantas medicinais tornaram-se cada vez mais comum.

Palavras chaves

Mangifera indica Linneaus; Metabólitos secundários; Prospecção Fitoquimica

Introdução

As plantas medicinais são uma fonte rica em metabólitos secundários com distintas funções ecológicas e que podem estar distribuídos de forma taxonômica mais restrita, como os alcaloides, ou então de forma ampla, como os compostos fenólicos simples. A investigação fitoquímica tem por objetivo verificar a presença de grupos de metabólitos secundários e caracterizar os constituintes químicos presentes em espécies vegetais. Atrelada ao conhecimento tradicional e a pesquisa científica, tem se tornado promissor na descoberta de novas substâncias com características anti- inflamatória, antifúngica, antimicrobiana, antidepressiva, entre outras. Dentre as mais variadas espécies de plantas utilizadas pela população, pode-se citar a Mangifera indica conhecida popularmente como mangueira. O uso das plantas medicinais como remédios se refere às tribos primitivas em que as mulheres extraiam das plantas os princípios ativos para utilizá-los na cura de diversas doenças (FRANÇA et. al.2007). Pesquisas anteriores mostraram que a casca de mangueira é rica em compostos bioativos, como alcaloides, flavonoides, saponinas, taninos, fenóis, ácido ascórbico, riboflavina e tiamina. (NIGÉRIA, Universidade de Lagos;2018). Nesse contexto, a busca de um grupo específico de metabólitos em uma espécie já caracterizada previamente, visando ao isolamento desse metabólito de interesse para a investigação fitoquímica baseada em aspectos etnofarmacológicos e/ou quimiotaxonômicos (Porto Alegre: UFRGS; 2003). Mediante a busca por novos fármacos de plantas utilizadas pela medicina tradicional, o presente trabalho tem por objetivo realizar a identificação botânica da espécie vegetal Mangifera indica Linneaus e Triagem fitoquímica dos extratos obtidos das cascas do tronco desta espécie vegetal.

Material e métodos

O material vegetal coletado no dia 7 de novembro de 2021 foi seco à temperatura ambiente e triturado. O processo utilizado foi extração a frio, no qual se preparou com solução etanoica (70 %) à temperatura ambiente, na proporção de 1:10. O extrato hidroalcoólico bruto foi concentrado a um terço do volume inicial, em chapa aquecedora entre temperaturas de 70 °C para evaporação do álcool. Esse material foi submetido ao fracionamento por extração sequencial com solventes de polaridade crescente: ciclohexano, acetato de etila e diclorometano. As frações obtidas, inclusive a aquosa remanescente e a hidro alcoólica, foram avaliadas por meio da triagem fitoquímica. O rendimento dos extratos será calculado pela expressão: Rendimento (%) = (massa do extrato/massa do material vegetal) x 100. De forma numerada temos os procedimentos: 1: Coloca-se 2 mL de cada fração em tubos de ensaios, logo em seguida adicionamos 3 gotas de solução. 2: Separar 3 tubos para cada fração: tubo 1 acidificar à pH 3; tubo 2 alcalinizar à pH 8, tubo 3 alcalinizar à pH 11. 3: Aquecer em bico de Bunsen os tubos 3 pH 11 do procedimento anterior por 2 minutos. 4: Colocar-se 2mL de cada fração em tubos de ensaio, em seguida adicionar uma alíquota de Mg metálico no tubo de ensaio juntamente com 0,5 ml de HCl. 5: Extrair o resíduo do procedimento de rendimento com clorofórmio, adicionar uma alíquota de Na2SO4 anidro e 3 gotas de H2S. 6: Redissolver em água o insolúvel em clorofórmio do processo anterior. 7: alcalinizar os extratos a pH 11 com solução de NH3OH, adicionar 2 mL de solução ácida: dividir em 3 partes iguais em tubos de ensaio e adicionar 3 gotas de cada reagente (Hager, Meyer e Dragendorff). 8: Em papel filtro não fluorescente, manchar com uma gota do extrato e adicionar uma gota de solução KOH.

Resultado e discussão

Os testes para fenóis e taninos, foram considerados negativos para todas as frações. E aparecimento de coloração azul ou vermelho para a confirmação de fenóis e, a formação de precipitado azul ou verde para taninos. Para o teste de identificação de antocianinas, antocianidinas e flavonoides, não foram observadas as intensificações da coloração vermelha para as. Confirmando assim a presença de flavonóis. Para o teste para leucoantocianidinas, catequinas e flanovas após o aquecimento das frações acidificadas à pH 3, se houver o aparecimento da coloração vermelha e pardo – amarelada para as frações bruta e acetato de etila, confirmando catequinas e Leucoantocianidinas. E após aquecer as frações alcalinizadas a pH 11, deve ter o aparecimento da coloração vermelho laranja para as frações bruta, acetato de etila e aquosa, confirmando a presença de flavononas. E para flavonóis, flavononas, flavononóis e xantonas foi confirmada para as frações acetato de etila, bruto e aquosa, após a intensificação da coloração vermelha. Para esteróides e triterpenoides, foi confirmada que não houve aparecimento da coloração azul evanescente seguida pela coloração verde para as frações, indicando a presença de esteroides. As frações aquosas e acetato de etila apresentou intensificação para a coloração vermelha indicando a presença de triterpenóides. Para identificação de saponinas deu-se pela formação de espuma abundante, sendo positivo para o extrato bruto. E alcaloides, somente na fração bruto apresentou precipitado floculoso ao adicionar o reagente de Dragendorff. Para cumarinas apesar de haver fluorescência em algumas frações, era de coloração amarelada e, não azulada que identificaria a presença de cumarinas.

Conclusões

Os resultados encontrados na triagem fitoquímica do extrato da casca da Mangifera indica Linneaus, através de análises qualitativas, permitiram identificar seus principais metabólitos em seu extrato Bruto e suas frações ciclohexanica, diclorometânica, acetato de etila e aquosa, apresentou fenóis, flavonóides, catequinas, saponinas, e esteroides, extrato datado 7 de novembro. Podemos ressaltar a proeminência encontrada nas pesquisas deste conduto se torna algo progressivo e significativo, pois há uma grande biodiversidade abrangente com diversos usos medicinais internacionalmente.

Agradecimentos

Agradeço com enorme prazer a minha orientadora Raquel Maria Trindade Fernandes pela oportunidade. E a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) por fornecer as salas de pesquisa e os laboratórios.

Referências

ANDRADE, M. A., LEMOS, I.C. S., MENEZES, I. R. A., FERNANDES, G.P., KENRTOPF, M. R. Uso de plantas medicinais para o tratamento de feridas. Revista Interdisciplinar, v. 8, n. 2, p. 60-67, 2015.
ARNOUS, A. H.; SANTOS, A. S.; BEINNER, R. P. C. Plantas medicinais de uso caseiro-conhecimento popular e interesse por cultivo comunitário. Revista espaço para a saúde, 2005, 6.2: 1-6.
BARRETO, M. J. A.; MARTÍNES, B. B.; BUENO J. C. Manual de plantas medicinais e fitoterápicos utilizados na cicatrização de feridas. Universidade do Vale do Sapucaí - Univás. Porto Alegre, 2016.
MATOS, F.J. Abreu. Introdução à Fitoquímica Experimental. Universidade Federal do Ceará, 1988 (EUFC)
ELLAINE, E. C.; Mangas são poderosos antidepressivos naturais, descobrem cientistas. Universidade de Lagos, Nigéria, Food News, 2018.

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