• Rio de Janeiro Brasil
  • 14-18 Novembro 2022

Fake news - o que a química tem a dizer.

Autores

Rufino, A.R. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Souza, M.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Auler, L.T.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Melo, S.P.O. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE)

Resumo

Este trabalho apresenta uma SEI, para o ensino de ácidos e bases, utilizando reportagens como situação-problema, estimulando assim o despertar científico e ao mesmo tempo desenvolvendo uma responsabilidade social com relação a propagação de notícias sem a verificação de sua veracidade. A pesquisa foi desenvolvida com estudantes do 2º ano do ensino médio, que analisaram a veracidade de uma reportagem, a partir do desenvolvimento e validação de hipóteses através da experimentação, com posterior discussão sobre as consequências das fake news na pandemia do Sars Cov-19. Os resultados mostraram que a SEI, ajudou na compreensão dos conteúdos de ácidos e bases, e cumpriu a tarefa de ensinar aos alunos como identificar e diferenciar fake news de conhecimento científico.

Palavras chaves

Ensino Investigativo; Fake news; Ácidos e base

Introdução

O ensino de química é, geralmente, realizado através de memorização e transmissão de conteúdos, onde o professor é o único detentor do conhecimento e o aluno apenas um mero receptor, não participando da construção do próprio conhecimento, o que torna a disciplina desmotivadora e desnecessária do ponto de vista do estudante. Motivar os estudantes a se interessarem pela química é uma tarefa desafiadora para os professores que desejam formar cidadãos críticos e conscientes. Segundo Chassot (2011) a química também é uma linguagem, que deve ser facilitadora da leitura do mundo e a forma mais coerente de dominar esta linguagem é através do ensino de química contextualizado, tornando a ciência mais próxima do aluno, diminuindo assim o grande abismo entre a química e o mundo em que vivemos e desmistificando a química como uma ciência obscura, abstrata e complexa. Desenvolver conteúdos científicos, priorizando a contextualização, ou seja, promover o diálogo entre o que é científico e o contexto social do estudante nem sempre é tarefa fácil, uma vez que essa prática requer do professor muito estudo e reflexão. Santos (2007) argumenta que uma contextualização com vistas à formação da cidadania deve propiciar a reflexão crítica sobre situações reais e existenciais para os estudantes. Mas vale ressaltar também que, mais que desenvolver os conteúdos científicos, é necessário fazer o estudante perceber a relação de tais conteúdos com sua realidade, “que o aluno experimente a curiosidade, o encantamento da descoberta e a satisfação de construir o conhecimento com autonomia, construir uma visão de mundo e um projeto com identidade própria” (WARTHA, 2013). Um tema interessante e atual para trabalhar os conteúdos de química de forma contextualizada, é utilizar as fake news no formato de notícias/reportagens, para discussão em sala de aula, proporcionando aos estudantes uma reflexão crítica sobre as consequências da disseminação de informações falsas (AZEVEDO, 2008). Para isso os alunos necessitam saber a diferença entre fake news, senso comum e conhecimento científico, sendo orientados a buscar por fontes de pesquisas seguras e confiáveis, que lhes permitam desenvolver um senso crítico tornando-os capazes de verificar a veracidade das informações e evitar a replicação de notícias falsas que enganam e prejudicam a sociedade em que vivemos. O conteúdo de ácidos e bases, apresenta inúmeras dificuldades para assimilação, o que permite, aos maus intencionados, uma vasta criação de fake news, de forma que a maioria das pessoas, mesmo às que já viram o assunto alguma vez, se deixe enganar. Este conteúdo é abordado no segundo ano do ensino médio. Durante a pandemia da COVID-19, inúmeras fake news foram compartilhadas, envolvendo conceitos sobre ácidos e bases, onde alimentos eram indicados como promessas de cura ou maneira de evitar a contaminação pelo vírus, muitas vidas foram perdidas por pessoas que acreditaram nesta informação. Portanto, é de extrema importância usar exemplos como este em sala de aula, com o intuito de trabalhar os conteúdos programáticos de ácidos e bases, ensinando os alunos a investigar e identificar uma notícia falsa, utilizando para tal embasamentos científicos, o que vai ao encontro do que preconiza a BNCC. A Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018) enfatiza a preocupação com a realização de processos e práticas em Ciências da Natureza, dentro de uma dimensão investigativa, permitindo o engajamento dos estudantes, levando-os a formular questões, identificar e investigar problemas, propor e testar hipótesis, elaborar argumentos e explicações, planejar e realizar atividades experimentais e pesquisas de campo, relatar e comunicar conclusões a partir de dados e informações e buscar a resolução de problemas práticos que envolvam conhecimentos das Ciências da Natureza (BRASIL, 2018). Em suma, a BNCC descreve o uso de uma metodologia baseada em uma Sequência de Ensino Investigativa (SEI) para o ensino de ciências da natureza. Considerando a importância de um ensino contextualizado para o aprendizado dos conteúdos de ácidos e bases, aliado à necessidade de discutirmos as fake news como um problema social e, ainda atendendo as recomendações da BNCC, neste trabalho foi desenvolvido uma metodologia para o ensino de ácidos e bases, através de uma sequência de ensino investigativa (CARVALHO, 2013), utilizando as fake news vinculadas à pandemia da COVID-19 como situação-problema, estimulando o despertar científico dos alunos e, ao mesmo tempo, desenvolvendo uma responsabilidade social com relação a propagação de notícias sem a devida verificação de sua veracidade.

Material e métodos

A pesquisa foi desenvolvida em três turmas do ensino médio, com estudantes entre 16 a 18 anos de idade, de uma escola particular - Colégio Verbo Divino - localizado no Centro no município de Barra Mansa, no estado do Rio de Janeiro. As atividades foram desenvolvidas em 8 aulas geminadas (2 aulas seguidas por semana) de 50 minutos cada, sendo distribuído em 4 encontros. É importante ressaltar que os conteúdos trabalhados compreendem três capítulos do livro Poliedro, que por sua vez, sugere que cada capítulo seja trabalhado em duas aulas, ou seja, um capítulo por semana. A SEI usada como metodologia ativa para construção do conhecimento acerca dos conteúdos de ácidos e bases, está apresentada abaixo: DESCRIÇÃO DA SEI APLICADA PARA O ENSINO DE ÁCIDOS E BASES SITUAÇÃO INICIAL (1º ENCONTRO) - Apresentação do problema - Aula dialógica. Definição e diferenciação de conhecimento científico, senso comum e fake news. Verificação do conhecimento prévio dos alunos sobre ácidos e bases. Contextualização sobre ácidos e bases. SITUAÇÃO PROBLEMA (2º ENCONTRO) - Apresentação da reportagem Leitura e discussão de reportagens veiculados na internet, envolvendo assuntos sobre ácidos e bases, propondo perguntas com o intuito de identificar a veracidade das reportagens. CONSTRUÇÃO DE HIPÓTESES (2º ENCONTRO) - Os alunos reunidos em grupo, levantam hipóteses e questionamentos que possam ser respondidas mediante uma atividade experimental proposta por eles e intermediada pela professora. EXPERIMENTAÇÃO (2º ENCONTRO) - Desenvolvimento da atividade experimental que analisa o pH de diferentes sistemas. Pesquisas em fontes seguras, sobre as afirmações feitas nas reportagens. ANÁLISE DOS DADOS (2º ENCONTRO)- Mediante a experimentação e pesquisa na internet, os alunos classificam a reportagem em Fato ou Fake. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM (3º E 4º ENCONTROS) - Aula dialogada com apresentação em slides, sobre os conteúdos de constante de ionização e uma discussão sobre os resultados da parte experimental. Realização de exercícios para identificar a apropriação dos conceitos químicos e verificar se apresentaram indícios de aprendizagem significativa por meio da comparação com a verificação diagnóstica da aula dialogada.

Resultado e discussão

A SEI teve início com questionamentos levantados pela professora referente ao tema: “os perigos das fake news e como identificá-las”. Nesta fase da SEI, foram cumpridas as etapas iniciais preconizadas por Carvalho (2013), onde ela enfatiza que uma SEI se inicia através da leitura de um texto escrito, ou uma aula dialogada, onde o professor explica a situação problema, neste caso “as fake News”, fornecendo uma base para que o estudante possa pensar, discutir sobre o assunto para que, posteriormente, estejam aptos a ler uma reportagem e avaliar sua veracidade. Carvalho também enfatiza a importância de se promover a contextualização do conhecimento em questão com o dia a dia do aluno, para que os mesmos possam sentir a importância da aplicação do conhecimento construído do ponto de vista social (CARVALHO, 2013). A segunda etapa da SEI consistiu na apresentação da notícia e informação veiculada em mídias sociais (Figura 1) a serem avaliadas e formulação e teste das hipóteses para verificação das autenticidades da reportagem apresentada abaixo: REPORTAGEM: TUDO O QUE PRECISAMOS FAZER PARA VENCER O VÍRUS CORONA É CONSUMIR ALIMENTOS “ALCALINOS” QUE ESTÃO ACIMA DO NÍVEL DE PH DO VÍRUS”(FIGURA 1) . FOI IDENTIFICADO QUE O PH DO CORONAVÍRUS VARIA DE 5,5 À 8,5 Figura 1 Outro alimentos que também foi apresentado como alcalino, em notícias compartilhadas pelas redes sociais foi o agrião, com pH de 22,7. Para seguir as etapas do método científico, os estudantes, reunidos em grupos, buscaram por fontes de informações seguras para formulação de hipóteses que validassem ou não a reportagem. Sasseron (2015) ressalta que as hipóteses elaboradas pelos estudantes, quando ancoradas em propostas investigativas reais, possuem um potencial ímpar na construção e reconstrução do pensamento e na elaboração mental de respostas, justificativas e conceitos que se aproximam das teorias formuladas cientificamente. O questionamento é o primeiro passo para construção das hipóteses, sendo parte da construção do conhecimento. Os estudantes fizeram as seguintes perguntas: 1) De que forma poderíamos comprovar o pH dos alimentos da reportagem? 2) Quais são os valores da escala de pH? 3) Se alimentar de algum alimento alcalino faz meu organismo se tornar alcalino também? Através de pesquisas realizadas, em artigo da revista Química Nova na Escola (ZAPP,2015), foi proposto um experimento usando extrato de repolho roxo como indicador natural, para a análise e verificação dos pHs relatados na reportagem apresentada (Figura 2). Figura 2 Feitosa (2020), afirma que a experimentação no ensino de Química aproxima o aluno do universo de conteúdos apresentados na disciplina, nos permitindo trabalhar a partir da resolução de problemas com ênfase no cotidiano do indivíduo. Optou-se por usar experimentos que pudessem ser reproduzidos com facilidade usando materiais de baixo custo, caracterizados por apresentarem as seguintes características: são simples, baratos e de fácil aquisição, o que facilita o processo de ensino aprendizagem, propiciando a realização dos trabalhos experimentais(GUEDES,2017, p. 25). Utilizar metodologias de ensino, que propõem experimentos de baixo custo, fácil acesso, é muito importante para fazer a contextualização dos conteúdos vistos em sala de aula com o cotidiano dos alunos (DOS SANTOS, 2021). Ao fazer a escala de pH, os estudantes identificaram as soluções como relação às respectivas propriedades ácidas ou alcalinas, por se tratarem de substâncias conhecidas, tais como, soda cáustica, água sanitária, sabão em pó, sal amoníaco, açúcar, leite, detergente, vinagre e solução de HCl. A semelhança nos tons da coloração dos sistemas dá uma visão macroscópica sobre soluções ácidas e soluções básicas. Porterior a realização da prática, foi solicitado para que o grupo colocasse em uma tabela a coloração das substâncias, após acrescentar o extrato de repolho roxo, e classificasse se o pH das substâncias testadas eram ácidas ou alcalinas, de acordo com a escala de pH construída pelos mesmos. Foram cumpridas na fase de experimentação a segunda etapa da aplicação da SEI proposta. Segundo Carvalho (1998) a experimentação busca responder o “como” e o “porquê”, etapa que possibilita aos estudantes reconhecerem como resolveram o problema e por que conseguiram resolvê-lo, sendo que isso será alcançado a partir das ações manipulativas realizadas e os diálogos estabelecidos. A partir da análise dos experimentos, os estudantes de cada grupo foram questionados se era possível considerar a reportagem verdadeira ou falsa, argumentando sua resposta. Nesta etapa de resolução de problemas pelos estudantes, o importante não é o conceito que se quer ensinar, mas as ideias que dão condições para que os estudantes levantem hipóteses, podendo resolver os testes dessas hipóteses, ou seja, pôr essas ideias na prática (SASSERON, 2015). As hipóteses testadas pelos alunos, possibilitaram as conclusões apresentadas abaixo: GRUPO 1: A notícia é falsa, ingerir alimentos alcalinos não elimina o coronavírus. O pH mede a concentração de íons hidrogênio e serve para medir o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma solução ou substância. O pH do corpo não pode ser mudado através da alimentação. A escala de pH varia de 0 a 14, na reportagem é relatado pH acima de 22, o que é falso. GRUPO 2: Não é possível vencer o coronavírus consumindo alimentos alcalinos ou ácidos. Na reportagem frutas como abacaxi, limão e laranja são citadas como alcalinas, porém comprovamos que são ácidas. Segundo a revista, o pH dos alimentos se mantém ao longo da digestão, eliminando o vírus. Porém podemos concluir que o pH dos alimentos muda de acordo com as etapas da digestão (pH da boca é neutro, já do estômago é ácido em torno de 1,5). O vírus entra no corpo através do sistema respiratório e não da digestão. O pH do corpo humano sempre deve estar perto de 7,4, pois é o ideal para o funcionamento e não degradação das enzimas. GRUPO 3: A pesquisa é falsa, a começar, pelos alimentos muito acima da escala de pH que varia de zero a quatorze, como por exemplo o agrião apresentado com pH 22,7. O vírus não apresenta pH, ao contrário do afirmado e além disso, apesar dos alimentos citados estimularem a produção de glóbulos brancos e, portanto, auxiliam na imunidade, eles não são suficientes para combater uma infecção. Cabe ainda considerar que não há possibilidade de alterar o pH do pulmão, principal afetado pela contaminação. As respostas dos estudantes foram bem claras e satisfatórias. Conseguiram identificar que o pH dos alimentos da reportagem estava em desacordo com a faixa de pH existente, promovendo uma interdisciplinaridade, química/biologia, nas respostas. Os Parâmetros Curriculares Nacionais mencionam em seu texto, que os estudantes devem desenvolver capacidades que lhes permitam uma interdisciplinaridade (MEC, 1999). A etapa 3 proposta por Carvalho (1998) foi cumprido pelos estudantes de forma coletiva, através de discussões entre os grupos, sobre os eventos que observaram durante o desenvolvimento da etapa da experimentação. Para verificar a assimilação dos conteúdos trabalhados através da aplicação da SEI, os estudantes resolveram exercícios sobre ácidos e bases, presentes no livro do Poliedro, cumprindo assim, a etapa 4 proposta por Carvalho (1998), e apresentaram os conceitos formulados. Durante a realização das correções dos exercícios, foi possível perceber que a maioria dos estudantes responderam sem dificuldades, participando da correção com uma assertividade significativa.

Figura 1

Notícia de grande circulação nas redes sociais durante o período da pandemia da COVID-19

Figura 2

Escala de pH usando repolho roxo como indicador natural.

Conclusões

A sequência de ensino por investigação proposta permitiu trabalhar os conceitos de ácidos e bases, usando uma temática bastante atual e urgente: “As fake news”, que vem em acordo com recomendações do MEC sobre os professores trabalharem as tecnologias digitais (TICs), de modo a promoverem debates e reflexão crítica sobre a checagem de fatos que sejam relevantes socioculturalmente. Ao propor trabalhar com as notícias que circulam nas mídias sociais, os estudantes foram instigados a pesquisar como a velocidade das informações podem trazer impactos no cotidiano. A aula dialogada sobre a importância de checagem das informações, conhecimento científico e fake news, proporcionou discussão e maior interação entre os estudantes; a aprendizagem baseada em problemas atuou de forma reflexiva, desenvolvendo o senso crítico dos estudantes com relação ao compartilhamento de informações. Os experimentos serviram como base para consolidar o processo de investigação proposto. Durante o desenvolvimento das atividades da SEI foi possível perceber maior interação dos estudantes, fator que parece ter sido determinante para o alcance de melhores resultados, uma vez que os estudantes foram demonstrando cada vez mais interesse em participar e resolver as dúvidas apresentadas. Segundo suas respostas e falas, os conceitos foram mais bem compreendidos com a contextualização do conteúdo e a condução das práticas.

Agradecimentos

Agradecimento ao PROFQUI-UFF/ICEx - Programa que propiciou o desenvolvimento deste mestrado.

Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular em pdf. Brasília-DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.
CARVALHO, A. M. P.. O ensino de ciências e a proposição de sequências de ensino investigativas. Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, v. 1, p. 1-19, 2013.
CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 5 ed. Ijuí: Unijuí, 2011.
DOS SANTOS, L. M. P.; DE SÁ, L. V.. Da desinformação à informação: fake news no ensino de química. Scientia Naturalis, v. 3, n. 3, 2021.
FEITOSA, W.O., Integrando saberes teóricos e práticos no contexto alimentar: uma oficina didática abordando conteúdos de ácidos e bases no Ensino Médio. 2020. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
GUEDES, F, D, F. Experimentos com materiais alternativos: sugestões para dinamizar a aprendizagem de eletromagnetismo (dissertação de mestrados) – Curso de Mestrado profissional em Ensino de física, MNPEF, Catalão - Go, 2017.
MEC Parâmetros Curriculares Nacionais: O Ensino Médio. 1.ed. Belo Horizonte: Insp. São João Bosco, Vol. 1, p. 69, 1999.
SANTOS, W. L. P., Contextualização no ensino de Ciências por meio de temas CTS em uma perspectiva crítica. Ciência & Ensino, v. 1, n. Especial, novembro 2007.
SASSERON, Lúcia Helena. O ensino por investigação: pressupostos e práticas. Fundamentos, 2015.
ZAPP, E., Estudo de Ácidos e Bases e o Desenvolvimento de um Experimento sobre a “Força” dos Ácidos. Química Nova na Escola, v. 37, n. 4, p. 278-284, 2015.
WARTHA, E. J.; Silva, E. L. da.; BEJARANO, N. R. R. Cotidiano e contextualização no Ensino de Química. Química Nova, V. 35. n. 2, p. 84-91, Maio. 2013.

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