Autores
Sousa, P.S.L. (UFPA) ; Monteiro, M.V.F. (UFPA) ; Souza, S.G.B. (UFPA) ; França, G.Z. (UFPA) ; Pereira, L.K.A. (UFPA) ; Ferreira, P.A.A. (UFPA) ; Ribeiro, P.P.G. (UFPA) ; Almada, G.C. (UFPA)
Resumo
O uso de tecnologias para facilitar e viabilizar o ensino da química no ensino
médio é um tópico de várias pesquisas, pois é um método que desenvolve o
aprendizado por meio da interatividade virtual. O software Kahoot é uma
ferramenta de ensino baseado em jogos online entre estudantes. No presente estudo
foi promovido a participação de estudantes de uma escola de ensino médio da
Região Metropolitana de Belém na resolução de questões de química via plataforma
Kahoot, e a partir dos resultados, foi analisada a influência do meio interativo
virtual na aprendizagem de química dos estudantes participantes. Dessa forma, a
adesão dos estudantes a rapidez e estímulo de raciocínio se mostra benéfico e
aplicável para um ensino da química otimizado e interativo para estudantes do
ensino médio.
Palavras chaves
Ensino ; Estudante; Tecnologia
Introdução
O ensino da química é objeto de estudo em várias áreas do conhecimento que
utilizam das ciências químicas para explicar e orientar sobre campos em que
necessitam de conceitos básicos e avançados para o seu pleno entendimento.
Conceitos estes que permeiam o ensino médio até o ensino superior em alguns
cursos, como licenciatura ou/e bacharelado em química, química industrial,
engenharias, como a química, de materiais e de petróleo. E que são de suma
importância para alicerçar a formação das profissões ligadas de alguma forma às
ciências químicas, e também para aqueles formados no ensino médio (YAMAGUCHI,
2021).
O Kahoot consiste em um software criado em 2013 por um grupo de professores da
Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. Tal software tem como objetivo o
ensino didático por meio de jogos, que estimulam a interatividade e intuição dos
estudantes que o utilizam. O Kahoot funciona em uma plataforma online, e é 100%
gratuito, o que auxilia na democratização do uso do software como recurso
educativo. Em detrimento do perfil interativo, o Kahoot possui potencial para
estimular a propagação do ensino de química em ambientes acadêmicos, o que também
influencia beneficamente nos aspectos sociais dos estudantes de escolas e
universidades (YOUSSEF, 2021).
No presente trabalho avaliou-se o nível de interação de estudantes das ciências
químicas, do ensino médio, através do software de tecnologia educacional Kahoot.
Bem como foi observado a influência do uso deste recurso educacional na
aprendizagem dos estudantes que participaram deste trabalho.
Material e métodos
Para a realização do presente estudo, a metodologia adotada consistiu na
participação de 40 (quarenta) estudantes do ensino médio da Escola Estadual de
Ensino Médio Santa Tereza D'ávila, em Marituba, no estado do Pará, entre o 1° ano
e o 3° ano do ensino médio, na resolução de questões de química básica. A partir
da criação do código de sala no Kahoot, foram estabelecidas duas questões, uma
provinda de edições antigas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), e outra
elaborada com base no uso da química no cotidiano. A partir dos resultados
coletados de cada estudante que participou do jogo interativo, foram analisados a
influência do Kahoot na aprendizagem de química dos estudantes participantes.
Resultado e discussão
A utilização de aparatos tecnológicos como mecanismo para facilitar e aprimorar a
aprendizagem da química se mostra relevante para a elaboração de estratégias
educacionais que contemplem conhecimentos básicos das ciências químicas de uma
maneira lúdica, acessível e inovadora, influenciando diretamente na facilitação
da fixação e compreensão da química nos mais diversos âmbitos educacionais.
Por se tratar de um mecanismo virtual e gratuito, a utilização de aplicativos
online como o kahoot, viabilizou um cenário estratégico e dinâmico para
estimular o desempenho dos alunos no tocante a aquisição de conhecimentos
específicos sobre diferentes áreas da química e suas aplicações, dada a
esquematização das questões dentro do aplicativo, foi realizado a criação de um
código que possibilita a abertura de uma sala virtual, compartilhando, assim, um
ambiente virtual dinâmico e de fácil acesso para o público alvo. Quanto aos
resultados: 80% dos alunos aprovaram a nova metodologia, afirmando sua
praticidade e inovação no ensino da química, no entanto, os 20% restantes alegam
dificuldade no jogo, devido ao costume dos próprios com sua utilização. Em
relação ao corpo docente, teve 100% de aprovação, visto que o jogo auxiliou em
suas metodologias e práticas de ensino em sala.
Conclusões
Considerando as altas porcentagens de aprovação, ora por parte do público alvo,
ora por parte dos professores que acompanharam as atividades ministradas,
conclui-se que a inserção de novas tecnologias no meio educacional é favorável ao
aprendizado dos alunos, despertando a curiosidade e atraindo ainda mais a atenção
dos alunos para o ensino da química, assim, com a forma tradicional de
aprendizagem somada à utilização do aplicativo Kahoot, se construiu uma
metodologia satisfatória e eficaz.
Agradecimentos
Expressamos os agradecimentos à Deus, ao professor orientador pelo incentivo e
auxílio, a escola por permitir realizar e disponibilizar tempo para obter os
dados, e a Universidade Federal do Pará (UFPA).
Referências
OLIVEIRA, Iara Terra de; STEIL, Leonardo José; JUNIOR, Wilmo Ernesto Francisco.
Pesquisa em ensino de química. Educação e Pesquisa, v. 48, 2022.
PAULETT, Fabiana. MENDES, Michel. PRADO, Amaral Ros Marcelo. ENSINO DE
QUÍMICA MEDIADO POR TECNOLOGIAS DIGITAIS: O QUE PENSAM OS
PROFESSORES BRASILEIROS. 2017
SOUZA, Luan D. De et al. Tecnologias Digitais no Ensino de Química: Uma Breve
Revisão das Categorias e Ferramentas Disponíveis. Revista Virtual de Química,[S.
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YAMAGUCHI, Klenicy Kazumy de Lima. Ensino de química inorgânica mediada pelo
uso das tecnologias digitais no período de ensino remoto. Revista Prática Docente,
v. 6, n. 2, p. e041-e041, 2021.
YOUSSEF, Mena. Assessing the Use of Kahoot! In an Undergraduate General
Chemistry Classroom. Journal of Chemical Education, v. 99, n. 2, p. 1118-1124, 2021.