Autores
Faustino, G.A.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Bernardes, C.A.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Vargas, R.N. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Silva, T.A.L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Silva, J.P. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Costa, F.R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Conceição, D.T. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Ruela, B.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Camargo, M.J.R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Benite, C.R.M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Benite, A.M.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG)
Resumo
A ciência é reconhecida como um local de poder e prestígio social, tendo excluídos
grupos minoritários do fazer científico por séculos. Com aspectos de uma pesquisa
participante, o objetivo desse trabalho foi analisar e caracterizar o processo
formativo dos/as pós-graduandos/as no que diz respeito aos conhecimentos
tradicionais sobre as plantas medicinais. Nossos resultados demonstram o processo
de apagamento da ciência ancestral se desenvolveu como uma tentativa de
desvalorizar quaisquer conhecimentos não ocidentais. Além disso, propomos a
construção do diálogo entre conhecimentos tradicionais e o currículo para a
formação de professores/as de Ciências e Matemática como uma alternativa de
combate ao epistemicídio existente na sala de aula.
Palavras chaves
Conhecimento tradicional; Formação docente; Ensino de Ciências
Introdução
A ciência configura-se como um local de poder e prestígio social (VARGAS, 2018).
Segundo Silva e Ribeiro (2011, p. 2) a ciência “não é nem nunca foi neutra do
ponto de vista de gênero, classe, raça/etnia”, pois se caracteriza como uma
construção social e histórica e não está isenta das desigualdades sociais e das
relações de poder existentes na sociedade vigente. Consequentemente, a ciência
pode ser compreendida como um campo que valida posições e legitima relações de
poder (VARGAS, 2018).
Sendo assim, a ciência que nos é apresentada pela mídia, livros didáticos e
demais meios de comunicação promove o apagamento de diversos povos, seus
conhecimentos e, por consequência, dos seus registros científicos,
principalmente dos povos indígenas e africanos. Sobre isso, Lélia Gonzalez
(1988) afirma que a hierarquização de saberes segue uma lógica racista de
classificação racial da população, na qual o único modelo valorizado é o branco,
sendo esta a única episteme válida e posta como dominante, enquanto os demais
modelos são invisibilizados. Portanto, coadunamos com Gonzalez (1988, p. 71)
quando esta afirma que o racismo se constitui “como a ‘ciência’ da superioridade
eurocristã (branca e patriarcal), na medida em que se estruturava o modelo
ariano de explicação”.
Além da hierarquização por raça também é possível visualizar uma hierarquização
por gênero. Dessa forma, a articulação entre racismo e sexismo produz efeitos
violentos sobre as mulheres negras, ocasionando assim a situação delicada em que
se encontram as mulheres negras na ciência e na academia (AKOTIRENE, 2019). É
importante destacar que as mulheres, historicamente, foram apagadas,
invisibilizadas e distanciadas das atividades científicas e das ciências em
geral, no entanto, ao analisar o contexto das mulheres negras denota-se que o
afastamento destas se deu de forma ainda mais significativa (BASTOS, 2020).
Nesse sentido, a interseccionalidade como instrumento teórico nos permite
visualizar a colisão e interação de estruturas de opressões nos mostrando como e
quando mulheres negras são discriminadas e estão em posição de vulnerabilidade
(AKOTIRENE, 2019).
Urge a necessidade de se trabalhar esta temática na formação inicial e
continuada de professores/as, uma vez que tais profissionais serão responsáveis
por atuar em sala de aula frente ao racismo e suas formas de perpetuação (SILVA
et al., 2022). Defendemos, portanto, o deslocamento epistêmico desde a educação
básica até o ensino superior, como uma forma de resistência e como uma ação na
luta antirracista, uma vez que é possível abranger os conteúdos curriculares a
partir de diferentes visões de mundo.
Assumidos tais pressupostos desenvolvemos uma pesquisa no âmbito de uma
disciplina, intitulada “Diversidade e inovação: sobre gênero e raça nas
ciências”, que foi ministrada em um Programa de Pós-Graduação em Educação em
Ciências e Matemática de uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES).
Nosso objetivo foi, neste trabalho, analisar e caracterizar o processo formativo
dos pós-graduandos no desenvolvimento de um seminário, como etapa avaliativa da
disciplina, no que diz respeito aos conhecimentos tradicionais sobre as plantas
medicinais.
Material e métodos
O presente trabalho apresentou elementos de uma pesquisa participante, uma vez
que se compreende os sujeitos para além do pertencimento da comunidade,
promovendo uma aproximação horizontal entre sujeito e objeto (DEMO, 2004;
FAERMANN, 2014). Compreendemos que a construção do conhecimento científico não
ocorre de forma isolada, mas em conjunto com a sociedade abrangendo suas
vivências e necessidades sociais cotidianas (FAERMANN, 2014). Dessa maneira,
buscou-se a participação ativa da comunidade a fim de promover intervenções na
realidade social dos sujeitos (BRANDÃO, 2007; DEMO, 2004).
Esta pesquisa foi desenvolvida em uma disciplina intitulada "Diversidade e
inovação: sobre gênero e raça nas ciências" de natureza optativa, ofertada para
os/as alunos/as regulares do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e
Matemática - havendo também alunos/as especiais a este programa - de uma IFES.
Numa iniciativa inédita, correspondendo ao 2º semestre do ano letivo de 2020,
mas por conta da pandemia da Covid-19, a disciplina ocorreu ao longo do ano de
2021 de forma remota utilizando a plataforma Google Meet, com carga horária de
04 horas/aula semanais, perfazendo um total de 64 horas/aulas semestrais.
Foram sujeitos desta investigação (SI) uma professora formadora (PQ), um
professor em formação continuada aluno de mestrado (PF01), uma aluna de
iniciação científica (IC01) e 17 alunos/as de uma disciplina optativa
(identificados como A1, A2, A3 ... A17. Durante a disciplina foram realizadas
atividades avaliativas, este trabalho irá tratar dos seminários avaliativos
propostos em forma de mini aulas, em que as/os discentes teriam de mostrar como
poderiam abordar em suas áreas de formação, tanto no ensino básico quanto no
ensino superior, questões como: identidade de gênero, sexualidades, relações
étnico-raciais, racialidade e negritude.
A escolha dos componentes do grupo, assim como dos temas dos seminários
avaliativos, se deu de forma livre obedecendo à divisão das duplas e/ou trios
realizada no início do semestre para a execução das demais atividades. Foram
apresentadas duas temáticas por aula, realizadas nesta sequência I e II numa
aula; III e IV na seguinte aula e, por fim, V e VI na última aula. Neste
trabalho serão analisados os dados obtidos do seminário avaliativo II intitulado
“Plantas Medicinais: aspectos químicos, biológicos e afetivos” desenvolvido por
A5, A10 e A11.
As apresentações dos seminários I e II foram gravadas em áudio e vídeo para
serem transcritas posteriormente. Com duração de 03 horas e 17 minutos,
resultaram em 409 turnos de discurso (T) que foram analisadas segundo a Análise
da Conversação (AC) proposta por Marcuschi (2003).
Resultado e discussão
As mulheres são maioria em áreas relacionadas ao cuidado de terceiros (BENITE et
al., 2018). No que tange o cuidado através das plantas medicinais, esta prática
é construída por aspectos científicos e transformações químicas/físicas, uma vez
que tais aspectos estão envolvidos na escolha das plantas e em seu preparo.
Posto isto, passamos para a análise de apenas um extrato, o extrato 01 (figuras
01 e 02), que apresenta as falas produzidas acerca de “Saberes, memórias e
tecnologias ancestrais”, em que iremos discutir sobre o colocado.
Figura 01 e 02 - Extrato 01 - Saberes, memórias e tecnologias ancestrais.
A produção tecnológica ancestral africana foi de extrema importância para o
desenvolvimento da humanidade. Durante a Idade dos Metais houve também grandes
tecnologias africanas desenvolvidas, a exemplo das ferramentas feitas de cobre,
estanho, bronze e ferro que foram fabricadas em altos fornos africanos
utilizando conhecimentos termodinâmicos muito similares aos dos fornos
industriais atuais. No entanto, como destacado no T.127 e T.128 por A10, tais
contribuições não são ensinadas em sala de aula, tão pouco são atribuídas às
civilizações africanas.
Em T.130, A10 ainda retrata a necessidade de superação das limitações impostas
por uma visão etnocêntrica da realidade. Assim sendo, no T.137, A11 dá início à
discussão sobre a relação entre plantas medicinais e os saberes ancestrais. A
utilização de plantas com propósitos medicinais data desde a Antiguidade. De
acordo com Monteiro e Brandelli (2017) os primeiros registros de uso de plantas
para fins medicinais foram encontrados em escrita cuneiforme, sendo originários
da região da Mesopotâmia e datam 2.600 antes da era comum. Entre esses escritos
estão listados a utilização de óleo de cedro, alcaçuz, mirra, papoula dentre
outros derivados de drogas vegetais que, ainda hoje, são utilizados no
tratamento de doenças (MONTEIRO e BRANDELLI, 2017).
Outra fonte reconhecida da utilização de plantas medicinais é o Papiro de Ebers.
Este papiro data 1550 anos antes da era comum e descreve mais de 700 drogas
diferentes, descrevendo até mesmo extratos de plantas, metais e venenos de
várias procedências (TOMAZZONI et al., 2006). O Papiro de Ebers, assim como os
Papiros de Smith e Kahun dentre outros documentos históricos, descrevem a
precisão e avançada medicina egípcia de milênios atrás. As drogas vegetais
descritas no Papiro de Ebers são até hoje utilizadas no tratamento e prevenção
de doenças, em especial utilizadas por comunidades tradicionais.
Tais conhecimentos egípcios, com o tempo, e principalmente a partir da diáspora
africana, foram se espalhando pelo globo terrestre, como bem elucida A11 nos
turnos T.137 e T.138. No Brasil, por exemplo, as populações negras que para cá
foram trazidas, através do sequestro praticado pelos europeus colonizadores,
pertenciam a diversas civilizações e provinham das mais variadas regiões do
continente africano. Esses povos trouxeram consigo suas filosofias e ciências,
que tornaram capaz a reestruturação e a realocação da diáspora africana pelo
mundo (RIBEIRO, 2020).
De acordo com Carney (2004) falar sobre a diáspora africana envolve o debate
sobre os conhecimentos sobre as plantas. Todavia, um dentre todos os processos
tecnológicos desenvolvidos pelos africanos em sua diáspora foi à relação
existente entre corpo humano, saúde e natureza. O conhecimento e a experiência
adquirida no cultivo de plantas, principalmente aquelas com propriedades
medicinais, contribuíram para a sobrevivência desses povos nas Américas, bem
como em tantos outros lugares do globo terrestre (CARNEY, 2004). A herança
botânica desenvolvida pelos povos escravizados foram resultados de variados
sistemas étnicos de conhecimento, e principalmente influenciados pelas mulheres,
uma vez que essas atuavam como curandeiras e possuíam vasta experiência e
conhecimento no uso das plantas no tratamento de doenças.
O conhecimento de senso comum sobre botânica, fitoterapia, química, biologia,
fisiologia encontra-se presente no cotidiano dos brasileiros e das brasileiras,
principalmente entre as pessoas mais velhas. Esses conhecimentos, no entanto,
não se apresentam tal quais seus conceitos e regras, pelo contrário, estão
representados na forma dos saberes tradicionais herdados de geração em geração.
A utilização de plantas medicinais demonstra aplicado conhecimento nessas áreas,
pois nem toda planta tem efeito medicinal, assim como nem todo preparo da
planta, seja na forma de chá, infusão, em meio à refeição, é a melhor forma de
ingestão (BRASIL, 2012).
Através da utilização da experimentação, a medicina tradicional conseguiu reunir
inúmeros métodos fitoterápicos, alguns conhecidos há milênios de anos. No turno
T.155, A14 menciona, por exemplo, o uso do funcho. O funcho (Foeniculum vulgare
Miller) é uma planta medicinal descrita no Papiro de Ebers e até hoje é
utilizada no Brasil. Ele possui diversas aplicações terapêuticas a depender da
parte utilizada, as suas folhas e sementes são utilizadas para fazer chás e
infusões com ação no estômago, contra gripe e ainda como calmante (OLIVEIRA e
MENINI, 2012).
A6, por sua vez, no T.156 destaca a utilização da erva-cidreira (Melissa
officinalis L.), que é utilizada para fazer chá/infusões com ação calmante e até
ansiolítica, além de atuar também no aparelho digestivo, como sedativo e ainda
como antiespasmódica (CASES et al., 2011). De igual forma, ela atua ainda na
medicação para tratar a gripe, dispepsia, cefaléia, bronquite crônica, dores
reumáticas, enxaqueca e doenças virais (JESUS e OLIVEIRA, 2021).
Já a laranjeira (Citrus sinensis L.) citada por A2 no T.157 possui inúmeras e
diferentes propriedades terapêuticas em suas folhas e frutos. A sua folha, por
exemplo, é utilizada na defesa do corpo contra gripes e resfriados (OLIVEIRA e
MENINI, 2012). Em T.183, PQ relata sobre as propriedades das folhas da batata
doce (Ipomoea batatas L.), também conhecida como Ewé Kúkúndùnkú em Iorubá.
Segundo Asadi e colaboradores/as (2010) as folhas de batata doce são importantes
para o sistema imunológico, uma vez que possuem importantes funções como ação
antioxidante e atuam na prevenção do estresse oxidativo das células.
Ainda no mesmo turno, PQ relata sobre a origem desse conhecimento: “isso eu
aprendi na vida, no terreiro”, ou seja, tal conhecimento foi ensinado para PQ em
outros espaços formativos, em contraponto à educação formal de ensino, como por
exemplo, na universidade. À vista disso, não podemos reduzir a educação
unicamente à escolarização, visto que os processos de aprendizagem ocorrem em
diversos espaços sociais, como na família, comunidade, grupos e movimentos
sociais, dentre outros (GOMES, 2003).
Por conseguinte, a construção do conhecimento sobre plantas medicinais e as suas
utilizações pode ser feita dentro do núcleo familiar e passada para as novas
gerações através da oralidade e do convívio diário (CEOLIN, 2011). Posto isto,
tais práticas educativas, devem ser consideradas como legítimas e formadoras.
Logo, compreendemos as diferentes formas de educação e de conhecimento,
valorizando os saberes ancestrais presentes no dia a dia das pessoas e acabam
por repercutir em espaços formativos acadêmicos.
No T.187, A11 destaca o protagonismo das mulheres negras na educação e
perpetuação do conhecimento ancestral familiar. Avós, tias e mães são
reconhecidas como as portadoras dos conhecimentos que são passados de geração em
geração, por conseguinte, essas mulheres negras possuem papel fundamental na
continuidade da vida (RIBEIRO, 2020).
Já no T.198, A5 relata sobre alguns dos objetivos e da importância de se tratar
desta temática, visto que há a promoção da valorização e reconhecimento das
mulheres negras que detém estes saberes. Portanto, defendemos que a construção
desses diálogos associados ao currículo de Química/Ciências representa uma
alternativa de combate ao epistemicídio existente na sala de aula e ainda como
uma forma de perpetuar tais conhecimentos ancestrais.
Figura 01 - Extrato 01 - Saberes, memórias e tecnologias ancestrais.
Figura 02 - Extrato 01 - Saberes, memórias e tecnologias ancestrais.
Conclusões
A ciência, assim como o currículo, reproduz os preconceitos existentes na
sociedade a que pertencemos. Consequentemente, as mulheres negras, assim como
outros grupos sociais minoritários, foram excluídas, afastadas e invisibilizadas
do fazer científico. Associado a isto, temos a desvalorização de conhecimentos
tradicionais ancestrais produzidos no núcleo familiar e a supervalorização dos
conhecimentos produzidos por uma ciência que não dialoga com a realidade da maior
parte da população brasileira.
Como demonstra nossos resultados, o conhecimento não se resume à escolarização,
logo, os processos de educação e aprendizagem acontecem em outros locais e da
mesma forma devem ser compreendidos como válidos. Dessa forma, faz-se necessário a
discussão sobre raça, gênero e sua articulação com os conhecimentos tradicionais
na formação de professores/as de Ciências e Matemática, uma vez que tais
profissionais serão responsáveis por atuar em sala de aula frente ao racismo e
suas formas de perpetuação e é preciso que eles/elas estejam preparados/as para
intervir em tal realidade e serem capazes de provocarem mudanças em seus
contextos.
Agradecimentos
CAPES, CNPq e ao Programa de Iniciação à Pesquisa Científica, Tecnológica e em
Inovação (PIP) da Universidade Federal de Goiás (UFG)
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