Autores
Adams Welter, F. (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Moradillo Fortuna, E. (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)
Resumo
A Base Nacional Comum Curricular, é um documento orientador da Educação Básica. No
seu processo de implementação, se observa a necessidade de já conhecer a concepção
dos futuros professores sobre o documento. Sendo, o objetivo do trabalho refletir
sobre a concepção de licenciandos do curso de Licenciatura em Química da
Universidade Federal da Bahia (Ufba) possuem sobre a BNCC. Para tanto,
desenvolvemos uma pesquisa baseada nos pressupostos da Pedagogia Histórico-
Crítica, com licenciandos, que responderam a um questionário. Os dados demostraram
que as discussões sobre a BNCC começam a ser inseridas no curso, mas, que estes
possuem uma visão ingênua sobre tais mudanças. Destacamos a importância de que
estas discussões ocorram para além dos slogans oficiais da educação.
Palavras chaves
BNCC; FORMAÇÃO INICIAL; ENSINO DE QUÍMICA
Introdução
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que vem sendo gestado
desde 1988, com a Constituição Federal (BRASIL, 1998) que cita a necessidade de
um currículo que seja comum a todos. A formulação desta base ganha força em 2014
com o Plano Nacional de Educação (PNE), que apresenta como meta a melhoria da
qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do
fluxo escolar e da aprendizagem de modo a elevar as médias nacionais para o Ided
(BRASIL, 2014).
Assim, temos em 2015 sendo apresentada a 1º versão da BNCC, que foi desenvolvida
em 3 meses a partir da Portaria nº 592, da qual fizeram parte vários setores
educacionais, desde pesquisadores da temática de universidades, professores dos
vários níveis e das variadas redes (estaduais e municipais) até outros
especialistas vinculados às redes de ensino. Esta versão do documento passa por
consulta pública, com que recebe mais de 12 milhões de contribuições, e a partir
destas em 2016 temos a 2º versão do documento sendo apresentada a população.
Mas, o documento definitivo, que vem sendo implementado nas escolas foi
homologado em 2018.
Macedo (2016) considera que apesar de BNCC ter como proposta a organização
curricular em nível nacional, sob o discurso de promover a equidade e igualdade
de oportunidades, não há garantia alguma que ela alcance os objetivos
delineados, sobretudo porque dificilmente haverá uma real equidade somente pela
reorganização curricular das escolas. Nesse tocante, D’Avila (2018) afirma que a
BNCC se constitui como uma política curricular destinada à orientação da
Educação Básica. Segundo a autora, a formulação dessa política tem a
participação e protagonismo de instituições vinculadas à educação e ao mercado,
de forma que observamos que o documento se organiza a partir da ideia de
competências, apresentando que vai garantir aos estudantes uma educação que seja
integral, uma formação para a cidadania, a partir de projetos de vida, e demais
slogans , que parecem encher os olhos, mas que buscam iludir o leitor desatento.
Entretanto, o que encontramos nas entrelinhas deste documento, e indo além dos
slogans oficiais, é:
1- Uma concepção (neo)liberal de “emancipação”, na perspectiva da emancipação
política. Defendemos a emancipação humana em contra posição a uma emancipação
política, que é limitada e representa a máxima possibilidade possível de
liberdade na concepção liberal (TONET, 2013; 2016);
2- Uma concepção de “integral” muito mais relacionada ao tempo de permanência do
estudante na escola: o estudante estudar em dois turnos, e não integral no
sentido de uma formação omnilateral;
3- Um “projeto de vida” de adaptação a lógica da sociedade reprodutora do
capital, com as suas demandas de mão de obra adequadas para as novas formas de
reorganização produtiva, com base na eletroeletrônica;
4- Demandando assim “competências” operacionais via o aprender a aprender
(aprender a conhecer e a fazer na nova era do capital e sua restruturação
produtiva), que se expressa no chão do empreendimento empresarial, resultando
trabalhadores adestrados ao saber se virar “nos 30” – saber ser - (ser flexível
e polivalente/multifuncional/multipropósito) e saber conviver com os outros (se
adaptando aos constantes conflitos do desemprego e do aumento das diversas
formas de violência social).
Nesse contexto, observamos autores como Moradillo, Messeder, Lima (2017), e
Santos, Moradillo (2017), afirmarem que tais slogans que se relacionam a BNCC,
se articulam em uma proposta educacional com o objetivo de tornar os filhos dos
trabalhadores(as), o maior público da Educação Básica, flexíveis para conviverem
pacificamente, em uma sociedade instável, com diminuição dos postos de trabalho
(empregos) e aumento da pobreza e fome, em crise econômica e social permanente
(crise estrutural do capital).
Assim, a BNCC se apresenta como um documento que na contramão da promoção da
qualidade da educação, apresenta um esvaziamento dos conteúdos, o que podemos
observar com a diminuição que os conteúdos de Química sofreram ao longo das 3
versões da base, que na primeira apresentava 54 objetivos de aprendizagem, na
segunda passaram para 40 objetivos e na 3 versão são indicados apenas três
competências e pouco mais de 20 habilidades obrigatórias a serem desenvolvidas
pelos estudantes durante a etapa do Ensino Médio para a área de ciências da
natureza, sem qualquer detalhamento dos conhecimentos a serem transmitidos em
cada disciplina para sua conclusão, podendo, portanto, ser interpretada por
professores ou por gestores educacionais de formas bastante distintas.
Mas, além do esvaziamento do conteúdo cientifico a ser transmitido aos alunos,
observamos que, por consequência, a atuação docente em sala de aula também será
influenciada pela incorporação da BNCC. Dentre esses impactos, podemos citar a
criação da Base Nacional Comum da Formação de Professores (BNCFP), que tem como
objetivo orientar o currículo das instituições formadoras, redefinindo a
formação inicial e continuada de professores da Educação Básica (SIQUEIRA, 2019;
FARIAS, 2019; GONÇALVES; MOTA; ANADON, 2020).
Nesse processo de implementação da BNCC e pela urgência de elevar o nível das
discussões acadêmicas para além dos slogans oficiais, se observa a necessidade
de já conhecer a concepção que os futuros professores, têm frente ao documento,
sendo então o objetivo do presente trabalho, refletir sobre a concepção de
licenciandos do curso de licenciatura em Química da Universidade Federal da
Bahia (Ufba) possuem sobre a BNCC e seus slogans.
Material e métodos
O presente trabalho se orienta com base nos pressupostos da Pedagogia Histórico-
Crítica (SAVIANI, 2009; 2013), que toma como fundamento teórico a materialidade
objetiva da realidade social e a noção da cognoscibilidade do real por meio de
sucessivas aproximações, obtidas por meio de seu estudo sistematizado (TONET,
2013; DELLA FONTE, 2017). Assim, assumimos a objetividade da realidade e do
conhecimento, porém sem a confusão de que tal objetividade se assume na forma de
neutralidade
Portanto, procuramos trazer para a pesquisa a metodologia dialética, em
distinção às metodologias analíticas clássicas nos estudos qualitativos em
educação, geralmente mais definidas e prescritivas (tais quais as análises de
conteúdo, de discurso, textual-discursiva, entre outras) (TOZONI-REIS, 2009),
nos colocamos no movimento de descrição dos dados, no escopo do objeto de nosso
estudo e, conforme estes vão sendo desvelados, sua historicidade e as relações e
nexos com os quais tais dados realizam com a sociedade, com a educação, com a
política e outros complexos, vão sendo trazidos à análise e sendo elucidados,
para além da aparência, na dinâmica da dialética singular-particular-universal
(GALVÃO; LAVOURA; MARTINS, 2019).
Destacamos que os dados aqui apresentados, são dados iniciais de uma pesquisa de
doutorado, com o objetivo de compreender como a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) pode impactar as discussões da dimensão prática, componentes curriculares
pedagógicas e estágio supervisionado na formação inicial do curso de
Licenciatura em Química da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Dessa forma, a pesquisa se fez por meio do contato direto com a situação
estudada, através da aplicação de questionários, no formato online, a
licenciandos do curso diurno de Licenciatura em Química da Ufba. Destaca-se que
esta pesquisa se insere no paradigma da teoria crítica e é de natureza
descritiva/compreensiva envolvendo as respostas dos licenciandos.
O questionário foi aplicado durante o componente curricular denominado “O
Professor e o Ensino da Química” (QUIA43), durante o primeiro semestre do ano de
2022, semestre em que o oferecimento da disciplina ocorreu remotamente; destaca-
se que em momento de aula a pesquisa foi apresentada aos licenciandos e estes
foram convidados a participar. Ocorreu o acompanhamento de todas as atividades
da disciplina, sendo duas aulas voltadas de forma especifica para a discussão
dos aspectos gerais da BNCC e da forma como a mesma vem sendo implementada no
Estado da Bahia.
Desta forma, questionário foi elaborado a partir da ferramenta Google Forms e
encaminhado aos licenciandos. Aqueles concordaram em participar da pesquisa de
maneira gratuita e com a preservação de suas identidades, tendo recebido junto
aos questionários o respectivo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), com todos as informações da pesquisa, que foram devidamente assinados
com a anuência para o uso de suas respostas.
Assim, o questionário era composto por 30 questões objetivas e discursivas que
foram respondidas por 10 licenciandos do curso de Química diurno. Destacamos que
será mantido o anonimato dos sujeitos, fazendo uso de códigos para identificá-
los. Para tanto, se fará uso da letra L seguida dos números de 1 a 10.
Resultado e discussão
A BNCC como documento articulador da Educação Básica, vem sendo implementado nas
escolas brasileiras nos últimos anos, também se mostra em processo inicial de
incorporação nos cursos de formação inicial de professores, uma vez que estes
sujeitos ao estarem em contato com a escola, por meio do estágio curricular
obrigatório, estão também vivenciando a sua implementação.
Observamos que as competências são um dos pontos principais de alinhamento entre
a BNC-Formação e a BNCC, uma vez que estes documentos “insistem na lógica de
produção de saberes pelo caminho objetivista em que, alunos e professores são
pensados como receptores de modelos educacionais pensados por ‘especialistas’”
(ALBINO, SILVA, 2019, p. 150). Modelos educacionais estes que buscam reforçar as
ideias do modelo de produção vigente, na busca de esvaziar tanto o currículo da
Educação Básica quanto e de formação de professores.
Nesse sentido, buscamos neste trabalho refletir sobre a concepção de
licenciandos do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal da
Bahia (Ufba) possuem sobre a BNCC, por meio da aplicação de um questionário a
licenciandos do início da graduação. Com relação ao perfil dos 10 licenciandos
que responderam ao questionário, 40% são do sexo feminino e 60% do sexo
masculino, 50% cursou o Ensino Médio em Escola Pública e 50% em Escolas
Particulares, o que consideramos um dado interesse, uma vez que está vivência
pode promover uma visão diferente destes sujeitos frente à Educação, a BNCC e os
slogans que a orientam, tais como a formação por competências.
Com relação ao conhecimento sobre a BNCC, 80% dos alunos afirmaram que
já ouviram falar do mesmo em componentes curriculares cursados durante a
graduação em Licenciatura em Química, a exemplo do componente Organização da
Educação Brasileira, onde eles discutiram artigos científicos que abordava
aspectos gerais sobre o documento, o que demostra que esse documento já vem
sendo discutido em componentes curriculares do curso de Licenciatura em Química,
portanto se faz necessário refletir sobre como estão ocorrendo estas discussões
e sobre qual a concepção sobre o documento, que estes alunos estão tendo
contato.
Ainda, questionamos os licenciandos sobre as possíveis vantagens ou
desvantagens da BNCC e das reformas do Ensino Médio. Nos excertos a seguir são
apresentados algumas das respostas dos licenciandos:
Excerto 1 - Os alunos vão poder montar sua grade de estudos. L1
Excerto 2 - Acredito que vai ser focado mais pra a área de atuação que o
estudante do ensino médio escolher, para que ele dedique mais tempo da sua grade
curricular em matérias voltadas para sua formação e futura profissão. L2
Excerto 3 - Acredito que irá guiar os estudantes para uma zona mais decisiva, o
que os ajudará na escolha do seu futuro. L3
Excerto 4 - O aluno vai poder escolher uma disciplina, dessa forma terá uma
carga horário maior de estudo nela e assim já escolher sua área em que pretende
atuar. L7
Excerto 5- Acho que vai direcionar mais os estudantes a suas áreas de atuações
futuras e chegarem a uma graduação com uma melhor base, fora diminuir a carga
horária de matérias que ele não precisará na sua vida acadêmica futura. L9
Podemos observar nas falas dos licenciandos que é consenso de que a nova
proposta para o Ensino Médio, apresenta como vantagem o fato dos alunos poderem
escolher as disciplinas que estejam voltadas para a sua vida futura, seja na
vida acadêmica ou profissional. Os licenciandos apresentam uma concepção de que
essas mudanças são positivas pois, vão auxiliar os alunos no seu futuro, o que
demostra a relação com os slogans da educação que são determinantes ao longo da
história da mesma. Sendo estes termos difundidos de forma a levar os sujeitos a
acreditarem que a adoção de práticas relacionadas a tais formas seriam formas de
solucionar os problemas da educação (EVANGELISTA, 2014; FREITAS, 2016).
Mas, nos pautamos em Siqueira e Moradilo (2022) para apresentar a nossa crítica
dessa afirmação, uma vez que os autores discutem que esse ideário, de uma
formação baseada em competências, é incompatível com uma educação que se
proponha integral e libertária. Pelo contrário, vai favorecer as injustiças
promovidas pelo sistema capitalista, no qual a educação para a classe
trabalhadora ocorrerá baseada em conteúdos rasos e mínimos de forma a levar
estes sujeitos apenas a aceitarem o seu status quo na sociedade, sem uma
formação baseada na promoção da consciência crítica e transformadora, assim como
educando-os como força de trabalho demandadas pelo capital e não para uma
formação geral, integral, omnilateral.
Enquanto que, para a classe dominante, haverá o aprofundamento nos conteúdos de
todas as áreas necessárias, buscando a formação de líderes que vão manter o
sistema vigente, através de sua formação no ensino superior (SIQUEIRA;
MORADILLO; CUNHA, 2020). E, Santos (2017, p. 46), que apresenta que esses
documentos se mostram como a essência da flexibilização dos saberes, voltando-se
para o ideário neoliberal pós-moderno imposto pelo capital, centrado no
estabelecimento para os alunos de “saberes e competências adaptáveis ao mundo do
trabalho flexível e da sociedade do conhecimento”. Mas, apresentando uma visão
diferente dos demais licenciandos L5, afirma que:
Sei um pouco sobre as questões do novo ensino médio, que são terríveis e vão
aumentar a segregação social no Brasil, a especificação das disciplinas farão os
alunos de mais baixa renda estarem mais despreparados para vestibulares/ENEM,
enquanto que estudantes de famílias com melhores condições poderão estudar por
fora e fazer cursinhos para conseguir adentrar em faculdades e até tem acesso a
faculdade particulares sem necessidade de bolsa, cujo ensino também parece não
se preocupar muito com questões sociais e focar em mercado [...] vai dificultar
a propagação de um conhecimento científico básico pela população. L5
Este licenciando apresenta uma visão crítica frente ao documento, destacando o
esvaziamento do conteúdo para a classe trabalhadora. Nesse sentido, Branco e
Zanatta (2021) afirmam que a organização da BNCC não está centrada na
aprendizagem dos conteúdos historicamente sistematizados, mas em competências e
habilidades, que acabam por promover o esvaziamento do currículo.
E Siqueira (2019), complementa afirmando que as políticas de currículo
propostas através da BNCC e do Novo Ensino Médio, demostra o completo
esvaziamento dos currículos dos conteúdos científicos, promovido por diversas
frentes que são postas por estes documentos: a flexibilidade dos currículos, a
diminuição da carga horária da Educação Básica comum, a ascensão das ideias da
aprendizagem flexível, a pedagogia das competências e do aprender a aprender, o
culto ao multiculturalismo e à pluralidade de ideias, em detrimento dos saberes
científicos, etc.
De forma geral, podemos observar que os licenciandos demostram que as discussões
sobre a BNCC começam a ser inseridas no curso de Licenciatura em Química, mas,
observamos que ainda predomina entre eles uma concepção ingênua, pouco
fundamentada e, geralmente, apontam que tais mudanças na Educação Básica são
positivas para os alunos.
Apesar das discussões sobre a BNCC já fazerem parte de componentes curriculares
iniciais da Faculdade de Educação, assim como os estudantes terem acesso à
informação sobre tal documento, principalmente pele imprensa e propaganda
governamental, que procuram ressaltar aspectos positivos via slogans antigos e
novos, destacamos a importância de que estas discussões ocorram de forma
sistemática por dentro do currículo e por eventos/debates na comunidade
acadêmica, com base na análise crítico-dialética da realidade, da educação e dos
processos e políticas públicas de educação, levando estes a reconhecerem que a
BNCC se trata de um documento que representa um retrocesso para a educação,
permeado de slogans que tendem a iludir os “desavisados”.
Conclusões
A BNCC é um documento orientador que vem sendo aplicado nos últimos anos de
forma a mudar tanto o currículo da Educação Básica quanto o currículo de
formação de professores, uma vez que estes terão que se adaptar e promover
discussões sobre tais mudanças.
Os resultados da pesquisa demostram que estas discussões começam a ser inseridas
no curso de Licenciatura em Química da Ufba, através da inserção da discussão
deste documento em componentes curriculares como Organização da Educação
Brasileira e até mesmo na própria disciplina em que a pesquisa ocorreu, uma vez
que faz parte do plano de curso apresentado pelo professor discutir sobre
temáticas atuais do ensino de Química, tal como a BNCC.
Mas, podemos observar que predomina nos licenciandos uma concepção de que as
mudanças promovidas pela implementação da BNCC e do Novo Ensino Médio, serão
positivas para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. De forma,
observamos que as falas dos licenciandos estão em consonância com o que é
divulgado sobre essas propostas pelo governo, que transmite um ideário de
liberdade diante da possibilidade de o aluno optar por um caminho a seguir em
sua formação, e ainda pelos slogans educacionais que são amplamente divulgados.
Os posicionamentos dos licenciandos frente a BNCC e o Novo Ensino Médio
encontradas neste trabalho, nos leva a destacar a importância de que essas
discussões sejam realizadas na formação inicial dos professores a partir de uma
concepção crítica-dialética destes documentos, de forma a promover a superação
das concepções ingênuas apresentadas pelos mesmos.
Agradecimentos
A CAPES pela bolsa concedida
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