Autores
Muniz, A. (IFRJ) ; Raices, R. (IFRJ) ; Quiterio de Souza, S. (IFRJ) ; Aragão, L. (IFRJ)
Resumo
Este trabalho teve como objetivo determinar e comparar a concentração de cádmio
(Cd) em hortaliças cultivadas de forma convencional e orgânica, bem como estimar
o risco a saúde através da exposição a metais, através dos cálculos de ingestão
estimada diária de metais(EDI) e quociente de risco alvo (THQ). A concentração
média encontrada de Cd em amostras de alface orgânica (AO) foi de 0,0811 ±
0,0367 mg kg-1, nas amostras de alface convencional(AC) foi de 0,1549 ± 0,0266
mg kg-1. As amostras de cenoura orgânica(CO) apresentaram concentração média de
Cd de 0,1064 ± 0,0553 mg kg-1, enquanto amostras de cenouras cultivadas por
método convencional(CC) apresentaram concentração média de 0,1174 ± 0,0780 mg
kg-1.A avaliação da exposição crônica ao Cd realizada em relação ao consumo foi
satisfatória
Palavras chaves
cádmio; hortaliças; agricultura convencional
Introdução
Segundo estudo realizado pela Produce Marketing Association, a população
brasileira tem consumindo mais frutas e hortaliças. Onde 34,6% da população está
consumindo cerca de 400g dia -1 de frutas e hortaliças (SINCOVAGA, 2022).
Entretanto, tal consumo representa importante via de exposição humana a metais
traço, visto que esses se encontram entre os maiores contaminantes das
hortaliças (DALA-PAULA et al., 2018; SAWUT et al., 2018; HADAYAT et al., 2018;
GONZALÉZ et al., 2019; ARAÚJO et al., 2019). Segundo Gupta et al. (2019), metais
traço como Cd podem estar presentes em formulações de agrotóxicos e
fertilizantes fosfatados, o que representa um potencial risco à saúde devido o
crescente aumento do emprego desses produtos na produção de alimentos.
A absorção dos metais traço aumenta a ocorrência de alterações e doenças como o
câncer (PERALTA-VIDEA et al., 2009). Diante do exposto e da crescente
conscientização do valor nutritivo das hortaliças, aumentou-se a busca por
alimentos orgânicos (HURTADO-BARROSO et al., 2017; GOMIERO, 2018; GONZALÉZ et
al., 2019; ARAÚJO et al., 2019; CÁMARA-MARTOS et al., 2021). Dados dúbios e
questionáveis já foram obtidos nesta comparação. Desta forma, ainda há
controvérsias se um produto orgânico é melhor que o convencional (HATTAB et al.,
2019; KREJČOVÁ et al., 2016).
Hattab et al. (2019) constataram em seus estudos que os metais traço em alface e
tomate, foram encontrados em maior concentração na agricultura convencional
quando comparado a orgânica. Krejčová et al. (2016) avaliaram metais e nitrato
em amostras de cenoura cultivadas de forma convencional e orgânica, constatando
que não houve diferença entre as duas formas de cultivo. Diante do exposto, a
ocorrência de metais traço em alimentos, independentemente de sua origem
orgânica ou convencional precisa ser monitorada.
Segundo o Codex Alimentarius da OMS (WHO, 2016) e USEPA, a exposição diária a
metais, pode ser avaliada através da utilização dos valores concentração de
metais no vegetal, consumo diário do vegetal e o peso corporal médio da
população.
Material e métodos
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa quantitativa e experimental.
Análise quantitativa: Todo material utilizado foi descontaminado, os reagentes
usados apresentaram grau analítico (PA). Foram coletadas três amostras de uma
hortaliça folhosa (alface) e um tubérculo (cenoura) cultivados de forma
convencional e três amostras de uma hortaliça folhosa (alface) e um tubérculo
(cenoura) cultivados de forma orgânico certificadas com rótulo orgânico do
Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica - SisOrg (BRASIL,
2014), no mês de março de 2019, em mercados da Zona Norte da cidade do Rio de
Janeiro – RJ, obtendo-se 12 amostras, que foram preparadas em triplicata.
As amostras foram inicialmente lavadas em água deionizada e tiveram o excesso de
umidade retirado com papel toalha, para que em seguida fossem cortadas e
trituradas com o emprego de um Mixer Philips Walita 400 W (Mod. RI1364/0). Estas
foram postas em vidros de relógio para que, em seguida, fossem submetidas à
estufa em 65°C por 72h (HADAYAT et al., 2018). As amostras já secas foram
armazenadas em sacos hermeticamente fechados e estes foram congelados. Feito,
pesou-se, em balança analítica Adventurer OHAUS, 0,5g de amostra seca em tubos
falcon Sartedt®, em triplicata. Adicionou-se 5 mL de HNO3 1:1 e levou-se os
tubos para banho maria no ultratermostático FANEN (modelo 116) a 100ºC por 5h,
agitando cada um dos tubos a cada 1h. Após esse período, as amostras foram
resfriadas até a temperatura ambiente, e adicionou-se 1 mL de H2O2. O
procedimento de extração ácida foi baseado no método 3050B com modificações.
Após 24h, as amostras foram filtradas em papel filtro quantitativo C41 (9 cm).
Em seguida, foram avolumadas para 20 mL com água deionizada e centrifugadas a
3.000 rpm por 10 minutos, para verificar presença de sobrenadantes. Destaca-se
que foi realizada a análise do branco.
Para avaliação dos níveis de Cd, foi empregado o Espectrômetro de Absorção
Atômica em Forno Grafite (ET AAS) AA Perkin Elmer (Mod. PINAAcle 900T). O
Software usado para processar os dados foi o WinLab32. O limite de quantificação
e de detecção foram 0,004 and 0,012 mg kg-1 para cádmio, respectivamente.
Consumo de alface e cenoura pela população estudada: A fim de obter o consumo
dos vegetais estudados, de forma usual ao longo de um período, utilizou-se o
Questionário de Frequência Alimentar (QFA) um método comumente utilizado para
verificar a associação de dieta e doença (PEDRAZA & MENEZES, 2015). O QFA foi
confeccionado no Google Forms, enviado de forma aleatória a grupos de
consumidores adultos e residentes na Região Metropolitana do Rio de Janeiro,
através de Whatsapp, onde foram questionados sobre consumo de alface e cenoura e
a frequência alimentar.
Resultado e discussão
Segundo a legislação brasileira (BRASIL, 2013), vegetais folhosos como alface, e
tubérculos, como a cenoura, deverão conter concentrações de Cd inferiores a 0,20
mg kg-1 e 0,10 mg kg-1, respectivamente.
As amostras de alface convencional apresentaram 0,155 ± 0,027 mg kg-1 de
concentração média de Cd, enquanto as amostras orgânicas da hortaliça mostraram
0,081± 0,037 mg kg-1. As amostras de cenoura convencional apresentaram 0,117±
0,078 mg kg-1 de concentração média de Cd, enquanto suas amostras orgânicas
apresentaram 0,106 ± 0,055 mg kg-1.
A diferença entre a concentração média encontrada para a alface convencional foi
1,9 vezes maior que na agricultura orgânica. Já na cenoura, observou-se que a
concentração de Cd apresentou-se cerca de 1,1 vezes menor na cultura orgânica.
Nota-se que em ambas as hortaliças houve uma maior concentração de cádmio nas
amostras convencionais, e essa diferença mostrou-se mais expressiva na alface.
Douay et al. (2013) já haviam apontado que os vegetais folhosos, como a alface,
e tubérculos, como a cenoura, apresentam maior disponibilidade para a acumulação
de metais. Entretanto, Hu et al. (2017) concluíram que vegetais folhosos
acumulam maiores concentrações de metais, quando comparados com tubérculos e
frutos, proporcionando maior risco à saúde humana.
Utilizando o modelo de Gebeyehu & Bayissa (2020), os dados obtidos através do
QFA (Questionário de Frequência Alimentar) e dados do IBGE foi possível avaliar
a exposição ao Cd através do consumo de alface e cenoura.
Na Tabela 2 são apresentados os valores de cada variável das equações, bem como
os resultados obtidos para EDI e THQ. Os valores de EDI foram estimados de
acordo com a média das concentrações de Cd em amostras de alface e cenoura
cultivadas na forma convencional e orgânica (CM). O CF, ou fator de conversão de
concentração para peso de vegetais frescos em peso seco foi de 0,085 (GEBEYEHU &
BAYISSA, 2020).
Neste estudo, os valores de EDI, ou seja, a ingestão diária de metais estimadas
para os vegetais estudados estão abaixo da a ingestão diária tolerável (MTDI)
para o Cd que está na faixa de 0,02 a 0,07 mg dia (ZHENG et al., 2007; SHAHEEN
et al., 2016; BASHA et al., 2014).
Comparando-se os valores de EDI encontrados nos vegetais convencionais e
orgânicos, verifica-se que, o EDI proveniente do consumo da alface convencional
é quase 2 vezes maior quando comparado ao consumo da alface orgânica, entretanto
para a cenoura não há uma diferença significativa.
Em relação ao quociente de risco alvo (Target hazard quotients – THQ), o qual
avalia risco não carcinogênico do consumo de vegetais, verificou-se que os
valores de THQ obtidos estavam abaixo de 1, o que, teoricamente, nos garantiria
efeitos não cancerígenos para a saúde a longo prazo através do consumo do
vegetal avaliado (GUPTA et al., 2019; GUO et al., 2019; GEBEYEHU & BAYISSA,
2020). Entretanto, destaca-se que o THQ para a alface é duas vezes maior no
cultivo convencional em relação ao orgânico.
Cabe destacar que apenas o metal Cd foi avaliado em duas hortaliças, tal fato
pode subestimar os riscos do consumo de alimentos contaminados por metais, pois
a população pode estar exposta a diversas outras fontes simultaneamente e os
contaminantes químicos podem agir sinergicamente, o que potencializaria os
riscos à saúde (TSATSAKIS et al., 2016; JARDIM & CALDAS, 2009).
Parâmetros e variáveis usados no cálculo de EDI e THQ e comparativo da EDI encontrados para consumo de alface e cenoura convencionais e orgânicos.
Conclusões
Pôde-se notar a diferença na concentração de cádmio nas hortaliças plantadas de
forma orgânica e convencional. Os vegetais orgânicos, ou seja, cultivados sem o
emprego de agrotóxicos, apresentaram concentrações mais baixas do metal. É
importante salientar que todas as hortaliças apresentaram níveis de Cd inferiores
aos limites estabelecidos RDC nº 42 (ANVISA).
A avaliação da exposição crônica ao Cd realizada com o emprego de concentrações
médias e através do padrão de consumo dessas hortaliças foi satisfatória, não
apresentando assim, potencial risco a saúde.
Entretanto, é importante estimar a exposição a diversos metais potencialmente
tóxicos de diversas fontes conjuntamente a fim de obter uma melhor percepção do
risco do consumo isolado de alimentos contaminados.
Agradecimentos
Ao IFRJ pela infraestrutura e ao CNPQ pelo auxílio financeiro (bolsas PIBIC e
PIBIC-EM).
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