Autores
Souza, M.M.S. (UTFPR) ; Rosso, D. (PRATI-DONADUZZI) ; Rosa, M.F. (UNIOESTE)
Resumo
As atividades de Validação estão inseridas
dentro do Sistema de Gestão da Qualidade de
todas as Indústrias Farmacêuticas. Desde a
publicação da RDC 301, de 22 de agosto de
2019, e suas instruções normativas, ocorreu no
sistema da qualidade da indústria importantes
incrementos às atividades de validação. Para
realização do trabalho foi realizado um
levantamento em bases de dados
escolhidas pelas autoras, sendo
elas,Periódicos Capes, Scielo e Google
Acadêmico. Um dos primeiros desafios
encontrados na implementação do novo conceito
de validação, corresponde a integração com a
Fase 1 (Pesquisa e Desenvolvimento), com a
Fase 2, além da inclusão da
obrigatoriedade da Fase 3 (PDA,
2013), com as novas diretrizes da RDC de
Boas Práticas
Palavras chaves
validação de processo; validação de limpeza; qualidade de medicamentos
Introdução
Com o ingresso da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) ao Esquema
de Cooperação em Inspeção Farmacêutica
Indústria Farmacêutica (PIC/S), foi
realizada uma harmonização das Boas Práticas
de Fabricação (BPF) à comunidade
internacional (BRASIL, 2020).
Desde a publicação da RDC 301, de 22 de agosto
de 2019, e suas instruções
normativas, ocorreu no sistema da qualidade da
indústria importantes incrementos
às atividades de validação. O conceito ciclo
de vida, passa a abranger uma nova
sistemática de desenvolvimento de produtos e
procedimentos de limpeza, de
validação dos processos produtivos e de
procedimentos de limpeza, bem como para
o monitoramento do status desses estudos
(BRASIL, 2019).
Essencialmente o ciclo de vida corresponde a
três distintas fases, que se inicia
no desenvolvimento e permeiam toda a
existência do produto no mercado. Na Fase
1, ou Desenvolvimento, ocorre a definição do
produto ou procedimento de limpeza,
do processo produtivo ou receita de limpeza,
dos atributos críticos de qualidade
e parâmetros críticos do processo (ACQs e
PCPs). A Fase 2, ou Validação,
corresponde a transição entre desenvolvimento
e produção industrial, esta deve
demonstrar que os ACQs e PCPs se encontram
dentro do especificado e são
reprodutíveis. Já a Fase 3, Verificação
Continuada de Processo, trata-se do
monitoramento dos ACQs e PCPs para demonstrar
o estado de controle e deve ser
capaz de demonstrar a confiança e estabilidade
estatística dos resultados
(PIC/S, 2007; FDA, 2011; BRASIL, 2019).
O time de validação é envolvido em todas as
fases do ciclo de vida e sob seu
encargo estão geralmente a Validação do
Processo ou de Procedimentos de limpeza
(Fase 2, já prevista na legislação anterior) e
a Verificação Continuada de
Processo ((VCP) Fase 3, incremento da nova
legislação) (BRASIL, 2019).
Para a condução da Validação de Limpeza, um
detalhado processo deve ser
elaborado e executado de maneira correta com
objetivo de evitar a contaminação
dos produtos por substâncias indesejáveis, ou
ainda que os medicamentos sofram
alterações que possam colocar a vida do
consumidor em risco. A limpeza dos
equipamentos, ambientes produtivos e
utensílios é uma atividade essencial dentro
da indústria farmacêutica, por isso a
necessidade de ser controlada. O controle
definido se fazia por meio dos estudos
validações, buscando a segurança para a
saúde do paciente, garantia da qualidade do
produto e eficácia do tratamento
oferecido (ARAÚJO, 2014).
O estudo de Validação de Processos tradicional
ocorre na grande maioria das
vezes antes de se liberar a produção
comercial, ou seja, anteriormente à
comercialização do medicamento quando esse
passa por processo de mudança ou
lançamento na empresa. Esse estudo deve ter
base científica e número de lotes
suficientes para comprovar a segurança e
reprodutibilidade do processo em
relação às especificações de qualidade
(BRASIL, 2019). Pode-se citar alguns
exemplos de atributos checados em medicamentos
como: Doseamento, Uniformidade de
conteúdo, Análises microbiológicas, Peso ou
Volume Médio, Dissolução, Dureza,
Friabilidade (essas três últimas normalmente
para formas farmacêuticas sólidas)
(BRASIL, 2010).
Dentre as estratégias para se executar o
estudo de Validação não existe um único
caminho e o ponto comum a ser buscado é a
existência de critérios, parâmetros e
metodologias que sejam cientificamente
justificáveis, reprodutíveis e que
demonstram claramente que o procedimento de
limpeza produz resultados que estão
de acordo com as especificações pré-
estabelecidas (BRASIL, 2006).
Essas são atividades descritas nas BPF como
ponto crítico para a qualidade do
produto, a fim de garantir que o produto final
chegará ao consumidor final com a
qualidade requerida. Além disso, que os
processos realizados sejam
comprovadamente reprodutíveis, o que requer
também um eficiente programa de
qualidade e higienização a ser seguido para
que todas as possíveis fontes de
contaminação e variação não esperada sejam
eliminadas no processo produtivo e de
limpeza (BRASIL, 2019).
Com a vigência da norma de Boas Práticas de
Fabricação de Medicamentos o desafio
quanto as estratégias, execuções e
implementações das atividades de Validação de
Processo e de Limpeza se tornou maior devido à
grande abrangência dos requisitos
e maior rigor requerido.
Considerando que a Anvisa orienta para as
empresas definirem seus métodos de
implementação do novo conceito de validação,
tem-se o desafio de desenvolver o
mesmo atendendo aos preceitos de qualidade
esperados e com embasamento técnico
científico suficiente para ser aceito pelo
órgão regulador. Os principais
desafios e oportunidades envolvendo o período
de transição da nova resolução
serão abordados no presente trabalho.
Material e métodos
Para realização do trabalho foi realizado um
levantamento bibliográfico em bases
de dados escolhidas pelas autoras, sendo elas,
Periódicos Capes, Scielo e Google
Acadêmico. As palavras-chave utilizadas foram
entre elas Validação, Validação de
Processo, Validação de Limpeza, Qualidade e
Qualidade de Medicamentos, Verificação
Continuada. Para a data de publicação foi
selecionado um critério de 2007 até
Fevereiro de 2022, sendo os artigos escritos
em inglês e português. Com base no
levantamento, bem como no exercício do
trabalho nas específicas áreas, foi
disposto o que se apresenta no cenário
nacional no momento da implementação dos
novos conceitos da legislação.
Resultado e discussão
Desafios relacionados à Validação de
processos
Um dos primeiros desafios encontrados na
implementação do novo conceito de
validação, corresponde a integração com a Fase
1, com a Fase 2 (PDA, 2013). No
novo contexto, a definição dos parâmetros e
atributos críticos ocorre na Fase 1,
sendo os mesmos documentados e muitos deles
testados através de experimentos
realizados, muitos deles em escala de bancada.
Assim cabe a Fase 2 a identificação de quais
desafios ainda serão necessários
para comprovar a reprodutibilidade do processo
em escala industrial no que tange
o atendimento aos atributos de qualidade
esperados (PDA, 2013). A escolha de
ferramentas da qualidade assertivas e que deem
base documentada e técnica o que
foi selecionado como desafios necessários para
confirmação da qualidade, torna-
se além de fundamental, um requisito exigido
pela própria legislação.
Avaliados e definidos os atributos e
parâmetros críticos de qualidade, mantem-se
a necessidade de elaboração de planos
amostrais robustos e ferramentas
estatísticas para que as devidas comprovações
de qualidade sejam evidenciadas.
Esse plano amostral bem como as ferramentas da
qualidade escolhidos nesse
momento precisam não somente evidenciar que a
qualidade está sendo atendida, mas
também nos aspectos relacionados a próxima
etapa do ciclo de vida, a Fase 3. A
própria agência reguladora, Anvisa, na
apresentação inicial da legislação,
comenta que precisará ser monitorado em Fase 3
os atributos e parâmetros para os
quais não foi possível demonstrar o estado de
controle estatístico durante a
fase anterior. Nesse contexto a abordagem
durante a Fase 2 deve levar em
consideração o que ela mesma precisa comprovar
(segurança e reprodutibilidade),
além da estabilidade estatística que
precisará, a depender dos resultados,
prosseguir para acompanhamento a longo prazo
(BRASIL, 2019).
Por último, pode-se destacar a Fase 3 em
específico. Após o término da Fase 2,
entendidos e selecionados os atributos e
parâmetros a serem monitorados, inicia-
se o planejamento de execução dessa etapa. As
formas de controle e
retroalimentação do time validação também
orienta-se serem definidas
anteriormente a liberação da produção
comercial. Isso porque, tanto pode haver
uma alteração nos controles de processo até
então praticados, bem como a
definição de limites controle em Controle de
Qualidade de forma a se tornarem
indicadores de potenciais desvios que possam
representar um alerta para o
controle estatístico de processo (ALVES;
FELIPE, 2020). Por fim, a definição do
número de lotes e as ferramentas estatísticas
que irão compor o estudo nessa
fase também necessitam ser definidos e, para
tanto, deve-se avançar até que se
obtenha dados suficientes para estimativas
significativas (PARAG, 2018).
Validação de limpeza e as perspectivas da
atualização das BPF´s
Com as novas diretrizes da RDC de Boas
Práticas de Fabricação (2019) e Relatório
Técnico do PDA (2003) os Procedimentos
Operacionais Padrão devem ser
desenvolvidos em conjunto com o processo da
limpeza, caracterizando a Fase 1. Os
procedimentos iniciais a serem validados devem
refletir detalhes suficientes
para assegurar as consistências do processo.
Depois da execução e comprovação da
eficiência, os referidos procedimentos
operacionais padrão finais devem estar
altamente detalhados (por exemplo, tempo,
temperatura, concentração e ação de
limpeza), garantindo a devida
reprodutibilidade (PDA, 2013).
Levando em consideração toda a trajetória de
evolução dos conceitos de
Validação, a abordagem da Fase 1 traz uma nova
etapa em relação aos conceitos de
validação tradicional. Nessa, espera-se que o
desenvolvimento do processo de
limpeza seja desenhado de maneira prévia a
execução do estudo propriamente dito.
Dentro desta atividade, entende-se que um dos
desafios para aplicação desta
etapa é a de documentar todo o
desenvolvimento, fazer todos os ajustes
necessários e identificados nessa etapa e
posteriormente conseguir reproduzí-lo
na Fase 2. Foi e está sendo necessário que as
empresas criem procedimentos e
estratégias para o desenho da Fase 1, assim
como empregabilidade desta às demais
fases do ciclo de vida da Validação.
Já a Fase 2 com as novas diretrizes de Boas
Práticas de Fabricação o
procedimento de limpeza deve ser executado por
um número previamente ao início
do estudo definido, tendo como base uma
avaliação de risco. Deve se verificar
todas as variáveis que podem impactar na
performance do procedimento de limpeza,
atendendo aos critérios de aceitação para que
o método de limpeza seja
considerado validado (BRASIL, 2022). O estudo
de Validação de Limpeza trouxe a
necessidade da aplicabilidade de ferramentas
estatísticas, sendo esta possível
apenas quando se trata de métodos analíticos
quantitativos os quais ainda não
eram a totalidade em várias indústrias
nacionais. Além disso, os dados devem ser
suficientes para o tratamento estatístico
requerido de avaliação de performance
e reprodutibilidade do procedimento. A
avaliação estatística em si gera, em
muitos casos, a necessidade de se aumentar o
número de amostras coletadas, com
consequente aumento de demandas aos
laboratórios analíticos. Essa necessidade
vai ao encontro da busca de maior
assertividade quando a Fase 2 passa a ser
monitorada pela Fase 3, continuando o desafio
de reprodutividade destes
resultados e permanência do status validado.
Avançando para a Fase 3, apesar de ter sido
requerida a partir de 2019, ainda
existem muitos desafios para o presente e
futuro da atividade. Visto que se
caracteriza pela etapa que garante o status de
validado do procedimento ao longo
do tempo de uso dele, ela precisa trazer uma
abordagem robusta para tanto. Para
a aplicação da Fase 3 o desafio se trata de
permanecer com o mesmo comportamento
estatístico dos dados obtidos na Fase 2 ou ao
menos uma reprodutibilidade
mínima. Além disso, a definição da
temporalidade amostral (semestral, anual ou
bienal) para estudos não se tem definido por
legislação, ficando a cargo da
estratégia interna de cada empresa a
definição. Uma definição errônea pode
representar uma detecção tardia de ineficácia
do processo, em casos de longo
período entre as amostragens realizadas. Uma
temporalidade exagerada também pode
inviabilizar o exercício analítico dentro da
empresa, sendo que ambas situações
podem gerar consequências a avaliação e a
manutenção do status de validação da
empresa.
Oportunidades para a indústria farmacêutica
sob a ótica do novo conceito de
validação
Existem muitas oportunidades que podem ser
elencadas diante da aplicação
do novo conceito de validação. A iniciar,
pode-se ressaltar um ganho muito
importante para a indústria nacional que
correspondente a maior retenção de
conhecimento do processo em estudo (PDA,
2013). O departamento de pesquisa e
desenvolvimento, agora sob a jurisdição das
BPF, necessita documentar todo
processo de desenvolvimento, demonstrando
desde o início desse processo, as
justificativas das escolhas das matérias-
primas, fabricantes, parâmetros
definidos nos processos (BRASIL, 2019).
A redução do risco de medicamentos com
problemas de qualidade serem
comercializados pode ser um destaque quando
selecionadas ferramentas
estatísticas apropriadas para o estudo. Ainda,
identificação de tendências que
indiquem que o processo necessita de
intervenção antes mesmo do problema se
consolidar é uma vantagem competitiva, que
pode reduzir riscos de rejeição de
lotes e consequente imagem da empresa (PARAG,
2018).
Existe ainda a oportunidade de, com base nas
avaliações estatísticas realizadas,
se realizar aprimoramento tanto nos processos
produtivos, como nos procedimentos
de limpeza de modo a otimizar o processo,
reduzir tempo de setup, aumentando a
eficiência produtiva. Essa sistemática também
tende a oportunizar uma maior
integração na avaliação do cenário do produto
ou processo por diferentes
setores.
Conclusões
Após avaliação das Legislações Sanitárias
vigentes para as atividades de
Validação, entende-se que as mesmas são
suficientes para determinar as novas
diretrizes de trabalho, porém, as estratégias
utilizadas para a execução dos
requerimentos não possuem literatura e
referencial teórico base suficientes sobre
o tema o que por si só pode ser considerado um
importante desafio para a
harmonização dessas atividades na indústria
nacional. Ressalta-se ainda que como
na comunidade internacional o conceito já se
encontra implementado há mais de 10
anos, existem guias e estudos publicados,
ainda que em menor quantidade para a
Validação de Limpeza em detrimento a Validação
de Processos.
Entende-se que com as novas diretrizes do
marco regulatório será possível a
aplicação do ciclo de vida dos Processos
Produtivos e de Limpeza, aumentando a
previsibilidade e robustez destes, assim como,
diminuindo os riscos de desvios de
qualidade do produto acabado em relação a
estas variáveis. Nesse cenário cabe ao
segmento buscar alternativas, incluindo as
academias, para que a implementação
supere os importantes desafios que acompanham
e tenham ressaltadas as
oportunidades que o novo conceito propõe.
Agradecimentos
Ao PPGBio (UTFPR), ao BIOPARK, à industria
farmacêutica Prati-Donaduzzi, e à CAPES
pelo auxílio finaceiro à MFR.
Referências
ALVES, A. F.; FELIPE, M. P. Life cycle in process validation. Continued Process Verification. Azbil Telstar. 2020. Disponível em: https://www.telstar.com/pt-br/life-cycle-in-process-validation-continued-process-verification/, Acesso em: 20 ago.2022.
ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Farmacopeia Brasileira, volume 1. 5ª Ed. Brasilia,2010b.
ARAÚJO, E. R. VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA ANALÍTICA PARA DETERMINAÇÃO DE RESIDUAL DE DETERGENTE ALCALINO. 2014. 58 F. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA- BIOQUÍMICA) - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, ARARAQUARA, 2014.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guias Relacionados à garantia da Qualidade. Gerência Geral de Inspeção e Controle de Medicamentos e Produtos – GGIMP, 2006
BRASIL. Constituição (2010). Resolução da Diretoria Colegiada nº 17, de 16 de abril de 2010. Dispõe sobre as Diretrizes Gerais de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Brasília, DF.
BRASIL. Ministério da saúde. Agência Nacional de vigilância Sanitária. Anvisa é aprovada para Cooperação em Inspeção Farmacêutica – PIC/S. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1 dez. 2020. Disponível em https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2020/anvisa-e-aprovada-para-cooperacao-em-inspecao-farmaceutica-2013-pic-s. Acesso em: 10 ago. 2022.
BRASIL. Instrução Normativa IN nº 47, de 21 de Agosto de 2019. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação complementares às atividades de qualificação e validação. Brasília, DF: Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Diretoria Colegiada, [2019]. Disponível em:htpp://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-in-n-47-de-21-de-agosto-de-2019-211914011. Acesso em: 10 ago. 2022.
DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES FOOD AND DRUG ADMINISTRATION (FDA). Guidance for Industry Process Validation: General Principles and Practices. U.S.A., 2011. Disponível em: https://www.fda.gov/files/drugs/published/Process-Validation--General-Principles-and Practices.pdf. Acesso em: 10 ago. 2022.
PARAG, D.; et. al. The New Paradigm of Pharmaceutical Process Validation - Continuous Process Verification. Journal of Pharmaceutical Advanced Research, [S. l.], v. 1, n.5, p. 261-267, 2018.
PARENTERAL DRUG ASSOCIATION (PDA). Process Validation: A Lifecycle Approach. Technical Report No. 60 (TR 60). Whashington: PDA, 2013. CASE STUDY.
PHARMACEUTICAL INSPECTION CONVENTION. PHARMACEUTICAL INSPECTION CO-OPERATION SCHEME (PIC/S). Validation Master Plan Installation and Operational Qualification Non-Sterile Process Validation Cleaning Validation. Switzerland: PIC/S Secretariat, PI 006-3, 2007. Disponível em: https://www.picscheme.org/docview/3447. Acesso em: 10 ago. 2022.