• Rio de Janeiro Brasil
  • 14-18 Novembro 2022

INCORPORAÇÃO DE MACRONUTRIENTES (N, P E K) EM NANOFERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO CONTROLADA PARA APLICAÇÃO NA AGRICULTURA

Autores

Pereira, C.E.B. (UFPE) ; Moreno, Y.P.M. (UFPE) ; Bonilla, H.M.S.A. (UFPE) ; Ojaimi, B.S. (UFPE) ; Correia de Melo, J. (CETENE) ; Galembeck, A. (UFPE)

Resumo

O presente estudo teve o intuito de incorporar os macronutrientes (N, P e K) em nanomateriais para que aumentassem a eficiência da absorção de nutrientes pelas plantas. Os nutrientes foram incorporados em nanopartículas de sílica e quitosana e administrados em mudas de cana-de-açúcar. Foram realizadas biometrias nas plantas que envolveram os seguintes parâmetros: altura, diâmetro do colmo e teor de clorofila. A incorporação dos macronutrientes foi verificada pelo método Kjeldahl e pelo ICP-OES; partes das plantas foram analisadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV). O estudo indicou que os nanofertilizantes à base de sílica e quitosana proporcionaram uma melhoria na absorção e eficiência de NPK pelas plantas, mesmo contendo uma menor quantidade de nutrientes em sua formulação.

Palavras chaves

Nanofertilizantes; Biodisponibilização; Nutrientes

Introdução

Os fertilizantes provêm os nutrientes necessários para o aumento da produtividade e crescimento das plantas (KHAN et al., 2018; PIRZADAH, B. et al., 2020). Esses agroquímicos contêm os macronutrientes fundamentais para o desenvolvimento adequado das plantas, sendo o nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) os principais (ZEWDIE; RETA, 2021). De acordo com Kerbauy (2004), o nitrogênio (N) é um elemento estrutural, visto que faz parte da estrutura de proteínas e outros compostos orgânicos da célula vegetal, além de ser um elemento regulatório nas reações de síntese. Quando não há um suprimento adequado de nitrogênio, o crescimento da planta é retardado e este nutriente é mobilizado das folhas mais velhas para as áreas de novo crescimento. O excesso de N é uma das principais causas de baixa qualidade na cultura, pois promove um crescimento vegetativo exagerado que provoca o acúmulo de açúcar nos vacúolos (CARNAÚBA, 1990). O fósforo (P) é um elemento regulador de diversas vias sintéticas, além de participar na otimização da absorção e utilização da água pela planta (KORNDORFER, 2005), atua como elemento estrutural dos ácidos nucleicos (DNA e RNA), é responsável por uma porcentagem significativa da sacarose contida no caldo da cana-de-açúcar e a sua deficiência pode levar à diminuição na formação dessa molécula e consequentemente interferir na qualidade final da cana (BASTOS et al., 2008). Nas plantas, o cátion K+ é o mais abundante no citoplasma e apresenta funções essenciais na planta, como no movimento dos estômatos, fotossíntese e transporte de assimilados, além de possuir um potencial hídrico. Plantas com um suprimento satisfatório de K são mais capazes de resistir ao frio e a fungos (KERBAUY, 2004). Orlando Filho e colaboradores (1993) constataram que a deficiência de potássio provoca a diminuição no diâmetro e altura dos colmos. Contudo, esses nutrientes presentes nos fertilizantes não conseguem chegar até a planta devido a fatores químicos e físicos, tais como: a volatilização, que transforma o fertilizante em gás e a lixiviação, ou seja, o carreamento do produto pela água (EMBRAPA, 2016). De acordo com Solanki e colaboradores (2015), 40-70% do nitrogênio, 80-90% do fósforo e 50-90% do potássio não chegam até a planta. Com o intuito de prevenir o desperdício de nutrientes provocado pela aplicação dos fertilizantes, é necessário recorrer a novas nanotecnologias com o intuito de diminuir os impactos ambientais, minimizar a quantidade de nutrientes utilizados e ainda assim, aumentar a sua eficácia (ZHAO et al., 2020). Dessa forma, os nutrientes estão sendo encapsulados ou revestidos com nanomateriais em forma de nanofertilizantes de liberação controlada, que são capazes de aumentar a produtividade e crescimento da planta, assim como evitar possíveis patogenias (PIRZADAH et al., 2020). Adicionalmente, nanofertilizantes são utilizados em diversas culturas, como soja, pepino, morango, cana-de-açúcar, entre outros e implicam no aumento da biomassa, crescimento das plantas, aumento de nutrientes como K, Ca, Mg, Fe, Mn e Si e um maior teor de clorofila (SHEYKHBAGLOU et al., 2010; YOUSEFI; ESNA-ASHARI, 2017; ELSHEERY et al., 2020; LU et al., 2020). Os nanofertilizantes podem ser revestidos com polímeros biodegradáveis, que são ambientalmente amigáveis e não geram acumulação de resíduos sintéticos no solo (ZHAO, 2010). Entre os polímeros biodegradáveis destacam-se a quitosana, o amido, a lignina, a sílica entre outros (KASHYAP et al., 2015). A quitosana é um material natural biodegradável, além de ser o segundo biopolímero mais abundante da terra (KUBAVAT, 2020). Tem propriedades antifúngicas que evitam possíveis patógenos (HASSAN et al., 2017), é utilizada para melhorar a estabilidade das nanopartículas, incluindo as propriedades de barreira ao vapor de água (ZHAO, 2010). Esse polímero tem sido explorado para encapsular fertilizantes compostos de ureia, NPK, potássio e outros (JAMNONGKAN et al., 2010). A sílica é um material abundante e inorgânico, que tem mostrado alto potencial em aumentar a produtividade da planta ao melhorar a capacidade fotossintética, retardar o envelhecimento e aumentar a resistência contra estresses bióticos e abióticos (DESHMUKH et al., 2017; MANIVANNAN; AHN, 2017). A estrutura porosa da nanopartícula de sílica possui centenas de canais vazios (mesoporos) que podem ser preenchidos com uma grande quantidade de nutrientes (WANYIKA, 2012). Neste contexto, estes materiais se destacam por serem acessíveis e por proporcionarem diversos benefícios às plantas. O presente estudo, portanto, teve o intuito de incorporar os macronutrientes (N, P e K) em nanomateriais à base de sílica e quitosana para que atuem como estruturas carreadoras, utilizando uma menor quantidade de nutrientes, à medida que diminuem os impactos ambientais que os fertilizantes convencionais geralmente causam.

Material e métodos

As nanopartículas de sílica e de quitosana foram sintetizadas no Laboratório de Compostos Híbridos e Colóides (Departamento de Química Fundamental da UFPE). As nanosílicas foram preparadas pela hidrólise de tetraetilortoxisilicato (TEOS) e 3-aminopropil trietoxisilano (APTES) utilizando o processo semi-batelada de uma etapa a partir do método sol-gel (STÖBER, 1968). A síntese das nanopartículas de quitosana (Q) baseou-se na interação eletrostática da quitosana com eletrólitos de íons opostos do tripolifosfato de sódio (TPP) (NASKAR et al., 2019). Na etapa de incorporação dos macronutrientes nas nanopartículas, foram utilizados alguns precursores em concentrações distintas, como NaHPO4.2H2O, KNO3 e CH4N2O. Para incorporar os macronutrientes nos nanomateriais, os precursores foram previamente misturados em água por 30 min e adicionados nas soluções de TEOS e de TPP para a síntese de nanosílicas e nanopartículas de quitosana, respectivamente. Nanopartículas sem nutrientes também foram utilizadas para fins comparativos. Diversas concentrações de nanofertilizantes foram testadas em 15 plantas por tratamento. As amostras com o código “Si” correspondem aos tratamentos com nanopartículas de sílica e as amostras com o código “Q” correspondem aos tratamentos com nanopartículas de quitosana. O código MSIII/Q representa o tratamento com a combinação de nanosílicas e nanoquitosanas. Já o código Controle diz respeito ao tratamento com o fertilizante comercial. Durante 8 meses, foram realizadas biometrias nas plantas que envolveram os seguintes parâmetros: altura, teor de clorofila A e B e diâmetro do colmo. Os nanomateriais foram avaliados em testes biológicos utilizando mudas de cana-de- açúcar (Saccharum officinarum) da variedade RB002754 da Biofábrica Governador Miguel Arraes no Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste-CETENE (PE). Para a avaliação morfológica, a altura das plantas foi medida com uma trena, desde a base da planta até o seu ápice, o diâmetro do colmo foi medido com o auxílio de um paquímetro digital em três partes da planta (base, meio e ápice) e para a análise do teor de clorofila A e B, foi utilizado um clorofilômetro ClorofiLOG Falker® e vários pontos da folha foram explorados. Para avaliar se as nanopartículas eram capazes de entrar pelo ostíolo por aplicação foliar dos nanofertilizantes, algumas amostras das folhas da cana-de-açúcar foram submetidas ao microscópio eletrônico de varredura (MEV) e imagens em diferentes magnificações foram obtidas. As plantas já desenvolvidas foram secas e trituradas em um moinho de facas para dar início aos processos do método Kjeldahl para a determinação de N (GALVANI; GAERTNER, 2006) e ICP-OES para quantificação de P e K. As concentrações foram definidas após um estudo sistemático, porém, por sigilo de propriedade intelectual, detalhes da concentração dos macronutrientes não serão expostas neste trabalho.

Resultado e discussão

QUANTIFICAÇÃO DOS NUTRIENTES: Neste trabalho, a determinação de nitrogênio total (NT) pelo método Kjeldahl indicou que o teor deste nutriente presente nas plantas variou entre 1,98 e 2,17%, enquanto o tratamento controle apresentou 1,88%, ou seja, foi inferior às plantas tratadas com nanofertilizantes. Os tratamentos Si 4KPN, Q 4KPN e MSIII/Q apresentaram 2,17, 2,01 e 1,98 % de N, isto é, foram 15,4%, 6,9% e 5,3% melhores que as plantas tratadas com o fertilizante convencional. Os resultados de nitrogênio obtidos com os nanofertilizantes estão de acordo com o que há na literatura acerca do teor ideal de nitrogênio para a qualidade de cana-de-açúcar utilizada neste estudo, que é de 1,9-2,5% (MALAVOLTA et al., 2017). Experimentalmente, Delgadillo et al. (2016), utilizaram um nanofertilizante com ureia revestido com quitosana e ácido metacrílico para o cultivo de alface e observaram que as plantas apresentaram teores de N maiores que o controle. Adicionalmente, a aplicação de 10 a 20 ppm de FLC à base de quitosana na cultura de café, permitiu que a absorção deste nutriente aumentasse de 9,8 para 27,4% (VAN et al., 2013). É importante ressaltar a importância da absorção eficaz de nitrogênio para a cultura de cana-de-açúcar, visto que é o nutriente mais limitante em relação ao perfilhamento, crescimento e desenvolvimento da planta (BOSCHIERO et al., 2020). Da mesma forma que o N é importante, o P e K também são vitais para a planta. Além de que, a depender do aproveitamento de outros nutrientes, pode haver uma interferência na absorção dos demais (SANTOS, 2019); inclusive, Rufty et al. (1993) relatam que a deficiência de fósforo na cultura de soja é capaz de interferir de maneira significativa na assimilação de N pela planta. Para garantir a aplicação apropriada desses macronutrientes, foram exploradas concentrações distintas de fósforo e potássio e os resultados dos tratamentos variaram entre 0,247 e 0,254% para P e 0,160 e 0,166% para K. Em relação ao fósforo, os melhores resultados foram os tratamentos Si AF (0,254%), Si 4KPN (0,253%) e Q 4KPN (0,247%), enquanto as plantas tratadas com o fertilizante comercial apresentaram 0,250%. O percentual de K do tratamento com o fertilizante comercial (controle) foi de 0,174%, em contrapartida, os melhores tratamentos com os nanofertilizantes foram o Q MSI (0,166 %), Si 4KPN (0,162%) e MSIII/Q (0,160%). Apesar de nem todos os tratamentos (P e K) terem sido numericamente melhores em relação ao controle, vale ressaltar que os nanofertilizantes continham o mínimo possível de nutrientes em sua formulação, e ainda assim, os resultados foram semelhantes ou até mesmo melhores que aqueles das plantas tratadas com uma alta quantidade de nutrientes. BIOMETRIA: Os resultados a seguir correspondem a 180 dias de tratamento e 9 biometrias. O gráfico da Figura 1 (A) mostra os resultados das alturas das plantas sob tratamento de nanofertilizantes e o fertilizante convencional (controle). O tratamento Si MSI apresentou um resultado satisfatório, visto que cresceu cerca de 80 cm em apenas 40 dias, ao final do experimento, atingiu 131 cm. O tratamento Si MSIII/Q cresceu 137 cm durante o período de desenvolvimento, e o tratamento com a nanosílica Si CTAB cresceu 134 cm. Em contrapartida, as plantas tratadas com o fertilizante comercial cresceram 133 cm, ou seja, menor que os tratamentos com os nanofertilizantes. Estes resultados divergem daqueles encontrados por Alimohammadi et al. (2020), visto que ao utilizarem fertilizantes à base de ureia e nanofertilizantes de N, a altura das plantas de ambos os tratamentos aumentou concomitantemente ao aumento do teor de nutrientes, em outros termos, não houve uma diferença significativa entre os dois tipos de fertilizantes. A Figura 1 (B) compara a variação do diâmetro do colmo das plantas sob os tratamentos dos nanomateriais Si CTAB, Si MSIII, Q 1KPN, que apresentaram os melhores resultados nessa variável com os respectivos valores de: 15,51, 15,19, 14,67 cm de diâmetro final; já as plantas tratadas com o fertilizante comercial apresentaram 13,89 cm. Sendo os valores iniciais de 5,89, 5,09, 5,51 e 4,27 cm. Ou seja, os tratamentos aumentaram o tamanho do diâmetro do colmo em 9,62, 10,1, 10,4 e 9,55 cm respectivamente após 180 dias sob tratamento. Estes valores diferem daqueles apontados por Shao et al. (2010), que aplicaram nanofertilizantes à base de N e K para o plantio de macieiras, e tanto a altura, quanto o diâmetro do colmo não apresentaram diferença significativa, enquanto os colmos das plantas submetidas ao fertilizante comercial foram mais altos e espessos. Outra variável utilizada na biometria foi o teor de clorofila (A e B). Um aumento de teor de clorofila com o tempo é associado a uma maior atividade fotossintética da planta para maior conversão de energia luminosa em ATP, consequência do desenvolvimento fisiológico da mesma (MESA, 2018). Usualmente, o índice de clorofila A é maior que o índice de clorofila B, isso se deve a que a clorofila A é a principal, ou seja, a responsável pela fotossíntese, já a clorofila B funciona como um pigmento acessório para impulsionar a captação de luz (STREIT et al., 2005). Na Figura 1 (C e D), é possível perceber que houve uma variação do teor de clorofila A e B entre as biometrias, ou seja, não houve um aumento constante nos valores e variou cerca de 5 ICFs em ambos os teores de clorofila a cada biometria realizada, isso se deve à forma em que a medida era feita e a situação do limbo foliar; um limbo foliar não muito verde, de fato não apresentará um índice de clorofila alto. Outros fatores que podem ter influenciado na variação da clorofila, em alguns momentos, as plantas sofreram estresse quando foram transladas dos tubetes às sacolas de 2 kG e depois aos potes de 5 kG de acordo com o seu desenvolvimento. Nos tratamentos com nanofertilizantes, o teor de clorofila A variou entre 30,2-39,8 ICFs (Si AF), 27,6-40,7 ICFs (Q MSI), 30,1-37,2 ICFs (Q 1KPN) e no tratamento controle, entre 27,7 e 39,3 ICFs. Em suma, o tratamento à base de quitosana Q MSI apresentou um maior valor no teor de clorofila A, e foi 3,4% melhor que o controle. A clorofila B geralmente apresenta resultados menores em relação à clorofila A, então as plantas tratadas com os nanofertilizantes Si AF, Q MSI e Q 1KPN variaram entre 6,5-14,5 ICFs, 5,7- 10,1 ICFs e 6,5-10 ICFs, respectivamente. Enquanto o controle variou entre 6,8-12,4 ICFs. O tratamento Si AF obteve o maior resultado de clorofila B e foi 17,4% melhor que o controle. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA: Estudos recentes indicam que estômatos e tricomas atuam ativamente no processo de absorção foliar de nutrientes (FERNANDEZ et al., 2021; OTTO et al., 2021). Para obter informações topográficas da superfície da epiderme vegetal e visualizar se as nanopartículas eram capazes de entrar pelo ostíolo, algumas imagens com magnificações distintas foram obtidas pelo MEV. Na Figura 2(A), pode ser observado um aglomerado de nanopartículas que se acumulam naturalmente ao longo da aplicação dos nanofertilizantes; já a Figura 2(B) mostra a borda do ostíolo, que tem cerca de 1.493 nm, além de um aglomerado de nanopartículas com o raio de 146 nm. Estas imagens revelam que mesmo as nanopartículas aglomeradas, elas são quase 1000% menores que o ostíolo. Na Figura 2 (C) as nanopartículas estão circuladas e apontadas com setas amarelas, o raio médio das quatro nanopartículas é de 30,73 nanômetros. Já a Figura 2 (D) dá indícios da entrada dessas nanoestruturas no interior dos estômatos, o que facilita a absorção dos nutrientes pela superfície foliar.

Figura 1

(A) Altura das plantas; (B) Diâmetro do colmo em função do tempo; (C) Variação no índice de clorofila A; (D) Variação no índice de clorofila B.

Figura 2

(A) Nanopartículas aglomeradas; (B) Nanopartículas na borda do ostíolo; (C e D) Nanopartículas no interior do estômato.

Conclusões

Este trabalho buscou alcançar uma maior absorção de nutrientes e consequentemente, um maior crescimento das plantas, utilizando o mínimo de NPK. As plantas de cana- de-açúcar da variedade RB002754 apresentaram resultados satisfatórios nas variáveis altura e diâmetro do colmo em comparação com o fertilizante comercial. Possíveis estresses podem ter levado à uma variação do teor de clorofila em todas as plantas, mas isto não indica que houve uma diminuição na produção deste pigmento. O aumento do teor dos nutrientes N, P e K mediante a aplicação foliar dos nanofertilizantes sugere que as NPs entregaram os macronutrientes de forma eficiente, e que foram absorvidos e translocados pela planta. Assim como a raiz, as folhas também atuam na nutrição mineral, isto é, são capazes de absorver nutrientes pelos estômatos. As imagens obtidas pela microscopia eletrônica de varredura comprovam o quanto as nanopartículas têm acesso para adentrar o ostíolo para melhorar o desenvolvimento da planta. O estudo indicou que os nanofertilizantes à base de sílica e quitosana proporcionaram uma melhoria na absorção e eficiência de NPK pelas plantas, mesmo contendo uma menor quantidade de nutrientes em sua formulação. Maiores estudos são necessários para avaliar o desempenho destas nanoformulações em outras culturas para que o Brasil não dependa fortemente da importação exacerbada de fertilizantes convencionais que são desperdiçados e provocam grandes impactos ambientais.

Agradecimentos

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE).

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