Autores
Davi, L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; Silva, L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; Barbosa, C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; Lima, D. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS)
Resumo
Os carbon dots (C-dots) são nanopartículas de carbono luminescentes que
têm sido aplicadas como sondas e tintas fluorescentes devido sua fácil
preparação, baixa citotoxicidade e fluorescência altamente estável. Diante
disso, a o-fenildiaminadansila (o-PDDS) foi sintetizada a fim de obter os C-dots
(C-oPDDS), que exibiram tamanho < 10 nm. O espectro de FTIR apresentou vibrações
características de grupos sulfonados e nitrogenados, além de bandas no UV-Vis em
220 a 273 nm e na faixa de 293 a 518 nm de S=O e C-N. Ademais, demonstraram
comportamento dependente do comprimento de onda de excitação com emissão máxima
em 487 nm sob excitação de 340 nm. Os C-oPDDS apresentaram comportamento OFF-ON
com o aumento do pH (2- 12) e excelente potencial para aplicações como tinta
fluorescente.
Palavras chaves
Nanopartícula; Dopagem; Fluorescência
Introdução
Os carbon dots (C-dots) são nanopartículas de carbono luminescentes que
podem ser obtidos a partir de vários precursores, incluindo as moléculas
orgânicas. As propriedades de luminescência e QY dos C-dots são influenciadas
por vários fatores, como o uso de diferentes reagentes/ dopantes moleculares,
parâmetros sintéticos e solventes (WU et al., 2017; ZHAN et al., 2017). Para
melhorar essas propriedades uma estratégia comumente aplicada é a adição de
dopantes ou moléculas com diversos heteroátomos, pois esses permitem a formação
de diferentes estados emissivos. Entre os vários dopantes de C-dots encontrados
na literatura, destacam-se o N e o S.Yu e colaboradores (2013) relataram C-dots
com alto rendimento quântico (QY) (73%) usando N e S como dopantes, que foram
obtidos a partir de ácido cítrico (CA) e L-cisteína como fontes de N e S. Da
mesma forma, Ding et al (2018) produziram C-dots com emissão azul e, por meio da
dopagem envolvendo N e S, foi possível obter C-dots com alta eficiência de
fluorescência. Shah, H. et al. (2019) obtiveram C-dots a partir da N-(2-
hidroxietil) etilenodiamina triacético e observaram que a dopagem com N
favoreceu o seu uso como um sensor fluorescente eficaz na detecção seletiva de
íons Fe3+. Dr. Yongqiang Dong et al. (2013) relataram que a dopagem com N
aumentou a densidade de estados emissores na superfície dos C-dots, bem como ao
codopar com N e S, esse incremento foi mais pronunciado, tornando esses C-dots
promissores para aplicação em bioenvelhecimento e biosensor. Os compostos
contendo o marcador fluorescente dansila apresentam em sua composição N, S, O,
que os tornam atrativos precursores de C-dots, pois permite a adição de
diferentes estados superficiais, devido à sua diversidade composicional. Davi e
colaboradores (2021) sintetizaram C-dots a partir do cloreto de dansila e
verificaram que exibem um espectro de fluorescência que se estende por quase
todo o espectro visível com grande separação entre os picos de emissão (até 100
nm), além de apresentarem um comportamento térmico para aplicações de
nanotermometria e variação de pH, com resposta linear, alta sensibilidade e
reversibilidade. Davi e colaboradores (2021) utilizaram o p-
fenildiaminadansilado e o cloreto de dansila como precursores de C-dots para
montagem de WLEDs, os filmes produzidos a partir dos C-dots em PVP exibiram CRI
de até 89 e coordenadas CIE de (0,33, 0,31) e (0,28, 0,33) sob excitação UV de
370 e 390 nm, respectivamente.
Devido às suas propriedades de alta luminescência, biocompatibilidade, baixa
toxicidade, abundância de matéria-prima entre outras, essas nanopartículas têm
sido aplicadas como sondas fluorescentes, dispositivos optoeletrônicos,
bioimagem e tintas fluorescentes anti-falsificação (ZHAN et al., 2017). A
falsificação de itens de alto valor, incluindo notas e documentos legais é um
problema desafiador em todo o mundo, existem diversas técnicas anti-falsificação
foram projetadas com muitos materiais e métodos de verificação. A impressão
luminescente é amplamente utilizada por sua operação simples, produção de alto
rendimento e design fácil, além de demonstrar um alto potencial de segurança
para muitas aplicações diferentes, porém devido aos seus mecanismos de
codificação previsíveis e determinísticos, eles ainda são clonáveis (WU et al,.
2021). Códigos de barras antifalsificação luminescentes invisíveis, feitos de
corantes luminescentes orgânicos, pontos quânticos semicondutores (QDs),
estruturas metal-orgânicas (MOFs), são considerados uma estratégia promissora
para aplicações antifalsificação. Mas por apresentarem geralmente alta
toxicidade e baixo rendimento de síntese, ainda permanece a busca por materiais
mais eficientes (TAN et al., 2019). Nesse sentido, os C-dots surgem como uma
alternativa promissora devido sua fácil preparação e fluorescência altamente
estável, baixa toxicidade e baixo custo. Zhu e colaboradores (2013) preparou C-
dots com emissão no azul como tintas fluorescentes para imprimir diferentes
padrões luminescentes invisíveis para códigos de barras e códigos QR
antifalsificação. Kalytchuk e colaboradores (2018) sintetizaram C-dots a partir
de ácido cítrico com etilenodiamina aplicando-os como juntamente com polímeros
pVA para impressões de etiquetas antifalsificações com impressora a jato com
cartucho modificado.
Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo a síntese da o-
fenildiaminadansila (o-PDDS) para atuar como molécula precursora de de C-dots e
aplicá-los como tinta fluorescente.
Material e métodos
Síntese da o-fenildiaminadansila (o-PDDS) e do C-oPDDS:
A o-fenildiaminadansila (o-PDDS) foi sintetizada a partir de uma reação de
substituição nucleofílica acílica entre o cloreto de dansila e a o-fenildiamina
na presença de trietilamina, utilizando clorofórmio como solvente. Em um balão
bitubulado de 50 mL foram pesados 107,9 mg (0,4 mmol) de cloreto de dansila
(DsCl), 43,25 mg (0,4 mmol) de o-fenildiamina (o-PD) e 10 mL de clorofórmio
(CHCl3). Posteriormente, foi adicionado 0,1 mL (0,4mmol) de trietilamina gota a
gota. A reação foi mantida em refluxo (~80 °C externo) por 7 horas. A fase
orgânica foi extraída com 3 frações de 10 mL de Acetato de Etila, e lavada com 3
frações de 10 mL de água destilada. A solução foi seca com Na2SO4 anidro,
filtrada e concentrada em rota evaporador. O produto bruto foi purificado em
coluna cromatográfica. Após a caracterização por RMN 1H, RMN 13C e FTIR, foi
obtida como sólido amarelo com 99% de rendimento (183,55 mg). Para síntese dos
C-oPDDS a o-PDDS foi submetida ao método hidrotermal por 4h a 200 °C. O
produto foi centrifugado a 14000 rpm por 10 minutos para retirar partículas
grandes, posteriormente foi filtrado em membrana de 0,20 μm. Os C-oPDDS foram
caracterizados por DLS, FTIR, UV/Vis e Fluorescência. A sensibilidade de C-dots
à variação de pH foi investigada usando solução tampão Britton-Robinson em
diferentes valores de pH (2 – 12).
RMN 1H (400 MHz, CHCl3, ẟ (ppm)): 2,91 (s, 6H), 6,23 (dd, 1H, J = 1,4 e
7,8 Hz), 6,34 (m, 1H), 6,65 (dd, 1H, J = 1,2 e 8,0 Hz), 6,94 (t, 1H, J = 7,76
Hz), 7,21 (d, 1H, J = 7,7 Hz), 7,42 (dd, 1H, J = 7,4 e 8,4 Hz), 7,60 (t, 1H, J =
8,5 Hz), 8,10 (dd, 1H, J = 1,1 e 7,3 Hz), 8,38 (d, 1H, J = 8,6 Hz) e 8,53 (d,
1H, J = 8,5 Hz).
FTIR (cm-1): 750 e 785 (vC-S), 916 (δC-H Aromático (fora do
plano)), 1141 e 1305 (vs e vasS=O), 1454 (δC-H (CH3)), 1496, 1570 e 1614 (vC=C
Aromático), 2787, 2848 e 2918 (vSCH2/CH3 e vasCH2/CH3), 3298 e 3346 (vN-H (NH2))
e 3429 (vN-H (NH)).
Produção de tinta fluorescente dos CoPDDS:
A tinta fluorescente foi preparada utilizando 100 μL da solução dos C-dots. A
solução foi adicionada em um vidro relógio e o pincel caneta foi empregado para
realização da escrita em papel filtro comercial, o qual foi submetido a radiação
de 460 nm para visualização da “palavra”.
Resultado e discussão
A síntese do derivado dansilado pela reação substituição nucleofílica acílica
entre a o-fenildiamina e o cloreto de dansila na presença de trietilamina em
clorofómio conduziu-se após purificação por coluna cromatográfica para o
produtos desejado em 99% de rendimento. Os carbon dots(C-dots) foram
obtidos pela rota “bottom-up”, adaptado da metodologia descrita na literatura
(ZHAN et al., 2017; ZHANG et al., 2017). A o-PDDS foi convertida em C-dots após
reação hidrotermal em água, representada na figura 1. (a).
Ao serem analisados os histogramas do DLS foi observada em uma maior frequência
o diâmetro solvatado em 3,63 nm (Figura 1 (b)). O tamanho abaixo de 10 nm e a
morfologia esférica dos C-oPDDS foram obtidos a partir de imagens de microscopia
eletrônica de transmissão (MET) (Figura 1 (c)). As imagens de MET de alta
resolução (METAR) dos C-dots também demonstraram uma rede cristalina bem
resolvida com espaçamentos interplanar de 0,26 nm, que é consistente com o
espaçamento padrão do plano de grafeno (faceta 100) e o espaçamento da camada de
grafeno (faceta 002) (XU et al., 2014; DU et al., 2016; ALBERTON et al., 2020;
NIU et al., 2015). No espectro de FTIR, foi evidenciada a presença de grupos
funcionais característicos dos reagentes precursores o-PDDS na superfície dos C-
dots (Figura 1 (d)), foram observadas as bandas de aminas como bandas de
estiramentos (v) vN-H (NH e NH2) (3379 e 3232cm-1) e desdobramento
angular (δ) fora do plano (δN-H) (540 cm-1), e vC-N (1365
cm-1), confirmando a funcionalização dos C-dots com aminas em sua
superfície (SATO et al., 2019). Também foram observadas bandas com grupos de
enxofre da estrutura desses precursores, como as bandas características do grupo
SO2, com estiramentos assimétricos (1396 cm-1) e
simétricos (1080 cm-1) e vC-S (748 cm-1) (Figura 4) (GUAN
et al., 2019).
As propriedades ópticas dos C-oPDDS sintetizados também foram investigadas por
técnicas de espectroscopia de absorção (UV-Vis) e emissão (fluorescência). Os C-
dots geralmente exibem duas bandas características no espectro UV-Vis, uma entre
200-280 nm, atribuídas às transições π-π* (do núcleo de grafite hibridizado
sp2) e outra entre 280-360 nm, referentes às transições n-π*
(associadas a grupos funcionais de superfície (WANG et al., 2018). Dessa forma,
foram observadas no espectro de UV-Vis dos C-dots (Figura 1 (e)), bandas
intensas na região de 220 a 273 nm que podem ser referentes às ligações C=C e C-
C aromáticas, C=O e C=N do núcleo grafitizado com hibridização sp2, e
bandas de baixa intensidade na faixa de 293 a 518 nm que são associadas a grupos
funcionais de superfície (C=O, C-N, N-H, C-S, S=O) provenientes das aminas e
sulfonamidas presentes nas moléculas precursoras (GUAN et al., 2019; EMAM et
al., 2017). A fotoestabilidade dos C-oPDDS foi realizada sob excitação contínua
a 350 nm por um período de 60 min e nenhuma mudança significativa foi encontrada
na intensidade de fluorescência sugerindo que os C-oPDDS são fotoestáveis
(Figura 2. (a)) (KALAIYARASAN et al., 2019).
As emissões dos C-oPDDS foram analisadas e as nanopartículas demonstraram um
comportamento dependente do comprimento de onda de excitação (λ exc) com emissão
máxima em 487 nm quando excitadas em 340 nm (Figura 2. (b)). De posse dos
espectros foram montados diagramas cromatográficos CIE (Commission
Internationale de l’Eclairage) no software v.2.0 Beta SpectraLux ® a fim de
verificar a cor da emissão (Figura 2. (c)).
Os C-oPDDS também foram testados como sensores de pH, avaliando o comportamento
óptico desses frente a diferentes valores de pH (2-12) sob excitação de 350 nm.
Foi observado um comportamento OFF-ON, com um aumento da intensidade da emissão
de fluorescência conforme aumenta-se o pH (Figura 2. (d)).
A forte fluorescência dos C-oPDDS no espectro visível junto as suas propriedades
únicas como fotoestabilidade e ampla solubilidade, tornam essas nanopartículas
excelentes candidatas para serem aplicadas como tintas fluorescentes (ZHAN et
al., 2017; Kalytchuk et al., 2018). Os C-oPDDs foram utilizados como tinta
fluorescente e na figura 2. (e) é possível observar que sob luz ambiente a
escrita em papel não é visualizada, pois nessa condição a tinta se torna incolor
não sendo possível identificar a escrita. No entanto, a escrita se tornou
visível sob excitação de 460 nm, exibindo a fluorescência azul esverdeada dos C-
oPDDS. Após dias de armazenamento em condições ambientes, a fluorescência no
papel foi avaliada e se manteve constante, conferindo sua alta fotoestabilidade.
Logo, os C-oPDDS apresentaram preparação simples e são ótimos candidatos para
serem utilizados como tinta fluorescente em processos de antifalsificação.
a) Sínteses da oPDDs e C-oPDDS, b) Histograma de DLS, c) Imagens de MET, d) FTIR e e) UV-Vis dos C- oPDDS.
a) Fotoestabilidade, b) Espectro de fotoluminescência, c) Diagrama Cie, d) Fluorescência nos diferentes pH e e) Tinta fluorescente dos C-oPPDS.
Conclusões
A o-PDDS foi sintetizada e aplicada para obtenção de C-dots que apresentaram os
grupos nitrogenados e sulfonados em sua superfície e emissão dependente do
comprimento de onda de excitação com emissão máxima em 487 nm quando excitados em
340 nm. Quando avaliados frente a diferentes valores de pH foi observado um
comportamento OFF-ON, demonstrando potencial também como sensores fluorescentes de
pH. Além disso, a tinta preparada por meio dos C-oPDDS apresentou excelente
fluorescência em papel com invisibilidade sob luz ambiente, sendo ótima
alternativa para substituir as tintas tradicionais em comunicações secretas e
processos de antifalsificação devido a sua baixa toxicidade e fluorescência
duradoura.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao apoio financeiro da CAPES, UFAL, CNPq e FAPEAL e ao
Laboratório Multiusuário de Microscopia de Alta Resolução (LabMic/UFG)
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