• Rio de Janeiro Brasil
  • 14-18 Novembro 2022

REMOÇÃO DE RODAMINA B POR PROCESSO DE ADSORÇÃO E FOTOCATÁLISE COM Ag3PO4/SEPIOLITA

Autores

Mondego Teixeira, M. (UFMA) ; Soares Campos, V.N. (UFMA) ; Sá Menezes Cutrim, E. (UFMA) ; Rojas Nuñez, A. (IFMA) ; Santos de Alcântara, A.C. (UFMA)

Resumo

Existe uma grande necessidade de reaproveitamento de água, sendo que uma técnica viável e energeticamente favorável é a junção do processo de adsorção e fotocatálise. Neste intuito, sintetizou-se o Ag3PO4/Sep pelo método de coprecipitação in situ. As técnicas de caracterização confirmaram a formação do material. O Ag3PO4/Sep apresentou uma alta atividade fotocatalítica em luz visível e uma alta adsorção para o corante rodamina B. O equilíbrio da adsorção foi alcançado nos primeiros tempos de dispersão, e após irradiado por 5 min apresentou um total de descoloração de 93%. Assim sendo, o material mostrou ser uma alternativa viável para a remediação de água.

Palavras chaves

Fosfato de prata; Sepiolita; Fotodegradação

Introdução

Atualmente, existe uma grande necessidade de reaproveitamento de água, e como alternativa promissora o processo de fotocatálise (FC) torna-se eficiente e de baixo custo. Com esta finalidade, os semicondutores têm apresentado um bom desempenho no processo de degradação de poluentes químicos.(BAALOUDJ et al, 2021) Estudos mostram que esses materiais apresentam propriedades físico-química que favorece na transferência de elétrons e na redução da velocidade de recombinação elétron-buraco promovendo uma melhora na atividade de FC de poluentes orgânicos.(MAHMOOD et al, 2011; PINATTI et al, 2020; TRENCH et al, 2020) Em geral, o mecanismo de FC em semicondutores é favorecido pelo processo de separação de cargas, elétron-buraco, que ocorre entre a banda de valência e a banda de condução quando o semicondutor absorve uma energia apropriada como a luz solar (TONG et al, 2012; WEN and LI 2013). A criação de cargas na superfície do semicondutor beneficia as reações de oxidação e redução. No mecanismo de degradação de contaminantes orgânicos tem-se a formação de espécies reativas de oxigênio que promovem o processo de FC dos poluentes químicos transformando-os em moléculas não tóxicas como H2O, CO2 e ácidos minerais. (PINATTI et al, 2020; BAALOUDJ et al, 2021) Dentre os semicondutores, o ortofosfato de prata (Ag3PO4) tem despertado especial interesse devido à alta eficiência de fotodegradação sob irradiação de luz visível.(MA et al, 2015; GENG et al, 2020) Essa característica é proveniente do valor de band gap estreito em torno de 2,36 eV, que confere a este material grandes vantagens de absorver a luz solar em comprimentos de onda inferiores a 525 nm.(GENG et al, 2020) Além disso, o Ag3PO4 tem alta capacidade de oxidação para a produção de O2 pela divisão da água e para a descoloração de corantes orgânicos. (YI et al, 2010; YAN et al, 2016) A sua atividade fotocatalítica pode ser melhorada por meio do controle da morfologia,(MA et al, 2015) ou pela combinação com outros tipos de materiais como os argilominerais.(NYANKSON and KUMAR 2019; HAN et al, 2020; HAOUNATI et al, 2021) Os argilominerais não apresentam toxicidade e possuem uma alta área superficial que proporciona sítios de adsorção mais ativos e sítios de reação fotocatalítica, além de ser um meio que fornece o contato direto e efetivo entre o semicondutor e o poluente químico.(HAN et al, 2020) No grupo dos argilominerais, a sepiolita tem apresentado propriedades interessantes, pois a alta reatividade favorece para a aplicação como adsorvente de contaminantes. (HAMID et al, 2021) A sepiolita é um mineral de ocorrência natural que é amplamente encontrada em solos e sedimento, é um silicato fibroso com fórmula química [Si12Mg8O30(OH)4(H2O) 4] do grupo smectite.(HAMID et al, 2021) Também é conhecida como silicato hidratado de magnésio do tipo 2:1, pois é composto por duas folhas de sílica tetraédrica intercalada por uma folha octaédrica formada por óxido e hidróxidos de magnésio.(RUIZ-HITZKY et al, 2013) Na sequência de cada seis clusters de silício, tem-se uma inversão periódica do silício tetraédrico que ocasiona uma descontinuidade das folhas de sílica e provoca a formação de defeitos de conectividade com a presença de grupos de silanol (Si-OH) na superfície externa das folhas de silicato que são acessíveis a diversas espécies orgânicas.(RUIZ-HITZKY et al, 2013) Assim, tem-se a formação de túneis e canais em sua estrutura, apresentando uma alta área de superfície específica entre 100 a 900 m2g-1 que são acessíveis a diferentes moléculas. (GARCÍA-ROMERO and SUÁREZ 2013) A descontinuidade das folhas e os canais paralelos formados resultam em uma morfologia fibrosa.(GARCÍA-ROMERO and SUÁREZ 2013) Contudo, as propriedades superficiais são fortemente dependentes das características texturais e microtexturais.(GARCÍA-ROMERO and SUÁREZ 2013) Os materiais conjugados têm apresentado melhores desempenhos no processo FC de contaminantes em meio aquoso em comparação a seus materiais individuais devido ao melhor desempenho com relação ao transporte de elétron e melhor separação de carga (elétron-buraco).(XU et al, 2015; BERA et al, 2019) Diante disso, no intuito de reduzir a contaminação por poluentes orgânicos em águas, deseja-se obter um material de baixo custo e ecologicamente favorável com alta atividade de adsorção e fotocatalítica por meio da formação de uma estrutura composta por semicondutor e argilomineral. Assim, deseja-se obter o Ag3PO4/Sep com propriedades únicas provenientes da interação entre fotocatalisador-adsorvente e que venha conferir novas funcionalidades, visando uma estratégia eficiente para purificação de água.

Material e métodos

Primeiramente, o Ag3PO4 foi obtido seguindo o método de coprecipitação descrito por BOTELHO et al, 2015.(BOTELHO et al, 2015) O Ag3PO4/Sep foi obtido pelo método de coprecipitação in situ, em que realizou-se uma dispersão de 250 mg de sepiolita em água destilada em banho ultrassônico por 30 min. Após, foi gotejado solução contendo íons de Ag+ (0,12 mol/L), sendo mantido por 30 min no banho ultrassônico. A mistura foi aquecida a 30 °C e foi gotejado uma solução contendo íons PO43- (0,02 mol/L) na mesma temperatura. O material obtido foi mantido em agitação magnética por 120 min na temperatura de 30 °C. Então foi lavado com água destilada e seco. O produto foi denominado Ag3PO4/Sep. O material foi caracterizado por difração de raios X (DRX) em um equipamento da marca Bruker (modelo D8 Advance) equipado com tubo de radiação Kα do Cu de λ = 1,5416 Å; tensão de 40 kV; corrente de 40 mA e intervalo de 4°- 70°. O espectro Raman foi obtido por um espectrofotômetro Raman (modelo Lab RAM HR, Horiba Jobim Yvon) com laser operando em 638,8 nm. A análise foi realizada no intervalo entre 500 a 1000 cm-1. O espectro de infravermelho (IV) foi registrado por um espectrômetro Ram II da Bruker, modelo Vertex 70, nos seguintes parâmetros: faixa de trabalho de 4000 a 400 cm-1; número de varreduras de 60 e resolução de 2 cm-1. A análise termogravimétrica do Ag3PO4/Sep foi obtida em um equipamento SDT-Q600 Simultaneous TGA/DSC-TA Instrument usando gás oxigênio com fluxo de gás de arraste de 100 mL/min e rampa de aquecimento de 10°/min, com faixa de temperatura de 30 °C a 1000 °C. O desempenho fotocatalítico do Ag3PO4 e Ag3PO4/Sep foi avaliado usando o corante rodamina B (RhB) como poluente modelo em dispersões aquosas. Inicialmente, 30 mg do fotocatalisador foi disperso em 50 mL de RhB (10-5 mol/L) no banho ultrassônico por 15 min no escuro. Em seguida, foi realizado o teste de equilíbrio de adsorção/dessorção entre o poluente e o fotocatalisador em continua agitação no escuro por 60 min e em determinados intervalos de tempo alíquotas foram analisadas. O processo de FC foi realizado sob luz visível fornecida por quatro lâmpadas visíveis (marca Taschibra, 25 W) e em tempos predeterminados alíquotas foram retiradas, centrifugadas e analisadas com um espectrofotômetro digital UV-Vis com Scan (Kasuaki, IL-593) com o monitoramento do poluente no comprimento de onda de 553 nm para o corante RhB. Para o experimento de captura de espécies ativas no processo de FC foi utilizado alguns agentes de sacrifício como sequestrante de radicais, como o álcool isopropílico (AIP) para hidroxila (•OH), EDTA para buraco (h+), nitrato de prata (NP) para elétrons (e-), e benzoquinona (BQ) para o superóxido (O2-).

Resultado e discussão

Caracterização A técnica de DRX foi usada para confirmar a formação das estruturas. A Figura 1a mostra os padrões de DRX das amostras Ag3PO4, sepiolita e Ag3PO4/Sep. Os picos de difração confirmaram a formação do Ag3PO4 com estrutura cubica e grupo espacial P-43n de acordo com ICSD n° 14000.(MASSE et al, 1976) Os picos bem definidos correspondem a fase Ag3PO4 sem a presença de fase secundária. Para a sepiolita foi observado um pico intenso em 2θ = 7,40° que corresponde ao plano (110) seguido por picos de baixa intensidade que correspondem ao hidróxido de silicato de magnésio com estrutura ortorrômbica e grupo espacial Pncn, de acordo com JCPDS n° 13-595.(BRINDLEY 1959) Para o Ag3PO4/Sep é possível observar todos os planos correspondem a fase Ag3PO4 e a presença da sepiolita foi confirmada pelo plano mais intenso (110) em 2θ = 7,40° mostrando que houve a formação do material conjugado de forma eficiente pelo método de coprecipitação in situ, sem a presença de fase secundária. Figura 1. (a) Padrões de DRX das amostras Ag3PO4, sepiolita e Ag3PO4/Sep. (b) Espectro Raman, (c) Espectro de IV e (c) Análise térmica do Ag3PO4/Sep. Após a confirmação da formação do Ag3PO4/Sep, realizou-se a identificação da composição da amostra por meio das espectroscopias Raman e IV no intuito de observar as bandas características do material. Por meio da técnica de espectroscopia Raman (Figura 1b) foi possível observar a banda característica do Ag3PO4 em 907 cm-1 que corresponde ao modo de vibração de alongamento simétrico A1 do [PO4].(BOTELHO et al, 2015) Contudo, não foi possível observar modos característicos da sepiolita. Diante disso, foi realizado a caracterização por espectroscopia no IV no qual pode-se identificar as bandas características da sepiolita, assim como bandas características do semicondutor no Ag3PO4/Sep (Figura 1c). O espectro de IV mostra uma banda de baixa intensidade em 3564 cm-1 que corresponde a vibração OH do Mg─OH, ou à vibração OH da água zeolítica. (YMELE et al, 2017) Em 1647 cm-1 é atribuído ao modo de vibração de flexão da água zeolítica, em 1206 cm-1 corresponde à vibração de alongamento da ligação Si─O do grupo Si─O─Si.(YMELE et al, 2017) A banda em 688 cm-1 corresponde a vibração da ligação Mg─OH e em 637 cm-1 ao alongamento da ligação Si─O.(YMELE et al, 2017) Por meio da técnica de IV pode-se confirmar a presença do semicondutor por meio das bandas em 961 e 547 cm-1 que são bandas características do grupo PO43- e corresponde as vibrações de alongamento P─O. (KATSUMATA et al, 2014; HAMROUNI et al, 2020) A estabilidade da amostra Ag3PO4/Sep foi verificada pela análise termogravimétrica em atmosfera oxidante, Figura 1d. A técnica mostrou apenas perdas de porcentagem de massa correspondentes a sepiolita. A primeira perda de massa se encontra na faixa de temperatura entre 24 a 100 °C que está relacionado à eliminação da água superficial, sendo que outro fenômeno ocorre entre 175 a 336 °C onde tem-se a remoção de água fixa ou água cristalina, (HAOUNATI et al, 2021) sendo que parte da água zeolítica é removida em torno de 520 °C.(YMELE et al, 2017) A perda de massa na temperatura de 768 °C corresponde à saída de água relacionada ao OH estrutural, ou seja, à desidroxilação endotérmica da sepiolita levando à destruição de sua estrutura. (YMELE et al, 2017) Quanto ao Ag3PO4 no material conjugado, não foi observado perda de massa, uma vez que é termicamente estável.(NYANKSON and KUMAR 2019) Atividade Fotocatalítica A atividade fotocatalítica do Ag3PO4/Sep foi avaliada pela descoloração da RhB sob irradiação visível. Para comparar, o corante RhB, sem a presença de catalisador, foi irradiado com luz nas mesmas condições e observou-se que a descoloração não foi significativa. O processo de adsorção foi avaliado com Ag3PO4/Sep e o corante RhB, Figura 2a. Assim, o Ag3PO4/Sep foi mantido em agitação na solução do corante por 60 min com ausência de luz e observou-se que o material apresentou uma boa eficiência, uma vez que após o tempo de 15 min de dispersão tem-se uma descoloração da solução em torno de 73%. Prolongando o tempo até 60 min, não houve alterações significativas na descoloração. Desta forma, o ponto de equilíbrio de adsorção-dessorção foi estabelecido no tempo de 15 min. A Figura 2b mostra que o semicondutor isolado não age como adsorvente, pois após o tempo de 15 min houve uma descoloração de apenas 10%. Desta forma, o Ag3PO4/Sep apresentou uma boa atividade de adsorção quando comparado com o semicondutor isolado. O processo de adsorção foi melhorado com a presença da sepiolita, pois este apresenta uma superfície com carga negativa que é compensada com cátions divalentes Mg2+, que interage de forma eficaz com corantes catiônicos. Para acompanhar o processo de FC, as amostras foram irradiadas com luz visível, uma vez que a literatura mostra por cálculos teóricos que o Ag3PO4 apresenta uma transição indireta com band gap em torno de 2,7 eV, na região do visível.(BOTELHO et al, 2015) Após o tempo de 5 min de irradiação, o Ag3PO4/Sep apresentou uma descoloração total em torno de 93%, enquanto que o semicondutor isolado apresentou uma descoloração total de 66%. Desta forma, a atividade de FC do Ag3PO4 foi melhorada com a presença da sepiolita, uma vez que o processo de descoloração ocorreu de forma rápida e efetiva. Além disso, a interação fotocatalisador-adsorvente foi eficiente para a remoção do poluente RhB, tornando-se uma técnica viável para a aplicação na remediação ambiental. Figura 2. (a) Equilíbrio de adsorção-dessorção do Ag3PO4/Sep com o corante RhB. (b) Espectro de absorção da RhB na presença de Ag3PO4 e Ag3PO4/Sep sob irradiação visível. (c) Influencia de diferentes sequestradores de radicais na FC da RhB na presença de Ag3PO4/Sep. No intuito de entender o mecanismo fotocatalítico do Ag3PO4/Sep no processo de FC da RhB, realizou-se o teste com alguns agentes de sacrifício como sequestradores de radicais (Figura 2c). Então, foi observado que o radical buraco tem grande participação no mecanismo, pois na presença do agente de sacrifício EDTA, houve uma redução significativa da atividade fotocatalítica. Assim, após a irradiação com luz visível tem-se a formação de pares elétron-buraco no semicondutor (Eq. 1), e o radical h+ formado na banda de valência atua no processo de descoloração da RhB de forma direta, Eq. 2. Fóton () + Ag3PO4/Sep ⟶ e- + h+ (1) h+ + RhB ⟶ descoloração (2) Contudo, o radical superóxido (O2-) também apresentou influencia no processo FC, uma vez que reduziu a degradação em torno de 55%. Desta forma, os elétrons que estão disponíveis na banda de condução participam do processo de redução da molécula O2, onde tem-se a formação do radical superóxido (O2-) que participa do processo FC e atua na descoloração da RhB, Eq 3 e 4. e- + O2 ⟶ O2- (3) O2- + RhB ⟶ descoloração (4) Desta forma, o processo de fotodescoloração da RhB ocorreu por meio dos radicais h+ e O2- formados após a irradiação com luz visível, Eq. 5. h+ + O2- + RhB ⟶ descoloração (5)

Figura 1

(a) Padrões de DRX do Ag3PO4, Sepiolita e Ag3PO4/Sep. (b) Espectro Raman, (c) Espectro de Infravermelho e (c) Análise térmica do Ag3PO4/Sep.

Figura 2

Equilíbrio de adsorção-dessorção da sepiolita. Espectro de absorção da RhB com Ag3PO4 e Ag3PO4/Sep. Influencia de diferentes sequestradores.

Conclusões

Neste estudo, o material conjugado Ag3PO4/Sep foi obtido com sucesso pelo método de coprecipitação in situ, em condições brandas de 30 °C. A estrutura foi confirmada pela técnica de DRX, em que foram observados apenas planos referentes a fase do semicondutor Ag3PO4 e o pico mais intenso do argilomineral sepiolita. A amostra também foi caracterizada por espectroscopias Raman e de infravermelho, em que pode-se observar bandas características do semicondutor e do argilomineral. A estabilidade do Ag3PO4/Sep foi investigada por análise termogravimétrica em meio oxidante, em que foi observado que conforme tem-se um aumento da temperatura a sepiolita tende a eliminar a água superficial, e após a água cristalina até sofrer uma total destruição da sua estrutura. Porém, o semicondutor manteve-se estável após o aumento da temperatura, uma vez que não foi observado perdas de massa relacionada ao Ag3PO4. O teste de fotodegradação empregando o corante RhB como poluente mostrou que o material conjugado Ag3PO4/Sep foi mais eficiente que o semicondutor isolado. A melhor atividade está relacionada com o aumento da adsorção pela presença do argilomineral sepiolita, que possui uma superfície reativa que interage com o corante catiônico. E após a irradiação do material com luz visível foi observado que os radicais h+ e O2- mostraram ter forte influência no processo de fotodescoloração do corante RhB. Destarte, o material Ag3PO4/Sep é uma alternativa viável para aplicação na remediação ambiental.

Agradecimentos

Apoio financeiro de agencias: PROCAD (Bolsista CAPES/BRASIL), CAPES – Código de Financiamento 001, FAPEMA (POS-GRAD-02533/21), CNPq (401840/2021-2, 425730/2018- 2, 315109/2021-1).

Referências

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