Autores
Almeida, M.A. (IMA/UFRJ) ; Menezes, L.R. (IMA/UFRJ) ; Silva, E.O. (IMA/UFRJ)
Resumo
Embalagens alimentícias têm papel fundamental na segurança alimentar. Devido às
suas propriedades, polímeros petroquímicos são utilizados nesse setor.
Nanocompósitos de matriz biodegradável são uma alternativa melhor ao ambiente.
Embalagens com boas propriedades ópticas evitam oxidação de componentes do
alimento. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar as propriedades ópticas
de nanocompósitos de poli(lactídeo) (PLA) e nanopartículas de óxido de zinco
(ZnO) e dióxidos de silício (SiO2) e titânio (TiO2). A
espectrometria no ultravioleta/visível indicou perda de transparência pela
presença de TiO2 e ZnO, e ganho de barreira à radiação ultravioleta
(UV). Pela análise CIELab, essas nanopartículas alteraram a percepção de
amarelo, laranja, verde e vermelho.
Palavras chaves
Embalagens alimentícias; Nanopartículas; Propriedades ópticas
Introdução
A embalagem alimentícia armazena e protege o alimento de contaminações e
adulterações, desde a sua fabricação até a entrega ao consumidor final (BRASIL,
2001). Os polímeros são uma classe de materiais explorados sobremaneira pelo
setor de embalagens, devido às suas vantajosas características, sendo elas baixa
densidade; boas propriedades mecânicas e térmicas; fácil processabilidade e
manuseio; resistência à corrosão e relação custo-benefício favorável (ACCORSI
et al., 2014; ZHANG et al., 2022). Em geral, os polímeros mais
utilizados pelo setor são termoplásticos, não biodegradáveis e de origem
petroquímica, logo de fonte não renovável. Dessa forma, há uma crescente
preocupação com a grande quantidade de plástico que a sociedade contemporânea
gera e dissemina no ambiente por meio de descarte inadequado (GEYER; JAMBECK;
LAW, 2017). Embalagens obtidas a partir de polímeros biodegradáveis mostram-se
interessantes substitutas aquelas fabricadas com os polímeros convencionais, de
origem fóssil. No entanto, não é incomum o emprego de nanopartículas como
reforço dessas matrizes biodegradáveis para que esses polímeros apresentem
propriedades mecânicas e térmicas comparáveis aos petroquímicos (SHANKAR; RHIM,
2018; ANUAR et al., 2019; ROCHA et al., 2020, JAFARZADEH; JAFARI,
2021).
O uso de nanopartículas podem propiciar propriedades desejáveis às
embalagens, tais como redução da permeabilidade ao oxigênio e vapor d'água;
estabilidade térmica; clareza óptica; atividade antimicrobiana e detecção de
alterações biológicas e químicas (YOUSSEF; ELSAYED, 2018, JAFARZADEH; JAFARI,
2021). O PLA, polímero biodegradável obtido de fonte renovável, apresenta
rigidez; transparência; biocompatibilidade; boa processabilidade; alta
capacidade de formação de filme; resistência a produtos gordurosos e derivados
do leite; alta barreira flavorizante e aromática, que são características
interessantes para aplicação em embalagens alimentícias (ARFAT et al.,
2018, ZHONG et al., 2020). Dentre as nanopartículas utilizadas em
matrizes biodegradáveis, encontram-se o SiO2, o TiO2, e o
ZnO. As nanopartículas de SiO2 são conhecidas por serem estáveis e
não tóxicas (PRASEPTIANGGA et al., 2021). Já as nanopartículas de ZnO
ganharam destaque por apresentarem boa atividade antimicrobiana, disponibilidade
para utilização, baixo custo e pouca toxicidade (SHANKAR; WANG; RHIM, 2018;
HEYDARI-MAJD et al.; 2019; RÂPǍ et al., 2021). Por fim, as
nanopartículas de TiO2 são biocompatíveis, não tóxicas, quimicamente
inertes e apresentam baixo custo e atividade antimicrobiana (ERCIYES; OCAK,
2019; SALAMA; AZIZ, 2020).
As propriedades ópticas das embalagens alimentícias são importantes
tanto do ponto de vista da qualidade do alimento, no que diz respeito à barreira
contra radiação UV, quanto da aceitação do alimento por parte de consumidores
(JAFARZADEH; JAFARI, 2021). A barreira contra a radiação UV protege o alimento
da oxidação de lipídios, da geração de radicais livres, descoloração e
alterações organolépticas (SALAMA; AZIZ, 2020; PHOTHISARATTANA et al.,
2022). O uso de nanopartículas mostrou-se eficiente no aumento da barreira à
radiação UV de filmes biodegradáveis utilizados para embalar frango, prolongando
o tempo de prateleira desse alimento (MOHAMMADI et al., 2019; CRIADO
et al., 2020). A transparência é uma característica que permite aos
consumidores avaliarem visualmente o quão frescos os alimentos estão antes da
compra (ELDESOUKY; PULIDO; MESIAS, 2015).
A Commission Internationale de l’Eclairage (CIE), autoridade
internacional em luz e cor, definiu espaços de cor por meio dos quais é possível
analisar e expressar cores. O espaço de cor CIELab é constituído por três eixos
perpendiculares entre si, sendo eles L*, eixo de luminosidade da cor;
a*, eixo vermelho/verde e b*, eixo amarelo/azul (POLAT;
FENERCIOGLU; GÜÇLÜ, 2018). Além disso, a variação total de cor (ΔE) entre duas
cores A e B, genéricas, nesse espaço, é dada por ΔE = [(LA*
-LB*)2+(aA*-
aB*)2+(bA*-bB
*)2]0,5 (KUMAR et al., 2018). O objetivo
deste trabalho foi utilizar a análise de cor no espaço CIELab para avaliar a
transparência de filmes nanocompósitos à base de PLA e nanopartículas de
SiO2, TiO2 e ZnO, investigando o impacto desses filmes
sobre a percepção das cores amarelo, branco, laranja, verde e vermelho. Além
disso, para completar a análise das propriedades ópticas dos nanocompósitos, a
transmitância na região do UV/visível dos filmes de PLA puro; dos nanocompósitos
e das nanopartículas foi determinada, bem como o índice de refração do PLA puro
e das nanopartículas.
Material e métodos
2.1 MATERIAIS
Neste trabalho, foram utilizados PLA (4060D, NatureWorks LLC),
clorofórmio (EMSURE® ACS) e nanopartículas de SiO2 (12 nm,
Aerosil® 200), TiO2 (100 nm, Sigma-Aldrich®) e
ZnO (< 50nm, Sigma-Aldrich®).
2.2 PREPARO DOS FILMES NANOCOMPÓSITOS À BASE DE PLA
Nanopartículas de SiO2, TiO2 e ZnO foram suspensas
em clorofórmio com o auxílio de banho de ultrassom (Ultronique, QR500) de 40 W
por 30 min, nas concentrações de 0,5; 1,5 e 3,0% m/m em relação a massa de PLA.
Em seguida, o PLA foi adicionado às suspenções na concentração de 5% m/m em
relação a massa de solvente. Após a solubilização completa do polímero, os
sistemas foram vertidos em placa de Petri e secos para a obtenção dos
filmes nanocompósitos. Um filme de PLA puro também foi obtido pelo mesmo método.
Os filmes preparados receberam códigos para facilitar a identificação,
atribuídos de acordo com nanopartículas e teor utilizados. Dessa forma, os
códigos seguiram o padrão PLAXN, em que X é 05 para 0,5% m/m; 15 para 1,5%m/m e
30 para 3,0%m/m, e N é SiO2 para a nanopartícula de SiO2; TiO2 para a
nanopartícula de TiO2 e ZnO para a nanopartícula de ZnO. O filme de
PLA puro recebeu o código PLApuro.
2.3 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE REFRAÇÃO
O índice de refração do filme de PLA puro e das nanopartículas de
SiO2, TiO2 e ZnO foi medido por meio de refratômetro
digital tipo Abbe da marca BOECO, modelo BeC32400.
2.4 ESPECTROMETRIA NO UV/VISÍVEL
Os filmes nanocompósitos e o filme de PLA puro foram analisados
diretamente em espectrofotômetro de UV/visível (Hitachi High-Techologies, U-
2450), para obtenção dos perfis de transmitância das amostras na faixa de 300 a
900 nm. Além disso, os espectros de absorção das nanopartículas de
SiO2, TiO2 e ZnO, suspensas em clorofórmio, também foram
obtidos por essa técnica analítica.
2.5 ANÁLISE COLORIMÉTRICA NO ESPAÇO DE COR CIELAB
As medidas de cor foram realizadas contra cartolinas de cor amarela,
branca, laranja, verde e vermelha, simulando classes de alimentos, por meio de
colorímetro digital portátil da marca ARTBULL, modelo WR-10QC. As cartolinas
foram usadas como backgrounds, portanto, medidas de cor no espaço CIELab
foram tomadas a partir desses materiais. Posteriormente, os filmes
nanocompósitos e o filme de PLA puro foram sobrepostos às cartolinas e novas
medidas de cor foram realizadas para avaliar o impacto dos materiais sobre os
eixos de cor L*, a* e b*. Todas as medidas
foram realizadas em triplicata.
Resultado e discussão
3.1 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE REFRAÇÃO
Em óptica, transparência é a característica do meio que permite a passagem de
radiação luminosa sem qualquer espalhamento, já translucidez é a passagem dessa
radiação com algum espalhamento (LIN et al., 2020). A translucidez ocorre
quando um material é formado por componentes que apresentam índices de refração
diferentes, sendo mais acentuada quanto maior for essa diferença (JEEVAHAN;
CHANDRASEKARAN, 2019; LIN et al., 2020). A partir dos dados obtidos, foi
possível observar que os índices de refração das nanopartículas foram maiores
que o medido para o filme de PLA puro. No caso da nanopartícula de
SiO2 e do filme de PLA puro, com índices de refração iguais a 1,49 e
1,48, respectivamente, espera-se que seus filmes nanocompósitos sejam
praticamente transparentes, desde que haja boa dispersão das nanopartículas. Já
as nanopartículas de ZnO e TiO2, cujos índices de refração são 1,95 e
2,61, respectivamente, devem produzir nanocompósitos de PLA menos transparentes
que aqueles obtidos com SiO2, podendo tender a translucidez. As
medidas de índice de refração obtidas neste trabalho foram compatíveis com
valores da literatura (SHANNON et al., 2002; WEN et al., 2009).
3.2 ESPECTROMETRIA NO UV/VISÍVEL
A transmitância na região do visível (400 a 800 nm) é um parâmetro de
caracterização da transparência de embalagens alimentícias. Assim, embalagens
transparentes transmitem no mínimo cerca de 80% da radiação visível, as
translúcidas transmitem de 80% a 10% e as opacas menos de 10% (GUZMAN-PUYOL;
BENÍTEZ; HEREDIA-GUERRERO, 2022). A barreira à radiação UV (100 a 400 nm) é
observada por meio da transmitância nessa região, sendo mais efetiva quanto
maior for a capacidade do material de absorver essa radiação (MENEZES et
al., 2021). A Figura 1 apresenta os espectros de UV/visível do filme de PLA
puro, nanocompósitos e nanopartículas de SiO2, TiO2 e ZnO.
A partir do espectro da amostra PLApuro é possível observar que o filme de PLA é
transparente, apresentando transmitância superior a 80% na região do visível, e
que possui baixa barreira à radiação UV, como já reportado na literatura
(SHANKAR; WANG; RHIM, 2018). No geral, a adição de nanopartículas de
SiO2 praticamente não influenciou a transparência ou barreira à
radiação UV do PLA, já ZnO e TiO2, reduziram a transparência e
melhoraram a barreira à UV.
A Figura 1a mostra que PLApuro e PLA05SiO2 apresentam espectros muito próximos e
similares, indicando que SiO2, no menor teor, não impactou as
propriedades ópticas do PLA. Os espectros de PLA15SiO2 e PLA30SiO2, praticamente
idênticos, apresentaram um pequeno desvio do obtido para o PLA puro. Dessa
forma, os nanocompósitos de SiO2 são transparentes e apresentam baixa
barreira à radiação UV. Avaliando o espectro de absorção dessa nanopartícula
(Figura 1d), observa-se que há absorção fraca, apenas na região do UV,
corroborando o dado de barreira à radiação UV de seus nanocompósitos. Os dados
de transmitância na região do visível, corroboram a análise de índice de
refração, que indicava que os nanocompósitos de SiO2 e PLA seriam
transparentes.
Os espectros dos nanocompósitos de ZnO estão apresentados na Figura 1b.
Observa-se que quanto maior o teor da nanopartícula maior é o desvio em relação
ao PLA puro. A amostra PLA05ZnO é transparente. A adição de ZnO em maiores
concentrações gerou redução de transparência, como pode ser observado pelos
espectros de PLA15ZnO e PLA30ZnO, que apresentam regiões do visível em que a
transmitância fica entre 80% e 70%, aproximadamente. A propriedade de barreira à
radiação UV aumenta com a adição das nanopartículas de ZnO à matriz de PLA, como
pode ser observado pela redução da transmitância na região de 300 a 400 nm. A
influência dessas nanopartículas é maior na região do UV que na região do
visível, o que foi observado na literatura para matrizes biodegradáveis
(KANMANI; RHIM, 2014; SHANKAR; WANG; RHIM, 2018). Isso pode ser explicado,
porque as nanopartículas de ZnO absorvem radiação de maneira mais intensa na
região do UV, do que na região visível, como pode ser observado pela Figura 1d.
Os resultados para nanocompósitos de TiO2 podem observado na Figura
1c. No geral, essa nanopartícula apresentou maior impacto sobre o PLA, reduzindo
transparência e melhorando a barreira ao UV em todos os teores utilizados. A
amostra PLA05TiO2 apresentou transparência na região de 550 a 900 nm. Já as
PLA15TiO2 e PLA30TiO2 apresentaram translucidez, com transmitância entre 80% e
50% em toda a região visível. O espectro de absorção da nanopartícula de
TiO2 (Figura 1d) indica que dentre as nanopartículas utilizadas, essa
é a que apresenta maior capacidade de absorção de radiação UV. De fato, a
amostra PLA30TiO2 gerou os menores valores de transmitância na região do UV, no
entanto, há regiões do espectro em que, para um mesmo teor, os nanocompósitos de
ZnO apresentaram barreiras mais eficiente que os de TiO2. A redução
da transmitância na região UV/visível foi observada na literatura pela presença
de nanopartículas de TiO2 em filmes biodegradáveis (RUKMANIKRISHNAN
et al., 2019; TAJDARI et al., 2020). Por fim, os dados de
transparência obtidos por espectroscopia também corroboram a análise de índice
de refração tanto para as nanopartículas de ZnO e TiO2, que indicava
perda de transparência pela adição dessas partículas ao PLA.
3.3 ANÁLISE COLORIMÉTRICA NO ESPAÇO DE COR CIELAB
A Figura 2 apresenta ΔE obtida a partir da análise no espaço de cor CIELab dos
filmes de PLA puro e nanocompósitos. Os ΔEs foram calculados tendo como base
medidas de L*, a* e b* para os
backgrounds amarelo; branco; laranja; verde e vermelho. Dessa forma, a ΔE
fornecem uma medida do impacto dos filmes poliméricos sobre a percepção das
cores desses backgrounds. Observando os valores de ΔE obtidos para o
background branco, é possível afirmar que os filmes analisados alteraram
muito pouco a percepção dessa cor em comparação as cores dos outros
backgrounds. Valores de ΔE maiores foram obtidos para os demais
backgrounds, indicando que os filmes geraram alteração de percepção de
cor mais acentuada para os backgrounds amarelo, laranja, verde e
vermelho. De maneira geral, os valores de ΔE obtidos para o filme de PLA puro e
para os nanocompósitos de SiO2 foram muito similares para os
backgrounds amarelo; laranja e vermelho, indicando que a presença dessa
nanopartícula não impactou a percepção de cor a partir do PLA. No entanto, para
o background verde, observa-se que os valores de ΔE para PLA15SiO2 e
PLA30SiO2 foram significativamente maiores que para PLApuro. No caso das
nanopartículas de ZnO e TiO2, é possível observar um impacto
acentuado sobre a percepção de cor dos backgrounds amarelo; laranja;
verde e vermelho, uma vez que os valores de ΔE para esses filmes são
significativamente superiores aos obtidos para o PLA puro. Esse comportamento é
explicado pela absorção de moderada a alta que essas partículas apresentam na
região do visível (Figura 1d). Para as duas nanopartículas, quanto maior o seu
teor na matriz de PLA, maior o valor de ΔE observado para um mesmo
background. Esse comportamento foi observado para nanopartículas de prata
e de ZnO em LDPE (POLAT; FENERCIOGLU; GÜÇLÜ, 2018). De forma geral, para uma
mesma concentração e cor de background, a nanopartícula de
TiO2 foi capaz de produzir maiores valores de ΔE que a de ZnO,
indicando que a primeira resulta em maiores alterações de percepção de cor que a
segunda. No entanto, para a concentração de 3% m/m, em relação aos
backgrounds amarelo; verde e vermelho, as nanopartículas apresentaram ΔE
estatisticamente iguais.
Espectros dos filmes de PLA puro, nanocompósitos e nanopartículas de SiO[sub]2[/sub], TiO[sub]2[/sub] e ZnO.
Variação total de cor para filmes de PLA puro e seus nanocompósitos de SiO[sub]2[/sub], TiO[sub]2[/sub] e ZnO.
Conclusões
Neste trabalho foram obtidos nanocompósitos à base de PLA e
nanopartículas de SiO2, TiO2 e ZnO, pelo método de
casting em três concentrações diferentes, sendo elas 0,5; 1,5 e 3,0% m/m
em relação a massa de PLA. Medidas de índice de refração do filme de PLA puro e
das nanopartículas indicaram que os nanocompósitos de PLA e SiO2
seriam transparentes, enquanto aqueles obtidos com ZnO e, principalmente,
TiO2 seriam translúcidos. Esse comportamento foi observado pela
análise de espectrometria no UV/visível, em que os nanocompósitos de ZnO e
TiO2 presentaram transmitâncias entre 80% e 50% em regiões do
visível. Já os nanocompósitos de SiO2 apresentaram transmitância
superior a 80% em toda a faixa do visível. Além disso, as nanopartículas de ZnO
e TiO2 melhoram a barreira à radiação UV da matriz de PLA, sendo essa
barreira mais eficiente quanto maior o teor da nanopartícula. O nanocompósito
que apresentou melhor barreira à radiação UV foi aquele obtido com 3,0% m/m de
TiO2. A análise de cor no espaço CIELab indicou que a presença das
nanopartículas de ZnO e TiO2 gerou alteração na percepção de cor de
backgrounds amarelo, laranja, verde e vermelho. Já a presença de
nanopartículas de SiO2 não impactou a percepção de cor a partir do
PLA. Comportamento esperado, uma vez que as nanopartículas de ZnO e
TiO2 apresentam absorções de moderadas a fortes na região do visível
e SiO2 não apresentou absorção nessa região. O background
branco praticamente não sofreu alteração pelos filmes poliméricos avaliados.
Como a dispersão das nanopartículas é um fator que influencia as propriedades
ópticas de nanocompósitos, uma sugestão para trabalhos futuros, seria a
avaliação dessa dispersão por meio de microscópio de transmissão.
Agradecimentos
Agradeço à CAPES e CNPq pelo financiamento permitindo a apresentação deste
trabalho. À UFF por análises realizadas. Aos meus orientadores e grupo de pesquisa
dos laboratórios LMBio e LPNP do IMA/UFRJ.
Referências
ACCORSI, R.; CASCINI, A.; CHOLETTE, S.; MANZINI, R.; MORA, C. Economic and environmental assessment of reusable plastic containers: a food catering supply chain case study. [b]International Journal of Production Economics[/b], v. 152, p. 88-101, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijpe.2013.12.014. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0925527313005732. Acesso em: 10 out. 2020.
ANUAR, H.; ALI, F. B.; BUYS, Y. F.; E’ZZATI, M. A. S. N.; SALIMAH, A. R. S. M.; MAHMUD, M. S.; NORDIN, N. M.; ADLI, S. A. Sustainable nanocomposites in food packaging. In: INAMUDDIN; THOMAS, S.; MISHRA, R. K.; ASIRI, A. M. [b]Sustainable polymer composites and nanocomposites[/b]. Springer, Cham, 2019; p. 413-436. ISBN 978-3-030-05399-4 DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-05399-4_15. Disponível em: https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-030-05399-4_15. Acesso em: 08 out. 2020.
ARFAT, Y. A.; AHMED, J.; EJAZ, M.; MULLAH, M. Polylactide/graphene oxide nanosheets/clove essential oil composite films for potential food packaging applications. [b]International Journal of Biological Macromolecules[/b], v. 107, p. 194-203, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijbiomac.2017.08.156. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0141813017328325?via%3Dihub. Acesso em: 14 out. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 91, de 11 de maio de 2001, dispõe sobre Critérios gerais para embalagens e equipamentos em contato com alimentos. [b]Diário Oficial da União[/b], Poder Executivo, Brasília, DF, 13 de jun. 2001. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/resolucao-rdc-no-91-de-11-de-maio-de-2001.pdf/view. Acesso em: 23 mar. 2022.
ELDESOUKY, A.; PULIDO, A. F.; MESIAS, F. J. The role of packaging and presentation format in consumers’ preferences for food: an application of projective techniques. [b]Journal of Sensory Studies[/b], v. 30, n. 5, p. 360-369, 2015. DOI: https://doi.org/10.1111/joss.12162. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/joss.12162. Acesso em: 08 set. 2022.
ERCIYES, A.; OCAK, B. Physico-mechanical, thermal, and ultraviolet light barrier properties of collagen hydrolysate films from leather solid wastesincorporated with nano TiO[sub]2[/sub]. [b]Polymer Composites[/b], v. 40, p. 4716-4725, 2019. DOI: https://doi.org/10.1002/pc.25340. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/pc.25340. Acesso em: 08 set. 2022.
GEYER, R.; JAMBECK, J. R.; LAW, K. L. Production, use, and fate of all plastics ever made. [b]Science Advances[/b], v. 3, n. 7, p. 1-5, 2017. DOI: https://doi.org/10.1126/sciadv.1700782. Disponível em: https://www.science.org/doi/10.1126/sciadv.1700782. Acesso em: 06 out. 2020.
GUZMAN-PUYOL, S.; BENÍTEZ, J. J.; HEREDIA-GUERRERO, J. A. Transparency of polymeric food packaging materials. [b]Food Research International[/b], v. 161, p. 111792, 2022. DOI: https://doi.org/10.1016/j.foodres.2022.111792. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S096399692200850X. Acesso em: 07 set. 2022.
HEYDARI-MAJD, M.; GHANBARZADEH, B.; SHAHIDI-NOGHABI, M.; NAJAFI, M. A.; ADUN, P.; OSTADRAHIMID, A. Kinetic release study of zinc from polylactic acid based nanocomposite into food simulants. [b]Polymer Testing[/b], v. 76, p. 254-260, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.polymertesting.2019.03.040. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0142941818318828. Acesso em: 27 ago. 2022.
JAFARZADEH, S.; JAFARI, S. M. Impact of metal nanoparticle on the mechanical barrier, optical and thermal properties of biodegradable food packaging materials. [b]Critical Reviews in Food Science and Nutrition[/b], v. 61, n. 16, p. 2640-2658, 2021. DOI: https://doi.org/10.1080/10408398.2020.1783200. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/10408398.2020.1783200?journalCode=bfsn20. Acesso em: 02 jun. 2022.
JEEVAHAN, J.; Chandrasekaran, M. Nanoedible films for food packaging: a review. [b]Journal of Materials Science[/b], v. 54, p. 12290-12318, 2019. DOI: https://doi.org/10.1007/s10853-019-03742-y. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s10853-019-03742-y. Acesso em: 09 set. 2022.
KANMANI, P.; RHIM, J-W. Properties and characterization of bionanocomposite films prepared with various biopolymers and ZnO nanoparticles. [b]Carbohydrate Polymers[/b], v. 106, p. 190-199, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.carbpol.2014.02.007. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0144861714001271. Acesso em: 07 set. 2022.
KUMAR, S.; SHUKLA, A.; BAUL, P. P.; MITRA, A.; HALDER, D. Biodegradable hybrid nanocomposites of chitosan/gelatin and silver nanoparticles for active food packaging applications. [b]Food Packaging and Shelf Life[/b], v. 16, p. 178-184, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fpsl.2018.03.008. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2214289417304313. Acesso em: 08 set. 2022.
LIN, Y.; BILOTTI, E.; BASTIAANSEN, C. W. M.; PEIJS, T. Transparent semi-crystalline polymeric materials and their nanocomposites: a review. [b]Polymer Engineering and Science[/b], v. 60, n. 10, p. 2351-2376, 2020. DOI: https://doi.org/10.1002/pen.25489. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/pen.25489. Acesso em: 09 set. 2022.
MENEZES, L. R.; CAVALCANTE, M. P.; VAZ, J. L. M. R., SILVA, P. S. R. C.; TAVARES, M. I. B. Obtention of higher refractive index and transparent polymeric nanocomposite systems with small amounts of fillers for lenses application. [b]Journal of Composite Materials[/b], v. 55, n. 5, p. 675-686, 2021. DOI: https://doi.org/10.1177/0021998320957070. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0021998320957070. Acesso em: 07 set. 2022.
MOHAMMADI, H.; KAMKAR, A.; MISAGHI, A.; ZUNABOVIC-PICHLER, M.; FATEHI, S. Nanocomposite films with CMC, okra mucilage, and ZnO nanoparticles: Extending the shelf-life of chicken breast meat. [b]Food Packaging and Shelf Life[/b], v. 21, p. 100330, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fpsl.2019.100330. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2214289418303284. Acesso em: 07 set. 2022.
PHOTHISARATTANA, D.; WONGPHAN, P.; PROMHUAD, K.; PROMSORN, J.; HARNKARNSUJARIT, N. Blown film extrusion of PBAT/TPS/ZnO nanocomposites for shelf-life extension of meat packaging. [b]Colloids and Surfaces B: Biointerfaces[/b], v. 214, p. 112472, 2022. DOI: https://doi.org/10.1016/j.colsurfb.2022.112472. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0927776522001552. Acesso em: 08 set. 2022.
POLAT, S.; FENERCIOĞLU, H.; GÜÇLÜ, M. Effects of metal nanoparticles on the physical and migration properties of low density polyethylene films. [b]Journal of Food Engineering[/b], v. 229, p. 32-42, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jfoodeng.2017.12.004. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0260877417305228. Acesso em: 07 set. 2022.
PRASEPTIANGGA, D.; MUFIDA, N.; PANATARANI, C.; JONI, I. M. Enhanced multi functionality of semi-refined iota carrageenan as food packaging material by incorporating SiO[sub]2[/sub] and ZnO nanoparticles. [b]Heliyon[/b], v. 7, n. 5, p. e06963, 2021. DOI: https://doi.org/10.1016/j.heliyon.2021.e06963. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2405844021010665. Acesso em: 08 set. 2022.
RÂPĂ, M.; STEFAN, M.; POPA, P. A.; TOLOMAN, D.; LEOSTEAN, C.; BORODI, G.; VODNAR, D. C.; WRONA, M.; SALAFRANCA, J.; NERÍN, C.; BARTA, D. G.; SUCIU, M.; PREDESCU, C.; MATEI, E. Electrospun nanosystems based on PHBV and ZnO for ecological food packaging. [b]Polymers[/b], v. 13. n. 13, p. 2123, 2021. DOI: https://doi.org/10.3390/polym13132123. Disponível em: https://www.mdpi.com/2073-4360/13/13/2123. Acesso em: 03 set. 2022.
ROCHA, A. C. S.; MENEZES, L. R.; SILVA, E. O.; PEDROSA, M. C. G. Synergistic effect of carbon nanoparticles on the mechanical and thermal properties of poly(lactic acid) as promising systems for packaging. [b]Journal of Composite Materials[/b], v. 54, n. 27, p. 4133-4144, 2020. DOI: https://doi.org/10.1177/0021998320927779. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0021998320927779. Acesso em: 07 out. 2020.
RUKMANIKRISHNAN, B.; KIM, S. S.; LEE, J.; LEE, J. Effect of TiO[sub]2[/sub] on highly elastic, stretchable UV protective nanocomposite films formed by using a combination of k-Carrageenan, xanthan gum and gellan gum. [b]International Journal of Biological Macromolecules[/b], v. 123, p. 1020-1027, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijbiomac.2018.11.151. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0141813018337826. Acesso em: 10 set. 2022.
SALAMA, H. E.; AZIZ, M. S. A. Optimized carboxymethyl cellulose and guanidinylated chitosan enriched with titanium oxide nanoparticles of improved UV-barrier properties for the active packaging of green bell pepper. [b]International Journal of Biological Macromolecules[/b], v. 165, part A, p. 1187-1197, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijbiomac.2020.09.254. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0141813020346158. Acesso em: 08 set. 2022.
SHANKAR, S.; RHIM, J-W. Bionanocomposite films for food packaging applications. In: [b]Reference Module in Food Science[/b]. Elsevier, 2018, p. 1-10. ISBN: 9780081005965. DOI: https://doi.org/10.1016/B978-0-08-100596-5.21875-1. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780081005965218751?via%3Dihub. Acesso em: 08 out. 2020.
SHANKAR, S.; WANG, L.-F.; RHIM, J.-W. Incorporation of zinc oxide nanoparticles improved the mechanical, water vapor barrier, UV-light barrier, and antibacterial properties of PLA-based nanocomposite films. [b]Materials Science and Engineering: C[/b], v. 93, p. 289-298, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.msec.2018.08.002. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0928493117342091.Acesso em: 30 jul. 2022.
SHANNON, R. D.; SHANNON, R. C.; MEDENBACH, O.; FISCHER, R. X. Refractive index and dispersion of fluorides and oxides. [b]Journal of Physical and Chemical Reference[/b], v. 31, n. 4, p. 931-970, 2002. DOI: https://doi.org/10.1063/1.1497384. Disponível em: https://aip.scitation.org/doi/10.1063/1.1497384. Acesso em: 09 set. 2022.
TAJDARI, A.; BABAEI, A.; GOUDARZI, A.; PARTOVI, R. Preparation and study on the optical, mechanical, and antibacterial properties of polylactic acid/ZnO/TiO[sub]2[/sub] shared nanocomposites. [b]Journal of Plastic Film e Sheeting[/b], v. 36, n. 3, p. 285-311, 2020. DOI: https://doi.org/10.1177/8756087919900365. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/8756087919900365. Acesso em: 10 set. 2022.
WEN, X.; LIN, Y.; HAN, C.; ZHANG, K.; RAN, X.; LI, Y.; DONG, L. Thermomechanical and optical properties of biodegradable poly(L-lactide)/silica nanocomposites by melt compounding. [b]Journal of Applied Polymer Science[/b], v. 114, n. 6, p. 3379-3388, 2009. DOI: https://doi.org/10.1002/app.30896. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/app.30896. Acesso em: 09 set. 2022.
YOUSSEF, A. M.; EL-SAYED, S. M. Bionanocomposites materials for food packaging applications: concepts and future outlook. [b]Carbohydrate Polymers[/b], v. 193, p. 19-27, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.carbpol.2018.03.088. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0144861718303485. Acesso em: 08 out. 2020.
ZHANG. M.; BIESOLD, G. M.; CHOI, W.; YU, J.; DENG, Y.; SILVESTRE, C.; LIN, Z. Recent advances in polymers and polymer composites for food packaging. [b]Materials Today[/b], v. 53, p. 134-161, 2022. DOI: https://doi.org/10.1016/j.mattod.2022.01.022. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1369702122000220. Acesso em: 18 jun. 2022.
ZHONG, Y.; GODWIN, P.; JIN, Y.; XIAO, H. Biodegradable polymers and green-based antimicrobial packaging materials: a mini-review. [b]Advanced Industrial and Engineering Polymer Research[/b], v. 3, p. 27-35, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.aiepr.2019.11.002. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2542504819300508. Acesso em: 14 out. 2020.