Mídias digitais como mediadoras no ensino de chuva ácida
- Home
- Trabalhos
ÁREA
Ensino de Química
Autores
Trindade, A.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Gama, B.M. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Silva, F.O. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Ramos, K.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Moraes, L.C.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Matos, M.J.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Quintela, R.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Santos, Y.C.R. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Queiroz, F.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Silva, F.D. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ)
RESUMO
O presente trabalho emprega o tema “chuva ácida” devido a sua recorrência na sociedade moderna visando auxiliar os alunos no processo de aprendizagem através de recursos midiáticos Google Meet, simulador Phet Colorado e laboratório Yenka. Consolidando um aprendizado significativo acerca de conceitos básicos sobre ácido- base para o ensino de chuva ácida através de vídeos experimentais. Para mensurar o grau de aprendizado dos educandos se procedeu-se um questionário com perguntas acerca do conteúdo exposto ao longo da intervenção e com perguntas para avaliar o grau de aceitação da metodologia utilizada. O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Professora Nancy Nina da Costa, localizada no bairro Zerão do município de Macapá-AP, em turmas 2ª etapa do EJA e 3ª série do ensino médio.
Palavras Chaves
Ensino; Mídias digitais; Chuva Ácida
Introdução
Os tópicos discutidos são importantes para mostrar as consequências da chuva ácida não somente ao meio ambiente, mas também no homem devido à industrialização, e visam envolver os alunos em atividades coletivas para que eles se habituem ao tema e se preparem para uma das mais importantes temáticas abordadas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O objetivo deste trabalho é ensinar e capacitar os alunos a compreender onde, como e por que ocorre a chuva ácida. Também visa permitir que os alunos associem a queima de combustíveis fósseis a essa chuva, além de assimilar aquela pessoa, se ela quiser, ela pode destruir seu ambiente natural. Além disso, através da análise do ambiente natural e do ambiente industrial, o pensamento crítico é desperto. De acordo com Derísio (2017), as reações químicas formadas por processos industriais liberam várias partículas de gases poluentes, como os óxidos de enxofre e os óxidos de nitrogênio. Corroborando com essa temática, Cowling (1982) afirma que esses gases soltos na atmosfera, juntamente com dióxido de carbono, quando se encontram com as gotículas de água formam o ácido sulfúrico (H2SO4) e o ácido nítrico (HNO3), que são a causa da acidez da água das chuvas no planeta. De acordo com Giordan (1999), O conhecimento científico é de fácil desenvolvimento por meio da prática experimental, pois a investigação facilita a construção do conhecimento relacionado ao tema da pesquisa. A aplicação deste trabalho é justificada pelo fato de que o aprendiz entenda e compreenda o tema da chuva ácida, sendo um tema amplamente discutido tendo em vista os problemas ambientais enfrentados pela sociedade. E, no caso de 2020, a mídia digital pode ser o alicerce, pois o processo de ensino é realizado de forma totalmente remota.
Material e métodos
O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Professora Nancy Nina da Costa, no mês de junho do ano de 2021, em 3 turmas da 3ª série, turma 333 com 30 alunos, turma 332 com 47 alunos e turma 333 com 38 alunos e 3 turmas da 2ª etapa do EJA (Educação de Jovens e Adultos), etapa A com 50 alunos, etapa B com 31 alunos e etapa C com 33 alunos, totalizando 6 turmas e 229 discentes. A oficina foi realizada através da plataforma de videoconferência Google Meet e teve como primeiro momento uma aula teórica e a utilização do Simulador Phet Colorado para conceituar Ácido-Base, sendo parte introdutória para o entendimento da Chuva Ácida. A segunda intervenção foi a realização de uma experimentação virtual, no Laboratório Virtual Yenka, onde foi apresentado a transformação química do dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera com a água(H20) proveniente das nuvens visando a apresentação dos processos que corroboram para a redução do pH da chuva ocasionado a chuva ácida. A apresentação de um experimento (já gravado), a terceira intervenção, onde foi colocada uma flor em um recipiente de vidro para destacar o efeito causado pela acidez da chuva e com o auxílio de uma colher foi queimado o enxofre, de modo a simular o efeito ácido. E no quarto momento foi aplicado uma atividade de 5 questões, sendo 2 perguntas de resposta aberta e 3 questões objetivas, 2 adaptadas do ENEM e 1 de concurso, referindo-se ao assunto estudado com o objetivo de examinar e medir a absorção de conteúdo obtida pelos alunos. Por fim, foi realizada a aplicação de outro questionário, onde o mesmo continha 5 perguntas fechadas de respostas e binárias (sim ou não), relacionadas à aprendizagem dos alunos para avaliar e coletar dados sobre a metodologia utilizada, os recursos midiáticos e a forma do ensino.
Resultado e discussão
No momento inicial, utilizando o Simulador Phet Colorado, foi explicado a
diferença entre um ácido e uma base. Após a aula teórica, procedeu-se à
experiência que demonstrava o processo de formação da chuva ácida com o auxílio
do Laboratório Virtual Yenka. De modo a completar a oficina foi transmitido o
experimento, gravado anteriormente. Para avaliar o grau de compreensão dos
educandos se fez necessário o uso de uma atividade, sendo que do total de 229
alunos apenas 200 discentes participaram. Veja a seguir o gráfico 1 que
apresenta os resultados da aprendizagem dos alunos.
Observa-se neste gráfico que todos os alunos acertaram a 1ª questão. Em relação
à segunda pergunta, a resposta correta parcialmente do aluno se deve à falta de
explicação na mesma, e a resposta errada ou sem resposta pode ser justificada
devido à instabilidade de Internet para alguns alunos. Nota-se que as respostas
em relação às questões do ENEM e na questão extraída de um concurso há
existência de respostas erradas e/ou ausência de resposta, esse fato pode ser
resultado da falta de leitura por parte dos alunos, pois segundo o Anuário da
Educação Básica 2020, a biblioteca escolar em algumas escolas se encontra
ausente.
Após, procedeu-se a aplicação do questionário acerca dos recursos midiáticos,
ensino e metodologia utilizado.
No questionamento 1 grande parte do todo afirmou que a metodologia auxiliou na
aprendizagem. Corroborando, no questionamento 2 maior parcela do público em
questão afirmou que sim. Na pergunta 3, 85% dos alunos afirmaram que tinham
dificuldades em assistir as aulas esse comportamento pode ser justificado devido
a péssima qualidade de internet que aflige a população amapaense. E pergunta 4 e
5 afirma que os alunos obtiveram uma melhor compreensão do assunto.
Aprendizagem dos alunos
Satisfação dos alunos
Conclusões
Os seminários realizados não envolvem apenas um tema importante no conteúdo da química, mas também o vinculam a questões sociais e ambientais visando a melhor compreensão dos alunos e se notou que ao utilizar os recursos de mídia para incentivar uma maior interação na aula como corolário consolidou a aprendizagem. Portanto, os resultados dos conteúdos de aprendizagem e satisfação dos alunos com os seminários propostos, embora considerados satisfatórios, incluem pontos que devem ser encarados como desafios, pois é preciso repensar novas formas de promover o conhecimento para os mesmos.
Agradecimentos
Referências
COWLING, E.B. Acid Preciptation in Historical Perspective. Evironmental Scienc Tchnology, Estados Unidos 16(2), p 110A-1234A. 01 fev. 1982.
DERÍSIO, J.C. Introdução ao Controle de Poluição Ambiental. 5ª Ed. São Paulo: Oficina de textos, 2017.
GIORDAN, M. Experimentação e Ensino de Ciências. Química Nova na Escola, n 10, p 43-49, nov 1999.
TODOS PELA EDUCAÇÃO. ANUÁRIO 2020: TODOS PELA EDUCAÇÃO E EDITORA MODERNA LANÇAM PUBLICAÇÃO COM DADOS FUNDAMENTAIS PARA MONITORAR O ENSINO BRASILEIRO. Disponível em: <https://todospelaeducacao.org.br/noticias/anuario-2020-todos-pela-educacao-e-editora-moderna-lancam-publicacao-com-dados-fundamentais-para-monitorar-o-ensino-brasileiro/>. Acesso em: 19 de jun. 2021.