SITUAÇÃO ATUAL E SUGESTÕES PARA O APERFEIÇOAMENTO DO ENSINO DE QUÍMICA NA EEM. MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO, EM PIQUET CARNEIRO-CE

ÁREA

Ensino de Química

Autores

Silva, A.M. (UECE) ; Silva, I.M.R. (UECE)

RESUMO

O trabalho foi desenvolvido na EEM. Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, em Piquet Carneiro-CE. A pesquisa foi desenvolvida com os alunos e a professora de Química do 2o ano do ensino médio, através de aplicações de questionários, com o objetivo de mostrar a situação atual do ensino de química da escola, além de sugerir formas de aperfeiçoamento, de forma remota por conta da pandemia da Covid-19. Analisou-se o desenvolvimento da disciplina em questão e através dos resultados obtidos apresenta-se as seguintes sugestões: aulas de química mais atraentes; aplicações de novas metodologias em relação aos conteúdos de química; associação entre a teoria e a prática; fortalecimento do interesse para estudar química; aulas práticas; aplicação de jogos lúdicos e contextualização.

Palavras Chaves

Aperfeiçoamento; Ensino de Química; Ensino Médio

Introdução

Na maioria das escolas do país encontram-se dificuldades, como violência, indisciplina dos educandos, falta de preparo de alguns profissionais da área, instalações precárias, falta de laboratórios e de materiais necessários para o desenvolvimento das atividades práticas, dentre inúmeras outras (RAMOS, 2020). Existe uma parcela de culpa de todos, como equipe pedagógica, funcionários, família, sociedade e principalmente o aluno (RAMPAZZO, STEINLE e VAGULA, 2009).Quando o aluno não consegue aprender e nem associar os conteúdos ao seu dia a dia é porque o ensino está sendo aplicado de forma descontextualizada (NUNES e ADORNI, 2010). Dá maior ênfase à transmissão de conteúdos e à memorização de fatos, símbolos, nomes, fórmulas, deixando de lado a construção do conhecimento científico dos alunos e a vinculação entre conhecimento químico e o cotidiano. A educação básica deve suprir as necessidades dos jovens fazendo com que estes consigam atingir as habilidades e competências ao final do ensino médio (MÁRCIO, 2011). Em Piquet Carneiro-CE, a realidade não é tão distante disso, salvo algumas exceções, por se tratar de uma cidade “pequena”, com baixa densidade demográfica. Outro fator é que o município conta apenas com uma escola de ensino médio, e um anexo no Distrito de Ibicuã-CE, cerca de 20 km de distância da sede, disponibilizando e tendo que reservar apenas um laboratório. Problemas como, indisciplina, déficits de aprendizagem, número alto de faltas, carência de professores habilitados, entre outros, não diferem da realidade das escolas de ensino médio brasileiras (LUCENA FILHO, 2020). De acordo com Magalhães (2013), é indispensável muito esforço e instalações apropriadas com o suporte necessário para a realização de aulas mais atraentes e com mais praticidade.

Material e métodos

A pesquisa se desenvolveu na Escola Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, localizada na sede do Município de Piquet Carneiro-CE, bem como em seu anexo, no Distrito de Ibicuã. Porém por conta da época de pandemia em decorrência da Covid-19, onde as aulas estavam acontecendo de maneira remota, os questionários tiveram de ser enviados na plataforma digital utilizada pela escola, onde depois de postados os alunos e a professora tiveram o tempo de 20 dias para que devolvessem com suas respectivas respostas, de forma individual. A pesquisa foi de caráter qualitativo e quantitativo, onde alunos do 2o ano e a professora responderam os questionários. O questionário foi aplicado para 65 alunos e um questionário específico para a professora. Objetivando resultados satisfatórios através de novas técnicas, e de complementos pedagógicos eficientes na área de Química, busca melhorar e fortalecer ainda mais a aprendizagem desse componente curricular na referida Escola. Pode-se perceber que a solução é unir forças entre sociedade, família, escola e poder público, para juntos desenvolvermos métodos eficazes para mudar o atual quadro do ensino de química na cidade de Piquet Carneiro. A partir da análise dos resultados dos questionários elaborou- se sugestões para aperfeiçoar o ensino de química, e assim espera-se fazer as possíveis mudanças, além de incentivos individuais para professores e alunos da escola Marechal, a fim de melhorar a situação atual do componente curricular de Química.

Resultado e discussão

Questionado aos alunos sobre os motivos de suas dificuldades na disciplina de Química (tabela 1), na sua grande maioria (80%) atribuem suas dificuldades de aprendizagem ao fato da matéria ser complicada, deixando a entender que acham a disciplina difícil de estudar por suas formulas, símbolos e conteúdos extensos, além de uma pequena parte (20%) atribuir a maneira do professor explicar, o que nos levar a conclusão que o ensino de química precisa ainda passar por modificações com metodologias mais simples por parte dos professores. Observando a tabela 2, verifica-se que 30% dos alunos relatam interesse pela disciplina, já 40% dizem sentir um pouco de interesse pela mesma, 15% as vezes e 15% alegam não se interessar por química, fato preocupante, que pode ser atribuído a fatores como falta de boas instalações para o uso da prática, falta de preparo do profissional, ao repassar os conteúdos; desmotivação por parte dos alunos; entre outros. Na tabela 3 é notório que o experimento (50%) é de suma importância para o entendimento dos conteúdos teóricos necessários da disciplina. Percebe-se também que alguns alunos gostam de metodologias diferentes como os jogos em sala de aula (25%), que auxiliam de maneira extraordinária no desenvolvimento dos conteúdos. Apontaram a contextualização (25%) dos assuntos de química com exemplos práticos do dia a dia, como alternativa para facilitar o ensino de química. Quando perguntada a professora sobre o que se faz necessário para que os alunos se interessem pela disciplina de química a professora respondeu que o ensino deve ser mais voltado para o cotidiano, e menos para a transmissão de conteúdo, de forma lúdica chamando a atenção dos alunos, faz com que eles se sintam parte do processo, para que assim haja melhorias na aprendizagem.

Conclusões

Dos resultados obtidos as sugestões para aperfeiçoar o ensino de química na referida escola são: a) Aulas atraentes; b) Aplicações de novas metodologias; c) Associação entre teoria e prática, mostrando a importância da química; d) Fortalecimento do interesse para estudar química; e) Melhoria do ensino de química; f) Aplicação de jogos lúdicos e contextualização dos assuntos teóricos; g) Conscientização sobre a importância do meio ambiente; h) Criação de vínculo afetivo entre escola, educando e educador tornando o ambiente mais produtivo; i) Capacitação de mais profissionais na área de Química.

Agradecimentos

a) UAB/UECE; b) SATE/UECE; c) CAPES; d) Licenciatura em Química em EaD da UECE; e) Escola Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco em Piquet Carneiro-CE; f) Polo de Piquet Carneiro-CE.

Referências

LUCENA FILHO, Osmar. Situação do Ensino da EEM. Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Projeto Pedagógico da Escola. Piquet Carneiro-CE, 2020.

MAGALHÃES, Mariza. Técnicas Criativas para Dinamizar Aulas de Química. 2.ed. Niterói-RJ: Editora Muiraquitã, 2013.

MÁRCIO, J. Os quatro pilares da educação: sobre alunos, professores, escolas e textos. São Paulo: Texto novo, 2011.

NUNES, A. S.; ADORNI, D.S. O ensino de química nas escolas da rede pública de ensino fundamental e médio do município de Itapetinga-BA: O olhar dos alunos. In: Encontro Dialógico Transdisciplinar - Enditrans, 2010, Vitória da Conquista, BA - Educação e conhecimento científico, 2010.

RAMOS, Jefferson Evandro Machado. Problemas da Educação no Brasil. Sua pesquisa. com, 09 out. 2020. Disponível em:
https://www.suapesquisa.com/educacaobrasil/problemas_educacao.htm#:~:text=problemas%20e%20desafios,Principais%20problemas%20da%20educa%C3%A7%C3%A3o%20no%20Brasil,beneficie%20os%20profissionais%20mais%20eficientes. Acesso em: 03 fev. 2021.

RAMPAZZO, Sandra Regina dos Reis; STEINLE, Marlizete Cristina B.; VAGULA, Edilaine. Organização e didática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. 1.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.