Estudo Computacional dos Orbitais Naturais de Ligação e Avaliação Farmacocinética e Toxicológica in silico para o Composto Dietilditiocarbamato de Fe(II)
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ÁREA
Físico-Química
Autores
Téllez Zepeda, C.A. (UNIVERSIDADE BRASIL) ; Pessoa, R.S. (UNIVERSIDADE BRASIL) ; Téllez Soto, C.A. (UNIVERSIDADE BRASIL) ; Costa Jr., A.C. (INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO IFRJ) ; Versiane, O. (INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO IFRJ)
RESUMO
O modelo dos orbitais naturais descreve o conjunto exclusivo de funções ortonormais de um elétron intrínsecas à função de onda de n elétrons e expressa como os orbitais atômicos formam as ligações moleculares características. Neste trabalho, empregamos a análise dos orbitais naturais de ligação (NBOs) com o nível de teoria do funcional da densidade (DFT) para obter informações sobre a geometria molecular e sobre as funções de onda das ligações químicas presentes no composto de coordenação Dietilditiocarbamato de Fe(II). Os dados calculados para a geometria do composto estão de acordo com os dados experimentais obtidos pelos autores que sintetizaram o composto por primeira vez em 1975. Realizamos, ainda, predições farmacocinéticas e toxicológicas in silico preliminares para o composto.
Palavras Chaves
NBO; DFT; Ditiocarbamatos
Introdução
Ditiocarbamatos (DTCs) são compostos de coordenação organossulfurados que formam complexos estáveis com metais mediante a estabilização de cátions metálicos (ODULARU & AJUBADE, 2019 ; MENEZES & LIMA, 2021). Os DTCs podem apresentar diversas aplicações, dentre as quais a literatura destaca seu emprego como pesticidas, fungicidas, agentes antitumorais e biocidas (MENEZES & LIMA, 2021), além de outras aplicações biomédicas, tais como ação antitumoral (MANAV et al, 2006), imunomoduladora (TOPPING & JONES, 1988), antidiabética (YOSHIKAWA et al, 2007) e antiviral (UCHIDE & OHYAMA, 2003). O complexo [Fe(DDTC)2] foi sintetizado originalmente por Ileperuma e Feltham, que determinaram sua estrutura por difração de raios X (ILEPERUMA & FELTHAM, 1975). No que diz respeito a aplicações biomédicas, complexos de Fe(II) coordenados com dietilditiocarbamato têm sido utilizados para a detecção de óxido nítrico (NO) em membranas celulares (VANIN et al, 1993) e em vasos sanguíneos isolados (KLESCHYOV & MÜNZEL, 2002), o que é pertinente para o possível desenvolvimento de abordagens farmacológicas para condições tais como arteriosclerose, hipertensão e diabetes. Ademais, complexos de ditiocarbamatos com metais de transição têm sido reportados na literatura como possíveis inibidores de proteassoma (CVEK & DVORAK, 2007), o que os torna potenciais candidatos para o desenvolvimento de terapias antitumorais. Dessa maneira, nosso estudo teórico da estrutura eletrônica do complexo [Fe(DDTC)2] é pertinente, uma vez que a compreensão de suas características estruturais é necessária para orientar o potencial desenvolvimento futuro de aplicações biomédicas ou industriais ainda não conhecidas para o composto específico deste estudo. Realizamos um trabalho exclusivamente teórico, portanto não produzimos dados experimentais. Nosso objetivo consiste em aplicar a análise computacional dos Orbitais Naturais de Ligação (NBO) utilizando a Teoria do Funcional de Densidade (DFT) para elucidar características da estrutura eletrônica do composto de coordenação [Fe(DDTC)2], bem como a constituição dos orbitais nas ligações centrais que o composto apresenta (Fe-S, N=C, C-S e C- C). Como objetivo secundário e meramente ilustrativo, realizamos algumas predições farmacocinéticas e toxicológicas preliminares para o [Fe(DDTC) 2], empregando métodos in silico. Justifica-se a escolha do nível de teoria do DFT por apresentar concordâncias melhores com resultados experimentais em comparação com os métodos Hartree-Fock e pós-Hartree-Fock, além de ganhos em custo computacional (KOCH & HOLTHAUSEN, 2001). Já o conceito de orbitais naturais foi introduzido em 1955 e descreve o conjunto exclusivo de funções ortonormais de um elétron que são intrínsecas à função de onda de n elétrons (LÖWDIN, 1955). A análise dos NBO, fundamentada nos orbitais naturais, relaciona soluções computacionais para a função de onda de Schrödinger com conceitos acerca de ligações químicas (WEINHOLD et al, 2016). Dessa maneira, escolhemos esse método uma vez que proporciona informações a respeito da localização dos orbitais atômicos naturais em uma molécula, do grau de deslocalização de seus elétrons e do balanço de cargas, bem como de outros aspectos relativos à sua estrutura eletrônica. Dessa maneira, o método de análise dos NBO possibilita obter uma transformação otimizada de uma função de onda em uma forma localizada, correspondente a elementos de um centro, correspondente a um par isolado, e de dois centros, correspondentes a uma ligação de acordo com a estrutura de Lewis, o que proporciona informações relevantes a respeito da natureza das ligações químicas entre metais de transição e ligantes em compostos de coordenação (VEKTARIENE, 2018). Enfatizamos que nosso método de análise dos NBO utilizando a DFT com o funcional híbrido B3LYP e conjunto de bases 6-311G(d,p) foi validado em diversos artigos de pesquisa já publicados por alguns autores deste trabalho para a comparação entre dados experimentais e teóricos referentes tanto a geometrias moleculares obtidas por difração de raios X para monocristais quanto aos números de onda vibracionais em compostos de coordenação estruturalmente semelhantes ao [Fe(DDTC)2]: [Mn(DDTC) 2] (TÉLLEZ et al, 2016); [Cd(DDTC)2] (TÉLLEZ et al, 2015); [Zn(DDTC)2] (COSTA et al, 2013); [Cu(DDTC)2] (COSTA et al, 2013b); e [Co(DDTC)2] (NEVES et al, 2012). Isso reforça nossa escolha do nível de teoria e do método para o presente estudo. Para as predições farmacocinéticas e toxicológicas do composto [Fe(DDTC) 2], obtivemos, in silico, alguns de seus dados farmacocinéticos ADME (absorção, distribuição, metabolismo e excreção) e características toxicológicas. A realização de estudos in silico preliminares reduz a possibilidade de falhas nos estágios subsequentes do desenvolvimento de um potencial fármaco, permitindo assim redução de custos.
Material e métodos
Para nossa análise teórica empregando o método NBO para o composto [Fe(DDTC) 2], utilizamos o nível de teoria do funcional de densidade (DFT) para química quântica computacional, com a função de base correspondente ao método do funcional híbrido B3LYP, introduzido por Axel Becke nos parâmetros Lee-Yang-Parr (MARSMAN et al, 2008 ; LEE, 1988), com o conjunto de bases 6- 311G(d, p). Realizamos nossos cálculos utilizando modelagem computacional com o software Gaussian 09W (GAUSSIAN, 2013) em um notebook Acer Aspire E5-573, Intel@ Core(TM) i5-5200U (CPU de 2.20 GHz, dual-core), com 16 GB de memória RAM e sistema operacional Microsoft Windows 10 Pro. Para realizar as predições farmacocinéticas e toxicológicas do composto [Fe(DDTC)2], meramente preliminares e ilustrativas, utilizamos o servidor online PreADMET (PREADMET, 2017).
Resultado e discussão
Obtivemos a geometria para o [Fe(DDTC)2] (Figura 1) utilizando o
software Chemcraft (ANDRIENKO, 2019) e realizamos a otimização mediante o
procedimento B3LYP/6-311G(d,p). As distâncias interatômicas e os ângulos
calculados (calc.) por DFT concordam com os valores experimentais (exp.)
obtidos pelos autores que sintetizaram o composto (ILEPERUMA & FELTHAM,
1975).
As distâncias para as ligações entre o átomo de Fe central e os átomos de S
circundantes foram de 2,299 Å (calc.) e 2,452 Å (exp.) para Fe28-S25, 2,270
Å (calc.) e 2,402 Å (exp.) para Fe28-S26, 2,269 Å (calc.) e 2,408 Å (exp.)
para Fe28-S29 e 2,297 Å (calc.) e 2,437 Å (exp.) para Fe28-S27. Para as
ligações entre os átomos de N e C, obtivemos as distâncias 1,337 Å (calc.) e
1,321 Å (exp.) para N32-C24 e 1,335 Å (calc.) e 1,330 Å (exp.) para N31-C30.
Para as ligações entre os átomos de C e S, obtivemos as distâncias 1,725 Å
(calc.) e 1,766 Å (exp.) para C24-S27, 1,751 Å (calc.) e 1,721 Å (exp.) para
C24-S29, 1,751 Å (calc.) e 1,731 Å (exp.) para C30-S26 e 1,725 Å (calc.) e
1,734 Å (exp.) para C30-S25. Obtivemos, ainda, os ângulos de
101,420o (calc.) e 102,3o (exp.) para S29-Fe28-S25,
50,239o (calc.) e 74,3o (exp.) para S25-Fe28-S26,
101,368o (calc.) e 98,3o (exp.) para S27-Fe28-S26,
112,589o (calc.) e 114,7o (exp.) para S27-C24-S29,
112,742o (calc.) e 115,7o (exp.) para S26-C30-S25.
Observamos que os dados experimentais foram obtidos por Ileperuma e Feltham
(1975) a partir da estrutura cristalina, enquanto nossos cálculos foram
feitos sobre a molécula isolada.
Na análise dos NBO para as estruturas naturais de Lewis, dados dois átomos A
e B, cada tipo de NBO A-B se decompõe em seus orbitais híbridos
constituintes naturais (NHOs), hA e hB, de acordo com ΨAB = cA⋅hA + cB⋅hB. Os
coeficientes de polarização cA e cB satisfazem a equação |cA|
2+|cB|2 = 1. Os híbridos de ligação hA e hB se
assemelham à descrição clássica de hibridização de Pauling, porém tanto os
detalhes da hibridização pelos NHOs quanto as polarizações são otimizadas
numericamente pelo método para proporcionar a melhor descrição possível da
densidade eletrônica. Os NBOs de duas camadas de valência são definidos
pelos híbridos de valência hA e hB, uma em fase do tipo Lewis, dada por ΨAB
= cA⋅hA + cB⋅hB, e o NBO fora de fase (não ocupado) correspondente, que não é
do tipo Lewis e é dado por Ψ*AB = cB⋅hA-cA⋅hB.
Quanto aos orbitais e às matrizes de densidade, o conjunto de NBOs do tipo
Lewis costuma incluir um núcleo central CR e um par de valência solitária
LP, assim como orbitais de ligação de dois centros, BD. O conjunto de Lewis
inclui ainda a valência não ocupada sem ligação, LP* e a camada
de valência extra dos orbitais de Rydberg, RY*, assim como os
antiligantes de valência BD* que vêm a partir da equação Ψ*
AB = cB⋅hA-cA⋅hB. Dessa maneira, os NBOs constituem um conjunto de
bases químicas do tipo Lewis e também orbitais que não correspondem ao tipo
Lewis, sendo que cada membro se encontra relacionado ao diagrama da
estrutura localizada de Lewis ou à sua capacidade de alteração química
(WEINHOLD & LANDIS, 2005 ; WEINHOLD et al, 2016 ; GLENDENING et al, 2013 ;
LANDIS & WEINHOLD, 2016).
Considerando a interação dos elétrons, as ligações Fe-S são formadas pelas
seguintes interações: φS26F28 = 0,9158(sp11,82d0,02)
S26 + 0,4017(sp0,03d1,12)Fe28
com polarização de 83,87% para o S26 e 16,13% para o Fe28, e ocupação
eletrônica de 1,94180 elétrons, caracterizando uma ligação simples; e
φS27F28 = 0,9179(sp12,74d0,02)S27 +
0,3963(sp0,03d1,09)Fe28, com polarização de
84,25% para S27 e 15,76% para Fe28 e ocupação eletrônica de 1,93724.
A análise mostra que a ligação N32-C24 apresenta características de ligação
simples. No entanto, a ligação N31—C30 se mostra como ligação dupla. No
espectro vibracional, o modo vibracional de estiramento N32-C24 apresenta
deslocamento de 10 cm-1, com número de onda menor do que a
vibração de estiramento da ligação N31-C30. Com relação ao deslocamento
eletrônico entre os átomos que formam os dois anéis quadrados planos com o
átomo de Fe no centro, a ligação C24-S27 se mostra como ligação dupla.
Entretanto, as demais ligações C-S se apresentam como ligações simples. No
espectro vibracional, o modo de estiramento C24-S27 se localiza em 610
cm-1 (calc.). Já para os estiramentos C24-S29, C30-S26 e C30-S25,
os valores de números de onda são 567 e 579 cm-1 respectivamente,
sendo o segundo valor correspondente a uma vibração simétrica. A
distribuição de valência dos átomos de C24 e C30 é concordante.
A ligação C30-N31, que se apresenta como ligação dupla, apresenta ocupação
eletrônica total de 3,95 elétrons e as funções de onda para essa ligação
são: φC30N31 = 0,6031(sp1,83d0,00)C30 +
0,7961(sp1,62d0,00)N31, com polarização de
36,62% sobre o átomo de C30 e de 63,38% sobre o átomo N31, e φC30N31 =
0,5186(sp1,00d0,00)C30 +
0,8550(sp1,00d0,00)N31, com polarização de
26,89% para o átomo de C30 e de 73,11% para N31, valores concordantes com a
eletronegatividade dos átomos.
Quanto às transferências de cargas, as interações doadoras e aceptoras
decorrem da análise da matriz de Fox, segundo a teoria da perturbação de
segunda ordem. As interações mais representativas para o complexo [Fe(DDTC)
2], obtidas por intermédio dos cálculos de NBO/B3LYP, são as
seguintes: entre o orbital doador (OD) 95 (LP (3) S29) e o orbital aceptor
(OA) 477 (BD*( 1) C24-N32), com energia de 10,18 Kcal/mol; entre
o OD 94 (LP (2) S29) e o OA 479 (BD*(1) S26-Fe28), com 11,06
Kcal/mol; entre o OD 81 (LP (2) S25) e o OA 482 (BD*(1) C30-N31),
com 12,23 Kcal/mol; entre o OD 94 (LP (2) S29) e o OA 475 (BD*(2)
C24-S27), com 46,35 Kcal/mol; entre o OD 84 (LP (2) S26) e o OA 483
(BD*(2) C30-N31), com 47,22 Kcal/mol; entre o OD 82 (LP (3) S25)
e o OA 483 (BD*(2) C30-N31), com 51,19 Kcal/mol; entre o OD 95
(LP (3) S29) e o OA 479 (BD*(1) S26-Fe28), com 64,12 Kcal/mol;
entre o OD 81 (LP (2) S25) e o OA 481 (BD*(1) S27-Fe28), com
67,48 Kcal/mol; e entre o OD 96 (LP (1) N32) e o OA 475 (BD*(2)
C24-S27), com 107,23 Kcal/mol.
A análise preliminar das propriedades ADME/TOX mostra que o composto
apresenta elevada absorção intestinal humana (HIA% de 99,742524) (ALLIANCE,
2016). A permeabilidade celular in vitro Caco-2 de 57,9825 nm/s indica boa
absorção oral e intestinal (OBRIGER et al, 2016). A permeabilidade dérmica
log Kp de -4,15285 (cm/h) sugere baixa absorção cutânea (MORGANTI et al,
2001). A penetração da barreira hemato-encefálica com valor de 4,12053
indica ser um composto ativo no sistema nervoso central (MA, 2005).
Obtivemos ligação de 100.00% com as proteínas plasmáticas, o que prevê
limitação para a distribuição do composto para tecidos e meios
intracelulares (SHARGEL, 2005). O composto também se apresenta como possível
inibidor da glicoproteína-P, o que o torna possível candidato para o
desenvolvimento de terapias anticâncer (AMIN, 2013). Os testes in silico
indicam, ainda, que o composto é mutagênico, porém a predição carcinogênica
em ratos e camundongos foi inconclusiva. Os resultados indicam que as
qualidades para o desenvolvimento racional de um fármaco com o composto
demandam cautela (DIXIT & KUMAR, 2018), embora sugiram possíveis aplicações
antineoplásicas, como já ocorre com outros ditiocarbamatos. Pesquisas
adicionais são necessárias para avaliar melhor o potencial farmacológico do
composto.
Estrutura geométrica otimizada para o complexo [Fe(DDTC)2], obtida pelo procedimento B3LYP/6- 311G(d, p).
Conclusões
No presente trabalho, descrevemos os orbitais naturais de ligação para o composto de coordenação dietilditiocarbamato de Fe(II): [Fe(DDTC) 2] e obtivemos, computacionalmente, informações a respeito da constituição dos orbitais moleculares na formação das ligações centrais que o complexo apresenta: Fe-S, N=C, C-S e C-C. Para a geometria do composto, obtivemos concordância entre os dados calculados e os dados experimentais obtidos pelos autores que sintetizaram o composto originalmente (ILEPERUMA & FELTHAM, 1975). Informamos também a polarização das ligações em porcentagem sobre os átomos participantes, bem como a ocupação eletrônica das ligações. Os processos de transferência de carga foram analisados no contexto das ligações químicas e também entre os diferentes tipos de orbitais atômicos, inclusive os mais afastados. Embora diversos compostos ditiocarbamatos apresentem aplicações industriais e biomédicas, a literatura ainda é incipiente no que diz respeito a aplicações específicas para o [Fe(DDTC)2]. A carência de aplicações justifica nosso estudo teórico para avaliar as propriedades estruturais e eletrônicas do composto. É importante notar que ditiocarbamatos de Ferro (II) têm sido utilizados para detectar óxido nítrico em aplicações biomédicas e também são potenciais candidatos para terapias antitumorais. Realizamos, portanto, uma avaliação in silico das propriedades farmacocinéticas e toxicológicas do [Fe(DDTC)2]. Os resultados sugerem boa absorção intestinal e por via oral, potencial de atividade no sistema nervoso central, alta afinidade com proteínas plasmáticas (o que sugere possíveis limitações na distribuição do fármaco no organismo) e capacidade de inibição da glicoproteína-P, o que abre a possibilidade de desenvolvimento de aplicações antitumorais. Os dados não foram conclusivos quanto à carcinogenicidade do composto e indicam potencial mutagênico, o que indica a necessidade de cautela em aplicações farmacológicas.
Agradecimentos
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES).
Referências
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