ESTUDO QUÍMICO E BIOLÓGICO DOS EXTRATOS DAS FOLHAS DE Henriettea succosa
ISBN 978-85-85905-25-5
Área
Produtos Naturais
Autores
Silva, K.M. (IFPE - CAMPUS BARREIROS) ; Silva, A.V.F. (IFPE - CAMPUS BARREIROS) ; Neto, G.J.S. (IFPE - CAMPUS BARREIROS) ; Morais, B.A. (IFPE - CAMPUS BARREIROS) ; Sena, A.R. (IFPE - CAMPUS BARREIROS) ; Leite, T.C.C. (IFPE - CAMPUS BARREIROS)
Resumo
As plantas medicinais podem ser o único recurso terapêutico de diversas comunidades e grupos étnicos e sua utilização se origina no início da existência humana neste planeta. A família Melastomataceae possui mais de 4.800 espécies apresentando 1.500 apenas no Brasil. O gênero Henriettea possui apenas 22 espécies, com isso é pouco estudado. Por conseguinte, o presente trabalho tem como objetivo realizar o estudo químico e biológico dos extratos das folhas de H.succosa, para que essa área cresça cada vez mais. Nos resultados alcançados a espécie analisada ganhou relevância, devido ao teor de fenólicos e flavonoides totais foram elevados se comparados dos da literatura, aumentando seu potencial antioxidante.
Palavras chaves
Análise fitoquímica; Quantificação; Atividade antioxidante
Introdução
As plantas medicinais por diversas vezes constituem o único recurso terapêutico de diversas comunidades e grupos étnicos. A sua utilização no tratamento e cura de diversas doenças se origina no início da existência humana neste planeta. A família Melastomataceae possui mais de 4.800 espécies, distribuídas em diversas áreas, porém com maior quantidade na área Neotropical, no Brasil é a sexta maior família de Angiospermas, possuindo 68 gêneros e mais de 1.500 espécies, dentre esses apenas 22 espécies pertencem ao gênero Henriettea, com isso é pouco estudado. Portanto, o objetivo do presente artigo foi determinar o perfil fitoquímico, doseamento de fenóis, taninos, flavonoides totais e avaliar a atividade fotoprotetora e antioxidante, realizadas a partir dos extratos das folhas de Henriettea succosa.
Material e métodos
Todas as análises foram realizadas no laboratório de Bromatologia do IFPE – Campus Barreiros. A espécie vegetal H. succosa.foi coletada, identificada e depositada no herbário do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL). Suas folhas foram secas em estufa por 4 dias, moídas em moinho de facas e extraídas por maceração exaustiva por um periodo de 7 dias utilizando os solventes acetato de etila (AcOEt), metanol (MeOH) e hexano (Hex). Todas as análises foram realizadas em triplicata. No doseamento de fenólicos foi seguida a metologia proposta por Silva et al. (2006), onde o teor de fenóis foi expresso em miligramas equivalentes de Ácido gálico por grama de extrato (AG/g ext). O doseamento de taninos totais foi realizado segundo Shad et al. (2012), onde o teor de taninos totais foi expresso em miligramas equivalentes de ácido tânico por grama de amostra (mg AT/g ext.). Na análise de doseamento de flavonoides totais foi seguido a metodologia de Barroso et al. (2011), onde o teor de flavonoides foi expresso como miligramas equivalente de rutina por grama de amostra (mg R/g ext.). A avaliação da atividade sequestradora do radical (DPPH) foi realizada segundo Cavin et al. (1998). O ensaio para avaliação da atividade antioxidante mediante a determinação do poder redutor foi baseado no método proposto por Waterman e Mole (1994). Os resultados dos doseamentos de fenólicos e flavonoides dos extratos da espécie avaliada foram avaliados por comparação de médias, pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade, utilizando o programa estatístico SISVAR proposto por Ferreira (2011).
Resultado e discussão
Em todos os doseamentos elaborados o ext. Hex obteve concentrações baixas em
relação a curva padrão. Nos doseamentos de taninos, flavonoides e fenólicos
totais o ext. MeOH apresentou 731,03 mg AT/g ext., 0,448 mg R/g ext. e 643,63
mg AG/g ext. respectivamente. Já o extrato AcOEt apresentou 367,5 mg AT/g
ext., 0,278 mg R/g ext. e 270,67 mg AG/g ext. respectivamente. Em todas as
análises realizadas o ext.MeOH se sobressaiu em relação ao ext.AcOEt, pois
além de obter concentrações superiores os resultados mostraram diferença entre
si pelo teste de Scott-Knott ao nível 5%. Em uma pesquisa de Oliveira (2017) o
ext. MeOH de M.Prasina revelou 77,44 mg EAT/g no teor de taninos totais. Em um
estudo exercido por Forte (2012) quantificando o teor de flavonoides totais
nas folhas de M.minutiflora, pertencente a mesma família revelou que o
ext.MeOH 58,49µg EQ/mg. Em uma pesquisa de Santos e Couto (2018) o ext. seco
de M. Albicans apresentou um teor de fenólicos totais de 551,300±3,72 mg AG/g
.Portanto apesar das curvas utilizadas serem diferentes em todos os
doseamentos realizados a H.succosa predominou em teor de compostos se
comparado a literatura. Na determinação de potencial redutor o ext. MeOH
demonstrou uma maior capacidade redutora, manifestando valores de 327,2
equivalentes á mg de ácido ascórbico/ g de extrato (mg AA/g ext.). Na
avaliação de DPPH o ext. MeOH demonstrou uma maior capacidade de captação de
radicais livres, pois seu valor foi 79,09%, enquanto o ext. AcOEt conseguiu
captar 43,53%, com isso é possível que a alta atividade antioxidante se deve
pela teorde fenólicos e flavonoides analisados nos doseamentos.
Conclusões
Com base no estudo realizado que revelou o alto teor de flavonoides e fenólicos totais no extrato das folhas de H.succosa e alata atividade antioxidante, é possível concluir que a espécie vegetal possui uma grande chance de entrar no mercado de farmacos para assim beneficiar a população de diversas regiões.
Agradecimentos
Agradecimentos a CPNq pela concessão da bolsa e ao IFPE pelo o auxílio com cedido e a todos do que faz parte do laboratório de Bromatologia do IFPE-Campus Barreiros.
Referências
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