Screneening fitoquímico de Ixora coccinea

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Produtos Naturais

Autores

Alexandre Barbosa, J.D. (UEPA) ; Silva, T. (UNIFESSPA) ; Santos, M.O. (UEPA)

Resumo

A Ixora coccinea é uma planta de uso ornamental conhecida popularmente como I.coral, que pertence à família Rubiaceae. Os testes fitoquímico de I. coccinea foram realizados para fenóis, taninos , flavonois xantonas, flavanonas, flavanonóis, leucoantocianidina, antocianidinas, antocianinas, catequinas, saponinas, purinas, aurona, chalconas, flavonóides. As flores foram transportadas para a Unifesspa onde foram obtidos os extratos hidroalcoólico (EHA) e etanólico (EE). Resultados positivos foram obtidos para fenóis, taninos, leucoantocianidina, flavanonas, flavanonóis, flavanóis e triterpenóides pentacíclicos. Testes negativos para saponinas, purinas, catequinas, antocianinas, antocianidinas, chalconas, auronas, alcalóides e bases quaternárias.

Palavras chaves

Ixora coccínea; Rubiaceae; Fitoquímica

Introdução

A Ixora coccinea é uma planta pertencente à família Rubiaceae trazida ao Brasil em 1809 por D João VI que durante a invasão da Guiana francesa que contrato o agrônomo Paul Germain esse agrônomo trouxe várias espécies entre elas a I. coccinea que é muito usada na Índia com finalidade terapêuticas suas folhas e caules frescos são usados para enzimas, furúnculos, e contusões as folhas são cicatrizantes e indicadas para combater úlcera cutâneas. A tintura diluída das raízes pode ser usada para combater dores na garganta e as flores para hipertensão e amenorreia e menstruação irregular (ALMEIDA e MARCIEL, 2019) A família Rubiaceae é a quarta maior família dentre as angiospermas (CONSOLARO, 2008) e possui distribuição cosmopolita sendo 120 gêneros e 2000 espécies encontradas no Brasil, correspondendo a uma das principais famílias de nossa flora, ocorrendo como um importante elemento em quase todas as formações naturais (SOUZA e LORENZI, 2008 apud LIMA, L.F. et al, 2010). A maior parte das espécies da família é própria das regiões mais quentes, principalmente do norte e nordeste. A família é conhecida devido ao grande interesse econômico voltado para espécie (Coffea arábica) conhecido popularmente como café (CASTRO e LORENZINI, 2005). O presente trabalho teve como objetivo determinar as classes de compostos presentes nos extratos orgânicos das flores de I. coccínea.

Material e métodos

Coleta e obtenção dos extratos orgânicos As flores de I. coccínea foram coletadas na praça do Ida Valmont no bairro novo horizonte na cidade de Marabá –PA às 12:00 horas dia 3 de julho 2019. As flores foram secas ao ar por 3 dias, depois foram pesadas e submetidas a extração por percolação a frio com os solventes: hexano, etanol, etanol-agua 70:30. Realização dos testes Teste para fenóis e taninos Em um tubo de ensaio foi adicionado 3mL do extrato hidro alcoólico adicionou-se três gotas de solução de FeCl3 Agitou-se por cerca de 20 segundos e observou-se. Testes para antocianidina, antocianidinas é Flavonóides Em três tubos de ensaio foram adicionados 3mL de extrato hidro alcoólico. No tubo de ensaio número 1 foram adicionadas 3 gotas de H2SO4 0.1N no tubo de número 2 foram adicionadas três gotas KOH1M e no terceiro tubo de ensaio foram adicionadas três gotas de NaOH 14M. Teste para Leucoantocianidina, catequinas e flavonas Em um tubo de ensaio foi adicionado 3mL de extrato hidro alcoólico e neste foi adicionado 5 gotas HCl 1M em outro tubo de ensaio contendo 3mL de extrato hidro alcoólico foi adicionado três gotas de NaOH 14M os mesmos foram aquecidos em banho-maria. Teste flavonóis, flavononas, flavanonois e xantonas Em um tubo de ensaio foi adicionado 3mL de extrato, adicionou-se alguns centigramas de fita de magnésio e adicionou-se 0,5mL de HCl concentrado agitou-se e esperou-se o término da reação. Teste para saponinas Em um tubo foi adicionado 2mL de extrato 2mL de água destilada 3 gotas de HCl depois agito se rigorosamente. Teste para Purinas Colocou-se no tubo de ensaio 2mL de extrato hidro alcoólico e 2mL de HCl. Teste para alcalóides Utilização dos reagentes de Hager, Mayer e Dragendorff Teste para esteróides Reação de Lieberman-Burchard

Resultado e discussão

Foram realizados os testes para as seguintes classes de substâncias: taninos, fenóis, saponinas, flavonoides, purinas, heterosídeos cianogênicos, polissacarídeos, alcalódes e esteroides. No teste para identificação de fenóis observou-se que após a introdução do reagente a coloração no tubo de ensaio alterou para verde bem escuro. Isto significa que o teste apresentou resultado positivo para fenóis e taninos. Para identificação das antocianinas, antocianidinas e flavonoides não foram observadas alterações nos testes para antocianinas e antocianidinas, pois não foi observado a coloração vermelha em meio ácido nem a coloração azul-lilás em meio básico. Porém, no teste para flavonoides foi observado alteração da coloração da solução amostra para amarela indicativo da presença de flavonas, flavononois e xantonas. Em outro teste a coloração levemente avermelhada do tubo de ensaio acidificado sugere a presença de leucontocianidinas negativos para catequinas e a intensificação da coloração vermelha no tubo de ensaio alcalinizado sugere presença de flavanonas. Ainda realizado teste para classe dois flavonoides o aparecimento da coloração vermelha indicou a presença de flavonóis, flavononas, flavonanois e xantonas. O teste para saponina foram considerado negativo pois não apresentou uma espuma permanente. O aparecimento da coloração violeta indicaria reação positiva para purina o que não ocorreu. O não surgimento da coloração azul- verde permanente indica que não há presença de esteroides livres. Mas, a apresentação da coloração amarelo-pardo sugere a presença de triterpenóides pentacíclico livres. No teste para identificação dos alcalóides não foi observado o surgimento de precipitado floculoso. Assim, teste negativo para alcalóides. Bases quaternárias resultado negativo

Conclusões

O estudo fitoquimico preliminar para identificação dos contituintes quimicos de I.coccinea sugerem a presença das seguintes classes de subtâncias: Flavonois,flavononas,flavanonois,xantonas,leucoantocianidina,catequinas, chalconas,auronas,Fenóis,taninos, antocianinas,antocianidinas, flavonóides, saponinas e purinas.

Agradecimentos

A UEPA, A Unifesspa

Referências

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SIMÕES, M. O. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto alegre/ Florianópolis: Ed da Universidade do UFRG/Ed da UFSC,1999.

CASTRO V.; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova odessa: Instituto plamtariem, 2005.

CONSOLARO, H. N. A distilia em espécies de rubiaceae do bioma cerrado. 96p. Tese de doutorado. Programa de pós-graduação em ecologia. Universidade de Brasília. Brasília-DF, 2008.

ALMEIDA, C. C; MACIEL, M. A. M. Perfil Etnobotânico de Ixora coccinea Linn. Disponível em: http://www.annq.org/congresso2011/arquivos/1300325691.pdf. Acesso em: 13/03/2019.

TEIXEIRA, L. N. et al. Screening fitoquimico e avaliação do potencial captura do radical dpph extratos de Manikava sapota L. Disponível em: http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/1542/2860. Acesso em: 12/01/2019.

MATOS, F. J. A. Introdução a fitoquimica experimental. 2ª ed. – Fortaleza: Edições UFC, 1997.

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