Neurocards: neurotransmissores no ensino da química orgânica.
ISBN 978-85-85905-25-5
Área
Ensino de Química
Autores
Freire, S. (IFMT) ; Santana, J.P. (IFMT) ; Marques, P. (IFMT) ; Cunha, J. (IFMT)
Resumo
O uso de instrumentos didáticos com a finalidade de desencadear o interesse e a curiosidade dos estudantes é muito importante no processo de ensino e aprendizagem. Neste intuito o presente projeto teve como objetivo relatar a confecção e aplicação do jogo didático intitulado Neurocards no ensino de Química Orgânica. Este foi realizado e executado no Instituto Federal de Mato Grosso no período de fevereiro a junho de 2019 por discentes do curso técnico integrado em Química. Foi possível constatar que o jogo apresentou caráter criativo, inovador e recebeu uma avaliação positiva dos participantes.
Palavras chaves
Neurotransmissores; Jogo didático; Ensino da química
Introdução
O método de ensino comumente empregado, apesar de sua boa eficácia, apresenta alguns aspectos que, de certo modo, deixa a desejar, segundo Arroio e Giordan (2006), a maioria dos jovens enxergam a química como algo distante de seu cotidiano, o que leva-os a olhar com certa inutilidade a matéria, o que causa uma visão distorcida e errônea desta importante área da ciência. É necessário encontrar um meio didático alternativo com a finalidade de desencadear o interesse e a curiosidade dos estudantes. A aplicação dos jogos como uma ferramenta de ensino se mostra muito interessante, tendo em vista o convívio que as atuais gerações possuem nesse tipo de atividade. De acordo com Santos e Jesus (2018), os jogos possuem seus benefícios em aspectos como o desenvolvimento do raciocínio e linguagem, pois estimulam o pensamento. Em conformidade com Amorim (2013), a utilização dos jogos tem valor considerável para o desenvolvimento cognitivo, transfigurando-se em um recurso competente para permitir o desenvolvimento da criatividade. Vale ressaltar também, que através do game, o conhecimento adquirido em sala de aula é visto de uma nova perspectiva pelo aluno. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo relatar a confecção e aplicação do jogo didático Neurocards no ensino de Química Orgânica realizado no Instituto Federal de Mato Grosso.
Material e métodos
O trabalho foi desenvolvido na cidade de Cuiabá, no Estado de Mato Grosso, por alunos do 3º semestre do curso de Ensino Médio Integrado em Técnico em Química, do Instituto Federal de Mato Grosso, Campus Cuiabá-BLV. Para a confecção do jogo didático intitulado Neurocards relacionado com a temática Neurotransmissores no ensino de Química orgânica, foram necessários os seguintes materiais: 12 folhas de papel A4 para a confecção das cartas, um impressora, cola bastão, 24 capinhas protetoras e tesoura. Além disso, foram utilizados 12 exemplos de neurotransmissores, sendo eles: Histamina: responsável pela ativação do sistema imunológico; Serotonina: neurotransmissor da felicidade; Acetilcolina: importante na atividade cognitiva; Gaba: regula agitação cerebral; Glicina: combate à fadiga; Adenosina: induz o sono; Encefalina: efeito analgésico; Endorfina: melhora a memória; Dopamina: molécula do prazer; Noradrenalina: acelera os batimentos cardíacos; Glutamato: ligado ao funcionamento mental adequado; Adrenalina: atua nos órgãos periféricos (NEUROTRANSMISSORES, 2019). Reuniu-se os principais e mais famosos neurotransmissores neste jogo. Os efeitos e ações destes no jogo são inspirados nas suas reais manifestações. O game é jogado por duas pessoas, uma contra a outra, onde o objetivo é reduzir a barra de vida do adversário a zero. Cada jogador começa com 6 pontos de vida, 1 ponto de ataque e zero pontos de escudo. O baralho do jogo é composto por 24 peças, cada qual, pode exercer aumento na vida, escudo e dano de seu invocador. Cada jogador começa com três cards retirados do baralho, a cada rodada, uma carta é lançada à mesa (dizendo o nome da habilidade, se não dito a carta não tem efeito) e outra é comprada. Começa quem ganhar atr
Resultado e discussão
Confeccionou-se um jogo didático
denominado Neurocards (Figura 1) para
trabalhar os neurotransmissores no ensino
de Química Orgânica. Cada carta envolveu
uma imagem de um dos neurotransmissores
com suas respectivas funções e efeitos.
Verificou-se que o jogo apresentou caráter
criativo e inovador com design atrativo.
Mediante a apresentação e aplicação foi
possível constatar que os discentes
participantes mostraram-se motivados e
interessados pela dinâmica do jogo.
Pode-se notar que o Neurocards teve o
papel de auxiliar na aprendizagem das
substâncias orgânicas e suas ações de
forma simples, prática e divertida.
Ademais, para os discentes
confeccionadores a aprendizagem foi muito
efetiva, pois tornaram-se agentes ativos
nesse processo, colocando em prática
habilidades como planejamento,
criatividade, inovação, dentre outras que
colaboraram na formação destes.
Imagem das cartas
Conclusões
Conclui-se que o jogo didático confeccionado, denominado Neurocards, foi eficiente e teve um grande potencial para auxiliar no ensino e aprendizagem da Química Orgânica, além de despertar o interesse dos discentes participantes. O jogo foi de fácil compreensão e também contribuiu na formação dos confeccionadores, que desenvolveram habilidades importantes.
Agradecimentos
Nossos sinceros agradecimentos ao IFMT - Campus – Cuiabá, Bela vista e a professora orientadora Ma. Josane do Nascimento Ferreira Cunha.
Referências
AMORIM, A. dos S. Influência do uso de jogos e modelos didáticos no ensino de biologia para alunos de ensino médio. Universidade Estadual do Ceará. Beberibe- CE. 2013.
ARROIO, A.; GIORDAN, M. O vídeo educativo: aspectos da organização do
ensino. Química Nova na Escola, n. 24, 2006.
NEUROTRANSMISSORES. Toda matéria, 2019. Disponível em < https://www.google.com.br/amp/s/www.todamateria.com.br/neurotransmissores/amp/ > Acesso em: 02 Jun. 2019.
SANTOS, S. G.; JESUS, A. de. A importância do jogo no processo de aprendizagem na educação infantil. Revista Gestão Universitária. Jun. 2018. Disponível em < http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/a-importancia-do-jogo-no-processo-de-aprendizagem-na-educacao-infantil > Acesso em: 12 Ago. 2019.