O ensino de funções inorgânicas com eixo na aprendizagem híbrida.
ISBN 978-85-85905-25-5
Área
Ensino de Química
Autores
Macedo, E.S. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- IFMA) ; Araujo, M.T.S. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- IFMA) ; Silva, L.M.S. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- IFMA) ; Cavalcante, K.S.B. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- IFMA)
Resumo
O presente trabalho tem como alvo relatar a aplicação da metodologia ativa, ensino híbrido, classificado como um estudo descritivo, na categoria relato de experiência. É de relevante importância que a educação sempre esteja em constante aperfeiçoamento, com uma sociedade cada vez mais conectada pelo mundo virtual, a educação deve fazer uma ponte direta com aspectos contemporâneos, facilitando uma educação significativa pela qual os alunos possam desenvolver competências pessoais e em grupo. Os resultados comprovaram a importância de desenvolver novas práticas com os alunos, que se encontram fadigados das repetitivas aulas tradicionais no ensino. Além de caracterizar-se como uma experiência expressiva para o processo formativo para futuros docentes.
Palavras chaves
Ensino híbrido; Aprendizagem eloquente; Contemporaneidade
Introdução
Transformações nos pensamentos e ideologias, avanços tecnológicos, são condições que afetam diretamente o contexto social, e que muitas vezes não são relevantes na avaliação de como a educação atual deve atuar para uma aprendizagem significativa. A atuação no campo educacional, no desempenho social e na prática de humanização das pessoas, implica na incumbência social e ética de dizer não apenas o porquê fazer, mas o quê e como fazer. (LIBÂNEO,2005) As metodologias ativas apresentam-se como grandes aliadas a esse contemporâneo modo de pensar e ver o ensino como prática que se aplica a realidade dos alunos. Proporcionando caminhos para avançar mais no conhecimento denso, nas competências socioemocionais, de comunicação, criatividade, e em novas atividades que levem o aluno a ser personagem ativo de sua aprendizagem. (MORAN,2013) A aprendizagem é mais significativa quando motivamos os alunos intimamente, quando eles acham sentido nas atividades que propomos, quando consultamos suas motivações profundas, quando se engajam em projetos em que trazem contribuições, quando há diálogo sobre as atividades e a forma de realizá- las (MORAN,2013, pg1) O ensino híbrido é uma metodologia ativa que induz a constante renovação do olhar para educação. “A educação sempre foi misturada, híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades, metodologias, públicos. ” (MORAN,2013). O presente trabalho tem como proposta fundamental relatar a aplicação da metodologia ativa, ensino híbrido, a qual foi perpetrada com o assunto de funções inorgânicas, em uma turma do segundo ano da escola Centro de Ensino Integral João Francisco Lisboa (CEINJOL), localizada na região central o município de São Luís/MA.
Material e métodos
Após o acompanhamento de algumas aulas em sala e no laboratório de química, com práticas experimentais, foi detectado que um dos assuntos dos quais os alunos apresentavam maior dificuldade, foi o conteúdo sobre funções inorgânicas. Após alguns momentos de estudo foi traçado um roteiro de como seria aplicado a metodologia ativa com os alunos. Para dar início a aplicação da metodologia, foi entregue um questionário para os alunos, com perguntas a respeito do assunto, com o propósito de avaliar o grau de conhecimento dos mesmos. A sala foi dividida em dois círculos de cadeiras, e o uso do quadro branco com as imagens de produtos de um mercado comercial intitulado “ O mercado dos compostos inorgânicos”. Dessa maneira foi organizado a sala para o estudo do assunto, através do modelo híbrido rotação por estações. Em primórdio a sala foi dividida em três equipes, realizando-se as atividades cabíveis de cada uma em 15 minutos por rotação. A primeira estação foi concretizada a leitura de um texto, o qual exortou sobre o assunto, estimulando a literatura. Na segunda estação foi aplicado um jogo chamado " CHEMIST " um simulador do laboratório de química online, onde os alunos puderam ser protagonistas na prática de reações químicas, com foco em ácidos, bases e óxidos. E na última estação foi proposto um desafio para os alunos, os quais deveriam colocar a nomenclatura e a fórmula química, nas imagens de produtos que contêm em sua composição funções inorgânicas e que são encontrados no mercado como: refrigerante coca cola, sal de cozinha, vinagre, leite de magnésia; que estavam fixadas no quadro. Após a consubstanciação de conhecimentos, foi aplicado um questionário em que os alunos responderam as mesmas perguntas do primeiro.
Resultado e discussão
A aplicação da metodologia iniciou-se com total atenção dos alunos, que em
muitas aulas tradicionais se comportavam deveras desatentos e dispersos
desempenharam um papel de alunos que estavam sedentos de algo inovador, que
chamasse atenção e que cativasse para aprendizagem. O desenvolvimento das
rotações se deu de maneira muito dinâmica e ativa por parte dos discentes,
na primeira estação mesmo sendo a leitura de um texto, fazendo analogia ao
estudo já conhecido, os alunos se empolgaram, pois, foi percebível que o uso
do conhecimento adquirido na leitura poderia facilitar o desempenho nas
outras estações. A segunda estação aplicou-se o jogo, ferramenta que
estimulou a curiosidade dos alunos, além de deter total atenção. Vidrarias,
reagentes e equipamentos que tiveram acesso no manuseio real no laboratório,
agora a disposição no mundo virtual. “O trabalho colaborativo pode estar
aliado ao uso das tecnologias digitais e propiciar momentos de aprendizagem
e troca que ultrapassam as barreiras da sala de aula. ” (MORAN, 2015) A
terceira estação, foi aplicado o desafio, o qual os alunos foram incitados
para o trabalho em equipe, proporcionado aos alunos uma prática inovadora,
incitando competências pessoais e em grupo os quais tinham um único
objetivo.
Na aplicação do questionário pós metodologia, foi possível ver um melhor
desempenho dos alunos em comparação ao primeiro, resultados demonstrados
pelos gráficos. Usufruindo de uma atuação superior ao primeiro questionário
pode se verificar que a aprendizagem híbrida obteve um resultado
significativo.
Conclusões
O presente trabalho foi desenvolvido no campo do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, subprojeto PIBID-QUÍMICA, vinculado IFMA, campus Monte Castelo. Detectar as dificuldades no ensino atual e refletir formas de contribuir para um ensino inovador, precisa ser um compromisso de todo educador. A aplicação da metodologia ensino híbrido, possibilitou uma experiência enriquecedora para formação de futuros docentes, possibilitando uma visão ampla de como a educação pode ser vivenciada de forma prazível tanto para quem orienta, tanto para o protagonista da aprendizagem.
Agradecimentos
Referências
BACICH, L.; MORAN, J. Aprender e ensinar com foco na educação híbrida. Revista Pátio, n º 25, Junho, 2015, P. 45-47. Disponível em:http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2015/07/hibrida.pdf. Acesso em: 18 jul. 2019.
LIBÂNEO, J. C. As teorias pedagógicas modernas revisitadas pelo debate contemporâneo na educação. Disponível em: http://www.ia.ufrrj.br/ppgea/conteudo/T1SF/Akiko/03.pdf. Acesso em: 18 jul. 2019.
MORAN, J. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_moran1.pdf. Acesso em: 18 jul. 2019.