TÉCNICAS INSTRUMENTAIS EMPREGADAS NA ÁREA DE ENGENHARIA QUÍMICA E AMBIENTAL

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ensino de Química

Autores

Oliveira, L.G. (CEULM/ULBRA) ; Monteiro, D. (CEULM/ULBRA) ; Pinto, D. (CEULM/ULBRA) ; Chagas, F. (CEULM/ULBRA) ; Rodrigues, P. (CEULM/ULBRA) ; Sarah, E. (CEULM/ULBRA) ; Tavares, R. (CEULM/ULBRA) ; Reis, M. (CEULM/ULBRA) ; Trindade, K. (CEULM/ULBRA) ; Braga, D. (CEULM/ULBRA) ; Ayla, D. (CEULM/ULBRA) ; Lagos, G. (CEULM/ULBRA)

Resumo

Com o intuito de minimizar a deficiência de aprendizagem técnico-profissional de Técnicas Instrumentais na Disciplina de nome homônimo nas áreas de Engenharia Química e Engenharia Ambiental, buscou-se recursos alternativos e viáveis para este propósito.A pesquisa ocorreu em Empresas do PIM (Pólo Industrial de Manaus), num Centro de Pesquisa e/ou Universidade, com solicitação prévia da visita técnica via protocolo acadêmico pelo Docente da disciplina, explicando o objetivo da pesquisa, de 2 a 3 alunos em um de seus laboratórios de Controle de Qualidade e/ou Processo.Dentre as técnicas aprendidas e apresentadas em Seminário (sala de aula) estiveram :Fluorescência de raio X, Infravermelho, Difração de Raio X, Cromatografia Líquida de Alta Eficiência(HPLC),Cromatografia à Gás e Colorimetria.

Palavras chaves

APRENDIZAGEM; TÉCNICAS INSTRUMENTAIS; ENGENHARIA

Introdução

O Desenvolvimento deste trabalho teve o objetivo principal minimizar a deficiência de aprendizagem técnico-profissional muito comum nos cursos de Engenharia, quando não se tem à disposição meios que facilitem e supram esta necessidade. Uma forma de promover uma atividade interdisciplinar como aprendizagem significativa sobre o tema espectroscopia somado a vivência profissional, de técnicas espectroscópicas,se faz de forma mais eficaz, quando esta é realizada in loco podendo ser em Centros de Pesquisas e/ou Universidades ou mesmo nas Empresas do PIM (Pólo Industrial de Manaus).A necessidade de métodos rápidos,versáteis, confiáveis, capazes de monitorar em tempo real espécies de interesse ambiental, industrial e biológico tem incrementado o desenvolvimento e o uso de técnicas associadas ou mais atuais, uma vez que agregam vários dos requisitos acima enumerados(LIMA et al.,2009).Especificamente no ensino de engenharia, constantemente é solicitado aos discentes alto grau de abstração na realização de algumas atividades acadêmicas que simulam a realidade, e percebe-se que uma proporção muito pequena de alunos consegue realizar essas atividades de forma satisfatória.Desenvolver essa capacidade de abstração e utilização de um conhecimento específico de forma multidisciplinar é um processo que dever ser bem planejado, definido e organizadamente estimulado durante o período de formação(graduação),levando-se em consideração os estilos de aprendizagem (BELHOT; FREITAS; VASCONCELLOS, 2006). Neste contexto, um dos instrumentos existentes que pode vir a facilitar esse processo nos cursos superiores é a taxonomia proposta por Bloom et al., (1956), que tem, explicitamente, o propósito de ajudar no planejamento, organização e controle dos objetivos de aprendizagem(Ferraz e Belhot,2010)

Material e métodos

A pesquisa se deu de forma Descritiva com abordagem Qualitativa (Severino,2012): Delimitação do local: Ocorreu em uma Empresa do PIM, num Centro de Pesquisa e/ou Universidade. Tendo como participantes: Acadêmicos da Disciplina de Técnicas Instrumentais 2018.1, dos cursos de Engenharia Química e Ambiental do CEULM /ULBRA e os Responsáveis Técnicos pela parte Operacional dos Equipamentos apresentados nos locais de pesquisa. A etapa de Coleta e Análise de Dados teve 7 fases: Fase 1- Visita dos alunos a uma Empresa do PIM ou Centro de Pesquisa e/ou Universidade para obter autorização da direção para a realização da pesquisa (antes da Primeira Avaliação do Semestre-G1). Fase 2: Solicitação da visita técnica via protocolo acadêmico pelo Docente da disciplina de Técnicas Instrumentais , explicando o objetivo da pesquisa, de 2 a 3 alunos em um de seus laboratórios de Controle de Qualidade e/ou Processo (antes do G1).Fase 3: Autorização Positiva da visita técnica via email pelo Responsável Técnico ao Docente da disciplina de Técnicas Instrumentais em um de seus laboratórios de Controle de Qualidade e/ou Processo, com hora e data agendada bem como adequação de roupas e EPI (antes do G1).Fase 4: Visita dos acadêmicos ao setor solicitado para a realização da pesquisa, de 3 a 4 horas (antes do G1). Fase 5:Os Alunos Responderam ao Questionário Avaliativo elaborado pelo Docente da Disciplina abrangendo a parte Operacional e Aplicação da Técnica no setor visitado bem como em outras áreas do conhecimento (antes do G1). Fase 6:Montagem do Seminário Técnico (Requisito:Princípios da Técnica/ Parte Operacional/Questionário Avaliativo e Referências Consultadas)-Antes da segunda avaliação do Semestre-G2).Fase 7: Apresentação do Seminário em sala de aula via powerpoint (Antes do G2).

Resultado e discussão

Durante a execução da pesquisa nos locais de escolha pelos alunos (Centro de Pesquisa e/ou Universidades ou Empresas do PIM), que durou em média dois meses (registrado em Plano de Ensino), condicionada a busca e acessibilidade. Foi abordado em sala de aula, temas como: “Fundamentos de Análise Instrumental; Introdução à Espectroscopia; Diferença entre Espectrometria e Espectroscopia e Fundamentos das técnicas mais empregadas, como Absorção Atômica, Cromatografia, Ressonância Magnética Nuclear, entre outros (Skoog et al., 2009). A visita técnica de cada grupo de alunos (2 ou 3), durou de 1 a 2 semanas, acordado entre os responsáveis do setor do local da visita e alunos, tempo esse que significava, uma considerável abstração do teórico-prático da Técnica que estava sendo explorada (Fluorescência de raio X, Infravermelho, Difração de Raio X, Cromatografia Líquida de Alta Eficiência(HPLC), Cromatografia Gasosa-CG e Análise Colorimétrica), conforme Tabela 1.Todo esse levantamento antes da primeira avaliação do Semestre- G1. A próxima etapa deu-se pela montagem e apresentação do Seminário em sala de aula (45 min.), conforme roteiro disponibilizado pelo docente da Disciplina, Figura 1. A Dinâmica da disciplina de Técnicas Instrumentais até então, fluiu com maior facilidade pela associação da teoria com a prática , corroborando com FERRAZ e BELHOT(2010), que citam que a definição clara e estruturada dos objetivos instrucionais, considerando a aquisição de conhecimento e de competências adequados ao perfil profissional a ser formado, direcionou o processo de ensino para a escolha adequada de estratégias, métodos, delimitação do conteúdo específico, instrumentos de avaliação e, consequentemente, para uma aprendizagem efetiva e duradoura.

Figura 1

Equipamentos apresentados em Seminário: A-Colorímetro; B- EDXRF; C- CG; D- HPLC; E- IV e DRX

Tabela 1

Técnicas Instrumentais apresentadas em Seminário (Nome e local de pesquisa)

Conclusões

A implementação deste método interdisciplinar, ao longo de cada semestre que se realiza, vem se consolidando cada vez mais, com a demanda de informação que é compartilhada em sala de aula pelos alunos. Pois a associação de pesquisa de campo + levantamento bibliográfico da técnica Instrumental afim + apresentação do Seminário, vem se mostrando muito válida e enriquecedora, tanto os discente e para mim como docente, que observo o crescimento e envolvimento do aluno no aspecto cognitivo inicialmente, pelo despertar da curiosidade por está num ambiente profissional de pesquisa (início de tudo).

Agradecimentos

Ao centro de Pesquisa, a Universidade Federal e principalmente às empresas do PIM por ser a grande facilitadora nesse processo de ensino-aprendizagem e aos acadêmicos pelo empenho.

Referências

BELHOT, R. V.; FREITAS, A. A.; VASCONCELLOS D. D. Requisitos profissionais do estudante de engenharia de produção: uma visão através dos estilos de aprendizagem. Revista Gestão da Produção e Sistemas, v. 1, n. 2, p. 125-135, 2006.
FERRAZ, A. P. C. M.; BELHOT, R. V. Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos instrucionais. Revista Gestão e Produção, São Carlos, v. 17, n. 2, p. 421-431, 2010.
HOLLER, F. J.; SKOOG, D. A.; CROUCH, S. R. Princípios de Análise Instrumental. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.
LIMA, K.M. G.; RAIMUNDO Jr, I. M.; SILVA, A.M.; PIMENTEL,M.F. Sensores Ópticos com Detecção no Infravermelho Próximo e Médio. Quim. Nova, Vol. 32, No. 6, 1635-1643, 2009.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. Ver. e atual. São Paulo: Cortez, 2012. 304p.

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