A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NA AMOSTRA DE QUÍMICA: SOCIALIZANDO SABERES COM PRODUÇÕES DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO
ISBN 978-85-85905-25-5
Área
Ensino de Química
Autores
Santana, R.O. (UEAP) ; Silva, R.C. (UEAP) ; Viana, C.C. (UEAP) ; Josaphat, E. (UEAP) ; Ramos, L.P. (UEAP) ; Chermont, J.N.M. (UEAP) ; Queiroz, F.A. (UEAP) ; Santos, L.J.S. (UEAP)
Resumo
Este trabalho teve como objetivo realizar um evento para possibilitar o convívio entre estudantes do ensino médio, tendo como base aspectos da ciência. Com isso, incentivá-los a buscar, planejar e executar trabalhos experimentais, oportunizando a construção de um conhecimento pautado na experimentação investigativa. A mostra foi realizada na Escola Estadual Professor Lucimar Amoras Del Castilho, localizada no bairro Santa Rita do município de Macapá-AP com alunos do segundo ano do ensino médio. A organização, a pesquisa e a execução foram desenvolvidas pelos alunos com auxílio dos bolsistas do PIBID/UEAP. Por meio dos dados coletados concluiu- se que a aplicação de uma metodologia diferenciada colabora para a construção de uma prática favorável a aprendizagem significativa pelos alunos.
Palavras chaves
Amostra de Química; Experimentação; Socialização
Introdução
Os diversos ramos das ciências estão em constante evolução. Pertence à instituição escolar, como ambiente de construção do conhecimento, proporcionar um espaço de comunicação e interatividade, onde o ensino se mostre interessante e eficiente. A escola deve ser um espaço que induza e permita ao aluno pensar, aprender e agir, contribuindo significativamente na formação integral de seus discentes (BRASIL, 1996). Com isso, enfrentar os problemas e mudanças vividas e presenciadas no mundo é entendido dentro de sua complexidade de forma crítica, responsável e consciente.De acordo com Francisco Jr, Ferreira e Hartwig (2008) um experimento pode exercer uma ligação entre a motivação e o aprendizado, pois o envolvimento dos alunos na construção da amostra de química proporciona o conhecimento por descoberta. Nesse sentido, as amostras experimentais de química demonstram um importante papel quando fomentam a busca da edificação do conhecimento do aluno sob o apoio e orientação dos bolsistas do PIBID e do professor regente. Esse é o momento em que se buscam ideias, se estabelecem metas e formas de execução das propostas estabelecidas. Logo, se aguça a curiosidade, a criticidade e até mesmo a competitividade pelo saber, corroborando com isso para o desenvolvimento mais consistente do aprendizado. Diante disso, a amostra teve como objetivo possibilitar o convívio entre estudantes do ensino médio, tendo como base aspectos da ciência. Assim, incentivando-os na busca de um planejamento e, consequentemente, execução de trabalhos experimentais, oportunizando a construção de um conhecimento pautado na experimentação investigativa.
Material e métodos
A amostra de Química ocorreu no refeitório da Escola Estadual Professor Lucimar Amoras Del Castilho com 19 alunos da turma 221 da 2ª série do ensino médio no final do terceiro semestre, sendo auxiliados pelo professor de química regente e por bolsistas do PIBID com intuito de destacar a importância da experimentação no ensino aprendizagem de química. Foram divididos os grupos em três trios e cinco duplas, então foi sorteado os temas dos experimentos, cada grupo ficou responsável por realizar uma pesquisa sobre seu tema e estudá-lo, na aula seguinte os alunos apresentaram os experimentos, este momento foi para a retirada de dúvida e para observação do domínio dos alunos sobre o tema, também houve entrega do trabalho escrito onde o aluno pode relacionar o experimento a teoria, os alunos e bolsistas organizaram o refeitório para a exposição dos trabalhos e por fim houve a aplicação de questionário.
Resultado e discussão
A amostra teve como base a pesquisa experimental de cunho investigativo.
Francisco Jr, Ferreira e Hartwig (2008, p. 34) dizem que esse tipo de
pesquisa “... visa obter informações que subsidiem a discussão, a reflexão,
as ponderações e as explicações, de forma que o aluno compreenda não só os
conceitos, mas a diferente forma de pensar e falar sobre o mundo por meio da
ciência”.
utilizou-se o método quantitativo para analisar o questionário aplicado aos
alunos, o objetivo de avaliar a aceitação da metodologia. Prodanov (2013, p.
71) define o método quantitativo como “traduzir em números as opiniões e
informações para classificá-las e analisá-las” de modo que seja utilizado
recursos e técnicas estatísticas.Observou-se que os alunos gostaram de
participar da organização da amostra de química e que a proposta
metodológica foi aceita e com resultado satisfatório, pois 100% dos alunos
gostaram de participar da organização da amostra e 94% ficaram satisfeitos
com o trabalho que desenvolveram durante a culminância do projeto.
Em relação à distribuição das funções para os alunos, 100% dos alunos
acharam fácil executar os experimentos assim como explicá-los. Entretanto, o
aluno denominado como (A) disse que “apesar do experimento ter várias
palavras difíceis, estudamos muito”. Diante disso, Farias, Basaglia e
Zimmermann (2010) afirmam que os experimentos proporcionam aos alunos uma
assimilação dos conceitos científicos incutidos neles, o que faz com que
através da investigação os alunos buscaram compreender as transformações que
ocorreram durante a experimentação.A atividade proporcionou o desafio de
pesquisar e executar os experimentos. Para Valadares (2000, p. 26) a
experimentação investigativa é “um bom exemplo de atividades voltadas para
aumentar a motivação dos alunos".
Figura 1. dispõem os resultados dos questionários por meio de gráficos.
Figura 2. Experimentos desenvolvidos durante a amostra de Química.
Conclusões
A realização da amostra de química foi bem aceita pelos alunos e alcançou os objetivos desejados que foi a socialização dos conhecimentos químicos adquiridos através da experimentação e explicação pelos alunos os conteúdos propostos por cada prática experimental, firmando a importância da experimentação investigativa no processo de aprendizagem. Partindo desse pressuposto, notou-se através da aplicação dos questionários que essa metodologia foi eficaz no processo de ensino-aprendizagem de química.
Agradecimentos
Agradecemos ao supervisor da escola Felipe Queiroz, aos alunos pela dedicação e empenho e ao PIBID-UEAP por proporcionar essa experiência.
Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 14 Dez.2017.
CHALITA, G. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001.
FARIAS, C. S.; BASAGLIA, A. M.; ZIMMERMANN, A. A importância das atividades experimentais no Ensino de Química. 1º CPEQUI – 1º Congresso Paranaense de Educação em Química.Anais do 1º Congresso Paranaense de Educação em Química / Coordenação geral: Moisés Alves de Oliveira, Márcia Borin da Cunha – Londrina, 2009.
FRANCISCO JR, W. E.; FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R. Experimentação Problematizadora: Fundamentos Teóricos e Práticos para a Aplicação em Salas de Aula de Ciências. Química Nova. Disponível em:< http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc30/07-PEQ-4708.pdf> Acesso em 20 Nov. 2017.
PRODANOV, C. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico / Cleber Cristiano Prodanov, Ernani Cesar de Freitas. – 2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013. Disponível em: <
http://www.feevale.br/Comum/midias/8807f05a-14d0-4d5b-b1ad-1538f3aef538/E-book%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico.pdf> Acesso em 10 Dez. 2017.
VALADARES, E. C. Física mais que divertida: inventos eletrizantes baseados em materiais reciclados e de baixo custo. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2000.