AVALIAÇÃO POR MEIO DO MAPA CONCEITUAL COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA NO ENSINO DE CIÊNCIAS

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ensino de Química

Autores

Castro de Freitas, A. (UFPA) ; Martins Castro, S. (UFPA) ; Pires Silva, A. (UFPA) ; Yasmin Lima Pimenta, P. (UFPA) ; Mylla Pereira Maciel Nunes, M. (UFPA) ; Moraes Borges, K. (UFPA) ; dos Santos Dutra, G. (UFPA) ; Yuri Barros Dias, (UFPA) ; Kened Rodrigues dos Santos, J. (UFPA)

Resumo

O ensino de ciências nas escolas públicas tem se tornando um grande desafio para os docentes, entretanto a busca por novas metodologias visando o aprendizado significativo que estimulem a construção do pensamento científico. Nesse contexto houve a elaboração de uma metodologia alternativa por meio da elaboração de mapas conceituais no ensino de nutrientes alimentares, sendo o conteúdo abordado de forma conceitual com a construção de (MC) e avaliativa por intermédio da atividade avaliativa com questões norteadoras trazendo uma correlação da teoria e cotidiano do aluno. Aplicando esta metodologia ocorreu o desenvolvimento do processo de ensino- aprendizagem por meio da contextualização estimulando a interação dos alunos com a aproximação de situações que envolvem o seu dia a dia.

Palavras chaves

ciencências; aprendizado; metodologia

Introdução

No ensino de Ciências, podemos destacar a dificuldade do aluno em relacionar a teoria desenvolvida em sala com a realidade a sua volta. Considerando que a teoria é feita de conceitos que são abstrações da realidade (SERAFIM, 2001). Para Cardoso (2013), o uso de atividades práticas estimula os alunos a serem críticos e terem capacidade para refletir. Sendo necessário à utilização de diferentes estratégias para o desempenho de aprendizagem, interligado aos conteúdos e vivências dos alunos. A aprendizagem significativa torna-se efetiva quando ocorre a relação entre as novas proposições conceituais e o conhecimento prévio armazenado na estrutura cognitiva do aluno tornando a experiência mais interativa (AUSUBEL, 1980). Segundo Vygotsky (2007), a aproximação entre conceitos científicos e conhecimento prévio, dada pelos professores, torna-se um instrumento de conquista da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) que é essencial para o aprendizado. Portanto houve a busca de uma metodologia que se relacionasse ao cotidiano do educando, tendo como prática emprega a construção de mapas conceituais para fixar o conteúdo de nutrientes alimentares nas turmas do 8° ano do ensino fundamental em escola pública localizada no município de Ananindeua-PA. O material produzido estava dividido em conceitos sendo organizados pelos alunos em suas respectivas ordem. Logo após os estudantes realizaram o questionário que se subdividia em questões conceituais e análises dos rótulos trazidos pelos mesmos. Os mapas conceituais podem funcionar como instrumento de hierarquização e a construção do conhecimento. Instrumento que identifica o conhecimento prévio do aluno, de representação visual e de forma sintética de um dado conteúdo, como um instrumento de avaliação (RAMOS, 2009).

Material e métodos

Primeiramente houve a escolha da temática central a ser trabalhada na construção dos mapas conceituais com intuito de demostrar e organizar a formulação do material. A prática foi realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Profª Maria Araújo de Figueiredo” com as turmas de 8º ano do ensino fundamental As atividades ocorreram em dois momentos no primeiro momento houve a explicação e execução de como ocorreria a atividade e em seguida foi realizado um questionário referente os assuntos trabalhados na atividade. Para a realização desta atividade prática foi elaborado “cards” com conceitos teóricos e instruções sobre o conteúdo no intuito de auxiliar os alunos no prosseguimento da elaboração dos (MC), sendo distribuídos em eixos na seguinte ordem nome dos nutrientes > função > fontes > análise de rótulos, onde cada equipe recebia seus kits e materiais para a construção dos mapas. Com finalidade de auxiliar na confecção dos (MC) foram distribuídos livros didáticos as equipes no objetivo de facilitar o aprendizado e ajudar a fixar os conceitos relacionados aos eixos presentes na dinâmica. O segundo momento da aplicação foi a aplicação do questionário com perguntas referentes aos assuntos abordados tanto na parte teórica quanto na atividade prática. O questionário apresentava nove questões objetivas de múltiplas escolhas e uma voltada ao reconhecimento de alguns nutrientes através de rótulos nutricionais. De modo que para a resolução da análise os alunos levavam o seu próprio rótulo e identificavam os nutrientes presentes e suas quantidades nas respectivas unidades. A aplicação do questionário proporcionou analisar o conhecimento adquirido e desempenho dos alunos durante a atividade prática, tendo em vista observar o grau de aprendizagem dos estudantes.

Resultado e discussão

Logo após a construção dos mapas conceituais e a aplicação do questionário foi possível analisar qualitativamente o rendimento dos alunos.”. Os Mapas Conceituais analisados permitiram constatar que o assunto abordado nutrientes alimentares com um total de 10 MC obteve um valor (100%) de acerto, média satisfatória devido a orientação dos mediadores na obtenção da sequência correta. A metodologia empregada possibilitou uma reflexão nos educandos sobre os conceitos lecionados em sala, correlacionando-o com a prática e cotidiano no intuito de desenvolver uma aprendizagem significativa evitando a simples memorização. Uma vez que, o aluno ao receber instruções e situações de como proceder a construção do mapa. Ele automaticamente é impulsionado a estabelecer conexões entre conceitos através de leitura, escrita, troca de ideias, discussão, análise, questionamento (FREIRE, 1996; KRASILCHIK, 2000). As respostas do questionário foram analisadas evidenciado a facilidade dos estudantes na resolução de quatro questões sobre função dos nutrientes entretanto apresentaram dificuldades em correlacionar os conceitos na análise dos rótulos. A realização da prática dos mapas demostrou significância como ferramenta auxiliar no ensino de ciências apesar dos estudantes apresentarem confusões de associação adquiriram um aprendizado significativo. Segundo Mendes; Cicuto; Corréia (2013), o bom desempenho dos estudantes em tais categorias, não devem ser associados à facilidade, e sim a apropriação e a aprendizagem significativa dos conteúdos que foram trabalhados, aprofundados e discutidos no ambiente de aprendizagem. Quanto maior o envolvimento do estudante, melhor o seu aprendizado, pois ele aprende a tirar suas próprias conclusões (PILLETI, 1998).

construção dos mapas conceituais pelos alunos






Conclusões

A prática metodológica realizada obteve um rendimento considerável em relação ao processo de aprendizado dos estudantes, sendo que a intenção principal desta metodologia foi desenvolver a habilidade no educando de correlacionar as aulas teóricas-práticas com o cotidiano visando o prosseguimento do saber científico por meio da atividade diferenciada. Portanto tornou-se possível examinar através das respostas marcadas e descritas no questionário, a proposta empregada apresentou-se relevante proporcionando o conhecimento e estimulando a participação dos estudantes deixando de ser um mero ouvinte

Agradecimentos

A Deus, a professora Teresa Cristina pela oportunidade de atuar em sala de aula, e aos alunos colaboradores.

Referências

AUSUBEL; D. P; NOVAK, J. D; HANESIAN, H. Psicologia Educacional. 2ª ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1978.
CARDOSO, F.S. O uso de atividades práticas no ensino de ciências: a busca de melhores resultados no processo ensino aprendizagem. Monografia para conclusão de curso de graduação em ciências biológicas no Centro Universitário UNIVATES. 2013.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 11ª edição. São Paulo: Ed. Paz e Terra, 1996.
KRASILCHICK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. Revista São Paulo Em Perspectiva. v. 14, n. 1, 85-93. 2000.
MENDES, J. G.; CICUTO, C. A. T.; CORRÉIA, P. R. M. Estudo sobre a estrutura gráfica dos mapas conceituais: em busca da aprendizagem significativa no ensino de ciências. In: Encontro Nacional de Pesquisas em Educação em Ciências, 9, 2013. Anais do IX Encontro Nacional de Pesquisas em Educação em Ciências, Águas de Lindóia: ABRAPEC, 2013.
RAMOS, L.; PORTO, A.; GOULART, S. Um olhar comprometido com o ensino de ciências. 1ª edição. Belo Horizonte: Ed. FAPI, 2009.
PILETTI, C. (Org.) Didática especial. 6ª Edição. São Paulo: Ed. Ática S.A, 1988.
SERAFIM, M.C. A Falácia da Dicotomia Teoria-Prática. Revista Espaço Acadêmico – Ano 1 – Nº 7 – Dezembro de 2001.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. Martins Fontes. São Paulo, 2007.

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