EDUCAÇÃO ALIMENTAR: A análise sensorial gustativa e olfativa em refrigerantes para aceitação e problematização dos rótulos.
ISBN 978-85-85905-25-5
Área
Ensino de Química
Autores
Lopes, E.S. (IFMA) ; Jesus, A.M.S. (IFMA) ; Sousa, M.R. (SEDUC-MA) ; Teles, R.M. (IFMA)
Resumo
Há uma necessidade em destacar a importância da existência de programas de educação alimentar nas escolas para que os jovens possam ser instruídos e permitam ter uma visão crítica sobre os hábitos alimentares, seus fatores que influenciam em suas escolhas. Desta forma, este trabalho tem como objetivo apresentar propostas de ensino que vai além da prática em despertar o interesse dos alunos na conscientização alimentar. Assim, esta ação foi desenvolvida em uma aula de eletiva, cuja prática foi elaborado através da observação e instrumentalização partindo da analise sensorial de refrigerantes de uso continuo pelos alunos.
Palavras chaves
Educação Alimentar; Química dos alimentos; Analise Sensorial
Introdução
A informação nutricional dos rótulos é um instrumento muito importante para conservação da saúde, pois tem o propósito de promover escolhas alimentares mais conscientes e saudáveis, gerar o controle do consumo de alimentos com base na declaração de tamanho de porções nutricional recomendada, assim como auxiliar os consumidores a entenderem melhor a constituição do alimento, sendo regulamentada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (FERREIRA e LANFER-MARQUEZ, 2007 apud PETTER, C. et al, 2015). Os produtos industrializados ganham destaque no mercado consumidor, levando em consideração o grau de satisfação dos consumidores que seja pelo paladar quer seja através do olfato e principalmente através dos rótulos e da embalagem. Assim, segundo a BNCC (2016) a Ciências da Natureza tem o papel de possibilitar a construção de uma base de conhecimentos contextualizados, envolvendo discussões e problematizações acerca de temáticas como saúde, ambiente, tecnologia e educação para o consumo. Assim segundo Garcia et all. (2011) o atual contexto de mundo globalizado impulsionou um novo ritmo de vida para as pessoas, fazendo-os que busquem com frequência, a praticidade. Conforme Teixeira (1995) afirmou, o motivo para se utilizar o lúdico como estratégia instrucional, que estimulam o senso crítico, a participação e a interação acionando também as esferas motoras, cognitivas e afetivas.
Material e métodos
Este trabalho foi desenvolvido através do Programa Residência Pedagógica realizados em uma disciplina eletiva na Escola Estadual CE João Francisco Lisboa, no Município São Luís – MA para 36 alunos do Ensino Médio. Assim, foi abordado o tema “EDUCAÇÃO ALIMENTAR: A análise sensorial gustativa e olfativa em refrigerantes para aceitação e problematização dos rótulos. Desta forma, a oficina foi realizada em quatro etapas: 01. Apropriação do conteúdo: apresentação conceitual do conteúdo sobre rotulagem, características, legislações vigentes e seus componentes; 02. Problematização: questionamentos acerca do consumo de alimentos industrializados; A rotulagem dos alimentos segue o padrão da legislação? O que mais atrai no consumo de bebidas, sabor ou aroma? Quais pontos positivos e negativos? 03. Instrumentalização: aplicação experimental sobre a analise sensorial de marcas de refrigerantes. Nesta etapa pediu-se que os alunos analisassem o aroma, a doçura e o sabor da bebida na qual foram adicionados em um copo de 10 mL enumerados de 01 a 04; 04. Aplicação social: esta etapa foi levantado uma discussão acerca dos elementos que compõe os refrigerantes destacando o rotulo como campo de estudo. Assim, para o desenvolvimento da pratica foram utilizados os seguintes materiais: duas marcas de refrigerantes (Diet, café e convencional), copos para degustação da bebida; materiais escolares para argumentação escrita dos resultados.
Resultado e discussão
A oficina foi direcionada à temática
Educação alimentar tendo como
finalidade a compreensão dos rótulos
quanto aos aspectos nutricionais para
o
consumo de refrigerantes de grupos
especiais em alimentos com métodos
testes
sensoriais comparativo entre as
amostras de forma direcionada (sabor,
aroma
etc.). Assim, a problematização do
tema levantado foi desenvolvido
através
da análise gustativa e olfativa de
duas marcas conhecidas de
refrigerante.
Partindo da análise foi aplicado um
questionário onde cada grupo preencheu
uma tabela com observações sobre o
aroma, e sabor das bebidas. Conforme
mostra o grafico 01 (figura 01), em
relação ao aroma, na amostra 03, 24%
dos
alunos conseguiram identificar o aroma
do café no refrigerante, sendo este,
café expresso, ao inalar o cheio foi
percebido uma grande concentração de
cafeína, dando o aroma de café no
refrigerante, a amostra 02 18%
identificaram o cheiro agradável e na
amostra 04, 6% identificaram o aroma
muito forte idêntico ao cheiro de
xarope. Em relação ao sabor e doçura
(figura 02) foram destacados duas
características, do doce ao amargo, e
amago, na amostra 02 28% dos alunos
identificaram o sabor agradável doce e
4% não conseguiram identificar
precisamente o sabor e a doçura, no
entanto
na amostra 01 21% identificaram o teor
de açúcar muito forte e 03%
identificaram o sabor que vai do doce
ao amargo. Na amostra 03 quanto ao
sabor 32% identificaram o sabor muito
amargo assimilando ao gosto amargo do
café. Desta forma, percebeu-se a
interação dos alunos em dinamizar o
aprendizado em química, segundo
Gasparin (2003, p 107), é na sala de
aula
que a ação do professor tem como
objetivo criar condições para que a
atividade de análise sejam propícias
no desenvolvimento do processo de
ensino e aprendizagem.
Analise sensorial do aroma dos refrigerantes
Analise sensorial partindo do sabor e doçura
Conclusões
Obteve-se êxito nas comparações das diferenças das amostras e discussões das diferenças sensoriais dos refrigerantes, com base no caráter investigativo para promover a aprendizagem significativa, pois problematizaram os pontos positivos e negativos da satisfação, e das vantagens do assunto abordado e conectando com o mundo pelos temas trabalhados em química dos alimentos como proposta sensoriais gustativa, olfativa, em refrigerantes e seus efeitos potencializados na saúde do homem.
Agradecimentos
Agradecimentos a CAPES, financiadora do programa, IFMA pelo projeto.
Referências
01. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (FERREIRA e LANFER-MARQUEZ, 2007 apud PETTER, C. et al, 2015).
02. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: < 568 http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>. Acesso em: 12agosto de 2019.
03. GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3a ed. Ver. Campinas, São Paulo: autores associados, 2005. (Coleção Educação Contemporânea);
04. TEIXEIRA, LILIAN VIANA. Análise Sensorial na indústria de alimentos. Revista do Instituto de lacticínios Cândido tostes, Jan/fev, n 64,2009.