EXPERIMENTOS DE QUÍMICA FORENSE COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ensino de Química

Autores

da Costa, M.J. (UNIFAP) ; da Silva, N.E. (UNIFAP) ; Malheiros, J.B. (UNIFAP) ; dos Santos, D.S. (UNIFAP)

Resumo

Este trabalho propõe que a química forense pode ser utilizada como ferramenta de aprendizagem e incentivo nas aulas através de experimento científicos de baixo custo, os quais podem propagar o interesse do aluno e potencializar a aprendizagem do ensino da química de forma significativa. A pesquisa é de caráter exploratória e explicativa. As etapas do trabalho consistirão na montagem de experimentos de química forense, onde os roteiros dos experimentos serão adaptados em cima de conteúdos de química da primeira série do ensino médio de forma contextualizada a fim de abordar conceitos presentes no dia a dia dos alunos.

Palavras chaves

Química forense; Ensino-aprendizagem; Ensino de Química

Introdução

A Química forense, é um ramo específico das Ciências que se encarrega da análise e identificação de possíveis crimes, utilizando-se de métodos científicos especializados para área criminal (CHEMELLO, E., 2006). Desta forma, utilizar a Química Forense no ensino é uma alternativa metodológica de estimular o interesse da disciplina de química nos alunos de educação básica, pois o experimento didático deve proporcionar o caráter investigativo, favorecendo a apreensão das afinidades conceituais da disciplina, deixando que os alunos tenham a chance de aprender com os seus erros tanto quanto com os acertos nas técnicas e práticas experimentais (MACHADO, P.F.L.; MOL, G. S., 2008). Além disso, o ensino-aprendizagem a contextualização de conteúdos seria uma metodologia que permitirá aos alunos mais oportunidades de inclusão os fenômenos ligados ao seu cotidiano, a química forense emprega a química na investigação de crimes e que está em destaque nos seriados televisivos o que seduz a atenção dos alunos sendo uma boa tática metodológica, desde que empregue as ferramentas exatas para trabalhar o tema, coligando o pensamento crítico da cena do crime dentro da sala de aula (BERGSLIEN, E., 2006). Experimentos no estudo de química forense como incentivo da aprendizagem de química no ensino médio, surge como tema deste trabalho uma vez que o conhecimento de química forense tem como metodologia alternativa para promoção do o incentivo da aprendizagem no ensino de química. A problematização pode ser usada nos três períodos pedagógicos, mas é importante sagrar a história do indivíduo e seu conhecimento prévio que na busca incessante pelo conhecimento, sempre será inacabado (FREIRE, P., 2005).

Material e métodos

A pesquisa de campo foi realizada com alunos de primeiro ano do ensino médio, na escola da rede pública localizada no município de Santana, Amapá. Em que foi feito em uma aula, com dois questionários um antes e um depois da aula para fazer comparação estatística sobre o conhecimento de química forense dos alunos, como aprenderam, como foi incentivador a química forense e se realmente os alunos tiveram interesse. A pesquisa foi dividida em dois momentos, sendo que o segundo momento está organizado em quatro etapas. O primeiro momento com a proposta de intervenção pedagógica, ocorreu em uma aula no qual foram ministrados uma visão geral dos principais conceitos de química forense e a aplicação do questionário inicial. No segundo momento, dividido em quatro etapas, aconteceu a problematização inicial com a pergunta “existe crime perfeito?” deixando que os alunos discutissem os vestígios que podem ser encontrados em uma cena de crime, possibilitando assim, que fosse explicado os conceitos de ciências forenses e química forense e fazer ligação de química forense no cotidiano dos alunos. Na segunda etapa, os alunos assistiram um vídeo sobre a Química forense a aplicação da experimentação utilizada em investigações criminais intitulado “Tudo se transforma, história da química e química forense”. Na terceira etapa, ocorreu a aula experimental cm três experimentos abordando a química forense como eixo central explicando o funcionamento do experimento e com uma análise de como está presente no cotidiano. Na quarta etapa, aplicou-se o questionário final depois da aula.

Resultado e discussão

O trabalho teve como objetivo a possibilidade de inserção de uma metodologia diferenciada através do uso da experimentação forense. Desta forma, é possível permitir ao professor a possibilidade de contornar a dificuldade de aprendizagem do aluno pela falta de contextualização em sala de aula através do de conceitos com fatos do cotidiano. Neste contexto, este trababalho verifica a importancia de aulas experimentais de química forense no ensino médio e sua relação com a aprendizagem significativa proposta por Ausubel elencada nos estudos de Moreira e Masini (1982). Com base nos dados obtidos através da análise quantitativa do pré quastionário (Figura 1), é possível observar que 33,33% dos alunos não gostam de química e apenas 9,09% alunos não entendem a disciplina, e todos acham interresante aulas experimentais. Do mesmo modo, é possível elencar que 12,12% alunos não tem interrese em investigações criminais. Contudo, com o video “Tudo se transforma, história da química e química forense” notou-se o interesse dos estudantes, uma vez que esta metodologia possibilitou um resgate histórico de conteúdos abordados na história da química. Após as experimentações feitas em sala de aula com o título “Molde de pegada em cena de crime”, “revelação de digitais com vapor de iodo ressublimado” e “Revelação de digitais com pó de carvão” observou-se, com o questionário final, que 100% dos alunos reconhecem a importância de química forense para a investigação criminal, apenas 3,03% dos alunos não acham importante o uso de atividades experimentais em sala de aula. Os dados obtidos sustentam que apenas 3,03% dos alunos não conseguiram visualizar diferença na aprendizagem e que 100% dos estudantes mostraram-se interessados no ensino de química por meio de experimentos de química forense.

Figura 01

Gráfico dos resultados obtidos do pré- questionário.

Figura 02

Realização do experimento de revelação de digitais com iodo

Conclusões

A química forense apresentada aos alunos por meio de experimento e se mostrou muito eficaz desde a primeira experimentação, que os alunos estavam mais concentrados, atentos e participativos, durante as atividades experimentais demonstraram um interesse maior pela disciplina de química. A partir dos questionários concluiu-se que os estudantes estavam mais motivados para aprender a química. Desse modo, é possível demonstrar ao professor que desenvolver e empregar experimentos de química forense em sala ajudará o aluno a observar a relevância dos conteúdos estudados, incentivando a aprender química de forma simples e eficaz, que poderá ser comprovada pela curiosidade dos alunos, pela participação em aula e, consequentemente, pela melhoria do desempenho nas avaliações futuras.

Agradecimentos

Referências

BERGSLIEN, E. Teaching To Avoid the “CSI Effect”. Journal Of Chemical Education. Vol. 83, 2006
CHEMELLO, E. “Ciência Forense: impressões digitais”. Dezembro, 2006. Disponível em: http://www.quimica.net/emiliano/artigos/2006dez_forense1.pdf. Acesso em: 15/09/2018.
FREIRE, P. “Pedagogia do oprimido”. 43ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
MACHADO, P.F.L.; MOL, G.S. “Experimentando química com segurança”. Química Nova na Escola, n. 27, 2008.
MOREIRA, M. A., MASINI, E. A. F. S. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.

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