O ensino de química como alerta para automedicação

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ensino de Química

Autores

Carmo Silva, L.H. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Cardias Porto, S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) ; Silva Ramalho, K.L. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Martins dos Santos, B. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Damacena Alves, A.R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) ; Gomes de Sousa Silva, M.E. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) ; Santana Alves Leite, T. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO) ; Nayana Gomes Passos, I. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO)

Resumo

A automedicação é definida como o uso de medicamento sem a prescrição, orientação e/ ou acompanhamento do médico ou dentista, e automedicação responsável é a prática pela qual os indivíduos tratam doenças, sinais e sintomas utilizando medicamentos aprovados para venda sem prescrição médica, sendo estes de eficácia e segurança comprovadas quando utilizados racionalmente. O objeto é utilizar o ensino de química para alertar a população sobre o uso irracional dos medicamentos, a fim de evitar danos ocasionados pela automedicação. O presente resumo foi realizado por meio de Revisão de Literatura. Foram utilizados 12 artigos indexados nas bases de dados Scielo, Lilacs e Capes. Foram selecionados artigos publicados no ano de 2001 a 2014. A coleta de dados foi realizada no mês de Abril de 2018.

Palavras chaves

Automedicação; ensino de química; Medicamentos

Introdução

O alto índice de automedicação da população brasileira tem forte relação com o mercado ocupado pela indústria farmacêutica, que não mede esforços através das ferramentas de marketing, das propagandas e das drogarias adaptadas a verdadeiros supermercados. A automedicação vem aumentando de maneira considerável, tendo em vista o fácil acesso a medicamentos, através da indústria farmacêutica, que favorece a aumento dessa prática sem aconselhamento ou acompanhamento da equipe de saúde, aumentando as chances de desenvolvimento de possíveis doenças. Sendo assim o ensino de química pode demonstrar os perigos de se utilizar substâncias de maneira inadequada como os remédios, e ainda auxiliar na formação crítica da sociedade mediante a estes tipos de práticas que podem ser perigosas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define automedicação como sendo o uso de medicamento sem a prescrição, orientação e/ ou acompanhamento do médico ou dentista, e automedicação responsável é a prática pela qual os indivíduos tratam doenças, sinais e sintomas utilizando medicamentos aprovados para venda sem prescrição médica, sendo estes de eficácia e segurança comprovadas quando utilizados racionalmente (BRASIL, 2001). A automedicação pode ocasionar danos à saúde, e sua prática com o passar dos anos vem crescendo no Brasil e em outros países. Fatores econômicos, políticos e culturais tem contribuído para o crescimento da automedicação no mundo, tornando-a um problema de Saúde Pública (LOYOLA et al., 2002). Para minimizar a automedicação seria possível promover educação para saúde, com a finalidade de informar a população sobre os riscos de se automedicar Essas iniciativas são extremamente importantes, resulta em um grave problema de Saúde Pública (CHEHUEN et al., 2006). Embora a automedicação seja uma necessidade, tendo inclusive uma função complementar aos sistemas de saúde, é evidente que este hábito, utilizado de maneira inadequada, pode ter como consequência efeitos indesejáveis, enfermidades iatrogênicas e mascaramento de doenças evolutivas, representando, portanto, problema a ser prevenido. O ideal, é utilizar o medicamento recomendado por um profissional especializado (ARRAIS, 2004). Uma saída para amenizar a problemática acerca da automedicação é formar pessoas com capacidade crítica, que possam opinar criticamente sobre as influências da cultura, da mídia e dos problemas da saúde pública sobre o uso de medicamentos por conta própria que pode ter aspectos positivos, quando feito de forma consciente ou aspectos negativos quando feito inconscientemente. A compra de medicamentos inadequados implica no risco de um tratamento ineficaz, visto que a maioria das pessoas desconhece os efeitos colaterais provocados pelos medicamentos (RICHETTI & FILHO, 2009).

Material e métodos

A análise de conteúdo é um processo analítico que se aplica a discursos sendo constituída por várias técnicas que visam a interpretar o conteúdo das informações obtidas (FRANCO 2008). Todo o conteúdo obtido durante a pesquisa para a obtenção de dados importantes para o desenvolvimento deste trabalho foi feito por meio de pesquisa descritiva exploratória. Foram utilizados 12 artigos indexados nas bases de dados Scielo, Lilacs e Capes. Foram selecionados artigos publicados no ano de 2001 a 2014. A coleta de dados foi realizada no mês de Abril de 2018.

Resultado e discussão

O alto índice de automedicação da população brasileira tem forte relação com o mercado ocupado pela indústria farmacêutica, que não mede esforços através das ferramentas de marketing, das propagandas e das drogarias adaptadas a verdadeiros supermercados. Tudo para vender medicamentos e até criar uma cultura desenfreada de consumo excessivo dos mais variados medicamentos, o ensino de química realizado de forma contextualizada ajuda no entendimento sobre o assunto e possibilita a população uma real sensibilização. A intoxicação causa alterações no funcionamento do organismo e pode levar à morte, são recorrentes os casos de intoxicação, pode ser causado por estoque de medicamentos em casa, tomar medicamento por engano e até mesmo crianças ingerir sem a supervisão dos pais, entre vários outros fatores pode levar a uma intoxicação. Desta forma a química faz o papel de mediadora neste processo de orientar a população a respeito da automedicação, sendo assim procurar ajuda profissional adequada quando identificar alguma patologia No Brasil, como também na maioria dos países, o principal agente tóxico que causa intoxicação é o medicamento, a elevação de casos registrados se dá pelo fácil acesso a eles, se o medicamento fosse vendido apenas na quantidade correta do tratamento e o fracionamento pudesse ser feito em todos os medicamentos, haveria uma redução de casos O ensino de Química deve ser um facilitador da leitura do mundo. Ensina-se química, então, para permitir que o cidadão possa interagir melhor com o mundo" (CHASSOT 1990). Um exemplo de como a química é importante para explicar algumas concepções ou conceitos do cotidiano como a diferença entre medicamento e remédio. Os medicamentos seriam preparações feitas em farmácias ou indústrias farmacêuticas atendendo especificações técnicas legais e preparações com plantas medicinais seria um remédio, mas não um medicamento (VIEIRA 1996; BARREIRO, 2001).

Conclusões

O ensino de química mostra-se uma ótima ferramenta de auxilio para esclarecer os possíveis riscos da automedicação, demonstrando que os medicamentos são substâncias químicas que devem ser utilizados de maneira adequada para evitar danos graves á saúde. O conhecimento científico repassado de maneira clara, objetiva, e linguagem acessível podem incentivar a população a procurar ajuda de profissionais qualificados, para utilizarem de maneira correta os medicamentos e consequentemente reduzir a prática inadequada e perigosa da automedicação.

Agradecimentos

Referências

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