A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NO ENSINO DE QUÍMICA
ISBN 978-85-85905-25-5
Área
Ensino de Química
Autores
Pimenta, P.Y.L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Kened, J. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Freitas, K.H.G. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Borges, K.M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Silva, A.P. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Freitas, A.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Silva, L.L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Dutra, G.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Gatinho, K.S.R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Maciel, M.M.P. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)
Resumo
A temática envolvida neste trabalho foi à elaboração de uma proposta de ensino utilizando meios tecnológicos através de aplicativos/softwares educativos inserindo-lhes nas aulas práticas com intuito de estimular o aprendizado em Química. As ações de mediação didática - pedagógica foi aplicado na escola no Município de Ananindeua que demonstrou um seguimento de aprendizagem abaixo das médias nos exames de educacionais (PISA, IDEB, Prova Brasil). Por este motivo objetivou com a aplicação melhorar a aprendizagem significativa dos alunos com o uso de aplicativos. A aplicação mostrou-se eficaz desenvolvendo nos alunos atitudes participativas e melhora na compreensão dos mesmos.
Palavras chaves
Tecnologia; Tabela Periódica; Ensino
Introdução
A qualidade da educação passa por uma grande busca pela discussão sobre formação docente e práticas educativas. Em relação a esta última, mantém-se a crítica ao ensino tradicional caracterizado no quantitativo e não na qualidade do processo de aprendizagem, mantendo a passividade do aluno, e a simples memorização e reprodução de conteúdos, privilegiando-se a adoção de abordagens de cunho construtivista, que prevê a construção do conhecimento pelo aluno, concebendo o professor como mediador ou facilitador da aprendizagem (MIZUKAMI, 1986). Frente a isso, é comum que os alunos não demonstrem interesse nas aulas ministradas, o que torna o ambiente escolar extremamente cansativo. Por este motivo, torna-se necessário a busca por atividades que envolvam os alunos e que desperte atenção e interesse nas aulas. Atualmente, é comum que os alunos possuam celulares, smartphones e tablets em sala de aula devido à facilidade de transporte e o acesso à internet que estes aparelhos disponibilizam, o que se torna um grande aliado ao professor. Na visão de Giordan (2008), no processo de ensino e aprendizagem, a incorporação de dispositivos móveis a exemplo dos tablets e de aplicativos voltados ao Ensino de Química, poderão oportunizar os estudantes na aprendizagem correlacionando um fenômeno a partir de sua dimensão macroscópica com as dimensões submicroscópica e simbólicas.
Material e métodos
A escola Luiz Nunes Direto foi escolhida para o desenvolvimento do projeto que fica localizada no Município de Ananindeua-PA, onde foi realizada uma apresentação para a professora responsável pelo conteúdo de química. Primeiramente para dar inicio a aplicação, foram analisados alguns aplicativos na área da química, visando o conteúdo já sendo trabalhado em aula pela professora. O aplicativo teve alguns critérios analisados como: conteúdo trabalhado, facilidade de acesso e linguagem utilizada; O jogo escolhido foi o Quiz Da Tabela Periódica onde trabalha com perguntas e resposta sobre o conteúdo da tabela periódica (símbolos, grupos, períodos, blocos e números atômicos). Num primeiro momento foram relembrados alguns conceitos da tabela (nomenclatura, símbolo e organização dos elementos), após isso foi realizado uma demonstração de como funcionava o jogo. O grupo deveria escolher um integrante que seria responsável por ter o aplicativo no seu celular. Para a aplicação, cada grupo recebeu uma tabela periódica a qual seria uma ferramenta de auxilio nas respostas, foi trabalhado com eles apenas as fases 1, 2, 3 e 4 que correspondiam às perguntas sobre símbolos, numero atômico, grupos e família. Além disso, cada aluno respondeu um questionário sobre a aplicação e sua opinião do jogo. O questionário dispunha de 5 perguntas objetivas sobre o aplicativo, onde os alunos que participaram da aplicação responderam de forma pessoal as seguintes perguntas: Se o aplicativo foi eficaz para o seu aprendizado, a sua opinião sobre o aplicativo, se ele realmente relacionava o conteúdo da tabela periódica.
Resultado e discussão
A partir da metodologia aplicada foi possível analisar a maior interação do
aluno. Este deixou o papel de passividade e assumiu uma postura ativa no
ambiente da sala de aula. Esta aplicação possibilitou a criação de um
ambiente dinâmico, aumentando inclusive o contato entre professores e
alunos, pois os mesmo compartilhavam dúvidas, conversavam acerca do assunto
ministrado e elaboravam conceitos frente ao jogo, resgatando conceitos
outrora vistos. Lima (2011) diz que o uso apropriado da tecnologia para o
ensino de química tem que propiciar ao aluno uma visão mais ampla do assunto
estudado o que possibilite uma melhor compreensão, não deixando de lado a
realidade do aluno. Assim, o conhecimento mediado pela tecnologia pode
ajudar o aluno a transformar as informações em seu próprio senso comum. Após
a aplicação, pôde-se qualificar a eficiência do método por meio de
questionários, onde a maioria dos alunos demonstrou que o aplicativo
facilitou a compreensão do conteúdo e dinamizou o processo de ensino
aprendizagem, visto que nas respostas ao questionário os alunos apontaram
satisfação e até solicitaram outras possíveis aplicações de outras
disciplinas. Esta aplicação visou sempre o melhor método de aprendizagem
para os alunos utilizando a tecnologia como ferramenta para uma nova
metodologia para alunos e professores. Na figura 1, pode ser observado a
interação dos alunos durante a aplicação.
Conclusões
Diante do exposto, concluiu-se que a utilização do aplicativo “Quis da Tabela Periódica” se mostrou uma metodologia eficaz, atingindo o objetivo de dinamizar as aulas de química, desenvolver um caráter ativo nos alunos e aumentar o interesse deles na sala de aula, melhorando a aprendizagem significativa por meio de ferramentas tecnológicas como aplicativos. Esta aplicação foi, portanto, uma prática proveitosa a qual pode ser amplamente utilizada em sala de aula.
Agradecimentos
A Deus. A Universidade Federal do Pará. Ao Programa Navega Saberes
Referências
GIORDAN, M. Computadores e linguagens nas aulas de ciências: uma perspectiva sociocultural para compreender a construção de significados. Ijuí: Editora Unijuí, 2008.
LIMA, E. R. P. O.; MOITA, F. M. G. S. C. A tecnologia e o ensino de química: jogos digitais como interface metodológica. Campina Grande: EDUEPB, 2011. 279 p
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.(Temas básicos da educação e ensino)