A TECNOLOGIA NO ENSINO DE QUÍMICA: AVALIAÇÃO DE UM APLICATIVO SOBRE FUNÇÕES ORGÂNICAS.
ISBN 978-85-85905-25-5
Área
Ensino de Química
Autores
Gama, J.F. (SME) ; Tavares, C.D.A. (CISNE) ; Oliveira, M.S.C. (UECE)
Resumo
O uso das tecnologias na educação vem se tornando indispensável, pois elas estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas, pois o futuro será tecnológico. Esse trabalho apresenta uma avaliação do aplicativo Funções Orgânicas em Química como ferramenta didática. Foi aplicado um questionário de 07 questões para os docentes sobre o uso de aplicativos em aulas de Química com o tema escolhido funções orgânicas. Com os resultados obtidos foi possível constatar apenas 5% dos 20 educadores entrevistados alegaram utilizar regulamente aplicativos como ferramenta educacional. Com isso foi observado que os docentes ainda não estão voltados para o uso de tecnologias digitais em sala de aula, algo que pode ser entendido como falta de tempo, desinteresse ou falta de acesso a esses aplicativos.
Palavras chaves
QUÍMICA; FUNÇÕES ORGÂNICAS; APLICATIVOS
Introdução
A tecnologia está em constante evolução e cada vez mais presente no dia a dia das pessoas. Sendo acessível a vários níveis da sociedade. Novidades surgem no mercado tecnológico diariamente e são incorporadas em processos e atividades, como por exemplo, compras online, busca de emprego, movimentação bancária, etc. Diante desse contexto, está cada vez mais indispensável inovar as práticas pedagógicas. O processo de ensino está em constante mudança e é preciso se adaptar à nova forma de transmissão do conhecimento. Buscando novas soluções para tornar essa prática mais fácil, interativa e até mesmo divertida para os alunos. A tecnologia vai ser apenas uma ferramenta. Quem vai fazer a diferença é o professor e o aluno. “Hoje, o essencial é saber como gerir as informações, extraindo delas o subsídio certo para a tomada de decisão, significando saber aplicar o conhecimento.” (PERREIRA; OLIVEIRA, 2012, p.2). Os recursos tecnológicos devem servir como uma extensão do professor. As aulas modernizadas pelo uso da tecnologia são mais atrativas e podem ser adaptadas para vários tipos de alunos. Existe uma infinidade de programas disponíveis para atividades interativas, facilitando o aprendizado e transformando o conteúdo em objeto de curiosidade e interesse. Assim o trabalho acaba tendo um retorno cada vez mais eficaz. Segundo Torres e Amaral (2011) na educação, como os problemas são diversos e heterogêneos, a introdução das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) é mais complexa. Pois, além das diferentes demandas didáticas e pedagógicas inseridas na prática educacional, é necessária a qualificação dos professores para uso das ferramentas tecnológicas.
Material e métodos
O trabalho foi constituído em avaliar um aplicativo (app) como ferramenta de aprendizagem na disciplina de Química. Como critério adotado para a seleção do app foi levado em consideração o aplicativo ser do idioma Português (brasileiro), ser gratuito e disponível no sistema operacional Android, pois no sistema IOS ele é pago. O aplicativo escolhido foi “Funções Orgânicas em Química”, desenvolvido por Andrey e Solovyev, de acordo com os dados contidos no próprio app, ele já teve mais de 100 mil downloads. Para a avaliação do aplicativo foram convidados 20 professores de Química do ensino médio. A solicitação propôs que tais docentes utilizassem o app e, por meio de um questionário, respondessem 07 perguntas objetivas com o intuito de avaliar suas opiniões sobre o aplicativo “Funções Orgânicas em Química” e sobre a utilização de aplicativos como ferramenta de ensino.
Resultado e discussão
De todas as questões respondidas, vamos enfatizar duas. O segundo
questionamento: “Você já utilizou algum aplicativo como ferramenta de
ensino?” Observou-se que a maioria dos docentes (65% do total) nunca
utilizou aplicativos como ferramenta de ensino. Enquanto 20% declarou
raramente utilizar (menos que cinco vezes). Apenas10% afirmou utilizar com
mais frequência (mais de cinco vezes) (Gráfico 01). Por fim um número muito
baixo, correspondente a 5% dos 20 educadores alegaram que utilizam
regulamente esse recurso. No quarto questionamento: “Qual sua impressão
sobre o aplicativo?” foi permitido marcar mais de uma opção. Foi constatado
que 20% dos professores consideraram o aplicativo didático ao mesmo tempo
que divertido e viciante. Enquanto 55% acharam didático e divertido. Por fim
25% opinaram ser apenas didático. Ou seja, 100% afirmaram que o aplicativo
era didático, 75% divertido e 20% viciante (Gráfico 02).
Os resultados obtidos com o questionário revelaram que os docentes, de modo
geral, consideram insatisfatória a divulgação de aplicativos como ferramenta
de ensino. Assim, apesar de ter uma grande disponibilidade de aplicativos na
área de Química, essa ferramenta didática ainda é pouco explorada.
Baseado nas respostas da analise do app Funções Orgânicas em Química, grande
parte do grupo de professores que participou desta pesquisa não conhecia o
aplicativo, mas o consideraram didático e enquadraram o app no nível entre
fácil e médio.
Conclusões
Por fim, pode-se dizer que a análise realizada mostrou que os educadores conseguem enxergar um potencial educativo a ser explorado neste aplicativo apesar de sua simplicidade. Configurou-se como uma ferramenta didática de caráter inovador que pode melhorar a qualidade do processo de ensinar e aprender por parte de alunos e professores, tornando as aulas mais interativas e divertidas, tentando sair do ensino tradicional. Sua maior qualidade é justamente a facilidade de uso e seu caráter didático. Porém digamos que os docentes ainda estão tímidos ao uso dessas ferramentas.
Agradecimentos
Aos professores participantes da pesquisa, pela disponibilidade.
Referências
PEREIRA, E. G.; OLIVEIRA, L. R. TIC NA EDUCAÇÃO: DESAFIOS, CONFLITOS E POTENCIALIDADES PEDAGÓGICAS COM A WEB 2.0. In: COLÓQUIO SOBRE QUESTÕES CURRICULARES, 2012, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2012. p. 1-24.
TORRES, T. Z.; AMARAL, S. F. do. Aprendizagem Colaborativa e Web 2.0: proposta de modelo de organização de conteúdos interativos. Educação Temática Digital, Campinas, v. 12, n.esp., p.49-72, mar. 2011.