SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE O ESTUDO DAS CELULAS NAS AULAS DE CIÊNCIAS PARA TURMA DE 8° ANO DE UMA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL DA CIDADE DE SALVATERRA, MARAJÓ, PARÁ.

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ensino de Química

Autores

Silva, V.F. (UEPA) ; Santos, E.L. (UEPA) ; Lima, A.M. (UEPA) ; Lima, M.N.N. (UEPA) ; Gomes, K.L.S. (UEPA) ; Nunes, L.P. (UEPA) ; Cruz, C.L.B. (UEPA) ; Leal, M.F. (UEPA) ; Souza, R.F. (UEPA)

Resumo

A utilização de uma sequência didática é uma estratégia de garantir ao aluno uma aprendizagem que seja capaz de despertar o interesse em relação ao conteúdo abordado em sala de aula, o professor trás o cotidiano com ferramentas facilitadoras, como por exemplo, vídeos, mapas conceituais etc., esses que melhoram a eficácia do aprendizado, pois abordam os conteúdos de forma simples e resumida. Este trabalho tem como objetivo ensinar através do uso de uma sequência didática no ensino e aprendizagem do conteúdo de células, para tanto se utilizou de métodos como vídeo, mapa conceitual e desenho, capazes de inserir conceitos relevantes referentes ao assunto. Como resultado, foi possível observar que os alunos conseguiram compreender os conceitos aplicados.

Palavras chaves

ferramentas facilitadoras; sequencia didatica; compreensão

Introdução

Tendo em vista o vasto campo de conhecimento no Ensino de Ciências se tornou necessário buscar métodos capazes de alcançar um melhor resultado em relação ao aprendizado dos alunos em meios aos conteúdos ministrados em sala de aula. Assim, o conteúdo células é extenso e complexo, exigindo, dessa maneira uma intervenção do professor, no que diz respeito, a uma assimilação mais rápida e significativa, garantindo uma melhor atuação do aluno em sala de aula na hora de resolver atividades relevantes para o ensino de ciências. Com isso, a sequência didática é uma forma primordial de garantir ao aluno uma aprendizagem que seja capaz de despertar o interesse em ir cada vez mais para escola, pois muitas vezes, o aluno se afasta da mesma pela aula ser monótona e tediosa, dificultando, dessa forma, a escolarização por parte dos professores. Porém, esse quadro é revertido quando o professor sabe equilibrar o cotidiano com ferramentas facilitadoras, como por exemplo, vídeos, mapas conceituais, esses que melhoram a eficácia do aprendizado, pois abordam os conteúdos de forma simples e resumida. Além do mais, quando o professor leciona uma aula pensando no aluno, ou seja, colocando o mesmo para participar dela, como por exemplo, a atuação do aluno na aula elaborando mapas mentais de acordo com o assunto já abordado em sala de aula. Desse jeito, o aprendiz cria uma autonomia dentro da escola, essa que favorece sua qualidade enquanto um excelente aluno, uma eficiente ideia de inclusão é essa, deixar que o educando seja o autor de suas ideias dentro de sala de aula. Além disso, o Ensino de Ciência é caracterizado por um aprendizado mais visual, porque é constituído de corpos, paisagens, natureza e etc, assim, uma maneira de se trabalhar isso é com a exibição de vídeos, os quais sejam de boa qualidade e tenham conceitos reais e válidos com a proposta de fazer com que os alunos aprendam significativamente. Então, a imagem se caracteriza por ser uma eficiente estratégia para o professor em sala de aula, promovendo a não dispersão do aluno e dessa forma trazendo resultados melhores de assimilação do conteúdo. Dessa maneira, o conteúdo sobre células requer uma maior atenção, pois é constituído por muitos conceitos, os quais tem que ser ministrado com o apoio de imagens de boa qualidade, com a finalidade do aluno saber diferenciar cada conceito, como por exemplo, as organelas que são partes muito importantes das células. Logo, para que a aula do professor não seja tediosa, torna-se necessário saber trabalhar o conteúdo, e a sequência de ensino é uma favorável escolha, principalmente, com a utilização de imagens. Imagens são importantes recursos para a comunicação de ideias, pois desempenham um papel fundamental na constituição das ideias cientificas e na sua conceitualização. (MARTINS; GOUVEIA; PICCINNI, 2005). Assim, o uso das imagens como recursos eficazes para as aulas Ciências, são de grande importância para o aprendizado, pois auxiliam junto aos alunos, ressaltando também que “a utilização de imagens em sala de aula é uma das formas de romper com a ideia de linearidade do currículo, onde só acabam sendo trabalhados em sala de aula o que está em um programa” (RICHTER, LOPES e FREITAS, 2012). Ou seja, o uso de novos métodos de ensino, e como são explorados em sala de aula acabam criando novos caminhos, tanto para o professor, quanto para o conhecimento entre os alunos. O desafio dos educadores é despertar motivos para a aprendizagem, tornar as aulas mais interessantes e trabalhar através dos recursos tecnológicos os conteúdos relevantes para que possam ser compartilhados em experiências extracurriculares. (MOREIRA, 2006). Para isso é necessária uma infinidade de informações, construções e conhecimentos de diferentes ferramentas aos nossos educandos, para que os mesmos consigam em suas diferentes habilidades, compreender e identificar os conteúdos de sala de aula no seu próprio cotidiano. Portanto, uma maneira de saber se a aluno está realmente aprendendo é trabalhar com imagem na disciplina de Ciências, como por exemplo, vídeos, mapas mentais, desenho, uma sequência vantajosa, pois estimula o educando a participar da aula junto com o professor. Com isso, sua escolarização se torna caprichosa, pois o aprendiz realmente irá absorver os conceitos relevantes da disciplina, essa que exige uma maior atenção, pois é composta por muitos detalhes, os quais a solução pode ser a exposição de imagens como facilitadoras do Ensino de Ciências. Neste sentido este trabalho propõe a aplicação de uma sequência didática sobre o conteúdo células vegetais e animais nas aulas de Ciências em uma turma de 8° ano na Escola Dom Pedro I de Salvaterra, com a finalidade de facilitar o processo ensino-aprendizagem dos estudantes.

Material e métodos

O presente trabalho foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental “Dom Pedro I” com alunos da turma de 8º ano, do ensino fundamental maior, do turno da manhã. Foi realizada uma sequência de atividades em três momentos, afim de uma melhor abordagem e resultados favoráveis ao desempenho da turma. No primeiro momento foi realizado uma aula expositiva/dialogada sobre o conteúdo Células, esta que foi apresentada com slides com continham exemplos e imagens com o objetivo de facilitar a compreensão do assunto, buscando sempre relacionar com cotidiano do aluno. No segundo momento foi apresentado um vídeo de poucos minutos explicando os tipos de células, como as células funcionam, as organelas e como funcionavam dentro da célula, buscando chamar a atenção do aprendiz para as imagens, que facilitam a compreensão dos mesmos. No terceiro momento, iniciou-se um mapa mental para aguçar mais ainda a aprendizagem do aprendiz, mas agora, instigando o aluno a mapear o que foi explicado anteriormente, tanto nos slides, como no vídeo. E para finalizar a sequência, no quarto e último momento, os alunos foram divididos em grupos de três e foi solicitado que fizessem desenhos de células vegetais e animais, e que explicassem quais as principais características de cada uma.

Resultado e discussão

Durante a aula expositiva e dialogada com os alunos foram feitas perguntas sobre o conteúdo, buscando sempre relacionar a aula com o cotidiano dos mesmos, com perguntas que foram facilmente respondidas e foram essenciais para aproximar o assunto ao dia-a-dia do aprendiz. Segundo Santos e Schneltzer (2000), quando respeitamos as experiências vividas pelos alunos, suas concepções alternativas e as utilizamos como ponto de partida de discussões, em que o professor compara as diferentes concepções apresentadas pelos alunos e permite ou traz informações contraditórias, ou propõe situações para comprovar todas as concepções, estamos vinculando ciência à sociedade. Cabe aqui ressaltar a importância dos conhecimentos conceituais prévios - as ideias prévias - a partir dos quais os alunos constroem o seu saber. De acordo com Pozo (1987), citado por GarciaMillá (2004), as ideias prévias dos alunos originam-se em sua interrelação cotidiana com o mundo e, habitualmente persistem ao ensino. São estáveis e apresentam resistências à mudança, já que os alunos não as modificam, apesar de esforços do professor. Estas ideias prévias foram identificadas em crianças e adultos, inclusive em universitários, em sua área de especificidade. Sendo assim, educadores que seguem a linha construtivista têm destacado a importância de conhecer os conhecimentos prévios dos alunos antes de introduzir qualquer nova informação, servindo de alicerce para planejar estratégias que possam auxiliar os alunos a resolverem os conflitos cognitivos daí gerados. Na exibição do vídeo os alunos se mostraram bastante envolvidos, a cada imagem que passava eram visíveis às expressões faciais em confirmação e como relacionavam as cenas ao conteúdo apresentado anteriormente. Assim, o vídeo aguçou a imaginação, pois quanto mais criativos, mais facilidade tem em fazer os alunos a assimilarem as informações. O vídeo foi de suma importância na compreensão do conteúdo, pois essa tecnologia transmite várias informações ao mesmo tempo, isso tudo em forma de imagens, que quando exibidas juntas formam sequência de imagens e ganha sentido, trazendo para o aluno o áudio e o visual formando, assim, uma só linguagem e proporcionando ao aprendiz se questionar sobre o que foi explicado anteriormente. O vídeo ajuda a um bom professor, atrai os alunos, mas não modifica substancialmente a relação pedagógica. Aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade urbana, mas também introduz novas questões no processo educacional. (MORAN, 1993, p.33) Seguindo a sequência foi apresentado um mapa conceitual, como finalidade básica auxiliar os estudantes a captar o significado dos conceitos que foram explicados. Segundo Novak (1983), o uso de mapas conceituais como recurso didático nada mais é do que uma técnica pedagógica para auxiliar o aprendiz a ver, explicitamente, como os novos conceitos podem ser relacionados com os conceitos já adquiridos. Os mapas conceituais são “diagramas que indicam relações entre os conceitos, mais especificamente, eles podem ser vistos como diagramas hierárquicos, que procuram refletir a organização conceitual de uma disciplina ou parte dela” (Moreira, 1986, p. 20). Mais recentemente, Moreira (2006, p. 6) definiu os mapas conceituais de uma maneira ampla como ”... diagramas que indicam relações entre os conceitos e que sua estrutura deriva da organização conceitual de um conhecimento”. E como quarta e última atividade, foi solicitado para que os alunos formassem grupos de três, e fizessem desenhos de células vegetais e animais, e que explicassem quais as principais características de cada uma. Os alunos ficaram entusiasmados e não hesitaram em fazer os desenhos, pelo contrário, fizeram desenhos com muita facilidade e com fácil desempenho, pois até foi possível colorir os mesmos, indicando a dedicação na atividade. Segundo Navarro e Domingues (2009), a imagem torna-se uma importante ferramenta pedagógica no processo de significação do meio social, ajudando não somente as crianças a visualizar o que não se pode trazer para a sala de aula, mas também criar um maior acervo visual de representações, a partir das interações feitas com a imagem. Portanto, o ser humano antes de tudo é um ser simbólico, e utiliza-se de imagens e símbolos para se identificar e representar-se ao meio que vive, ao mesmo tempo, a imagem além de representar um conceito é uma forma de grande eficácia para a compreensão dos conhecimentos, em especial as aulas de Ciências, onde além de ilustrar, serve de base para a fundamentação e discernimento.

Conclusões

A sequência de ensino aplicada na turma de 8° ano da Escola “Dom Pedro I” facilitou a assimilação do conteúdo de células, os recursos utilizados foram de essenciais para desenvolver a compreensão dos alunos, em cada atividade foi possível observar o prazer entre os alunos, à curiosidade. A utilização de novas tecnologias dentro de sala auxilia na aprendizagem, pois atiça o interesse em participar da aula, visto que utilizar de aulas diferentes do método tradicional, induz o aluno a raciocinar, a comparar, ou seja, ajuda este no desenvolvimento de suas aptidões e permite o melhor entendimento do assunto, o que facilita o processo de ensino- aprendizagem. Assim é necessário que o professor da disciplina saiba como e onde proceder com seus alunos, seja uma aula audiovisual ou de desenho. Pois o aluno deve ser trabalhado de formas variadas até chegar à melhor forma de compreensão de um conteúdo proposto.

Agradecimentos

UEPA; CAPES

Referências

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MOREIRA, M. A. (1986). Mapas conceituais. Caderno Catarinense de Ensino de Física. 3, 17-25.
MOREIRA, M. A. (2006). Mapas conceituais & diagramas V. Porto Alegre: Editora do autor.
MOREIRA, M. A. A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação na sala de aula. Brasília: Editora da UnB. 185p. 2006
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NOVAK, J.D.(1983) Uma teoria de Educação .São Paulo, Pioneira.
SANTOS, W. L. P.; SCHNELTZER, R. P. Educação em Química: compromisso com a cidadania. 2ª ed., Unijuí, 2000.

NAVARRO. Talita Eloá Mansano; DOMINGUEZ, Celi R. C. Uso da imagem como recurso didático no ensino de ciências na educação infantil. VII Enpec – Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis 8 a 13 de nov. 2009. ISSN 21766940
RICHTER, Luciana; LOPES, Graciane Marchezan do Nascimento; FREITAS, Deisi Sangoi. Curriculo, formação de professores e o uso de imagens no ensino. 2012. Disponível em:<http://www.ufsm.br/gpforma/2senafe/PDF/006e5.pdf> Acesso em: 26 de Junho de 2019 .
VICENTINI, G. W., DOMINGUE, M. J. C. S., O uso do vídeo como instrumento didático em sala de aula. Curitiba, 2008. Disponível em:< http://home.furb.br/mariadomingues/site/publicacoes/2008/eventos/evento-2008-09.pdf> Acesso em 29 de Junho de 2019.

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