ANALISE DA ÁGUA CONSUMIDA POR MORADORES DA COMUNIDADE DO ELESBÃO, SANTANA-AP, BRASIL

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ambiental

Autores

Pimentel, J.C. (UNIFAP) ; Diniz, J. (UNIFAP) ; Oliveira, A. (UEAP) ; Vilhena, B. (UNIFAP) ; Melo, S. (UEAP)

Resumo

O presente trabalho têm o objetivo de verificar as propriedades físico- químicas da água na comunidade do Elesbão em Santana-AP, e com um caráter quantitativo, para este estudo foram realizadas três coletas de amostras de água em quatro pontos distintos, nos meses de abril, maio e agosto de dois mil e quinze, na comunidade do Elesbão. Nos quais foram analisados os seguintes parâmetros: pH, condutividade, solido totais dissolvidos, cloretos, ferro total, cor, dureza total e turbidez. Como resultados das médias obtidas, observou-se a redução de pH e consequentemente o aumento da acidez da água tornando-a potável. Entretanto no que tange os parâmetros bacteriológicos, notou- se a presença de microrganismos da espécie Escherichia coli na água, que provoca sérios problemas à saúde.

Palavras chaves

Água; Parâmetros; Fisico-química

Introdução

A comunidade do Elesbão situada no município de Santana no estado do Amapá, tem uma vasta quantidade de água doce, por ser encontrada a margem do rio Amazonas. Os moradores usam a água para consumo de três maneiras distintas: através do abastecimento público da CAESA, canalizada do rio amazonas e de poços amazonas. E com base nas informações da Unidade Básica de Saúde da localidade, estão surgindo algumas patologias e tudo indica que essas doenças são advindas dos recursos hídricos. Portanto, este trabalho tem como objetivo verificar as propriedades físico-química da água; analisar a presença de coliformes termostolerante e Escherichia Coli; comparar os dados obtidos nas coletas com os parâmetros da portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde.

Material e métodos

O estudo realizou-se, na comunidade do Elesbão situada no Município de Santana-Amapá as margens do rio Amazonas. Este trabalho tem caráter quantitativo, no qual, busca a magnitude e causas dos fenômenos. Para este estudo foram realizadas três coletas de amostras de água em quatro pontos distintos, nos meses de abril, maio e agosto de dois mil e quinze, na Comunidade do Elesbão, no qual os pontos 1,2,4 foram coletados através de torneiras e apenas o ponto 3 foi coletado diretamente do rio amazonas. O ponto 1, foi coletado diretamente da torneira do reservatório da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (CAESA) presente no bairro, o ponto 2 é de uma residência, no qual a água é captada do rio e canalizada, o ponto 3 é uma residência onde a amostra de água foi coletada diretamente do rio, já o ponto 4 foi obtida da torneira da Unidade Básica de Saúde da comunidade, amostra que é proveniente de um poço amazonas. As amostras foram armazenadas em quatro garrafas pet de 500 mL devidamente higienizadas e também em quatro recipientes de 250 mL os quais foram alto clavadas para análise microbiológica. Em seguida as amostras foram levadas ao laboratório para analise físico-química dos principais parâmetros: pH, condutividade, Solido Totais Dissolvidos, cloretos, ferro total, cor, dureza total e turbidez. Por conseguinte, no programa Excel, realizou-se a tabulação em uma tabela de analise microbiológica e um gráfico com a média das coletas realizadas nos quatro pontos, relacionando os resultados e comparado padrões do MS portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

Resultado e discussão

Os resultados das médias obtidas (Gráfico 01), mostra que nos pontos 1, 2 e 4 ocorre a redução de pH e consequentemente aumento da acidez da água,que pode estar associado ao tratamento da água, afim de torná-la potável. Entretanto, no ponto 3, o pH mostra que esta água está mais apropriada para o consumo em relação aos demais, a amostra é coletada diretamente do rio, isso faz com que o processo de pH seja natural. A cor no ponto 1, 2, 3 estão acima dos padrões admissíveis pela portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde, pois, designa como cor aceitável até 15 mg L-1 Pt Co e o ponto 4 apresenta cor 3,3 mg L-1 Pt Co. Em relação a Turbidez,os pontos 1 e 3 encontram-se elevado, dessa maneira influência formação de flocos que dificulta a transparência do corpo d´água, pois a turbidez é proveniente de várias matérias como partículas de argila ou lodo e dejeto de esgoto doméstico ou industrial, um vasto número de microrganismos (RICHR,1991). Enquanto os demais pontos seguem parâmetros aceitáveis. Analise de ferro nos pontos 1,3 e 4 se mostra superior aos níveis recomendáveis pelo MS, o que se torna prejudicial à saúde humana. Apenas o ponto 2 encontra dentro do limite aceitável. Relacionando os dados coletados referentes ao mês de abril, junho e setembro (gráfico 01), a análise microbiológica da água realizada em todos os pontos do Elesbão apresentou a presença de coliformes. E nos pontos 2 e 3 apresentou-se E. Coli, uma enterobactéria encontrada no trato intestinal de humanos e animais de sangue quente (SILVA et al., 2010). Para o M.S. os parâmetros aceitos são de Ausência de C.T. C.Ecoli.

Gráfico 01

Média obtida da análise físico-química das amostras de água, colhidas na comunidade do Elesbão nos meses de abril, junho e setembro de 2018.

Conclusões

O estudo realizado na comunidade do Elesbão apresentou que a água consumida está fora dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS) segundo a portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Principalmente no que tange os parâmetros bacteriológico como coliformes termotolerantes e escherichia coli, visto que a presença desses microrganismos na água provoca sérios problemas à saúde humana.

Agradecimentos

Aos moradores da comunidade do Elesbão, Laboratório de Quimica Ambiental e Saneamento (UNIFAP), Laboratório de Analises Química (CAESA) ao prof. Dr. Daimio C. Brito(UEAP) pelo apoio.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde, portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Legislação para águas de consumo humano. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 14 de dez. 2011. Seção 1.

RICHTER, C. A NETTO, J. M. A Tratamento de água: Tecnologia atualizada. ed. São Paulo. Blucher 1991.p.332.

SILVA, N; JUNQUEIRA, V.C.A; SILVEIRA, N. F. A et al. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos e água. 4ª ed. são Paulo: editora varela. 2010 . p.624.

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