AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO EM DIFERENTES BAIRROS DO MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO TOCANTINS
ISBN 978-85-85905-25-5
Área
Ambiental
Autores
Macedo, M.F.S. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Santos, D.C. (IFTO CAMPUS ARAGUATINS) ; Lopes, L.B. (IFTO CAMPUS ARAGUATINS) ; Silva, L.G. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Ferraz, R.G.B. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Costa, F.A. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Viroli, S.L.M. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Ferreira, L.C. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Santos, M.R. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS)
Resumo
O trabalho avaliou e comparou a qualidade físico-químicos e microbiológicos da água de abastecimento distribuída as residências em cinco bairros do município de Paraíso do Tocantins - TO. As análises de potencial hidrogeniônico (pH), cloro residual livre (CRL), turbidez seguiram os métodos analíticos do Standart Methods for Examination of Water and Wastewater da AWWA (America Water Works Association) e as de coliformes totais e termotolerantes por meio da técnica de Tubos Múltiplos, conforme procedimentos descritos pela Fundação Nacional de Saúde e comparados com os padrões estabelecidos pela Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017.Os dados revelaram que os parâmetros analisados estão em conformidade com a Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017.
Palavras chaves
Abastecimento; Agua; Consumidor
Introdução
A água destinada ao consumo humano obtida de manancial subterrâneos ou superficiais confiáveis, deve obedecer os padrões de qualidade prescritos na Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017 do Ministério da Saúde, desagrega-se de microrganismos patogênicos e não favorecer a ocorrência de enfermidades aos consumidores (CORREIA, AMARAL, 2012, MOUCHREK e CARVALHO, 2016, BRASIL, 2017). Análises físico-químicas e microbiológicas devem ser realizadas para garantir a qualidade da água identificando e quantificando concentrações anormais de substâncias químicas e microrganismos patogênicos responsável por problemas de saúde pública, (COSTA et al.,2015; PARRON et al., 2011). O tratamento da água implica em etapas de coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoretação e atender aos critérios de potabilidade estabelecido pela legislação vigente (BRASIL 2017). Ao ser distribuída, a qualidade da água potável pode sofrer variações que interferem na qualidade da água que chega nas torneiras dos usuários se diferencie da água que deixa a estação de tratamento (MARTÍNEZ-SANTOS, 2017). Quando as propriedades físico-químicas da água se encontra alteradas, isso pode representar um risco para os consumidores (GERMANO, GERMANO, 2001). Neste sentido, o consumidor deve estar atento aos fatores que podem interferir negativamente na qualidade da água de consumo humano( BARCELLOS et. al,. 2006). Diante do exposto o trabalho teve como objetivo avaliar e comparar os padrões físico-químicos e microbiológicos da água de abastecimento distribuída as residências nos bairros do Pouso Alegre, Jardim Paulista, Milena, Oeste, Serrano no município de Paraíso do Tocantins - TO, afim comparar os resultados com a Portaria de Consolidação n° 5/ 2017.
Material e métodos
As coletas aconteceram no período matutino nos bairros do Pouso Alegre, Jardim Paulista, Milena, Oeste, Serrano, na Cidade de Paraíso do Tocantins, entre os meses de julho a dezembro de 2018 em local previamente selecionados. Em cada bairro foram selecionadas quatro (4) residências, totalizando vinte (20) amostras mensais. Os procedimentos adotados para coleta e transporte das amostras seguiram os procedimentos descritos pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA, 2006) . A coleta foi realizada na primeira torneira do local sendo a água proveniente da rede de distribuição. Procedeu a coleta com higienização das torneiras utilizando álcool 70% e abrindo as torneiras. Após 2 minutos de escoamento da água da torneira, foram coletados 1000 mL de água em frascos de polietileno esterilizado pra as análises físico químicas e 100mL em frasco de vidros esterilizados contento 1mL de solução de tiossulfato de sódio identificado 0,1 N para análises microbiológicas. As amostras foram acondicionadas em uma caixa térmica com temperatura igual ou inferior a 8°C e transportadas para o Laboratório de Saneamento do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Tocantins – Campus Paraíso do Tocantins para análises das amostras. As análises de potencial hidrogeniônico (pH), cloro residual livre (CRL), turbidez seguiram os métodos analíticos do Standart Methods for Examination of Water and Wastewater da AWWA (America Water Works Association) (APHA, 2005) e as de coliformes totais e termotolerantes por meio da técnica de Tubos Múltiplos, conforme procedimentos descritos pela Fundação Nacional de Saúde e comparados com os padrões estabelecidos pela Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017 (BRASIL, 2017).
Resultado e discussão
A Tabela 01 apresentam os resultados dos parâmetros analisados conforme
estabelecidos pela Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de
2017.Os
resultados obtidos apresentaram valores em conformidade com a Portaria de
Consolidação n° 5/2017. A ausência de E. coli evidencia a adequada qualidade
bacteriológica da água distribuída. O grupo dos coliformes termotolerante é
representado pela Escherichia coli considerada indicador de contaminação
fecal
recente e de eventual presença de organismos patogênicos. A legislação
estabelece que a água distribuída a população seja isenta de coliformes
totais
e termotolerantes em 100 mL, independente do número de amostras analisadas.
Costa et al. (2015) observaram 100% das amostras de bebedouros em
conformidade com os valores de referência para o CRL. O CRL acima do
permitido
oferecem riscos à saúde da população, visto que o cloro oxida as enzimas
vitais aos microrganismos, causando perdas de nutrientes e provocando a
morte
celular. De acordo com a tabela, o pH do Bairro Setor Oeste apresentou valor
inferior aos dos outros bairros e permaneceu em torno de 6,8 indicando a
acidez da água. O valor de pH nos limites desejáveis contribui para a
estabilidade do cloro na água e dificultar a proliferação de microrganismos
patogênicos (HELLER, 1997). Campos et al. (2003) encontrou resultados para
água de reservatórios domiciliares com turbidez variando de 0,19 NTU a 0,52
NTU. A turbidez funciona como um sinalizador de ineficiência no tratamento,
pois quando se encontra elevada indica que alguma operação do processo de
tratamento está inadequada (FREITAS et al., 2002, ARAÚJO,2010). Embora possa
não trazendo inconvenientes sanitários é esteticamente indesejável na água
para consumo humano (SOUZA, 2015).
Resultados dos parâmetros analisados conforme estabelecidos pela Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017.
Conclusões
Com base nos resultados conclui-se que as propriedades físico-químicas e microbiológicas da água de abastecimento analisada sofreram pequenas oscilações entre os bairros, no entanto essas variações não implicam em mudanças bruscas do seu estado físico-químico, microbiológico e qualidade estando em conformidade com Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017.
Agradecimentos
A DEUS Ao IFTO Aos professores Liliane Garcia da Silva, Rafael Galvan Barbosa Ferraz e Sérgio Luis Melo Viroli
Referências
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