AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA UTILIZADA EM PITDOG NA REGIÃO CENTRAL DE PARAÍSO DO TOCANTINS

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ambiental

Autores

Souza, I.M.A. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Camilo, I.S. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Maia, I.A. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Medeiros, J.M. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Ferraz, R.G.B. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Costa, F.A. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Veloso, C. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Viroli, S.L.M. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; da Silva, L.G. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Gomes, N.B. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS)

Resumo

Este estudo avaliou a qualidade da água utilizada em pitdogs localizados na região central da Cidade de Paraíso do Tocantins. As amostras foram acondicionadas em caixa térmica com gelo e transportadas para o Laboratório de Saneamento do IFTO campus Paraíso do Tocantins. As análises de potencial hidrogeniônico (pH), cloro residual livre (CRL), turbidez seguiram os métodos analíticos do Standart Methods for Examination of Water and Wastewater e as análises microbiológicas os procedimentos descritos pela Fundação Nacional de Saúde. Os resultados foram das análises comparados com os padrões estabelecidos pela Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017. De acordo com os dados obtidos pelas análises as amostras apresentaram valores em conformidade com a legislação vigente.

Palavras chaves

lanchonete; água para consumo humano; suco

Introdução

Os pitdog são definidos como pequena lanchonete localizada em trailers ou em calçadas que comercializa lanches e refeições prontas (DICIO, 2019). Esses estabelecimentos devem ser rigorosos em relação ao controle da qualidade dos alimentos servidos para assegurar a saúde do consumidor evitando a veiculação de Doenças Transmitidas por Alimentos (VERGARA; ALBUQUERQUE, 2010; FARIAS, 2012). Na elaboração das refeições nos pitdog, o uso da água esta envolvida no preparo e sanitização dos alimentos, higienização de mãos de manipuladores, higienização de utensílios e superfícies que entram em contato com alimentos, preparo de sucos e cocção dos alimentos (SILVEIRA et al., 2011). A água utilizada no preparo de alimentos, bem como consumida pelo homem não deve possuir substâncias toxicidade e nem veicular micro-organismos patogênicos causadores de doenças (SANTOS et al., 2013).A água para o consumo humano deve atende aos parâmetros microbiológicos e físico-químicos das especificações de potabilidade estabelecidas pela Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2017). O não atendimento aos parâmetros estabelecido pela Portaria nº 5/2017 pode depreciar equipamentos e favorecer a ocorrência de enfermidades aos consumidores (MOUCHREK e CARVALHO, 2016). O monitoramento da qualidade da água é fundamental em serviços de alimentação. Entretanto, ainda, há negligência em relação à potabilidade da água por parte de muitos produtores de alimentos (PORTO et al., 2011). Este estudo avaliou a qualidade da água de utilizada em pitdogs localizados na região central da Cidade de Paraíso do Tocantins através das variáveis físico-químicas, microbiológicas e em conformidade com a Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017.

Material e métodos

Foram realizadas coletas mensais em dois (02) pitdogs na cidade de Paraíso do Tocantins entre os meses de julho a dezembro de 2018. As amostras foram coletadas na torneira da pia de cada estabelecimento comercial para verificar a qualidade da água utilizada no preparo de alimentos e bebidas consumidas. Procedeu a coleta com higienização das torneiras utilizando álcool 70% e abrindo as torneiras. Após 2 minutos de escoamento da água da torneira da pia, foram coletados 500 mL de água em frascos de polietileno esterilizado pra as análises físico químicas e 100mL em frasco de vidros esterilizados contento 1mL de solução de tiossulfato de sódio 0,1 N para análises microbiológicas. Os procedimentos adotados para coleta, transporte das amostras seguiram o Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras da Agência Nacional de Água e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB, 2018). As amostras foram acondicionadas em caixa térmica com gelo, não excedendo o intervalo de 24 horas entre a coleta e a análise com temperatura igual ou inferior a 8°C, foram transportadas para o Laboratório de Saneamento do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Tocantins – Campus Paraíso do Tocantins para análises das amostras. As análises de potencial hidrogeniônico (pH), cloro residual livre (CRL), turbidez seguiram os métodos analíticos do Standart Methods for Examination of Water and Wastewater da AWWA (America Water Works Association) (APHA, 2005) e as de coliformes totais e termotolerantes por meio da técnica de Tubos Múltiplos, conforme procedimentos descritos pela Fundação Nacional de Saúde e comparados com os padrões estabelecidos pela Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017 (BRASIL, 2017)

Resultado e discussão

A Tabela 01 apresentam os resultados dos parâmetros analisados conforme estabelecidos pela Portaria de Consolidação n° 5 de 28 de setembro de 2017. De acordo com os resultados obtidos pelas análises físico-químicas e microbiológicas da água verifica-se que as amostras apresentaram valores em conformidade com a Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017. Experimentos sobre qualidade da água realizado por de Oliveira et al. (2018) em escolas públicas na cidade de Timon-MA, obtiveram 10% das amostras com concentração de CRL dentro do padrão estabelecido. Resultados contrários foram observados em escolas públicas em Matias Barbosa-MG por Costa et al.(2015) que observaram 100% das amostras de bebedouros em conformidade com os valores de referência para o CRL. Segundo Queiroga e Vieira (2007) a presença de cloro residual livre na água assegura a sua qualidade bacteriológica. O pH é importante durante as etapas de coagulação, desinfecção e remoção da dureza e na distribuição da água. Uma água com pH baixo pode ocasionar corrosão das tubulações. O pH alto possibilita a formação de incrustações nas tubulações das águas de abastecimento (SPERLING, 2017). Alterações na turbidez na água distribuída para consumo humano podem indicar a necessidade de uma verificação das condições de manutenção e limpeza da rede de distribuição e ou da caixa d’água (FREITAS et al., 2002). A legislação estabelece que a água distribuída a população seja isenta de coliformes termotolerantes em 100 mL, independente do número de amostras analisadas. Quanto aos indicadores de contaminação microbiológica nenhuma das amostras apresentou presença desses coliformes, atendendo o que estabelece a portaria referida anteriormente.

TABELA 01. Resultado dos parâmetros anisados e valores d e referência



Conclusões

As análises da água utilizadas nos pitdog localizados na região central da Cidade de Paraíso do Tocantins apresentaram valores em conformidade com a Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017. A qualidade da água em pitdog é de suma importância, pois ela pode atuar como meio de transporte de substâncias e microrganismos patogênicos, por isso recomenda-se o contínuo monitoramento da qualidade da água, limpeza e manutenção das torneiras e caixas d’água para minimização dos riscos á saúde da ingestão de alimentos preparados com água que não atenda ao padrão de potabilidade.

Agradecimentos

A DEUS AO IFTO CAMPUS PARAÍSO AOS PROFESSORES RAFAEL GALVAN BARBOSA FERRAZ, LILIANE GARCIA DA SILVA E SERGIO VIROLI. AOS TÉCNICOS NAYLON BARROSO GOMES, FERNANDA COSTA E CLÁUDIA VELOSO

Referências

APHA - AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION - Standard methods for the examination of water and wastewater. 16 ed. New York, APHA, AWWA, WPCF, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de. Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 2017..

CETESB. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Guia Nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos. São Paulo: CETESB; Brasília: ANA, 2011. 325p. Disponível em: http://ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1. Acesso em 24 outubro 2018.

DE OLIVEIRA, E.M.; RIBEIRO, D.M.; CRONEMBERGER, M.G.de O.; DE CARVALHO, W.F.; LIMA, M.D.P.; SOUSA, K.R.F. Análises físico-químicas e microbiológicas da água de bebedouros em escolas públicas da cidade de TimonMA. PUBVET, v. 12, n. 5 p.1-6, 2018

COSTA, T. de A.; DE MELO, L.; CAMPOS, CAMPOS, L.M.; DA SILVA, J.B.; FABRI, R.L. Avaliação da qualidade físico-química e microbiológica de águas de bebedouros de escolas do município de Matias Barbosa, Minas Gerais. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 7, n. 1, p. 736-741, 2015

DICIONARIO INFORMAL https://www.dicionarioinformal.com.br/pit+dog/ acesso dezembro 2018

FARIA, T.; PAULA, R. A. de O.; GERMANO, J. de L.; OLIVER, J. C,; ÂLCANTARA, B. G. V. de; VIEIRA, C. R.; VEIGA, S. M. O. M. Qualidade microbiológica da água de consumo humano e dos alimentos comercializados em lanchonete universitária. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 10, n. 2, p. 360-369, ago./dez. 2012

FREITAS, V.P.S.; BRÍGIDO, B.M.; BADOLATO, M.I.C.; ALABURDA, J. Padrão físico-químico da água de abastecimento público da região de Campinas. Revista Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, v. 61, n. 1, p.51-58, 2002.

FUNASA - Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento. 3. ed. rev. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2006. 408 p. ISBN: 85-7346-045-8.

MOUCHREK, A. N.; CARVALHO E. C. C. Qualidade da água em serviços de alimentação de um bairro da zona rural de São Luís, Maranhão, Brasil. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, v.18, n.3, 130-136, 2016.


OLIVEIRA, E. M. de; RIBEIRO, D. M.; CRONEMBERGER, OLIVEIRA, M. G. de; CARVALHO, W. F. De; LIMA, M. D. P.; SOUSA, K. R. F. Análises físico-químicas e microbiológicas da água de bebedouros em escolas públicas da cidade de Timon-MA. Revista Veterinária e Zootécnica PUBVET. v.12, n.5, a100, p.1-6, Mai., 2018


PORTO, M. A. L.; OLIVEIRA, A. M.; FAI, A. E. C.; STAMFORD, T. L. M. Coliformes em água de abastecimento de lojas fast-food da Região Metropolitana de Recife (PE, Brasil). Revista Ciência e Saúde Coletiva, vol. 16, n. 5, Rio de Janeiro, maio 2011.

QUEIROGA, I.; SANTOS, C.; CARNEIRO, L. Ocorrência de Coliformes Totais na Presença de Cloro Residual Mínimo no e Distribuição Público de Água Potável da Cidade de Abadia Goiás. New Lab, Goiás, 83 pág. 148 – 154. Maio. 2007.

SANTOS, J. O.; SANTOS, R. M. S.; GOMES, M. A. D.; MIRANDA, R. C.; NÓBREGA, I. G. M. A qualidade da água para o consumo humano: Uma discussão necessária. Revista brasileira de Gestão Ambiental-RBGA, v. 7, n. 2, p. 19-26, 2013.

SILVEIRA, J. T.; CAPALONGA, R.; OLIVEIRA, A. B. A.; CARDOSO, M. R. I. Avaliação de parâmetros microbiológicos de potabilidade em amostras de água provenientes de escolas públicas. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v. 70, n. 3, p. 362 -367, 2011.

SPERLING, M.V. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 4 ed. Belo Horizonte: UFMG, 2017.

VERGARA, C. M. A. C; ALBUQUERQUE, M. B. Condições higiênico-sanitárias de restaurantes comerciais da cidade de Fortaleza, CE. Revista Higiene Alimentar, v. 25, n. 192/193, p. 29-34, jan./fev. 2010

Patrocinadores

Capes Capes CFQ CRQ-PB FAPESQPB LF Editorial

Apoio

UFPB UFPB

Realização

ABQ