COMPOSIÇÃO DO LÚDICO “EU SEI ORGÂNICA” COMO MECANISMO HODIERNO NO ENSINO DE QUÍMICA ORGÂNICA
ISBN 978-85-85905-25-5
Área
FEPROQUIM - Feira de Projetos de Química
Autores
Marques, P.L.V. (IFMT - BELA VISTA) ; Souza, G.C.S. (IFMT - BELA VISTA) ; Lima, G.F.V. (IFMT - BELA VISTA)
Resumo
Química Orgânica é a parte da química que estuda os compostos do elemento químico Carbono, com exceção dos compostos de transição (como por exemplo, CO e CO2). O ensino de Química averigua inovações metodológicas. A utilização de jogos didáticos é um dos métodos alternativos que facilita o processo de ensino e contribui para a aprendizagem dos discentes. Diante disso, a proposta desenvolvida na presente faina, teve por objetivos elaborar, confeccionar e divulgar um jogo que auxilia no estudo de Química Orgânica, favorecendo a construção do conhecimento do aluno de forma mais prazerosa, estimulante, lúdica e dinâmica.
Palavras chaves
Química Orgânica; Aprendizagem; Jogo Didático
Introdução
O carbono pode formar ligações covalentes com ele mesmo e com outros elementos para criar uma variedade surpreendente de estruturas. Na química orgânica, aprenderemos sobre as reações que químicos utilizam para sintetizar estruturas incríveis baseadas em carbono, bem como os métodos analíticos para caracterizá- las. Também veremos como essas reações ocorrem em nível molecular com mecanismos de reação. Para simplificar, a química orgânica é como brincar com Lego molecular [KHAN ACADEMY, 2019]. O ensino de Química é, geralmente, feito através de uma abordagem tradicional, centralizando-se na simples memorização, repetição de nomes, fórmulas e cálculos. A utilização de jogos didáticos no meio é vista como um instrumento pedagógico que ganha visibilidade nas salas de aula. O lúdico pode ser uma maneira de despertar o interesse e a motivação nos alunos para que busquem soluções e alternativas que os convenham. A motivação, gerada pelo desafio do jogo, promove o desenvolvimento de estratégias de resolução de problemas, a avaliação das decisões tomadas e a familiarização com termos e conceitos apresentados. Com o recreativo, o erro pode ser trabalhado sem pressão para o aluno e sem opressão por parte de colegas e professor. [BALAGUEZ et al., 2017; BINSFIELD et al., 2013]. Tendo em vista as dificuldades relacionadas à compreensão dos compostos orgânicos para além do plano (quadro, caderno, lista de exercícios, livros didáticos...), esta labuta traz uma peleja lúdica a ser desenvolvida em aulas de química orgânica tal qual faz uma abordagem conceitual de algumas características e propriedades de compostos orgânicos e/ou funções orgânicas. O alvitre se configura em um jogo de cartas denominado: “EU SEI ORGÂNICA”.
Material e métodos
O processo de confecção do jogo foi majoritariamente estabelecido nas dependências do IFMT Campus Cuiabá Bela Vista. Ao fim da confecção do jogo, o conteúdo do pacote é: 1 (um) maço de cartas, 1 (um) bloco de papel, 3 (três) canetas e 1 (um) mini-toten, além do manual de instruções. O jogo pode ser jogado com quantas pessoas deseja-se jogar, todavia, recomenda-se que sejam no mínimo 3 (três) e no máximo 5 (cinco). O monte de cartas de perguntas e respostas é passado para um jogador(a) escolhido no momento; o mesmo embaralha as cartas e escolhe uma aleatoriamente. A pergunta deve ser feita para dois jogadores disputarem. O mini-toten deve ser posicionado ao centro da roda. Sempre o(a) jogador(a) à esquerda, e o(a) à direita de quem pergunta serão os jogadores a responderem. Assim que feita a pergunta, ambos competidores devem almejar o mini-toten o quanto antes, o primeiro(a) a fazê-lo terá a vez de responder. Se acertar ganha um ponto, se errar, o(a) oponente ganha um ponto e a chance de responder a pergunta também, se efetuar a resposta correta, anota mais um ponto na conta. O jogo terá 4 (quatro) rodadas, ao final das mesmas, quem obteve o maior número de pontos vence; em caso de empate, uma nova rodada de confronto direto deve ser executada, onde de mesma forma anterior, o primeiro a pegar o mini-toten responderá primeiro, se acertar vence o jogo, se errar, passa a vez para o oponente empatado, se o oponente acertar ele vence, se errar, uma nova pergunta deverá ser feita até que alguém acerte e aí sim consagre-se campeão do EU SEI ORGÂNICA. Ao final fez-se uma avaliação da aceitabilidade do jogo, por meio de pergunta direta (vide Resultados e Discussões, e Anexos) aplicado a 9 (nove) estudantes do curso técnico em Química integrado ao Ensino Médio do IFMT.
Resultado e discussão
Entre as 9 (nove) pessoas selecionadas, observou-se bom retorno acerca do
avaliatório. Visando preservar a identificação dos mesmos, tais foram
diferenciados por letras (A, B, C, D, E, F, G, H e I). Devido à consonância dos
avaliadores, os resultados qualitativos foram agrupados todos juntos, pertinente
a semelhança de informações. Numa escala de julgamento que ia de não ajudou,
indiferente, ajudou e ajudou muito, os alunos em sua totalidade esse o fizeram.
Observou-se ainda, que no âmbito da química orgânica, estudantes diferentes vêem
suas dificuldades em dois pontos principais: a nomenclatura de compostos
orgânicos e a identificação de funções orgânicas. Aluno A disse “não entrava na
minha cabeça o sistema de nomenclatura de hidrocarbonetos ramificados, agora
consigo compreender bem melhor”. Já aluna D falou “eu não conseguia distinguir
cetona de éster só de olhar, agora consigo, inclusive com alguma facilidade”.
Sendo assim, os resultados encontrados no estudo sugerem que a busca por novas
metodologias de ensino, dentro da química nesse caso, mostra-se eficaz. Assim,
acredita-se que em longo prazo muitos dos conteúdos hoje transmitidos quase que
analogamente, serão provavelmente revisados e remodelados as demandas de cada
situação específica, vale ressaltar que isso não significa que o ensino
tradicional será completamente defasado, visto que profissionais sempre
debateram qual a melhor forma de propagar conhecimento, e essa se vê da forma
que o profissional encare como adequado, levando em consideração sempre a
absorção ou não dos discentes.
O esquema trazido trata-se to apanhado do retorno dos alunos.
Conclusões
Ponderado a importância dos jogos didáticos como uma alternativa para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem que favorece na construção do conhecimento ao aluno, perfaz-se que o exposto labor trata-se de uma ferramenta na qual contribui efetivamente em âmbito escolar, facilitando a compreensão dos conteúdos de Química Orgânica, dinamizando o ensino e tornando-o mais prazeroso e motivador para os alunos.
Agradecimentos
Ao Instituto Federal de Mato Grosso, por proporcionar-nos a oportunidade de vivenciar ótimas experiências, e a nossa orientadora Gysellen Lima, por nos guiar nesta jornada de conhecimento.
Referências
BALAGUEZ, R. A.; VIEIRA, B. M.; SANDAGORDA, E. M. A. O ensino de Química Orgânica no ensino médio: barreiras e conquistas ultrapassadas no estágio supervisionado I – 37º Encontro de debates sobre o ensino de Química, RS, nov. de 2017.
BINSFIELD, S. C.; AUTH, M. A; MACÊDO, A. P. A Química Orgânica no Ensino Médio: evidências e orientações - Atas do IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, SP, nov. de 2013.
QUÍMICA ORGÂNICA. Khan Academy. Disponível em: <https://pt.khanacademy.org/science/organic-chemistry>. Acesso em: 16 ago. 2019.