AVALIAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO DA CASCA E DA POLPA DE VARIEDADES DE FRUTAS CÍTRICAS

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Alimentos

Autores

Oliveira, F.C. (UNINOVAFAPI) ; Carvalho, J.O. (UNINOVAFAPI) ; Silva Junior, H.P. (UNINOVAFAPI) ; Sousa, J.M.C. (UNINOVAFAPI) ; Gomes Junior, A.L. (UNINOVAFAPI)

Resumo

Estudos sugerem o consumo variado de frutas por possuírem metabólitos secundários que ajudam na diminuição da existência de doenças degenerativas, como disfunções cerebrais, inflamações e o câncer. Determinou-se nesse estudo a capacidade antioxidante total (ATT) tanto da casca como da polpa de 4 amostras de frutos cítricos a partir do extrato metanólico das amostras frente ao sequestro do radical 2,2’ -difenil-1-picrilhidrazil (DPPH). A casca da laranja lima apresentou AAT maior que os demais citros analisados, entretanto não foi observada diferença significativa entre os demais frutos. Entre as polpas verificou-se uma predominância do limão tahiti – PLT (77,64±5,45) em relação aos demais. Concluiu-se que todos os furtas apresentaram ATT com destaque para laranja lima e limão tahiti.

Palavras chaves

Alimentos; Alimentos; Alimentos

Introdução

Os antioxidantes presentes no organismo são um grupo de substâncias que podem ser de origem endógena agindo enzimaticamente, que em concentrações ideais em relação aos substratos oxidáveis reagem combatendo os radicais livres prevenindo os danos celulares provocados por eles, alterações proteicas e o desenvolvimento de patologias. Entre as substâncias que desempenham papel antioxidante em função de neutralizar os radicais livres estão as vitaminas e minerais (SILVA et al., 2016). Para Santos e Oliveira. (2014), as vitaminas C e E são consideradas excelentes antioxidantes, capazes de sequestrar os radicais livres com grande eficiência. No acumulo de radicais livres a ingestão de vitamina C previne esse aumento no organismo, pois atua como um agente redutor impedindo a oxidação da substância, e a vitamina E retarda o envelhecimento precoce e a proteção contra danos ao DNA. As frutas cítricas são consideradas excelentes fontes de vitamina C, sendo estas amplamente consumidas pela população brasileira. Entre os frutos mais consumidos estão a laranja e o limão, podendo ser utilizados tanto a polpa do fruto em diversas preparações como sua casca. A existência de uma variedades de espécies de cítricos, a forma de cultivo, o tipo de transporte e conservação podem sugerir uma variação na atividade antioxidante deste. Assim objetivou-se verifica a capacidade antioxidante nas polpas e casca de variedades distintas de laranja e limão, comercializados na cidade de Teresina -PI,

Material e métodos

Realizou-se a pesquisa com quatro amostras de frutas cítricas. As frutas foram adquiridas no comércio local da cidade de Teresina-PI, sendo elas Limão (siciliano e tahiti) e Laranja (lima e pêra). As frutas foram transportadas para o Laboratório de Química Analítica do Centro Universitário UNINOVAFAPI, onde inicialmente descascou – se as frutas separando – as de suas polpas. Para extração dos antioxidantes partiu – se de 10g de cada parte da fruta (casca e polpa) adicionando – as em solução metanólica a 50%, por um período de 100 minutos sobre agitação mecânica constante. O extrato foi filtrado e a torta acrescido clorofórmio p.a por 20 minutos, filtrou – se novamente unindo os dois filtrados. A solução de DPPH (1,1-Diphenyl-2-picryl-hydrazyl) foi preparada a partir de 2,4 mg de DPPH em 100 mL de álcool metílico (BERNARDES, N.R. et al, 2011). A determinação da Atividade Antioxidante Total (AAT) se deu por meio dos extratos em um ambiente escuro, em que transferiu – se uma alíquota de DPPH e na proporção de 1:3 do extrato para cubetas de vidro. Utilizou-se o álcool metílico como branco para calibrar o espectrofotômetro e as leituras foram observadas a 515 nm até a estabilidade da absorbância (SILVA, et al.2016) Após obtenção dos dados, os resultados foram dispostos em gráficos com o auxílio do programa GraphPad Prism 7 por meio ANOVA seguido do teste de Tukey com o p<0,05.

Resultado e discussão

Os resultados das cascas dos frutos cítricos analisados, apresentaram a seguinte ordem de AA: Casca da laranja pêra - CLP (37,24±5,27); Casca do limão tahiti - CLT (53,04±8,57); Casca do limão siciliano - CLS (58,83±6,65); Casca da laranja lima – CLL (81,65±6,37); indicando uma maior AA para as cascas de laranja lima em relação aos demais cítrico. As cascas com valores de AA acima de 50% sugerem a presença de compostos com significativa expressão à capacidade de sequestrar radicais livres (ARAÚJO et al 2009; ARBOS, STEVANI e CASTANHA, 2013). A presença de compostos fenólicos nas cascas dos cítricos sugerem um reaproveitamento destas nas diversas preparações destinadas a consumo humano (SILVA et al. 2016). Valores da AA verificados nas Polpa da laranja lima – PLL (56,87±6,63); Polpa da laranja pêra – PLP (31,25±1,59); Polpa do limão tahiti – PLT (77,64±5,45); Polpa do limão siciliano – PLS (72,84±11,19) indicaram um maior percentual para o limão taihti em relação as demais frutas. Xi (2017), em seus resultados evidenciaram valores médios de 4,95% da AA em uma variedade de limão, sendo, portanto contraditório aos estudos aqui apresentados. Entretanto, os estudos de Oliveira (2007), vem corroborar com os nossos achados, visto que os mesmos evidenciaram uma AA de 80% em polpa nas variedades por eles investigadas. Verificou-se que as polpas de laranjas obtiveram resultados menores quando comparadas às cascas, concordando com os estudos de Bernardes, (2011), Eventos contrários foram registrados para as demais polpas quando comparados as suas respectivas cascas. O diferencial aqui observado por estar associado as diversos fatores, entres eles podem ser citados: a forma de cultivo, o tipo de solo, o transporte, armazenamento e até o processamento dos frutos (BERNARDES, 2011)

Conclusões

Portanto, pode concluir que todas os frutos apresentaram atividade antioxidante, enfatizando o fato de que estes compostos estão presentes tanto nas polpas como nas cascas. E que o fruto deve ser aproveitado na sua totalidade para o consumo humano. Entretanto, faz – se necessário investigar a manutenças destas propriedades funcionais, frente as vários fatores, como por exemplo, o tempo destinado entre o preparo e o consumo de produtos oriundos destes frutos.

Agradecimentos

Referências

ALVES, K. A; et al. Perfil de Saúde dos Idosos de uma Instituição de Longa Permanência Relacionados aos Déficits Cognitivos. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT. v. 1, n. 3, p. 81-92, 2013
ARBOS, K. A; STEVANI, P. C; CASTANHA, R. F. Atividade antimicrobiana, antioxidante e teor de compostos fenólicos em casca e amêndoa de manga. Revista Ceres. Viçosa. V. 60, n2, p. 161-165, 2013.
BERNARDES, N. R. et al. Atividade antioxidante e fenois totais de frutas de Campos dos Goytacazes RJ. Revista Biológicas & Saúde. Alagoas, v. 1, n. 1, 2011.
SILVA, et al. Avaliação da estabilidade da capacidade antioxidante e de parâmetros físico-quimicos de néctares de frutas caseiros. Revista Instituto Adolfo Lutz. São Paulo, v. 75, n.1, p.17-25, 2016.
XI, W; LU, J; QUN, J; JIAO, B. Characterization of phenolic profile and antioxidant capacity of different fruit part from lemon (Citrus limon Burm.) cultivars. Journal of food science and technology. India, V. 54, n. 5, p. 1108-1118, 2017.

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